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O que voc ê deve saber sobre. ROMANTISMO: PROSA II.
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O que você deve saber sobre ROMANTISMO: PROSA II José de Alencar, por seus importantes romances urbanos e indianistas, Joaquim Manuel de Macedo, pelo pioneirismo e por sua prosa popular, Visconde de Taunay e Franklin Távora, pelos romances regionalistas, e Manuel Antônio de Almeida, pela subversão ao gênero, compõem o quadro de escritores mais significativos da prosa romântica no Brasil.
José de Alencar (1829-1877) • Romances indianistas: “consórcio” entre o povo indígena e o colonizador europeu REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO ROMANTISMO: PROSA II
José de Alencar (1829-1877) • Romances urbanos: ambientados no Rio de Janeiro do século XIX, seus enredos são marcados pela temática amorosa, surpresas reveladoras e análise crítica da moral burguesa. • Romances regionalistas: peculiaridades culturais, linguísticas e étnicas REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO ROMANTISMO: PROSA II
José de Alencar (1829-1877) • Romances históricos: enredos focalizados em episódios históricos do Brasil colônia • Dramaturgia: Odemônio familiar (1858), Verso e reverso (1857), As asas de um anjo (1860), Mãe (1862) e O jesuíta (1875) REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO ROMANTISMO: PROSA II
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) Seus romances são marcados pelo humor, pelas aventuras de jovens estudantes casadoiros e ricos, pelos desfechos-surpresa, pela apologia ao casamento e pelo sentimentalismo fácil. MARC FERREZ/INSTITUTO MOREIRA SALLES Paquetá, Rio de Janeiro, 1890. Pedra na praia da Guarda que ficou conhecida como “da Moreninha”, usada como cenário no romance de Joaquim Manuel de Macedo. ROMANTISMO: PROSA II
Visconde de Taunay (1843-1899) Visconde de Taunay foi um grande observador do Brasil distante do Rio de Janeiro. Sua carreira militar possibilitou ao carioca uma série de viagens pelo país, o que o motivou a escrever Inocência. REPRODUÇÃO Adaptação para o cinema do romance de Taunay, por Walter Lima Júnior, em 1983 ROMANTISMO: PROSA II
Franklin Távora (1842-1888) Defendia a afirmação da voz literária nordestina. Em O Cabeleira (1876), antecipou temas que seriam explorados pelos regionalistas modernistas. COLEÇÃO PARTICULAR Cangaceiro (1955), de Candido Portinari ROMANTISMO: PROSA II
Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) Ao contrário da maioria dos autores românticos, construiu sua narrativa em ambientes populares: as ruas e os casebres modestos do Rio de Janeiro do período joanino. Sua única obra de ficção publicada foi Memórias de um sargento de milícias (1855). BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO Página do Correio Mercantil de 27 de junho de 1852, com um dos capítulos de Memórias de um sargento de milícias ROMANTISMO: PROSA II
2 (Unicamp-SP) O trecho abaixo pertence ao capítulo XXII (“Empenhos”), de Memórias de um sargento de milícias. Isto tudo vem para dizermos que Maria-Regalada tinha um verdadeiro amor ao Major Vidigal; o Major pagava-lho na mesma moeda. Ora, D. Maria era uma das camaradas mais do coração de Maria-Regalada. Eis aí porque falando dela D. Maria e a comadre se mostraram tão esperançadas a respeito da sorte do Leonardo. Já naquele tempo (e dizem que é defeito do nosso) o empenho, o compadresco, era uma mola real de todo o movimento social. ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Mamede Mustafá Jarouche (Org.). Cotia: Ateliê, 2000. p. 319. a) Explique o “defeito” a que o narrador se refere. b) Relacione o “defeito” com esse episódio, que envolveu o Major Vidigal e as três mulheres. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: O narrador se refere ao hábito da utilização de relações pessoais para obtenção de benefícios e privilégios. Segundo ele, trata-se de um “defeito nosso”, ou seja, do povo brasileiro. RESPOSTA: A comadre, ajudada por D. Maria, procura o auxílio de Maria-Regalada, de modo que esta utilize suas “influências amorosas” em favor de Leonardo, preso pelo Major Vidigal. ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR
(UFBA) Texto para a questão 3. – Então nunca amou a outra? – Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti... Soerguendo-se para alcançar-lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva. Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara. – Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos. A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço. – Aurélia! Que significa isto? – Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido. – Vendido! Exclamou Seixas ferido dentro d’alma. ALENCAR, José de. Senhora. Em: José de Alencar: ficção completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. v. 1, p. 714. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR
