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ERGONOMIA e REINSERÇÃO PROFISSIONAL

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ERGONOMIA e REINSERÇÃO PROFISSIONAL

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Presentation Transcript


  1. ERGONOMIA e REINSERÇÃO PROFISSIONAL Análise do Posto de trabalho Início do livro do Guerin João Alberto Camarotto DEP-UFSCar camarotto@ufscar.br

  2. AGENDA • Habilitação e Reabilitação  Reinserção laboral • Entendendo a problemática: •  Solução técnica ou social? • 3. Ergonomia: metodologia de intervenção • 4. Ergonomia e reinserção profissional

  3. ... Habilitação e Reabilitação Profissional, visam proporcionar aos beneficiários .... os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. • (Art.136 , Decreto 3048/99). • QUAIS MÉTODOS USAR PARA O REINGRESSO NO TRABALHO ??? ... • ATÉ ONDE VAI A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA REINSERÇÃO ??? ...

  4. Art.137. O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das funções básicas de: I - avaliação do potencial laborativo II - orientação e acompanhamento da programação profissional; … … IV - acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho. Profissionais envolvidos no processo: medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ...

  5. Dois pressupostos para este processo: • Conceito de reinserção profissional: • “A reinserção e readequação do trabalhador à sua atividade laboral, inclusive com alteração funcional, tem como pressuposto básico assegurar seu bem estar no seu ambiente de trabalho, após avaliação adequada. Tal adequação poderá ser temporária ou definitiva...” • “... busca assegurar a inclusão em atividades laborais em ambientes de trabalho adequados e tecnicamente avaliados, evitando a reincidência do afastamento ou reagudização do quadro doloroso...” • “... A reabilitação profissional só é alcançada quando o seu resultado é a inserção da pessoa em um trabalho que permita sua integração social plena com estabilização física e psicossocial no cotidiano de seu trabalho ...“

  6. A reaquisição da capacidade de trabalho e de convivência com eventuais limitações é extremamente complexa e deve levar em conta vários fatores, entre os quais: a) natureza e extensão da lesão ou adoecimento (no caso das LER/DORT, é um processo de adoecimento insidioso carregado de simbologias negativas sociais, sofrido, com muitas incertezas, ansiedades, medos); b) precocidade do diagnóstico e do início do tratamento (na prática não se faz diagnóstico precoce de LER/DORT. O início do tratamento depende também da existência de uma política de prevenção existente na empresa, isto é o tratamento do trabalhador depende também do "tratamento" do posto de trabalho); c) grau de receptividade da empresa e existência de uma política de prevenção ( uma coisa é reabilitar um trabalhador com amputação de mão. Outra, muito diferente, é reabilitar dezenas e centenas de trabalhadores da mesma empresa).

  7. 2- O que avaliar no processo de trabalho para a reinserção: a) a história clínica e ocupacional...; b) o estudo do local de trabalho; c) o estudo da organização do trabalho; d) os dados epidemiológicos; ... ... g) a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes, e outros; h) o depoimento e a experiência dos trabalhadores; i) os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da área de saúde. (Artigo 2o da Resolução 1488/98 do CFM)

  8. Ergonomia Ergonomia analisa o trabalho a partir da atividade real de trabalho. Significa analisar a forma como as pessoas realizam seus trabalhos para compreender as estratégias utilizadas para dar conta das tarefas que lhes são atribuídas.

  9. ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO tem como resultado transformar a realidade do trabalho na compreensão de representações deste processo, considerando, de forma integrada: O QUÊ o trabalhador deve fazer no seu posto de trabalho, representado pelas instruções técnicas (roteiros, guias de operação, etc.) e organizacionais (ritmo, sequências, qualidade, repartição de tarefas, etc.)

  10. COMO o trabalhador realiza suas tarefas: gestão do corpo (posturas, movimentos, esforços), uso de instrumentos e ferramentas, cooperação entre colegas, macetes de trabalho, etc.

