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Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Médicas Medicina 1. Diagnóstico Diferencial Icterícias. Tutora: Dra. Paula Peixe. Diogo Marques Joana Carvalho Turma 3 – Outubro de 2009. Icterícia. Síntese e Metabolismo Bilirrubina. Heme Biliverdina Bilirrubina não conjugada.
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Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Médicas Medicina 1 Diagnóstico Diferencial Icterícias Tutora: Dra. Paula Peixe Diogo Marques Joana Carvalho Turma 3 – Outubro de 2009
Síntese e Metabolismo Bilirrubina Heme Biliverdina Bilirrubinanão conjugada Heme oxigenase S.R.E Urina Fezes - Urobilinas - Urobilinogénios Biliverdina reductase Absorção Sangue ligada à Albumina Circulação Enterohepática 80/90 % Bilirrubina não conjugada UDP- Ác. Glucorónico Urobilinogénios UDPGT Bilirrubina não conjugada C. Biliares Bilirrubina conjugada Íleon terminal Cólon • -Glucoronidases • bacterianas
Abordagem ao Paciente Bilirrubina não conjugada Bilirrubina conjugada
Hiperbilirrubinémia Isolada • Distúrbios Hemolíticos • HEREDITÁRIOS • Anemia falciforme • Esferocitose; eliptocitose Deficiência de G-6-PD e piruvatoquinase • ADQUIRIDOS • Anemias hemolíticas microangiopáticas • Hemoglobinúriaparoxística nocturna • Anemia devida a acantocitose • Hemólise auto-imune • Eritropoiese ineficaz • ↓ Vit. B12, folato, ferro; talassémias • Fármacos • Rifampicina, probenecide, ribavirina • Distúrbios Hereditários • S. de Crigler-Najjar I e II • S. de Gilbert Processos Hemolíticos Comprometimento captação / conjugação hepática
Hiperbilirrubinémia Indirecta • Distúrbios Hemolíticos
Hiperbilirrubinémia Indirecta • Eritropoiese Ineficaz
Hiperbilirrubinémia Indirecta • Fármacos • S. Crigler – Najjar tipos I e II • Síndrome de Gilbert UDP-GT
Hiperbilirrubinémia Directa • Síndrome de Dubin-Johnson • Síndrome de Rotor
Hiperbilirrubinémia com outras alterações hepáticas • Hiperbilirrubinémia conjugada no contexto de outras alterações da função hepática
Distúrbios Hepatocelulares • Hepatite viral • HAV, HBV, HCV, HDV, HEV • CMV; EBV; HSV • Hepatite auto-imune • Álcool • Toxicidade Medicamentosa • Previsível (paracetamol) • Imprevisível (isoniazida) • Toxinas ambientais • Cloreto de vinil • Alcalóides pirrolizidínicos (Chá da Jamaica) • Cogumelos (Amanitaphalloides) • Doença de Wilson
Distúrbios Colestáticos • Hepatite viral • HBV, HCV, HAV; EBV, CMV • Hepatite Alcoólica • Fármacos • Colestase intra-hepática: esteróides e anticontraceptivos • Hepatite colestática: clorpromazina, imipramina • Colestase crónica: clorpromazina, proclorperazina • Cirrose biliar primária • Colangite esclerosante primária • Síndrome dos ductos biliares evanescentes • Rejeição crónica de transplante hepático • GHVD pós transplante MO • Sarcoidose, fármacos, idiopática
Distúrbios Colestáticos • Hereditários • Colestase intra-hepática familiar progressiva tipos 1 a 3 • Colestase recorrente benigna • Colestase da gravidez • Nutrição Parentérica Total • Sépsis não hepatobiliar • Colestase pós-operatória benigna • S. Paraneoplásica • Doença venoclusiva • GVHD • Doenças infiltrativas • TB • Linfomas • Amiloidose
Distúrbios Colestáticos • Malignas • Colangiocarcinoma • Carcinoma pancreático • Carcinoma da vesícula biliar • Carcinoma ampular • Comprometimento maligno dos nódulos linfáticos da porta hepática • Benignas • Coledocolitíase • Após cirurgias em estruturas biliares • Colangite esclerosante primária • Pancreatite crónica • Colangiopatia da SIDA • Síndrome de Mirizzi • Doença parasitária (ascaridíase)
