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Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo?. Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela SBPT - 2012 Prof. Pneumologia Faculdade de Medicina UFRJ – Campus Macaé
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Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo? Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela SBPT - 2012Prof. Pneumologia Faculdade de Medicina UFRJ – Campus Macaé VI Curso Nacional de ventilação Mecânica e III Curso Nacional de Sono 27 a 29 de março de 2014 – São Paulo
A economia estuda como pessoas, empresas, governo e outras organizações da sociedade fazem escolhas e como essas decisões determinam a utilização e a alocação dos recursos entre os membros da sociedade. • Os economistas que elaboram análises de custo-benefício abordam os projetos com a seguinte questão: “Esta intervenção produzirá uma possível melhoria de Pareto?”. Uma melhoria de Pareto é uma mudança que melhorará pelo menos as condições de uma pessoa e não piorará as condições de outras, no sentido de questionar se é possível que os que ganham compensem os que perdem. A necessidade percebida de estimar em valores monetários as intervenções em saúde surge da busca de melhorias de Pareto – medidas para melhorar o bem-estar coletivo. • Cada indivíduo está, constantemente, fazendo escolhas. Escolhas envolvem trade-offs, isto é, optar por gastar mais em alguma coisa nos deixa com menos para gastar em outra. Os trade-offs são consequência da escassez e limitação dos recursos na sociedade. • Para fazer as melhores escolhas, precisamos ter acesso e analisar informações. Por fim, essas escolhas determinarão a distribuição de riquezas e renda na sociedade. • Análise de custo-efetividade é uma razão, tal como custo por ano de vida salvo, em que o denominador reflete o ganho em saúde oriundo de uma intervenção específica (exemplos: anos de vida ganhos, número de acidentes cerebrovasculares evitados) e o numerador reflete o custo monetário para se obter o ganho em saúde. 2
3 Conceito de CUSTO-EFETIVIDADE uso de recursos benefícios de saúde • A análise de custo-efetividade é a melhor opção quando se comparam duas ou mais intervenções para um mesmo desfecho em saúde. • Trata-se da modalidade mais utilizada nas análises econômicas em saúde. Uma intervenção em saúde é dita custo-efetivo se produz um benefício clínico justificável para o seu custo. A contribuição da análise de custo-efetividade é instrumentalizar os médicos e gestores para o processo de tomada de decisão, momento no qual se decide o que, quanto, para quem, a que custo, e qual o benefício da intervenção. RevBras Hipertens vol.17(3):182-185, 2010
4 O Problema Complacência da Via Aérea Multifatorial Obstrução Anatômica Tônus Neuromuscular Instabilidade Centro Respiratório
5 O verdadeiro problema
Atividade simpática POLISSONOGRAFIA Atividade Parassimpática ↓FC, DC, P.intra-torác. Fragmentação do sono Qualidade de vida Ronco: problema clínico e social Doenças cardiovasculares Sintomas e Produtividade Acidentes de trabalho e trânsito
7 O tratamento
PAP: Pressão positiva em via aéreaTipos de equipamentos 8 CPAP CPAP com pressão flutuante Gravidade do Quadro Bilevel Preferência do paciente
PAP: como faz a diferença... 9 PAP--------------------------
Recomendações • CPAP é efetivo na SAOS moderada/grave (padrão); • Indicado em pacientes com sonolência diurna excessiva (decorrente de SAOS) independente da gravidade (padrão) • CPAP recomendado para SAOS leve, Resistência da via aérea (RERA) e ronco primário (opcional) • Pode ser usado para tratar hipertensão arterial e outras comorbidades cardiovasculares causadas ou agravadas pela SAOS (opcional) Kushidaet al. Sleep, 2006
11 Conclusão: quando qualidade de vida, custos da terapia e acidentes automobilísticos são considerados, CPAP nos pacientes com SAOS é excelente uso de recursos de saúde. • Avaliaçãodacusto-efetividade do CPAP x sem CPAP; • Meta-análise com modelo de 5 anos de Markov; • Média de IAH 37-60/h; • Populaçãohomogênea; • Nãoconsiderado: produtividade no trabalho, redução de injúriaocupacional, redução de anti-hipertensivos, melhoradaqualidade de vida do parceiro.
12 Conclusão: CPAP é custo-efetiva para utilização de recursos em saúde. É necessário investir em educação de tomadores de decisão sobre a importância de SAOS e os benefícios de seu tratamento. • Avaliaçãodacusto-efetividade do CPAP x sem CPAP; • Meta-análise com modelo de 5 anos de Markov (queconsideraváriosdesfechos); • Idade de 30 – 59 anos; • Podenão ser reproduzidoemoutroslocais (custosmédicos, de aparelhos e acidentes); • Nãoconsiderado: performance no trabalho, redução de injúriaocupacional, redução de anti-hipertensivos e de doençascardiovasculares, melhoradaqualidade de vida do parceiro. • Can Respir J vol 15 n.3 April 2008
13 Conclusão: CPAP foi associado a alto custo e grandes benefícios comparado a conduta conservadora. É alta a probabilidade do CPAP ser mais custo-efetivo do que DIO e manejo usual. • Revisãosistemática MEDLINE, EMBASE E COCHRANE (2005-2007); • 6325 citações, 48 estudosrelevantes e 29 consideravam SED. • Avaliaçãodacusto-efetividade do CPAP comparadocontrole (placebo e tratamentoconservador); • Benefíciosignificativo CPAP comparado com controlena ESS, sendomaisconsistentequantomaissintomáticos. • Melhoradaqualidade de vidafoimenosrobusta.
14 • CPAP • adaptaçãoao CPAP em 68% após 4 anos. • 10,2% desistem. • ↓ reduz 52% risco de acidentesveículos. • ↓ 49% risco de IM em 10 anos. • ↓ 31% risco de AVC Conclusão: torna-se necessário o maior acesso ao tratamento da SAOS para resolver esse grave problema de saúde pública