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PROJETO. Baseado na Proposta Curricular de Santa Catarina e na premissa de que o livro sempre esteve presente como ferramenta para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, o presente trabalho visa a busca e o incentivo ao gosto pela leitura. Introdução.
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Baseado na Proposta Curricular de Santa Catarina e na premissa de que o livro sempre esteve presente como ferramenta para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, o presente trabalho visa a busca e o incentivo ao gosto pela leitura.
Constituído por dois móveis repletos de livros de gêneros variados intencionalmente predestinados ao público infanto-juvenil, os mesmos percorrem as Unidades Escolares com acentuada carência de acervo literário.
Num período bimestral a Unidade Escolar opta por trabalhar integralmente ou apenas uma disciplina e/ou série, formalizando o Projeto de acordo com a sua realidade e o acervo recebido.
A proposta inicial é de que a escola integre também outras mídias registrando seu avanço em relação ao trabalho proposto, porém, utilizando seus recursos disponíveis.
É função primordial da escola ensinar a ler, ampliar o domínio dos níveis de leitura, escrita e orientar a escolha dos materiais de leitura.
Ler e aprender. Ler para aprender. Ler para discernir, criticar e construir. Ler para aprender a ler.
Não basta ler. Muito mais que decodificar é preciso adquirir habilidade de interpretar e transformar seus conhecimentos em ações, onde o indivíduo denota capacidade intelectual e gestual de relevante conhecimento adquirido, utilizando-se de meios tecnológicos que possibilitem não só o registro, mas a perpetuidade de seu avanço enquanto ser social num processo contínuo de evolução.
No referido projeto destaca-se a mídia escrita (livros, revistas e jornais), bem como outra mídia escolhida pela Unidade Escolar cujo projeto esteja em execução. Pode ser o uso da informática nas suas mais variadas formas, bem como o rádio, a TV e Vídeo.
Oportunizar aos alunos inseridos num contexto defasado de literatura infanto-juvenil, o exercício da descoberta prazerosa da leitura e da mídia escrita, contribuindo para a melhoria da aprendizagem e inserindo novas mídias no seu cotidiano escolar de acordo com a sua realidade.
A proposta inicial é lançada em reuniões com os gestores e os mesmos optam por aderirem ou não ao projeto. A partir disso é elaborado um cronograma e em seguida o exercício da prática.
Ao chegar à Escola, é feita uma abordagem sobre o projeto na íntegra e as primeiras expressões são registradas, utilizando-se filmadoras e câmera digital.
Num período de 60 dias a Escola trabalha o acervo literário ali contido no móvel e ao término é feito o encerramento onde a Unidade Escolar apresenta os resultados obtidos. Este registro e apresentação são feitos das mais variadas formas.
Assim é o Projeto Biblioteca Itinerante: caminho que conduz o livro em busca do leitor. Este é o seu genuíno princípio. Buscar o leitor nos meandros das dificuldades espaço-tempo-recursos.
Não raras são as escolas que fazem deste momento um período de lazer com apresentações diversas tais como: teatro, dança, música, criação e apresentação de vídeos e divulgação até mesmo em rádios locais, valendo-se de filmadora, computador, microfone, câmera digital, internet, entre outros.
Ponto marcante neste trabalho é que não há desistências, pois a escola tem ampla liberdade para escolher quem e em que período trabalhar. Ressalta-se que na sua maioria, toda a escola é envolvida.
Os resultados obtidos perpassam a casa dos 100% haja vista a satisfação com que alunos e professores denotam sua vontade de não querer que a Biblioteca prossiga seu caminho. Mas ela precisa ir. E ela vai. Sempre em busca de novos leitores. E, assim, mais uma Unidade Escolar a acolhe de portas abertas porque encontra nela o incentivo e os subsídios necessários para acreditar que mesmo distante ou na precariedade de recursos ainda assim é possível fazer educação com qualidade.
E é partindo-se deste princípio que numa segunda etapa, nascerá a Biblioteca Itinerante Indígena, cujo objetivo será levar aos alunos devidamente matriculados no ensino regular a oportunidade de desmistificar o índio enquanto ser marginalizado e aquém de nossa “civilização”.
Num móvel totalmente estilizado por indígenas da Aldeia Tekoá Marangatu e com um acervo composto exclusivamente por material relativo a esta cultura, o Projeto estender-se-á a todas as Unidades Escolares Estaduais pertencentes à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Laguna, independente de suas carências literárias, pois a desmistificação da cultura indígena é urgente e necessária.
Conclui-se que este Projeto não tem fim, pois sua função é oportunizar a leitura como recurso criativo, instrutivo e não apenas como meio de decodificação. O mesmo é pioneiro, mas não único. Grandioso na sua simplicidade estimula educadores e educandos na busca do “aprender a aprender a ler”.