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TIEPOLO, Giovanni Battista (1696-1770) As virtudes teologais c.1755 Museus Reais das Belas Artes, Bruxelas. Virtudes morais, virtudes teologais. 40. Compêndio do catecismo. 377. O que é a virtude? 1803. 1833 A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer
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TIEPOLO, Giovanni Battista (1696-1770) As virtudes teologais c.1755 Museus Reais das Belas Artes, Bruxelas Virtudes morais, virtudes teologais 40
Compêndio do catecismo • 377. O que é a virtude? • 1803. 1833 • A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. «O fim de uma vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus» (S. Gregório de Nissa). Há virtudes humanas e virtudes teologais.
Introdução • Na proclamação dos santos não se faz outra coisa senão investigar e sancionar que nesta vida há provas de que praticaram, em grau heróico, as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, assim como as virtudes cardeais da prudência, justiça, temperança e fortaleza, com as virtudes anexas. • A virtude - e as obras virtuosas - é o que dá o toque de perfeição no ser e no operar da natureza humana: "a graça não destrói a natureza, mas aperfeiçoa-a". VOUET, Simon Alegoria da Virtude c. 1634 Museu do Louvre, Paris
1. O que é a virtude • Diz-se que a natureza é princípio radical de operações: vemos com os olhos, ouvimos com os ouvidos, conhecemos com a inteligência. • Se se exercem as potências e os órgãos adquirem formas estáveis de actuação ou hábitos operativos, que, sem eles, são bons, chamam- -se virtudes; se são maus, vícios. • A virtude, portanto, é uma qualidade boa, que aperfeiçoa de modo habitual as potências, inclinando o homem a praticar o bem. CORREGGIO Alegoria da virtude c. 1532-34Museu do Louvre, Paris
2. As virtudes humanas • As virtudes mais excelentes são as virtudes teologais, que se referem directamente a Deus; mas também são importantes as virtudes morais, que aperfeiçoam o comportamento do indivíduo nos meios que conduzem a Deus. • As principais virtudes morais - chamadas também cardeais, porque são como o gonzo ou fundamento das outras - são a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. Raphael (1483-1520) As virtudes cardeais 1511 Stanza della Segnatura, Palácio Pontifício, Vaticano
3. Virtudes naturais e graça sobrenatural • Às vezes, é difícil viver as virtudes naturais, porque depois do pecado original, o homem está desordenado e sente a inclinação para o pecado; mas Deus concede a graça que as purifica e potencia, elevando-as à ordem sobrenatural. Então, as virtudes, sem deixarem de ser naturais, são também sobrenaturais. • Com a ajuda de Deus, as virtudes naturais forjam o carácter e dão agilidade na prática do bem. O homem é feliz ao praticar a virtude. TIEPOLO, Giovanni Battista (1696-1770) Alegoria do Mérito acompanhado pela Nobreza e a Virtude Fresco, 1757-1758 Museu dos Settecento Veneziano, Ca' Rezzonico, Veneza
4. As virtudes teologais • Estando o homem elevado à ordem sobrenatural, as virtudes naturais, por si só, não bastam, ainda que sejam necessárias; e Deus concede ao cristão as virtudes teologais no momento do baptismo, juntamente com a graça: • A fé é uma virtude sobrenatural pela qual acreditamos nas verdades que revelou e a Igreja nos ensina. • A esperança é uma virtude sobrenatural pela qual confiamos em que Deus nos dará a glória mediante a sua graça e a nossa correspondência. • A caridade é uma virtude sobrenatural pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e a nós e ao próximo por amor de Deus. RAFFAELLO, Sanzio Virtudes teologais 1507 Pinacoteca, Vaticano
5. Dons e frutos do Espírito Santo • O edifício sobrenatural coroa-se com os dons e frutos do Espírito Santo. • Os dons são perfeições sobrenaturais que Deus infunde para facilitar o exercício das virtudes, tornando-nos dóceis aos impulsos do Espírito Santo. São sete: • sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. • Além dos dons - e como antecipação da glória – enumeram-se doze frutos do Espírito Santo: • caridade, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, longanimidade, mansidão, fé, modéstia, continência e castidade. GRECO, El Pentecostes 1596-1600 Museu do Prado, Madrid
6. A caridade, virtude suprema • A caridade é a virtude mais excelente de todas por ser a primeira das teologais, que são as virtudes supremas. • Quando se vivem de verdade, todas as virtudes estão animadas e inspiradas pela caridade. • Como diz São Paulo, a caridade é "vínculo de perfeição", a forma de todas as virtudes. WATTS, George Frederick (1817-1904) Caridade 1898 Colecção privada
7. Crescer nas virtudes • O cristão que tenta viver uma vida segundo Deus, conta com a graça divina e as virtudes. • Com a ajuda de Deus e o esforço próprio há-de ir crescendo nas virtudes. Deus nunca abandona, e basta que lutemos para fazer o bem e viver a caridade sobretudo. • A caridade consiste em amar a Deus com toda a alma, e a nós e ao próximo por amor de Deus. BENNER, Emmanuel (1836-1896) Hércules entre a Virtude e o Vício Colecção privada
Um propósito para avançar • Exercita as virtudes morais na vida ordinária: estudo, trabalho, vida de família, amizades... • Pede a Deus que nos aumente as virtudes teologais; fá-lo especialmente durante a consagração da Missa, dizendo: "Senhor, aumenta-me a fé, a esperança e a caridade".