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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS. RECUPERAÇÃO DE SOLOS Agentes de Degradação. Prof. Fernando Pires. Na aula passada. Diagnóstico Ambiental Zoneamento Ambiental Termo de Referência – Itens mínimos obrigatórios Itens para a formatação de um bom PRAD Importância do Enfoque Holístico
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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS RECUPERAÇÃO DE SOLOS Agentes de Degradação Prof. Fernando Pires
Na aula passada... • Diagnóstico Ambiental • Zoneamento Ambiental • Termo de Referência – Itens mínimos obrigatórios • Itens para a formatação de um bom PRAD • Importância do Enfoque Holístico • Pensamento Sistêmico • Atividade Estratégias de recuperação com enfoque holístico
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Conceito de Solo O que é Solo?
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Conceito de Solo O QUE É SOLO? Conceito segundo a Pedologia: Camada viva que recobre a superfície da terra, em evolução permanente, por meio da alteração das rochas e de processos pedogenéticos comandados por agentes físicos, biológicos e químicos Conceito segundo a FAO: “Terra” é uma área delineável da superfície sólida do globo, cujas características incluem todos os atributos da biosfera, verticalmente acima ou abaixo dessa superfície, incluindo aquelas da atmosfera, solo e a geologia, a hidrologia, a população vegetal e animal, o modelo de assentamento humano e os resultados das atividade humanas do passado e do presente.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Conceito de Solo VISÃO GERAL DO SOLO - RECURSO
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Conceito de Solo • FUNIVERSA - 2010 - MPE-GO - Engenheiro Ambiental • Acerca da relação entre pedologia e meio ambiente, assinale a alternativa correta. • Os materiais de origem do solo podem ser alóctones, quando resultam do intemperismo da rocha subjacente, ou autóctones, quando não estão relacionados com embasamento local. • A idade de um solo é avaliada pelo grau de desenvolvimento dos horizontes na decomposição da matéria orgânica. • Os solos formados em declives muito íngremes podem apresentar, localmente, condições de clima semiárido, mesmo que estejam em regiões úmidas. • Solos de várzea não podem apresentar características de encharcamento, mesmo que estejam localizadas em regiões semiáridas, devido à adição de água de partes mais elevadas. • O clima não influencia na distribuição, na translocação de materiais e na intensidade com que se processa a pedogênese do material de origem.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO Mais intenso em climas áridos e semiáridos Perda da fertilidade do solo; “Lavagem” de nutrientes Solo mais denso e fino Redução da capacidade de retenção de água Modificações estruturais (físicas); Ravinas Voçorocas Risco de Erosão = Condições climáticas + Uso inadequado
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO Agentes e Tipos de Erosão
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO Evolução da Erosão
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO Classificação das Voçorocas • Profundidade: • voçoroca pequena – quando tiver menos de 2,5m de profundidade; • voçoroca média – quando tiver de 2,5 a 4,5m de profundidade; • voçoroca grande – quando tiver mais de 4,5m de profundidade. • Bacia de contribuição: • voçoroca pequena – quando a bacia de contribuição for menor que 10 ha • voçoroca média – quando a bacia de contribuição tiver entre 10 a 50 há; • voçoroca grande – quando a bacia de contribuição for maior que 50 ha.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO Frações granulométricas do solo (Sistema de Atterberg). Frações granulométricas Intervalo dimensional argila < 0,002 mm silte 0,002 - 0,050 mm areia 0,050 – 2,00 mm cascalho 2,00 mm – 2,00 cm calhau 2,00 cm – 20,00 cm matacão > 20,00 cm Fonte: OLIVEIRA et al., 1992.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO TENDÊNCIAS DE ERODIBILIDADE DO SOLO Baixa em materiais grosseiros Alta em siltes e areias finas Hierarquia de erodibilidade MENOR TEXTURA MAIOR TEXTURA Diminui com aumento da argila e matéria orgânica Diminui com o aumento da cobertura vegetal e teor de umidade Aumenta com aumento de taxa de adsorção do sódio Aumenta com a diminuição da força iônica da água
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO PROGNÓSTICO DA PERDA DE SOLO Departamento de Agricultura Americano (USDA) Equação Universal de Perda do Solo (USLE) PS = R . K . LS . C . P Onde: PS = Perda de solo (t . ha-1 . ano -1) R = Erosividade da chuva K = Erodibilidade do solo L = Comprimento da encosta (m) S = Declividade da encosta (%) C = Fator de cobertura do solo P = Fator de práticas de controle de erosão
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO • PROGNÓSTICO DA PERDA DE SOLO • USLE • Algumas Observações • R e K só variam dentro de uma ordem • de grandeza; • Há certa dificuldade em obter o fator LS; • Para um solo completamente desprotegido, o fator C é a unidade; • O fator P geralmente é empregado para descrever diferentes práticas de manejo e cultivo do solo
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO PROGNÓSTICO DA PERDA DE SOLO USLE
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO PROGNÓSTICO DA PERDA DE SOLO USLE
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação EROSÃO PROGNÓSTICO DA PERDA DE SOLO USLE - Limitações - Empírica; - Necessário julgamento criterioso para que sejam determinados valores corretos para alguns fatores; -Prevê a perda média de solo anual; -Baseado em períodos de chuva de 6h, durante 2 anos; -Não prevê erosão por voçorocas; -Só prevê erosão laminar e por ravinamento; -Ela não prevê transferência de sedimentos; -Só prevê perdas e não deposição
