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Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Formação de Professores Etapa 2 – Caderno 2 O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO. Vídeo - Mudança. ATIVIDADE “Construindo o jovem”. O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO. Caderno 2. O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO. Objetivos:
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Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio Formação de Professores Etapa 2 – Caderno 2 O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO
O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO Caderno 2
O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO • Objetivos: • Entender que a questão da juventude na escola não é um “problema a resolver”, mas um desafio pela busca da compreensão a respeito do que significa ser jovem e estudante em nossos dias. • Identificar as bases que precisamos construir nossos relacionamentos com os jovens estudantese dessa forma tecer bons relacionamentos que superem os fenômenos promotores do mal-estar em nossas escolas. • Fornecer algumas chaves analíticas que possam facilitar o processo de aproximação e conhecimento dos estudantes que chegam à escola como jovens sujeitos de experiências, saberes e desejos.
INTRODUÇÃO • Problemas da juventude na escola. • Jogo de culpados. • Juventude na escola: tratada como um desafio pela busca da compreensão à respeito e não como um “problema a resolver”. • Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio: centralidade dos jovens estudantes como sujeitos do processo educativo.
“A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza aautoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossosfilhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quandouma pessoa idosa entra, respondem aos pais, são simplesmente maus”. Sócrates (470-399 a.C.) “Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se ajuventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude éinsuportável, desenfreada, simplesmente horrível”.·. Hesíodo (720 a.C.) “O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvemmais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe”. Sacerdote (ano 2000 a.C.) “Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude deantigamente…A juventude de hoje não será capaz de manter a nossacultura”. Vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia tendo mais de 4000 anos.
Construindo uma noção de juventude • Juvenilização da sociedade. • Ausência de políticas públicas suficientes que lhes garantam o acesso a bens materiais e culturais. • Tendência à atividades didático-pedagógicas que não consideram o jovem como interlocutor nas tomadas de decisões. • A criação de imagens e preconceitos sobre os jovens.
O jovem: aquele que não chegou a ser. (Pensar assim é destituí-lo de sua identidade no presente). • A relação dos jovens com os índices alarmantes de violência: a juventude vista como um problema. • O jovem como sujeito de direitos. • Pessoas adultas projetam nas novas gerações as lembranças, idealizações e valores de sua própria juventude.
E o que seria então a juventude? • Compreensão da juventude a uma definição etária ou idade cronológica. • A juventude é, ao mesmo tempo uma condição social e um tipo de representação. • O jovem e os marcadores de passagem para a “adultez”.
As distintas condições sociais, a diversidade cultural, a diversidade de gênero e até mesmo as diferenças territoriais se articulam para constituição das diferentes juventudes. • É importante afastar as representações negativas dominantes ou as abstrações sobre o jovem ideal.
Questões para debater De acordo com o estudo realizado até o momento, como caracterizar a inserção do indivíduo ao tempo da juventude?
Como superar o “jogo de culpados” e construir novos relacionamentos entre professores e estudantes? O que define que o jovem já passou para a fase adulta?
Jovens, culturas, identidades e tecnologias • Ser jovem não é tanto um destino, mas a escolha de transformar e dirigir uma existência. • Autonomia frente as instituições do denominado “mundo adulto” para construir seus próprios acervos e identidades culturais. • Existência da identidade coletiva.
Tempo histórico de aceleração temporal criando uma nova juventude, desenvolvida no contexto de novas alternativas de vida decorrentes dos avanços científicos tecnológicos. • Tensão gerada nos ambientes familiares e escolares decorrente do agir coletivo do jovem. • Percepção de jovem somente como “objeto” de nossas intenções educativas.
“O professor fala com o aluno e o aluno está falando com o mundo”
E... O professor de 2003?
Para onde vou? Namorar uma pessoa de sexo diferente? Seguir a religião dos pais? Que profissão seguir? Casar, ter filhos...? Projeto “Como esquiva dos determinismos e dos riscos do improviso”. “A capacidade de projetar a existência no amanhã é própria do humano”. (p. 30 do caderno)
Projetos não lineares “Os projetos de vida tendem a ter uma lógica própria, marcados pelas contingências do tempo histórico, características pessoais e valores que orientam determinada sociedade ou grupo social”. “Podem mudar de acordo com as circunstâncias, os valores vigentes em determinados momentos da vida, as interações sociais, os contextos e até com os suportes materiais e simbólicos com os quais contam”.
Escolhas baseadas em valores alheios Profissões de família Os amigos gostam Posturas político-ideológicas marcantes Atividade socialmente valorizadas
Variáveis possibilitadas pelo processo de aprendizagem do sujeito. “Demandam espaços e tempos de experimentação e uma ação educativa que possa orientar” (p. 32).
Jovense demandas das classes sociais Lorenzo Carvalho Jovem milionário Famoso por aparecer no Pânico na TV Personagem Buscapé Representado pelo ator Alexandre Rodrigues Filme Cidade de Deus Personagens Pedro e Mano Vivem dramas da classe média Interpretados por Fiuk e Francisco Miguez Filme As melhores coisas do mundo
Ricos são... “jovens que possuem suportes materiais, bens culturais e expectativas familiares que lhes permitem somente estudar e se preparar para o futuro” (p. 35 do caderno). Será? Bairros mais ricos de SP têm maior taxa de suicídio (Folha, 18 mar. 2010) ‘Brasil questiona porque jovens ricos viram criminosos’, diz Bloomberg (Opinião & Notícia, 13 ago. 2012)
O território... “Entendemos o território na forma conceitual dada por Milton Santos (2000). O território se define pelo uso que as sociedades e comunidades humanas fazem do espaço” (caderno, p. 40) - Escola, uma extensão do lar? A escola como extensão do território “natural” do sujeito (generalização de estímulos). - A escola com dificuldades de se identificar como um território diferenciado. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Estigmatização Territorial Escola de Periferia Escola Particular Escola Rural Ignorantes Inocentes Simpáticos Pouco vocabulário Conhecem os ‘bixu’ Sabem plantar coisas Malandros Nada inocentes Desafiadores Gostam de futebol Têm piolho Vocabulário estranho Esnobes Desleixados Cheios da grana Sem motivação Inteligentes Manjam de computador
Migrações • Brasil • Imigração de estrangeiros; • Êxodo rural • Migração Norte/Nordeste Sul/Sudeste • Atualmente: tendência à emigração. O que isso importa à comunidade escolar?