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A Neoclassical Analysis of the Economics of Natural Resources. Joseph Stiglitz. Motivação. Controvérsias sobre a abordagem da escassez ou limitação dos recursos naturais Henry Adams (século XIX) Georgescu-Roegen e a segunda lei da termodinâmica ou entropia (século XX)
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A NeoclassicalAnalysisoftheEconomicsof Natural Resources Joseph Stiglitz
Motivação • Controvérsias sobre a abordagem da escassez ou limitação dos recursos naturais • Henry Adams (século XIX) Georgescu-Roegen e a segunda lei da termodinâmica ou entropia (século XX) • Abordagens malthusianas • Perguntas: • O que podemos considerar dessas controvérsias? • Como continuaram por tão longo? • Será que os desastres previstos e não concretizados no século XIX foram simplesmente adidados?
Segunda lei da termodinâmica • Um sistema isolado, consistindo de domínios segmentados, mas interconectados, tende ao equilíbrio. • Domínios são gases com diferentes temperaturas e pressões. Uma vez que haja interconexão, os domínios tendem a uma mesma temperatura e pressão • Alta entropia e baixa entropia • Produção e consumo agem na transformação de elementos com baixa entropia (reduzida dissipação) em elementos com alta entropia (grande dissipação) – materiais úteis de baixa entropia são transformados em dejetos de alta entropia • Necessidade de um fluxo negativo de entropia – reciclagem e recuperação de dejetos para compensar a alta entropia gerada
Objetivo • Propor as perguntas corretas e apresentar a evidência que as resolve • Proposições de política
Algumas hipóteses analíticas • Não há dúvida que o crescimento exponencial da população leva em algum período ao esgotamento das possibilidades de sobrevivência – não é esse o horizonte de análise • Distinção entre recursos naturais que podem ser tratados com bens privados e aqueles tratados como bens públicos • Intervenção no primeiro tipo de bens pode ser questionável • Intervenção governamental no segundo tipo de bens é requerida • Terceira categoria de bens: bens que são providos publicamente, mas são privatizáveis, como florestas • Definição de recursos naturais – qualquer bem ou fator que é provido pela natureza e não pode ser alvo de produção pelo homem • Três casos distintos de recursos naturais • Não renováveis (exauríveis) – minérios • Renováveis (não exauríveis) - peixe • Não exauríveis, mas de oferta limitada – terra • Centro da análise no primeiro tipo de recursos naturais
Os temas da análise • Viabilidade do crescimento – é possível ter crescimento sustentável? • Previsão do que pode acontecer – elaboração de políticas – extrapolação dos acontecimentos • Economia não é viável – cataclisma global - superaquecimento • Preços dos recursos naturais sobem • Eficiência – desperdício dos recursos naturais • Equidade intertemporal
Viabilidade • Por que seria a escassez de recursos naturais diferente da escassez de outro fator? Condições para diferenciação • O recurso deve ter oferta limitada com respeito à taxa de uso corrente • Há de ser não renovável e não reciclável • Essencialidade • Inexistência de substitutos • Impossibilidade de aumentar a eficiência do uso do recurso • Impossível desenvolver um recurso alternativo
R R K K Não essencialidade do recurso natural Essencialidade do recurso natural
Previsibilidade • Necessário conhecer qual é a possibilidade de substituição do recurso natural e de que mudanças tecnológicas possam vir a desenvolver substitutos ou aumentar a eficiência de extração dos recursos • Dificuldade de respostas em razão de três elementos • Informação pode não estar disponível • Não é o teste direto das hipóteses sendo feitas • A estrutura da economia pode mudar, tornando o teste de hipóteses inapropriado • Dois parâmetros relevantes para a previsão • Elasticidade de substituição do bem • Progresso técnico aumentando a eficiência do uso
Calculando Elasticidade de Substituição • Hipótese adicional: condição 2 apresentada no slide anterior – mercados concorrenciais – preços dos fatores igualam seus produtos marginais • Quanto mais escasso, maior deve ser a parcela da renda de um fator de produção • Resultados indicam o contrário – fatores mais escassos – exemplo da terra – a parcela da renda da terra no produto decresceu com o desenvolvimento • Explicação de otimistas e pessimistas • Otimistas: parcela da renda da terra diminuiu porque a elasticidade de substituição não é baixa (substituição de terra por outros fatores) ou porque a oferta efetiva de recursos naturais aumentou em razão do progresso técnico (aumento da produtividade da terra) • Pessimistas • A hipótese concorrencial pode não ser verdadeira • O futuro não será como o presente • Rejeição da hipótese de elasticidade constante e entendimento de que quanto mais escasso, menor a elasticidade