  11. PORQUE o trabalhador realiza suas tarefas de uma forma peculiar

  12. PORQUE o trabalhador realiza suas tarefas de uma forma peculiar. Verbalizações • Um lugar que tem bastante cobrança, que o pessoal trabalha mais tenso assim, é no pressostato, se vc errar nos fios, nas cores dos fios lá, vc pode queimar o timer, aí tem bastante cobrança, se vc troca os fios pode queimar o timer. • Tanto é que se você erra voce queima o timer. Então se você faz.. já aconteceu da gente queimar porque você faz aquela conexao mas uma hora erra né? • As vezes confunde o cinza com o branco, tem uns que vem com o cinza parecido quase branco. • Acho que na conexão do pressostato deveria ter uma cadeira. Só no pressostato também, porque em outros postos não tem como ficar uma cadeira. •  A esteira é baixa, tem que ficar muito arqueado na esteira, conexão é baixo, porque a postura que você está com o pescoço aí eu pego e coloco na mão

  13. Ergonomia Que aspectos do trabalho estão envolvidos TAREFAS POSTURAS DO CORPO ARRANJO FÍSICO CONTEÚDO DO TRABALHO TRABALHO EM GRUPO ALCANCES ESFORÇO FÍSICO FERRAMENTAS MANUAIS

  14. Ergonomia Física Busca adequar as exigências do trabalho aos limites e capacidades do corpo, através do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico homem-máquina. Ergonomia Cognitiva Relacionada com processos mentais na execução do trabalho, tais como: percepção, memória, raciocínio, resposta motora. Ergonomia Organizacional Otimização dos sistemas socio-técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, corporativas e processo de produção e negócio.

  15. Compreender a situação de trabalho significa analisa-la detalhadamente em suas dimensões físicas, cognitivas e organizacionais.

  16. Algumas características psicofisiológicas do ser humano: • (manual da NR 17) • prefere escolher livremente sua postura, dependendo das exigências da tarefa e do estado de seu meio interno; • prefere utilizar alternadamente toda a musculatura corporal e não apenas determinados segmentos corporais; • tolera mal tarefas fragmentadas com tempo exíguo para execução e, pior ainda, quando esse tempo é imposto por uma máquina, pela gerência, pelos clientes ou colegas de trabalho, ou seja, prefere impor sua própria cadência ao trabalho; •  é compelido a acelerar sua cadênciaquando estimulado pecuniariamente ou por outros meios, não levando em conta os limites de resistência de seu sistema musculoesquelético;

  17. sente-se bem quando solicitado a resolver problemas ligados à execução das tarefas, logo, não pode ser encarado como uma mera máquina, mas sim como um ser que pensa e age; • tem capacidades sensitivas e motoras que funcionam dentro de certos limites, que variam de um indivíduo a outro e ao longo do tempo para um mesmo indivíduo; • suas capacidades sensorimotoras modificam-se com o processo de envelhecimento, mas perdas eventuais são amplamente compensadas por melhores estratégias de percepção e resolução de problemas desde que possa acumular e trocar experiência; • organiza-se coletivamente para gerenciar a carga de trabalho, ou seja, nas atividades humanas a cooperação tem um papel importante, muito mais que a competitividade.

  18. Análise Ergonômica do Trabalho Fundamentos

  19. Trabalho Condições da  Segurança, QV ATIVIDADE DE TRABALHO Gestão de pessoas  Resultados da  Qualidade, custos

  20. As diferentes visões sobre o trabalho

  21. O caráter pessoal do trabalho

  22. O caráter sócio-econômico do trabalho O trabalho A empresa CONDIÇÕES: sócio-técnicas, edificações, Técnicas, hierarquia, etc.. CONDIÇÕES De trabalho Investimentos, Manutenção, obras, etc.. ATIVIDADE De trabalho GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS: Estatuto, classificação, salário, tempo de trabalho Políticas sociais, gestão de recursos humanos, organização RESULTADOS Do trabalho PRODUÇÃO COMERCIALIZÁVEL: Quantidade, qualidade, Custos, prazos, etc.. Comercial, publicidade, produção, qualidade, etc..

  23. Condições de Trabalho Condições pessoais Condições sócio- econômicas Atividade de trabalho Características pessoais Gestão dos trabalhadores Produção comercializável Obra pessoal Resultado do trabalho

  24. ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO Significa colocar a atividade de trabalho no centro da análise e a partir da compreensão desta, buscar a formulação de respostas às demandas que surgem no interior das situações produtivas.

  25. FUNDAMENTOS • Distinção entre Tarefa e Atividade • Conceito de Variabilidade • Conceito de Carga de Trabalho • Conceito de Modo Operatório que decorre dos conceitos anteriores e representa a resposta individual às determinantes de uma situação de trabalho.