3 Constitui uma afirmativa verdadeira sobre esse fragmento destacado do romance: (01) Aurélia e Seixas são caracterizados como seres movidos pela razão. (02) Os termos “ti” e “esposa”, em “O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti...”, equivalem-se semanticamente. (04) A expressão “com a ponta dos dedos” acentua a delicadeza de Aurélia em relação ao marido. (08) Aurélia, ao referir-se à sua relação matrimonial como “comédia”, nega o drama por ela vivenciado. (16) Constata-se, no fragmento, que Aurélia considera Seixas um marido interesseiro, um objeto de comércio. (32) O fragmento reproduzido põe em cena as duas personagens como se vivessem numa representação, segundo avaliação da protagonista. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: Soma: 02 + 16 + 32 = 50 ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR
8 (Cefet-PR) O Romantismo brasileiro foi (...) tributário do nacionalismo; embora nem todas as suas manifestações concretas se enquadrassem nele, ele foi o espírito diretor que animava a atividade geral da literatura. CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. Analise os fragmentos a seguir, extraídos de romances românticos. I. A casa da farinha não era mais do que um vasto alpendre aberto por todos os lados e coberto de palhas de pindoba. No centro via-se o forno onde tinha de ser cozida a massa já apertada pela prensa e livre da manipueira. Parte dela, porém, tanto que saía do pé das rodas, era lavada em gamelas e alguidares onde deixava o resíduo ou goma para os beijus e tapiocas. A prensa estava armada a um dos lados do alpendre; no outro viam-se as duas rodas que não cessavam de girar. Quando cansavam os matutos ou escravos que as moviam, eram logo substituídos por gente fresca. Os dois matutos, ali bem conhecidos, foram saudados pelas pessoas que estavam trabalhando, e, como é costume em tais ocasiões ainda hoje, trataram eles de concorrer gratuitamente com o auxílio dos seus braços descansados, o que a muitos não deixou de ser agradável. TÁVORA, Franklin. II. Naquele tempo é certo que o gado barbatão multiplicava-se com prodigiosa rapidez; e os vastos campos incultos, bem como as florestas ainda virgens, ofereciam às manadas selvagens refúgios impenetráveis. Daí provinham essas famosas correrias tão celebradas nas cantigas sertanejas, e nas quais os vaqueiros gastavam semanas e meses à caça de um boi mocambeiro, que eles perseguiam com uma tenacidade incansável, menos pelo interesse, do que por satisfação de seus brios de campeadores. ALENCAR, José de. III. Corria um belo tempo; a vegetação reanimada por moderadas chuvas ostentava-se fresca, viçosa e luxuriante; a água do rio ainda não turvada pelas grandes enchentes, rolando com majestosa lentidão, refletia em toda a pureza os esplêndidos coloridos do horizonte, e o nítido verdor das selvosas ribanceiras. As aves, dando repouso às asas fatigadas do contínuo voejar pelos pomares, prados e balsedos vizinhos, começavam a preludiar seus cantos vespertinos. GUIMARÃES, Bernardo. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR
8 Confirma(m) a afirmação do crítico: a) I, II e III. b) somente III. c) somente II e III. d) somente II. e) somente I e II. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: A ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR
12 (ITA-SP) Quando comparamos a ficção romântica de José de Alencar com as obras realistas de Machado de Assis, é possível diferenciá-las em muitos pontos, tais como: I. A ficção romântica, em geral, termina com a união do casal no casamento (como em Senhora, em que a união do casal só se realiza no fim do livro), ao passo que a narrativa realista costuma terminar com a dissolução do casamento (como em Dom Casmurro). II. Na ficção romântica, é visível que tudo gira em torno do sentimento amoroso (como em Senhora), mas na ficção realista o que se percebe é muito mais erotismo que amor (como em Memórias póstumas de Brás Cubas, em que há o envolvimento adúltero de Virgília e Brás Cubas). III. Os protagonistas das obras românticas são muito virtuosos (como Peri em O Guarani), já os protagonistas das obras realistas são comuns (como em Dom Casmurro). IV. As obras românticas são sempre localizadas no passado histórico (como em O Guarani), enquanto as realistas são invariavelmente localizadas no presente (como em Quincas Borba). Está(ão) correta(s): a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV. c) apenas I e III. d) apenas II, III e IV. e) todas. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: A ROMANTISMO: PROSA II — NO VESTIBULAR