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Avaliação dos Centros de Convivência de Campinas

Apresentação dos Resultados 03/11/2011. Avaliação dos Centros de Convivência de Campinas. O que queremos com este Encontro. Socializar os resultados da Avaliação realizada.

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Avaliação dos Centros de Convivência de Campinas

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Presentation Transcript


  1. Apresentação dos Resultados 03/11/2011 Avaliação dos Centros de Convivência de Campinas

  2. O que queremos com este Encontro • Socializar os resultados da Avaliação realizada. • Criar condições para a efetiva constituição dos Centros de Convivência em Campinas, legitimando-os como política pública. • Reconhecer avanços e propor melhorias. • Pactuar novas etapas do processo avaliatório.

  3. Centro de Convivência – o que é São dispositivos comunitários que compõem a rede de atenção substitutiva de saúde mental, que convida os usuários dos serviços de saúde e comunidade em geral a vivências de laços sociais e afetivos. ObjetivoGeral: Construir coletivamente, nos territórios, espaços de convivência capazes de fortalecer vínculos solidários, através de práticas que promovam cultura, educação, saúde e lazer, garantindo a singularidade de cada um, acolhimento e desenvolvimento das potencialidades.

  4. Linha do tempo Casa dos Sonhos Viver e Conviver Convivência e Arte Rosa dos Ventos 1ª CMSM Criação Fórum Tear das Artes Portal das Artes Centro de Vivência Bem Viver Toninha 1999 2001 2004 2005 1997 Avaliação 2ª CMSM Campo Belo Doc CECOs João de Barro Espaço das Vilas Aurélia Andorinha Teia 2006 2007 2008 2009 2010 2011

  5. Centros de Convivência em Números Ressalvas: • 3 serviços não tinham dados em maio 2009 porque não existiam ou por dificuldades na coleta. • Os dados do Rosa dos Ventos se referem à agosto de 2011 porque em maio a equipe estava muito reduzida por problemas internos. • Os dados se referem aos Centros de Convivência atualmente existentes (exceto o Campo Belo e o Teia). • Nem todos participaram da Avaliação.

  6. Gênero dos ParticipantesMaio 2011

  7. Faixa Etária dos Participantes (em média) - Maio 2011

  8. Origem de Encaminhamento dos ParticipantesMaio 2011

  9. Média de Oficinas e de Freqüência de Participantes por Centro de Convivência

  10. Equipe Desejável e RealHoras Semanaismaio 2011

  11. Parceiros no Provimento de Pessoal por Centro de Convivênciamaio 2011

  12. Como foi feita a Avaliação • Iniciativa do Fórum de Centros de Convivência. • solicitou apoio metodológico ao CETS. • Referencial: Avaliação de 4ª Geração • é mais rico e democrático colher com os próprios envolvidos sua impressão sobre o que acontece. • envolvimento e troca entre interessados: oficinas para debate a partir de roteiro de questões. • construção de propostas conjuntamente. • Mudanças podem ocorrer durante avaliação. • Apropriação do Referencial e definição dos objetivos da Avaliação pelo Fórum.

  13. Serviços Envolvidos • 11 Centros de Convivência: Toninha, Tear das Artes, Portal das Artes, Rosa dos Ventos, Casa dos Sonhos, Espaço das Vilas, Aurélia, João de Barro, Viver e Conviver, Campo Belo • Centros de Saúde: DIC III, Aeroporto, Tancredão, Vista Alegre, Rosália, Anchieta, Santa Bárbara, Aurélia e Sousas, Vila União/CAIC, Boa Vista e Santa Odila • CAPS: AD Independência, Estação, Esperança e Toninho, CAPS-i Espaço Criativo • Apoio Distrital: geral e mental • Representantes das Secretarias: Cultura, Educação e Assistência • Representante Cândido Ferreira

  14. Objetivos Geral “Avaliar os efeitos das ações oferecidas pelos Centros de Convivência aos usuários a fim de legitimar o trabalho desenvolvido e servir de instrumento para construção de diretrizes desta política pública”. Específicos • Caracterizar a compreensão dos grupos de interesse sobre Centro de Convivência. • Identificar fatores facilitadores e dificultadores de mudanças positivas na vida dos usuários. • Identificar fatores facilitadores e dificultadores da sua atuação em Rede. • Identificar propostas de aprimoramento das ações dos Centros de Convivência.