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA Compactação Maquinário pesado Pisoteio Selamento e Encrostamento Elevação do Lençol Freático Excesso de irrigação Capacidade de drenagem Subsidência Drenagem indevida Depleção (uso) Construção Excesso de ‘peso’ Oxidação
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA • Manifestações da Compactação • Solo: • Presença de crosta; • Aparecimento de trinca no sulcos de rodagem do trator; • Zonas endurecidas; • Empoçamento de água; • Erosão hídrica excessiva; • Presença de resíduos vegetais parcialmente decompostos muitos meses depois da incorporação. • Vegetação • Baixa emergência das plantas; • Variação no tamanho das plantas; • Folhas amarelecidas; • Sistema radicular raso e horizontal; • Raízes mal formadas e ou tortas.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA • Manifestações da Compactação • Influência na água: • Quantidade de água retida disponível a absorção pelas plantas diminui; • Diminuição da condutividade hidráulica; • Aumento da erosão. • Influência na atmosfera do solo: • Diminuição da difusão de gases; • Diminuição de macroporos.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA • Manifestações da Elevação do Lençol Freático • Vegetais: • Menor germinação e crescimento das plantas; • Acúmulo de etileno nas raízes e no caule ocasionando a degradação dos tecidos das raízes, epinastia e queda de folhas; • Alteração no metabolismo de obtenção de energia nos tecidos da raiz, que muda da respiração para a fermentação (transformando a glicose em etanol ao invés de ATP para ser utilizado pela planta); • Nível freático elevado pode restringir o desenvolvimento do sistema de raízes de espécies não adaptadas.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Físicos de Degradação DETERIORAÇÃO FÍSICA • Manifestações da Subsidência • “Acomodação do solo”
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Perda de nutrientes Erosão Esgotamento Salinização Manejo inadequado da irrigação Invasão de águas salinas / salobras em reservas aquíferas Acidificação Aplicação excessiva de fertilizantes ácidos Poluição Resíduos sólidos Chorume Óleos ...
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Perda de nutrientes Inibe crescimento Clorose Clorose marginal Necrose Crescimento reduzido Folhas verde -escuras Necrose caulinar Curvatura da planta
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Perda de nutrientes Folhas esbranquiçadas Folhas pequenas retorcidas Clorose nas nervuras foliares Clorose simultânea em todas as folhas
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Agricultura
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Processos de Salinização Solo com lençol freático muito alto, sem infiltração suficiente devido a uma crosta superficial e uma bioetrutura decaída, má drenagem, os sais ascendem junto com a água do solo e são depositados na camada cultivável do solo Solo com um processo de irrigação deficiente, são umedecidos somente uns 15 a 20 cm do superficiais. Falta de drenagem ocasiona o acúmulo de sais na superfície.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Processos de Salinização lneg.pt
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA Processos de Acidificação Ocorre naturalmente pela dissociação do gás carbônico presente na fase gasosa do solo: CO2 + H2O <–> H+ + HCO3- Reação de fertilizantes amoniacais e a uréia que, durante sua transformação no solo pelos microorganismos libera H+: Fertilizantes amoniacais: 2NH4+ + 3O2 — > 2NO2- + 2H2O + 4H+ Uréia: CO(NH2)2 + 2H2O — > (NH4)2CO3 Hidrólise do alumínio, que libera H+: Al3+ + 3H2O — > Al (OH)3 + 3H+
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA • Tipos de Resíduos • Classe I – Perigosos NBR10.007 • Inflamabilidade Corrosividade Reatividade/ • Toxocidade
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA • Tipos de Resíduos • Classe I – Perigosos • Patogenicidade • Contiver microorganismos ou suas toxinas capazes de produzir doenças. • Obs.: Não se incluem neste item resíduos sólidos domiciliares e aqueles gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação FCC - 2011 - INFRAERO - Engenheiro Ambiental A Norma NBR-10004 classifica os resíduos sólidos em duas classes: Perigosos e Não Perigosos. Os resíduos Não Perigosos são ainda classificados em Inertes e Não Inertes. Com base nessa norma ambiental, é correto afirmar: • Os resíduos provenientes da construção civil são sempre classificados como resíduos Inertes. • A patogenicidade e a toxicidade são duas características que classificam um resíduo como Não Inerte. • Um resíduo biodegradável pode ser considerado um resíduo Inerte. • A patogenicidade e a toxicidade são duas características que classificam um resíduo como Perigoso. • A presença de matéria orgânica distingue os resíduos Não Inertes dos Inertes.
Aula 4 – Agentes de Degradação do Solo Agentes Químicos de Degradação DETERIORAÇÃO QUÍMICA • Tipos de Resíduos • Classe II – Não Inertes NBR10.007 • Aqueles que não se enquadram nem na categoria dos Resíduos Perigosos Classe I, nem na categoria dos Resíduos Inertes Classe III • Classe III – Inertes NBR10.007 • Aqueles que quando submersos em água deionisada, conforme especificado por norma, não tiverem nenhum dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade.
Aula 3 - Metodologias Para Leitura O QUE TEMOS QUE LER DAQUI PRA FRENTE DO SISTEMA DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL À RESTAURAÇÃO AMBIENTAL SISTÊMICA: ORQUESTRANDO UMA CONVERSA SISTÊMICA SOBRE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL Em Perspectivas Sistêmicas para Conservação e Restauração Ambiental http://www.lras.ufsc.br/images/stories/livro_perspectivas_sistemicas.pdf http://area1rad.wordpress.com/
Aula 3 - Metodologias Para Discussão DISCUSSÃO Avaliação e Recuperação de Área Degradada (Voçoroca) no Interior da Fazenda Experimental do Glóriano Município de Uberlândia – Mg http://area1rad.wordpress.com/
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ATIVIDADE Prof. Fernando Pires