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Encontro com os Outros

Encontro com os Outros. Apresentação * Considerações Iniciais * Conceituação : frustração, conflito e barreira * Ajustamento * Frustração e ajustamento * Tipos de Frustração * Conclusão Objetivo Identificar os diferentes tipos de frustração e conflito.

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Encontro com os Outros

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Presentation Transcript


  1. Encontro com os Outros • Apresentação • * Considerações Iniciais • * Conceituação: frustração, conflito e barreira • * Ajustamento • * Frustração e ajustamento • * Tipos de Frustração • * Conclusão • Objetivo • Identificar os diferentes tipos de frustração e conflito. • Reconhecer as causas que os motivam.

  2. Considerações Iniciais Os conflitos têm existência universal, pois fazem parte da atividade humana. Por isso mesmo é que existem milhares de leis e outros tantos espe­cialistas em soluções legais. Esta não é questão da nossa atualidade apenas. Os primeiros relatos bíblicos já nos dão conta do conflito interior sofrido por Eva (Adão nem sequer foi consultado!), e resultou nas conseqüências que hoje todos sofremos: o pecado e a morte. Genericamente, entende-se conflito como oposição de contrários. Por esse prisma é incompatibilidade de pensamentos de atos e de metas. Nessa acepção há grande número de confli­tos: podem ser de pensamentos, de interesses, de idéias, ou ainda, de sentimentos e emoções, deci­sões, teorias e ideais: chocam-se etnias, religiões, políticas e leis.

  3. É evidente que a maior parte dessas situações fazem parte das sociedades, que vivem sob constante ameaça. Não apenas pelo desamor do homem pelo próximo, mas também pelo materialismo que domina as relações humanas, não obstante afirmações de caráter humanitários. No entanto, para nosso uso e finalidade deste breve estudo, devemos nos ater mais ao aspecto relacionado com o "outro", em perspectiva mais pessoal. Parece bastante claro que grande parte destes conflitos tem origem em uma visão distorcida do próximo.

  4. 2. Conceituação: frustração, conflito, barreira Desde o início desta Formação se tem visto que a vida é organizada para a busca continuada do equilíbrio, em princípio obtido pela satisfação das necessidades. Vimos também, que existem dificuldades, resistências, obstáculos, grilhões, reais ou presumidos, que impedem esta vida de equilíbrio. Ora sendo o homem integrado de espírito, mente e corpo, nestes mesmos níveis instala-se as frustrações e os conflitos quanto à relação com Deus, consigo próprio e com os outros.

  5. Frustração É o sentimento que resulta do insucesso em obter algo pretendido. É, portanto, uma conseqüência da impossibilidade de alcançar um objetivo. Aqui, cabe um flagrante exemplo: depois de muitos anos de frustração pela ausência de des­cendentes, Abraão assume que será pai de multidões, através de Isaac, filho da promessa. Quando recebe a ordem de sacrificar o filho novamente é frustrado e entra em conflito (ou mata ou desobedece). Sua maior prova, porém, é ter de ser ele próprio o autor de sua frustração! Na linguagem do ciclo da motivação, que recordaremos adiante, a frustração deve ser vista como o resultado do impedimento da extinção do motivo. Ora, se não houver extinção do motivo (p. ex., água), a necessidade permanece e não ocorre o ajustamento (o indivíduo continuará com sede).

  6. Conflito Imagine, agora, que alguém chegue a uma en­cruzilhada e, não conseguindo decidir qual cami­nho tomar, entre em sofrimento, pois não pode ficar ali parado. Eventualmente, o problema será resolvido ao acaso (cara ou coroa) ou até se extinguir por si mesmo. Pode ocorrer, também, que não haja solução... O exemplo acima caracteriza um tipo de conflito, conceituado genericamente como uma decorrência da dificuldade (ou impossibilidade) de escolher entre opções se­melhantes, mas mutuamente excludentes. O motivo para escolher pode ser um desejo pessoal, uma necessidade ou uma imposição. Entre os mui­tos conflitos interiores são freqüentes os de ordem religiosa, geralmente causada pela busca da santidade, enquanto vivemos neste mundo corrompi­do! Todavia, isso não nos deve causar qualquer estranheza, pois o próprio Jesus já o dizia.

  7. Barreira Deve ser interpretada como qualquer coisa que impede a obtenção de algo desejado. Como já afirmado, é a causa da frustração na consecu­ção do objetivo. Ou, ainda, é aquilo que impede a satisfação da necessidade. Na terminologia do ciclo motivacional, pode ser compreendida como a obstrução da extinção do motivo. Na verdade, o conceito de barreira tem amplitude grande a ponto de bastar sua existência ser presumida, isto é, imaginada para que funcione como tal.

  8. 3. Ajustamento Viu-se, anteriormente, que o comportamento, em princípio, busca obter o equilíbrio do indiví­duo. Nos seres humanos, essa necessidade, que engloba várias outras, é sentida agudamente. Ob­viamente, as oportunidades de satisfazê-la são am­plas, dentro dos limites que o sistema de valores assumido impõe a cada pessoa. Portanto, admita-se que todos estejamos em busca do que nos pode trazer alegria e felicidade, no sentido de qualquer coisa imaginada como capaz de atender a esse anseio. Isso pode ser justificado pelas palavras do Senhor Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo, o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita. Não obstante, esta procura pode cau­sar choque de interesses. Situação: Ajustamento Necessidade – Motivo – Comportamento Objetivo – Ajustamento (extinção do motivo – ­satisfação)

  9. 4. Frustração e desajustamento Diversamente da situação anterior, neste se­gundo exemplo genérico, algo - uma barreira ­impediu que a necessidade fosse satisfeita, resul­tando no desequilíbrio, qualquer que seja. É im­portante observar que nos casos de necessidades essenciais, o desajustamento poderá ter conse­qüências definitivas. Situação: Desajustamento Necessidade – Motivo – Comportamento – Barreira Objetivo – Extinção – Ajuste – Desajustamento (autopunição, desvios de conduta, somatizações, síndromes, neuroses, depressões... são ocorrências possíveis).

