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Escala Fatorial de Socialização - EFS. Nunes & Hutz. Casa do Psicólogo. O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five. Origem – teorias fatoriais e teorias do traço; Explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores;
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Escala Fatorial de Socialização - EFS Nunes & Hutz. Casa do Psicólogo
O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five • Origem – teorias fatoriais e teorias do traço; • Explicação teórica da personalidade a partir de cinco fatores; • Modelo atual: Extroversão (E), Socialização (S), Realização (R), Neuroticismo (N) e Abertura para novas experiências (A); • Importante contribuição da análise fatorial;
O Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade – Big Five • Aceitação tardia do modelo: • Necessidade de computadores com potência para análise fatorial; • Os autores como Thurstone não continuaram os estudos iniciados na área, voltando-se para inteligência; • Concepção que os psicólogos tinham sobre personalidade: ênfase na teoria e pouco em pesquisa sistemática;
Por que cinco fatores? • A descoberta de cinco fatores foi acidental; • Generalização empírica; • Não foi desenvolvido de uma teoria a priori; • Vários autores questionam o número de fatores;
Por que cinco fatores? • Esse modelo tem suas origens na análise da linguagem utilizada para descrever pessoas; • Hipótese léxica: “as diferenças individuais mais significativas nas interações diárias das pessoas são codificada na linguagem”. • Traços de personalidade produzem comportamentos – relevantes para grupo – criação de palavras para descrever essas características;
Por que cinco fatores? • McAdams (1992) – cinco fatores se referem a informações fundamentais, que geralmente queremos ter sobre pessoas com quem vamos interagir: • Ativo e dominante ou passivo e submisso; • Socialmente agradável ou desagradável, amigável ou frio, distante; • Responsável ou negligente; • Louco, imprevisível ou normal, estável; • Esperto ou tolo, aberto a novas experiências ou desinteressado por tudo aquilo que não diz respeito à experiência do cotidiano.
Por que cinco fatores? • Universalidade de um sistema baseado numa estrutura lingüística. • Estudos em diversas línguas e países: japonês, chinês, hebraico, em Hong Kong, nas Filipinas, Turquia, Vietnã,Índia, Portugal, EUA, Brasil etc. • O modelo se mostrou replicável;
O Fator Socialização • Socialização é um importante componente da personalidade humana; • No Big Five – descreve a qualidade das relações interpessoais dos indivíduos; • Relaciona-se aos tipos de interações que uma pessoa apresenta ao longo de um contínuo que se estende da compaixão ao antagonismo; • Também avalia o quão capazes as pessoas se percebem no convívio social;
Cinco Fatores e Transtornos • Todos os 5 fatores podem ser úteis para identificação de transtornos de personalidade. • Avaliação de estilos emocionais, interpessoais e motivacionais; • Panorama compreensível do indivíduo; • Informações úteis na seleção de tratamento e avaliação do prognóstico dos casos;
Fator Socialização e avaliação • Estudos indicam: • Pessoas com transtorno anti-social – baixos escores de socialização; • Dependentes químicos – fator de socialização; • Fator socialização – contexto do trabalho e organizações;
A EFS • Os itens foram construídos na forma assertiva que descrevem atitudes, crenças e sentimentos e as escalas de resposta são do tipo Likert de 7 pontos; • A escala foi desenvolvida no Brasil; • Amostra de padronização: 1100 participantes de ambos sexos, da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraíba. Nível de escolaridade: Ensino Médio e Superior. Idade: 14 a 50 anos
Aplicação da EFS • Pode ser aplicada individualmente ou em grupo; • Não tem limite de tempo e usualmente não ultrapassa 40 minutos; • Aplicado a pessoas a partir dos 14 anos e do Ensino Médio;
Avaliação da EFS • Obtenção de escores brutos (ver manual) – uso de crivos: • S1 – Amabilidade; • S2 – Pró-sociabilidade; • S3 – Confiança; • Os escores brutos são transformados em escores percentílicos consultando as tabelas, de acordo com o sexo;
Interpretação da EFS • A EFS permite identificar tendências de comportamento, bem como padrões mais prováveis de atitudes e crenças. • Os padrões descritos são os extremos, raros de ocorrerem.
Interpretação da EFS • Escore geral – pessoas com alto escore apresentam “altruísmo”, confiança nas demais pessoas, franqueza etc. Com baixo escore, hostilidade, manipulação, desconfiança, padrões mais elevados de consumo de substâncias psicoativas, quebra de regras sociais etc.
Interpretação da EFS • S1 – Amabilidade: • Alto escore – pessoas atenciosas, agradáveis, compreensivas e empáticas, gostam de ajudar os outros. Comum em transtorno de Personalidade Dependente; • Baixo escore – pouca disponibilidade para os outros, sendo auto-centradas e indiferentes.Comum em Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista;
Interpretação da EFS • S2 – Pró-sociabilidade • Alto escore: tendem a evitar situações de risco, bem como atitudes consideradas transgressoras às leis ou regras sociais. Postura franca; • Baixo escore: tendem a envolver-se em situações de risco. Pouca preocupação em seguir regras. Podem ser manipuladoras e hostis, risco para excesso de uso do álcool. Transtorno de Personalidade Anti-social e Narcisista.
Interpretação da EFS • S3 – Confiança nas pessoas: • Alto escore: acreditam que os outros são honestos e bem intencionados. Podem ter postura ingênua, podendo ser prejudicados pelos demais. Transtorno de Personalidade Histriônica e Dependente. • Baixo escore: céticos, assumem que os outros podem ser desonestos e perigosos. Podem ter ciúme excessivo e dificuldade em desenvolver intimidade com os outros.Transtorno de Personalidade Paranóide, Esquizotípico e Boderline.
Definições • Transtorno de Personalidade Histriônica ou Histérica (TPH) é uma desordem de personalidade (incluída no grupo B "dramáticos, imprevisíveis ou irregulares" - Borderline, Histriônica, Anti-Social e Narcisista), representada por pessoas dramáticas, exageradas, sedutoras, que tendem a chamar atenção para si mesmas e controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem - manipuladores.[1] É um distúrbio de personalidade que pode ocorrer concomitante ao Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline) e, por isso, compartilham várias características em comum. Além disso, histriônicos têm uma probabilidade maior de adquirir depressão do que a maioria das pessoas.
Definições • A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos.Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade, mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1). Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2).
Definições • Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades (se alguma) (Critério A4). Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5).Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos.Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem frios e indiferentes.
Definições • Borderline significa “limítrofe”. Caracterizam a instabilidade, a precária fronteira entre a lucidez e a insanidade em que vivem as pessoas nessa condição. A personalidade borderline é um grave transtorno mental com um padrão característico de instabilidade na regulação do afeto, no controle de impulsos, nos relacionamentos interpessoais e na imagem de si mesmo. Apesar de não ser tão divulgada quanto outros transtornos psiquiátricos, afeta de 1 a 2% da população geral, 10% de pacientes psiquiátricos e 20% dos internados em hospitais, sendo que a maior parte das pessoas afetadas (até 70%) corresponde a mulheres. • Relacionamentos intensos e instáveis, cujos problemas mais comuns são o profundo medo de abandono, que tende a se manifestar em esforços desesperados para evitar ser deixado sozinho, e alternância entre extremos de idealização e desvalorização, sendo os relacionamentos marcados por freqüentes discussões, rompimentos, baseados em uma série de estratégias mal adaptadas que irritam e assustam outras pessoas.
Questão • Em que contextos a EFS pode ser utilizada? Que contribuições a EFS traz para esses contextos?