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1. Diplomacia da saúde e aagenda em saúde global Paulo M. Buss
Diretor, CRIS/FIOCRUZ
Professor, ENSP/FIOCRUZ
I Fórum Sul-americano de
Cooperação Internacional em Saúde
Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2011
2. Conjuntura Crise econômica sistêmica e global, que iniciou em 2008 no circuito central da economia globalizada: USA e países da União Européia. Aprofundamento da crise. Crise da banca privada ? crise nas dívida soberanas dos Estados-Nacionais. Reduções de investimentos públicos e orçamentos sociais, inclusive o da saúde
Aprofundamento das desigualdades pré-existentes
Amplificação da pobreza e do desemprego
Comprometimento ecológico em escala planetária
Crise alimentar, energética e ética
Conseqüências sobre os países de renda baixa e ‘Estados frágeis’
Profundas conseqüências sobre a saúde
3. Transformações políticas do Sul Renovação democrática. Exemplos: América do Sul; Brasil; e algumas democracias africanas
Re-invenção do papel do Estado no desenvolvimento
Confiança em valores e auto-determinação nacionais
Crescente consciência e reconhecimento social dos povos originários e das diversidades cultural, étnica, de gênero, de modos de vida, além do impacto de outros macro determinantes sociais da saúde
Re-emergência da Cooperação Sul-Sul, de notáveis tradições que remontam ao Movimento dos Não-Alinhados da década de 60
4. Desafios à cooperação (1/3) Pobreza e exclusão social*
Crescente urbanização
Migração (processo) e imigrantes (pessoas)
Envelhecimento da população
Queda na fecundidade e no crescimento populacional
Situação de saúde declinante em diversos países de renda baixa e média do mundo
Marcadas iniqüidades entre países e no interior dos mesmos
5. Pobreza e iniqüidades Pobreza e iniqüidades entre países e no interior dos mesmos
1,2 bilhões em extrema pobreza no mundo (renda de menos de 1 USD/dia)
África: quase a metade da população vive neste estado
Ásia: 37% (448 milhões)
AL e Caribe: 222 milhões pobres e 96 milhões (18,6%) indigentes
6. Desafios à cooperação (1/3) Pobreza e exclusão social
Crescente urbanização
Migração (processo) e imigrantes (pessoas)
Envelhecimento da população
Queda na fecundidade e no crescimento populacional
Situação de saúde declinante em diversos países de renda baixa e média do mundo
Marcadas iniqüidades entre países e no interior dos mesmos
7. Desafios à cooperação (2/3) Dupla carga de doença: convivência das DIPs endêmicas e epidêmicas (como as três grandes: HIV/AIDS, malária e tuberculose) e outras doenças emergentes (como Influenza A H1N1) e re-emergentes (como dengue e cólera),
Com as DCNT, como diabetes, enfermidades cárdio e cérebro-vasculares, neoplasias, enfermidades mentais, e
Violências e outras causas externas
8. Desafios à cooperação (3/3) Adições e estilos de vida não saudáveis
Fome e desnutrição. O paradoxo desnutrição-obesidade
Globalização dos riscos em saúde
Vulnerabilidade a desastres e a outras circunstâncias de impacto ambiental
Altas mortalidades materna e de menores de 5 anos; baixa expectativa de vida
‘Pessoas’ e não ‘doenças’ negligenciadas
9. Sistemas de saúde nos PRMB Limitações na ‘governança’ e baixas capacidades de análise, formulação e implementação de políticas sociais e de saúde
Sistemas de saúde frágeis, fragmentados e mal preparados para enfrentar a dupla carga de doença
Deficiências na força de trabalho e inadequados recursos tecnológicos. Migração da FTS.
Sub-financiamento e inadequada distribuição, segundo as diversas opções de atenção à saúde e saúde pública
Inexistência ou fragilidade do controle social
10. Insumos para a saúde Os insumos para a saúde – como medicamentos, vacinas e recursos para diagnóstico – são em geral muito caros e quase inacessíveis aos países pobres e aos pobres de todos os países
Ganância das empresas farmacêutica e regras do comércio internacional
Regulação sempre inatingível
Império das patentes sobre os pacientes
11. Conseqüências Os sistemas de saúde da maioria dos países pobres não estão em condições de enfrentar sozinhos a situação social e de saúde vigentes, necessitando da solidariedade internacional
Isolados, sem políticas públicas coordenadas para enfrentar os determinantes sociais da saúde, tampouco os sistemas de saúde alcançarão sucesso
A cooperação internacional em saúde é imperativo ético e imprescindível para o desenvolvimento e a saúde nestes países
12. Reforma da OMS e governança global (1/4) Processo em curso desde Janeiro de 2010
Motivação inicial: equacionar o financiamento da OMS, cada vez mais inadequado (insuficiente e ‘earmarked’)
Estados-membros: reforma ampla (da OMS e da governança da saúde global) para responder aos desafios contemporâneos
EB 130 (Janeiro 2012) e AMS 65 (Maio 2012): Análise das propostas do EBSS (Novembro 2011)
http://apps.who.int/gb/e/e_ebss.html
Propostas insuficientes, resultantes de acordos possíveis. Discussão de formas, não de conteúdos.
13. Reforma da OMS e governança global (2/4) Três grandes linhas de reforma:
Estabelecimento de prioridades e programas
Governança
Reformas gerenciais
Estabelecimento de prioridades e programas
Processo impulsionado pelos E-M visando formular recomendações sobre métodos de estabelecimento de programas e prioridades da organização nos três níveis (Genebra, Regionais e países)
14. Reforma da OMS e governança global (3/4) Governança
Reafirmação dos papéis da AMS e do EB. Inclusividade e transparência.
Revisão do papel de ONGs e setor privado; e das alianças e iniciativas globais
Reforço do PBAC-EB.
Revisão do posicionamento da OMS no contexto do Sistema das Nações Unidas. Marco que oriente a interação entre as partes interessadas em saúde.
Orientações quanto a funcionamento dos órgãos deliberantes.
Alinhamento Comitês Regionais-EB-AMS
15. Reforma da OMS e governança global (4/4) Reforma gerencial
Eficácia, eficiência e alinhamento
Fortalecer escritórios da OMS nos países
Financiamento
Recursos humanos
Planejamento, gestão e ‘accountability’
Comunicações estratégicas
16. Outros itens da agenda global Determinantes sociais da saúde: Conferência Mundial, Rio de Janeiro (Outubro de 2011) e desdobramentos: Resolução EB 130 e AMS 65. UN-GA (2012 ou seguintes)
Cobertura universal em saúde
Governança global em saúde (diversas iniciativas)
MDGs e pós-2015
Rio + 20: Saúde e ambiente no desenvolvimento sustentável
17. ‘Novas’ formas de cooperação Nova governança global em saúde: reforma da OMS; reafirmação do multilateralismo; reforço da cooperação entre países
Saúde e diplomacia da saúde na política externa
Cooperação Sul-Sul (ou CTPD ou cooperação horizontal) e cooperação triangular Norte-Sul-Sul
Cooperação ‘estruturante’ em saúde
18. Plan Quinquenal 2010-2015UNASUR Salud Aprobado por el Consejo de Ministros en Cuenca, Abril de 2010, después de seis meses de preparación
Cinco ejes prioritarios (Agenda):
Rede de vigilancia y respuesta
Desarrollo de sistemas universales de salud
Acceso universal a medicamentos
Promoción de salud y acción sobre los DSS
Desarrollo y gestión de recursos humanos en salud