  15. 1ª Rodada: Oficinas com Grupos de Interesse - 1º sem/2010

  16. 2ª Rodada Oficina – 1º sem/2011

  17. O que a Avaliação encontrou • Avanços e conquistas • Dificuldades • Propostas e desafios • Trabalho em Rede • Polêmicas e debates para aprofundamento

  18. 1 Avanços e Conquistas • A diferença é aceita com delicadeza, inteligência, compreensão e respeito, aberto a qualquer pessoa, em sofrimento ou não, retirando rótulos. • Na troca e convivência lidam melhor com problemas de saúde e na família: ajuda na passagem da maior para menor fragilidade. • Reduz consumo de medicamentos, é alternativa terapêutica aos remédios. • Médicos encaminham para Centro de Convivência. • Retomada da qualidade de vida, da auto-estima e da cidadania da pessoa para a vida, na comunidade e na família. Para Todos

  19. 1 Avanços e Conquistas • Diferentes oficinas desenvolvem talentos, ofícios, o ler e escrever. • Auto-descoberta e criação: não sabiam que eram capazes e se surpreendem ao fazer. • Valorizam a boa infra-estrutura de alguns (quando o espaço é maior, acolhedor e adequado às necessidades específicas da população). • É de dupla mão: tanto trabalhador ou voluntário aprendem com usuário e vice versa. • Há uma valorização e reconhecimento da cultura popular. • As pessoas foram se unindo, juntando o que sabiam, para formá-los. Para Todos

  20. 2 Avanços e Conquistas • É alternativa quando não posso pagar convênio. • Articula o tratamento do CAPS (medicamento), atividade (Centro Convivência) e casa. • Muitos usuários se tornam voluntários. • Obter passe para filho circular. Usuários

  21. 3 Avanços e Conquistas • Ação voluntária é gratificante. • É bom trabalhar na prevenção. • O que está em jogo é estar junto, é a “papoterapia” e menos aprender um ofício. • Expressão da fé ecumênica. • Nas viagens comemos todo mundo igual. • Criação de autonomia pela geração de renda (também para trabalhadores CS e CAPS). Voluntários

  22. 4 Avanços e Conquistas • Revive, nos dias atuais, a convivência perdida. • As atividades são gratuitas. • Como proposta intersetorial, promove saúde de forma diferente do CS e CAPS. • Espaço institucional sistematizado que também é livre, lúdico e inclui. • Valorizam como estratégia de integração no bairro e o trabalho da FUMEC. • Sendo para todos, é também para o paciente da Saúde Mental • Como não é somente da Saúde Mental, o comportamento é diferente: não jogam bituca no chão. • Apropriação do espaço pela comunidade para atividade específica (Samba Rock). • Há espaços semelhantes em Centros de Saúde. • Instrumento de força de vontade do trabalhador que se realiza ao incluir. Trabalhadores CS e CAPS

  23. 5 Avanços e Conquistas • Favorece a quebra de modelos. • Desprendimento do papel tradicional de trabalhador: educador que extrapola o núcleo profissional. • Convivência mediando o vínculo com território. • Território e a intersetorialidade são definidores da ação. • Diferenças de enfoque e abordagem dependem da história de constituição, da realidade vivida e do território. • Pacientes da mental mudando a visão da sociedade e ampliando-a para outros equipamentos da Mental. • Centro de Convivência é espaço de saúde enquanto CS e CAPS são espaços da rigidez, da doença, da burocracia, das regras (também para gestores). Trabalhadores Centros de Convivência

  24. 6 Avanços e Conquistas • Instrumento da desospitalização na origem na reforma psiquiátrica . • Encontro é o maior desafio. • Dispositivo mais democrático, que promove liberdade de escolha e rede sociais. • Amplia repertório cultural e de lazer. • É dispositivo da saúde, mas utilizado por outras secretarias. • Não somente da Saúde Mental, mas da comunidade. • Mexe com a produção de saúde do CS: esta parceria pode ofertar algo diferente para além da doença. Coordenadores CS , CAPS e Centros de Convivência

  25. 7 Avanços e Conquistas • Vejo resultados: pacientes crônicos mudam sua compreensão da doença. • Mudança no jeito de fazer grupos: foco na saúde. • Espaço de experimentação das relações. • Êxito na parceria com a Cultura e Educação pela resiliência. • A Saúde “puxa”, mas não é somente da Saúde. • Não se fecha Centro de Convivência! Gestores Centrais, Distritais, Outras Secretarias e Cândido

  26. 1 Dificuldades Para Todos • Falta política municipal com reconhecimento e investimento nos Centros de Convivência, que garanta os recursos mínimos necessários ao seu funcionamento. • Na gestão do serviço, no financiamento insuficiente, no espaço precário, na infra-estrutura e nos recursos humanos.