Provas para os pessimistas • Dentro de cada setor, a elasticidade de substituição é pequena e as elasticidades de demanda também são reduzidas – maior escassez não permite a substituição • As perspectivas de adaptar gostos aos novos contextos são reduzidas • Pessimismo quanto ao progresso técnico como solução para os problemas
Primeiro teorema do bem-estar • Todo equilíbrio é ótimo de Pareto • Consideração para as exceções Para o estudo de equilíbrio parcial competitivo de mercado, devem ser definidas as características iniciais de uma economia de mercado: A existência de propriedade de todos os bens e todas as possibilidades de produção da economia. Essa característica é importante porque associa a economia de mercado à propriedade privada e também garante a ausência de externalidades; As firmas são, portanto, propriedade de indivíduos. Pode-se denotar por θija parcela da firma j de propriedade do indivíduo i. Todos os agentes são tomadores de preço. Com essas características, o equilíbrio competitivo deverá ser definido a partir do atendimento a três condições: Todas as firmas estejam maximizando os seus lucros, dadas as restrições tecnológicas (conjunto de produção) e econômicas (preços – custos) (ver condição (1)); Todos os consumidores estejam maximizando sua utilidade com a restrição orçamentária associada (ver condição (2)); Haja balanceamento de mercado, ou seja, que a quantidade demandada seja igual à quantidade produzida mais a dotação inicial dos bens (ver condição (3)).
Exceções no meio ambiente • Ambientalistas – foco nas externalidades • Efeito sobre os demais • Economistas dos recursos naturais – foco na propriedade comum – o problema dos comuns • Depredação – usuários consideram apenas o seu próprio bem estar
Problema de Externalidades • Os problemas práticos de externalidades estão normalmente associados a direitos de propriedade mal definidos • Se A acredita que tem o direito a fumar e B acredita que tem o direito ao ar limpo, podemos ter dificuldades na definição da cesta inicial e, portanto, na quantidade de fumaça ideal para cada um
Preferências Quase-lineares – se a troca é autorizada, então, a barganha levará a uma solução eficiente, não importando a distribuição dos direitos de propriedade. Alguns interpretam como a mesma solução (preferências quase-lineares) B E’ dinheiro fumaça A dinheiro
Tragédia do Uso Comum • Podemos comparar a implantação de dois sistemas diferentes de exploração da terra • propriedade privada - alguém detém os direitos de exploração do campo • propriedade comunal - terra comum a todos os habitantes • Suponha que: • o custo da vaca é a • A quantidade de leite produzida por vaca dependerá da quantidade de vacas no pasto • f(c) é o valor do leite produzido se houver c vacas pastando na terra. O valor do leite de cada vaca será f(c)/c
Maximizar a riqueza do vilarejo • max f(c) - ac • Como resultado PMg(c) = a • Se o produto marginal da vaca fosse maior do que a valeria a pena aumentar o número de vacas, se o produto marginal for inferior a a, valerá a pena diminuir o número de vacas • Suponhamos agora que a decisão de produzir seja de cada habitante do vilarejo: • cada habitante irá adicionar uma vaca, desde que o produto por vaca seja superior ao preço da vaca, ou seja, desde que f(c)/c > a. A receita adicional de uma vaca será f(c+1)/(c+1). Se isto for superior ao custo da vaca, valerá a pena. Logo, • f(c)/c =a f(c) - ac= 0
a PMe PMg Produção eficiente equilíbrio de produção
Soluções de Mercado • Tentativa dos economistas em resolver problemas em um mercado, criando um novo mercado – distribuição de direitos de propriedade que são trocados – isto é utilizado em políticas ambientais • Em alguns casos, esse tipo de arranjo é insuficiente e proibições gerais podem ser formuladas.
Foco nos preços • Economistas, mesmo quando não utilizam o mercado, buscam um preço – nível ideal de emissões, algum tipo de trade-off • Não são fluxos financeiros, são formas de trazer a contabilidade para a mesma unidade • Exemplo com doenças provocadas por poluição – economistas se importam com males definitivos, por exemplo
Mito da Eficiência • Eficiência vs Sistemas Distributivos