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Pesquisa em grupoterapia. XIII Congresso Brasileiro de Psicoterapia de Grupo IX Encontro Luso-Brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo Porto Alegre, 30 de novembro de 2007. O Pequeno Grupo como Objeto de Pesquisa. O grupo como uma totalidade; Os subgrupos;
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Pesquisa em grupoterapia XIII Congresso Brasileiro de Psicoterapia de Grupo IX Encontro Luso-Brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo Porto Alegre, 30 de novembro de 2007
O Pequeno Grupo como Objeto de Pesquisa • O grupo como uma totalidade; • Os subgrupos; • Os indivíduos; • Os sujeitos e as inter-subjetividades; • Os processo ou relações; • O contexto; • A historicidade.
O Pequeno Grupo como Objeto de Pesquisa Fundamentos clássicos da pesquisa • Pressupostos Teóricos; • Método; • Procedimentos: coleta de material, transcrição/digitação e análise.
Ciência Tradicional: o grupo é um objeto/sistema funcional • Sistema: um conjunto de elementos interdependentes que tem uma função, um produto final; • Biologia: sistema circulatório (corpo/membros); • Física: sistema mecânico (máquina/peças); • Psicologia: sistema familiar (família/irmãos) e equipes formadas por especialistas constituem uma unidade funcional.
Pressupostos da Ciência: Tradicional e Contemporânea • Simplicidade X Complexidade • Estabilidade X Instabilidade • Objetividade X Subjetividade
Pressupostos da ciência tradicional (Vasconcellos) • 1 Simplicidade: pressuposto de que as incertezas do mundo, no fundo, têm uma explicação simples; análise que separa o todo em partes microscópicas (p. ex. átomo) para entender o todo; • 2 Estabilidade: pressuposto de que o mundo é estável: há causa e efeitos e assim previsibilidade, reversibilidade, controlabilidade.
Pressupostos da ciência tradicional (Vasconcellos) • 3 Objetividade: pressuposto de que é possível conhecer o mundo tal como ele é; • Assim, existe uma realidade objetiva independente do observador, de sua teoria e método; • Para se conhecer a realidade é preciso apenas controlar a subjetividade do observador (sua ilusão); • Há necessidade da neutralidade.
Pressupostos da Ciência Contemporânea em Edgar Morin • Complexidade: as relações do mundo/grupo são postas em evidência e, em lugar secundário, as unidades/participantes (estas não explicam o todo); • Não separa o todo em partes, mas considera a totalidade dinâmica (estrutura, gênese e dinâmica) e o contexto (Lewin).
Pressupostos da Ciência Contemporânea (Morin) • Instabilidade: suposição de que o grupo é um processo com devires; • Há uma multi-causalidades e não uni-causalidade; • Recursividade organizacional e não linearidade; • Não há previsibilidade, reversibilidade e controlabilidade.
O Pequeno Grupo como um Sistema Complexo (Alves e Seminotti, 2006) • Subjetividade • Conhecer a realidade contextualizada; • O observador é incluído no conhecimento (intersubjetividade); • Compreensão do conjunto, e não análise das partes e, depois, a síntese; • Compreensão supõe racionalidade e empatia, intersubjetividade, generosidade ...
Fundamentos contemporâneos da pesquisa (Morin) • As teorias ou operadores teóricos são múltiplos e precisam dialogar; • No centro do método está o pesquisador: método é a atividade pensante e reorganizadora necessária à teoria e ao material empírico; • Coleta de dados através da observação do grupo: observar e descrever o objetivo e auto-observar-se e descrever o subjetivo;
Coleta de material • Observação de grupo Terapeuta: Obs./Par. Obs.
Par. Par. Par. Par. Par. .Terap: Obs./ Par. Par. Obs. Par. Par. Contexto
Registro da observação Objetivo, subjetivo e inferências Registro Objetivo: Registro do objeto observado: grupo, papéis, relações, subgrupos, contexto etc. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- Subjetivo: Registro de experiências significativas do observador --------------------------------------------------------------------------------------------------------- Inferências: compreensões e análises preliminares do observador. ----------------------------------------------------------------------
Compreensão do material empírico • A teoria e o método não são um programa; • O método precisa de estratégia, iniciativa, invenção, arte, reflexividade do pesquisador: abre-se as fronteiras para pensar a contradição, dissociação, antagonismos, faltas... • “A estratégia é arte ... de reunir o máximo de certezas para enfrentar a incerteza” (Morin, 2006); • Toda teoria entregue a seu peso tende a achatar-se, a unidimensionar-se, a reificar-se.
Mapa Estratégico Material empírico Teoria Pesquisador Método
Três Princípios para Análise / Compreensão do Objeto Grupo • Hologramático: no todo do grupo vamos encontrar quase tudo das partes e nas partes quase tudo do grupo. • Dialógica: as múltiplas lógicas dos participantes e do coordenador/terapeuta são complementares, antagônicas e contraditórias; • Recursão organizacional: nos grupos há relações ou processos em que os produtos e efeitos são causados e causadores dos processos que os geraram (Alves e Seminotti, 2006).
Três Princípios do método • Hologramático: quase todas informações de cada agência/unidade, do Mapa Estratégico, estão no conjunto e as do conjunto nas agencias; • Dialógico: cada agência/unidade do mapa tem uma lógica que pode complementar, contradizer, antagonizar ... com os demais. • Recursão organizacional: simultaneamente cada agência/unidade é produto e produtor, causa e efeito (Morin, 2006).
O Pequeno Grupo como Objeto e Método • O grupo pesquisado no local/campo em que se realiza; • Instituído como método/caminho; • O Coordenador/Terapeuta como Co-processador, Co-organizador e Co-pesquisador; • Posta em prática pesquisação (Lewin). O Pequeno Grupo é Objeto e Método
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO RANDE DO SUL FACULDADE DE PSICOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA OBRIGADO GRUPO DE PESQUISA: PROCESSOS E ORGANIZAÇÕES DOS PEQUENOS GRUPOS www.pucrs.br/psico/pos/pequenosgrupos Prof. Dr. Nedio Seminotti nedio.seminotti@pucrs.br