  27. 2 Dificuldades Usuários • Ausência do Estado em relação a esta política pública. • Governo prioriza políticas prejudiciais ao povo em vez de investir em Centro de Convivência (ex: Tolerância Zero). • Há secretarias que desconhecem: Cultura e Esporte (antes a atuação era conjunta com agentes de cultura). • Vários criados por iniciativa da população e trabalhadores, com parcos recursos existentes: muitos funcionam ainda desta forma (também para gestores). • Falta de ajuda de custo para voluntários (também para voluntários e trabalhadores Centro Convivência), mas eles não podem substituir os profissionais. • Falta planejar coletivamente e melhor as ações: porque não somos chamados? • Também, quando chamados, poucos participam.

  28. 3 Dificuldades Voluntários • “Os lá de cima” não valorizam. • Porque não direcionam recursos se está provado que dá certo? • Poderia fazer outras oficinas, mas preciso de ajuda financeira. • Utilizamos nossos próprios recursos para material das Oficinas: “fazemos dar cria”. • Voluntários articulando estagiários de Universidade e não conseguem.

  29. Dificuldades 4 Trabalhadores de CS e CAPS • É difícil mudar a visão estigmatizada e temerosa da comunidade: “é o espaço do doidinho”. • Funciona ainda ligado aos encaminhamentos de outros serviços. • Falta política que alinhe atividades, não uniformizando, mas para troca de experiências. • Falta visibilidade e divulgação (também para trabalhador de Centro Convivência, coordenadores e gestores).

  30. 5 Dificuldades Trabalhadores Centros de Convivência • Risco de formação de guetos da mental: • Pela maneira não inclusiva de nos expressarmos, inclusive nos encaminhamentos dos CS. • Por não termos nos originado de espaços públicos como São Paulo. • Diferenças entre oficineiros, voluntários e profissionais: • No entendimento do que é Centro Convivência. • No contrato que não pode ser exigente, sem otimizar o trabalho. • Na relação complicada entre alguns. • A grade de atividades “amarra” a convivência.

  31. Dificuldades 6 Coordenadores CS, CAPS e Centros de Convivência • Informalidade e desigualdade de recursos pode transformar em “espaço dos excluídos” • A institucionalização não pode enrijecer o trabalho • Intersetorialidade só existe no papel, pois não não está definido quem é o responsável (também gestores) • Falta registro das melhorias que propicia e dos resultados • Falta participação da comunidade na gestão, contribuindo com os rumos do trabalho • Desafio de lidar com peculiaridades do território (ex: tráfico)

  32. 7 Dificuldades Gestores Centrais, Distritais, Outras Secr e Cândido • A Saúde não dá conta de todo o financiamento / responsabilidade compartilhada entre setores. • É armadilha dizer que saúde não tem responsabilidade, pois a intersetorialidade se torna subterfúgio quando não tenho recurso. • Precisa formalizar a fonte de recursos: intersetorial ou é da saúde? • Estão agonizando, são clandestinos para Saúde, não podemos continuar como “café com leite”. • Limites da inclusão na sala de aula: ofertas específicas para saúde mental num espaço de convivência. • Auto-crítica: somos mesmo dirigentes? Somos formuladores da política? Não assumimos nosso papel.

  33. 1 Propostas de Melhoria • Garantir os Centros de Convivência como política pública municipal instituída em lei com orçamento definido, garantindo profissionais e infra-estrutura adequada, de acordo com o documento norteador do Fórum dos Centros de Convivência. • Desenvolver uma política de comunicação para que os Centros de Convivência sejam mais conhecidos pela população de Campinas. • Fortalecer a ação e responsabilização intersetorial. • Não deve ser utilizado somente por usuários da Saúde Mental. • Abolir a sigla CECO e usar o nome por extenso. • Instituir algum instrumento de controle social em cada um. Para Todos

  34. 2 Propostas de Melhoria • Instituir ajuda de custo para voluntários (também para voluntários). • Aprovar a institucionalização dos Centros de Convivência nas Conferências de Saúde Mental e Municipal. • Usar nosso poder de pressão para negociar e atuar coletivamente para conquistar propostas. • Localização deve ser regionalizada e descentralizada, articulada com outras políticas públicas municipais (também gestores). • Temos que participar dos planejamentos e quem organiza tem que insistir nessa participação. • Organizar autonomamente para conseguir fundos. • Ampliar parcerias com pequenos empresários. • Oferecer campos de estágio para formar profissionais como precisamos. Usuários