Distúrbios Colestáticos • Colestase intra-hepática VS extra-hepática • Ultra-Sons • Árvore biliar dilatada – colestase extra-hepática • Árvore biliar não dilatada – colestase intra-hepática • TC • CPRM • CPRE
Hiperbilirrubinémia com outras alterações hepáticas • Hiperbilirrubinémia conjugada no contexto de outras alterações da função hepática
Exame Objectivo • Sinais de Doença Hepatocelular Crónica
Exame Objectivo • Sinais de doença colestática crónica
Exames Laboratoriais • MEDIÇÃO DA BILIRRUBINA • Reacção de van der Bergh • Bilirrubina directa • Bilirrubina indirecta (Total – directa) • Bilirrubina conjugada • Espectrofotometria < 1 mg/dL Ictotest
CASO CLÍNICO • JA, ♂ , 57 anos • DI: 11-10-2009 • MI: ascite com edemas MI e escroto • DA: doente com hábitos etanólicos (1,5 - 2 L vinho /dia, durante 37 anos), recorreu ao SU pela primeira vez há 3 anos, por queixas de ascite e edemas dos MI. Medicado temporariamente. Internado mais 2 vezes (em 2007 e há cerca de 1 mês), com padrão de queixas e procedimentos médicos semelhantes. • Actualmente internado por ascite marcada, edemas MI e escroto. Submetido a 3 paracenteses desde dia 11. Refere icterícia (pele e escleróticas) nas alturas de agravamento dos sintomas. Refere hematomas fáceis e aumento do tempo de hemorragia.
CASO CLÍNICO • Nega prurido e sintomas neurológicos, artralgias, mialgias, anorexia, perda ponderal, dor abdominal, febre, prurido. Nega também colúria e acolia, hematemeses, hematoquézias, melenas, hemorróidas. • AP: Nega hepatite, história de litíase biliar, pancreatite ou tuberculose. Nega hábitos toxicómanos, transfusões, toma de medicação regular (apenas é medicado regularmente desde Setembro) ou suplementos alimentares.
CASO CLÍNICO • Doente vigil, orientado, calmo, colaborante • Pele (região frontal e face anterior tórax) e escleróticas ictéricas. Telangiectasias na face e região anterior do tórax. • Membros Inferiores: Veias varicosas nas 2 pernas, manchas cutâneas de estase crónica (sobretudo na perna direita). Extremidades frias, rarefacção pilosa distal. • Abdómen: percussão sugestiva de hepatomegália, com macicez desde o 5º EIC direito até 4 cm abaixo da grelha costal. Palpação que confirma hepatomegália. Fígado não doloroso ao toque, com bordo inferior regular, não nodular e depressível. Face anterior com padrão nodular discreto. Pesquisa de ascite: timpanismo central, com macicez nos flancos; decúbito lateral: macicez móvel; sinal de onda líquida +.
CASO CLÍNICO Exames Laboratoriais: • Hemograma: • Eritrócitos↓ • Hb↓ • Htc↓ • VGM ↑ • HGM ↑ • Leucócitos ↑ • Neutrófilos ↑ • Plaquetas ↓ • PT ↑ • INR = 1,9 • Ureia N • Creatinina ↓ • LDH N • CK ↓ • PCR ↑ • Ferritina ↑ • Albumina ↓ (2,5 g/dL) • Bilirrubina total ↑ (9,29 mg/dL) • Bilirrubina conjugada ↑ (5,97 mg/dL) • AST ↑ (77 U/L) • ALT ↑ (54 U/L) • AST/ALT = 1,43 • GGT ↑ (140 U/L) • Fosfatase Alcalina ↑ (172 U/L) • α - fetoproteína: N • Ionograma: • Na ↓ • Cl↓
CASO CLÍNICO • Realizada paracentese, com drenagem de 5L líquido: • Turvo • Amarelo Citrino • Densidade = 1,012 • Líquido Ascítico: • Células: 6180 • PMN: 246 • Neutrófilos: 84% • Proteínas: 1g/dL • Albumina: 0,36 g/dL • Urocultura: - • Hemocultura: Em curso • Cultura Líquido Ascítico: Em curso
BIBLIOGRAFIA • BICKLEY, Lynn, et al, Bates Propedêutica Médica, 8ª Ed, Guanabara Koogan, 2005 • BRAUNWALD, Eugene, et al, Harrison’s Principles of Internal Medicine, 17th ed., McGrawHill, USA, 2007. • KUMAR et al, Robbins&Cotran Pathologic Basis of Disease, 7th ed., Saunders, 2005; • SILBERNAGL, S. et al, Color Atlas of Pathophysiology, Thieme, 2000