  10. Uma outra conseqüência possível está na potencializaçãodo desajustamento, ou seja, a de ocorrer frustração sobre frustração quando, por algum motivo, a "solução" encontrada "der errado", com a formação de culpa (ainda que indevida) e conseqüente autopunição. Na verdade jamais um ser humano deixou de sofrer frustrações ou de passar por conflitos, pois isso também faz parte do pacote da vida! A pró­pria Bíblia está repleta de exemplos (a tarefa de educar pode ser vista como forma adequada de frustrar).

  11. 5. Frustração e ajustamento Uma das formas de manifestação do desajustamento é a angústia. Entretanto, é possível, de certa forma, contornar esse sentimento, pelo recurso aos "mecanismos de defesa“. Nesse processo de controle da ansiedade, o objetivo original que é o desejado inicialmente - como que "deixa de ter" o valor imaginado e, por conseqüência, há redução do sofrimento que haveria no reconhecimento do fracasso, de outra forma intolerável.

  12. 6. Tipos de frustração a. De modo geral admitem-se como tipos de frustração: retirada, atraso, falta, bloqueio e impedimento. Na retirada, houve a supressão do objetivo, que deixou de existir como neste exemplo: alguém pretende tornar-se profissional em determinada área. Naquele ano, porém, as vagas não fo­ram oferecidas. A frustração também pode ocorrer por atraso. Caso simples e típico: o telefone demora a dar sinal de linha. Outro exemplo; quando Moisés su­biu ao Horeb e, retido por Deus, demorou a voltar, frustrou o povo, que até passou à idolatria.

  13. Quando a causa é por falta: alguém se desloca de longe para comprar algo e fica frustrado porque o estoque daquele artigo se esgotou. Na forma seguinte, o bloqueio é imposto por qualquer pessoa ou circunstância, que impossibilitaria atingir o objetivo. Por exemplo: José, ao recusar­seà mulher de Putifar, frustrou-a, desencadeando uma reação bem comum a esse tipo de sentimento, que é a agressão. Neste caso, é interessante observar que o próprio objetivo, José, tornou-se para a mulher a causa do bloqueio. A frustração pode instalar-se, ainda, pelo impedimento. Nesse caso, ao contrário do bloqueio, que é externo, apresenta-se, por exemplo, como formação profissional incompleta, ou idade, ou saúde, ou outra qualquer condição pessoal não satisfatória, inadequada para o objetivo desejado. As frustrações, sem dúvida, variam muito em grau, mas também conforme o indivíduo, pois algo que é altamente frustrante para alguém pode não ter o mesmo significado para outra pessoa.

  14. b. Conflito Como foi visto anteriormente na conceitua­ção, o conflito é uma das formas de frustração, ainda que funcione de forma diferente: nele a difi­culdade está não em termos de alcançar determinado objetivo, mas em escolher pelo menos entre duas opções. E nem sempre existe solução para o dilema. Moisés viveu intenso conflito ao receber a missão de libertar seu povo. No seu caso, a "solução" foi Aarão. Basicamente, existem quatro tipos de confli­tos: atração x atração; atração x repulsa; repulsa x repulsa e misto. No primeiro caso o indivíduo precisa escolher entre dois objetivos, igualmente atraentes, mas mutuamente excludentes, porque inconciliáveis. Exemplo bíblico: ou Davi seguia a Lei de Deus ou cometia adultério, e com isso, o assassinato de Urias. Nesse conflito, venceu a paixão, com todas as conseqüências.

  15. Na atração x repulsa o mesmo objetivo apresenta as duas condições ao mesmo tempo. Exemplo clássico: é o conflito de Abraão: o mesmo Deus a quem amava manda-o matar Isaac. Quando é o caso de repulsa x repulsa é preciso escolher entre duas opções igualmente adversas, como é o caso, por exemplo, de ou estudar ou ser castigado. Aqui, ainda uma vez, sobressai a figura admirável de Abraão: ou mata o filho ou desobedece a Deus! E, finalmente, a pessoa vê-se compelida a escolher entre dois objetivos, cada qual simultaneamente atraente e repulsivo. Exemplo: escolher entre um curso muito equipado, mas distante e outro bem próximo, mas pouco equipado. É o conflito denominado duplo atração – atração – repulsa (aproximação x esquiva).

  16. Encerrando estas considerações, é importante salientar que nossas diretivas de comportamento, sujeitas aos caprichos humanos, não nos submetem de forma integral, a nós, que escolhemos seguir o Senhor, exceto quando motivados pelo pecado. E aqui sobressaem: inveja, gula, luxúria, ira, preguiça, avareza, orgulho, os sete pecados capitais. Estes, certamente, nos causam grandes conflitos e outras tantas frustrações. Por isso mesmo Jesus já nos alerta: "Orai e vigiai para não cairdes em tentação”.

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