  35. 3 Propostas de Melhoria • Garantir infra-estrutura para continuidade das oficinas (“patrocínio”). • Contratar monitores da região, valorizando pessoas da área e garantindo continuidade. • Forma de contratação de monitores pela FEAC. • Articular local para venda de produtos das oficinas. • Ter apoio para ajudar “pessoas que não estão bem” e participam das oficinas. Voluntários

  36. 4 Propostas de Melhoria • Ter gestão intersetorial: intersecretarias (trab CECO). • Funcionamento não deve depender de voluntários • Diminuir diferença no funcionamento entre distritos • Trocar experiências. • Fórum dos Centros de Convivência precisa continuar e avançar mais no fortalecimento da política junto a outros serviços; a avaliação ajuda nisso. • Aumentar divulgação e realizar eventos externos: a legitimidade passa pelo acesso (também coordenador Centro Convivência, CS e CAPS). • Desvincular de encaminhamento prescritivo do CS. • Não deve ficar sob responsabilidade só do CS (também coordenador Centro Convivência, CS e CAPS). • Deve ser espaço de articulação com movimentos e comunidade e Ter mais Centros de Convivência. Trabalhadores CS e CAPS

  37. 5 Propostas de Melhoria • Ter gestão intersetorial não como “tapa buraco” mas pela complementaridade entre setores, superando o olhar da saúde sobre o indivíduo. • Criar rede de comunicação entre integrantes. • Fortalecer SUS e o controle social na luta contra privatização. Trabalhadores Centros de Convivência

  38. 6 Propostas de Melhoria • Assumir que a gestão é da saúde. • Não ser local para receber profissionais “que não deram certo” em outros serviços. • 1º Escalão da Secretaria deve conhecer cotidiano de funcionamento. • Diminuir isolamento: construir projetos com CS e mostrar a realidade e os resultados do trabalho nos Fóruns de direção distrital. • Criar focos e grupos de convivênica na comunidade, mapeando e se integrando ao que existe. • Mobilizar e envolver comunidade/controle social nos fóruns de negociação com Secretaria. • Articulação na comunidade por profissional da saúde mental. Coordenadores CS, CAPS e Centros de Convivência

  39. 7 Propostas de Melhoria • Saúde assumir seu papel, priorizando a Cultura como parceiro. • Cadastrar o serviço e criar formas de registro para ter fonte de financiamento institucionalizada. • Nomear e formalizar participação dos coordenadores nos espaços decisórios distritais. Gestores Centrais, Distritais, Outras Secretarias e Cândido

  40. Desafios e Dilemas para Aprofundamento 1 • Há clínica ampliada nos Centros de Convivência? Seu fazer está mais para promoção de saúde? Qual é a clínica dos Centros de Convivência? A promoção de saúde não pode ser considerada um tipo de clínica? • A presença no Centro de Convivência está condicionada à participação em alguma atividade? A grade de atividades está engessando a convivência?

  41. Desafios e Dilemas para Aprofundamento 2 • As ações devem ser intersetoriais, mas de quem é a gestão? A gestão deve ser somente da Saúde? A gestão deve ser intersetorial, mas articulada pela Saúde? A gestão deve ser interstorial, com o financiamento totalmente compartilhado? • Os Centros de Convivência são dispositivos da reforma psiquiátrica? Vem dos movimentos da reforma psiquiátrica ou da constituição de Casas de Cultura?

  42. Desafios e Dilemas para Aprofundamento 3 • As ofertas de atividades com horas de profissionais de outros serviços é um “tapa buraco” para compor a equipe do Centro de Convivência? Só não será considerado “tapa buraco” quando um profissional tiver toda sua carga horária dedicada ao Centro de Convivência? • Os novos Centros de Convivência devem começar sem infra-estrutura mínima definida? Quais as condições ideais para iniciar um Centro de Convivência?

  43. Desafios e Dilemas para Aprofundamento 4 • Quem faz e como devem ser feitos os combinados de trabalho com os voluntários? O voluntário precisa ser acompanhado por um trabalhador na realização das atividades?

  44. Alguns Desdobramentos da Avaliação • Questões/propostas surgidas durante o processo • Descritores utilizados nesta Avalição se tornem indicadores de monitoramento cotidiano das ações • Criar parâmetros em relação ao que é “aumento de qualidade de vida do usuário”, considerando estudo existente, de forma a instituir rotina de monitoramento e avaliação • Considerar outros parâmetros de dimensionamento de pessoal da equipe desejável para os Centros de Convivência, além do que já está definido • Questões e propostas apontadas neste encontro • Levar para debate, definição e operacionalização no Colegiado de Saúde Mental, Fórum dos Centros de Convivência, Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde • E para outras instâncias que este coletivo considerar necessárias

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