  26. Tarefa x Atividade O que é prescrito pela empresa ao operador O que o operador efetivamente faz para dar conta da tarefa Trabalho Prescrito Trabalho Real • Condições Reais • Resultados efetivos • Condições determinadas • Resultados Esperados

  27. VARIABILIDADE está associada ao imponderável, ou aquilo que não foi previsto, manifesto dentro das situações produtivas. Significa compreender como os trabalhadores enfrentam as diversidades e as variações de situações e quais conseqüências elas acarretam para a saúde e para a produção

  28. VARIABILIDADE DOS SUJEITOS, a ergonomia classifica uma variabilidade intra-individual, que busca considerar as alterações que o indivíduo sofre ao longo do tempo, e a variabilidade inter-individualque considera as diferenças biocognitivas e histórias de vida de cada um. Por exemplo, o tempo de serviço numa dada atividade provoca mudanças na forma que um sujeito realiza o seu trabalho (intra-individual). Quanto mais experiências ele experimenta mais ele desenvolve a sua competência. Por outro lado, dois sujeitos com o mesmo tempo de trabalho não necessariamente realizam suas atividades da mesma forma. Eles desenvolvem competências especificas (inter-individual).

  29. VARIABILIDADE DA EMPRESA, relacionada aos materiais, equipamentos e organização. • A variabilidade normaldecorrente das características intrínsecas do trabalho executado e que podem ser do tipo sazonal ou periódica; • A variabilidade incidental, decorrente de eventos aleatórios e desconhecidos antes da sua revelação pela regulação e modos operatórios desenvolvidos pelos operadores.

  30. A carga de trabalho constitui-se na síntese que resulta da confrontação de dois níveis de condicionantes: • De um lado a empresa com a tarefa e de outro o trabalhador com a atividade. • O resultado da carga de trabalho realizada retorna sobre ambos: • Retorna sobre o trabalhador o que se manifesta sobre seu estado de saúde. • - Retorna sobre a empresa, o que se manifesta em termos de produção e produtividade.

  31. MODOS OPERATÓRIOS • A atividade de um operador num dado momento é organizada em função de diferentes objetivos: • Os objetivos gerais fixados pela empresa • Os objetivos intermediários que o operador se fixa para atingir os primeiros • Objetivos mais pessoais • Conforme a situação, a margem de manobra de que o operador dispõe para atingir os objetivos de produção é maior ou menor.

  32. MODELO DE REGULAÇÃO Os modos operatórios adotados pelos operadores são, portanto, o resultado de um compromisso que leva em conta: - Os objetivos exigidos - Os meios de trabalho - Os resultados produzidos ou ao menos a informação de que dispõe o operador sobre eles - O seu estado interno

  33. Em situações não restritivas, os índices de alerta relativos ao seu estado interno (fadiga) conduzem o operador a modificar os objetivos ou os meios de trabalho para evitar agressões à sua saúde.

  34. Num segundo momento, típico de sobrecarga, o operador não consegue mais atingir os objetivos exigidos, quaisquer que sejam os modos operatórios adotados. Essa “modelização” se aplica, ao mesmo tempo, para compromissos de curto prazo (escolha de uma postura, por exemplo) e para compromissos em longo prazo (escolha do trabalho em turno por razões pessoais).

  35. A noção de carga de trabalho pode ser interpretada a partir da compreensão da margem de manobra da qual dispõe um operador num dado momento para elaborar modos operatórios tendo em vista atingir os objetivos exigidos, sem efeitos desfavoráveis sobre seu próprio estado. O aumento da carga de trabalho se traduz por uma diminuição do número de modos operatórios possíveis.

  36. Análise ergonômica do trabalho

  37. Análise ergonômica do trabalho (Manual da NR-17) - Análise da demanda (validação) - Análise da empresa - Análise da população de trabalhadores - Descrição das tarefas prescritas / reais - Estabelecer um pré-diagnóstico (validação) - Projeto: modificações / alterações - Cronograma de implementação - Acompanhamento das modificações ou das alterações

  38. Análise ANÁLISE DA DEMANDA Epidemiologia Literatura Queixas ANÁLISE DA TAREFA Caracterização da tarefa, Identificação dos fatores de risco ANÁLISE DA ATIVIDADE Percepção, comparação entre trabalho real e prescrito Conhecimento e Ação sobre as Situações de trabalho na Embraer PROPOSTA DE SOLUÇÃO Aplicação do Ergonomic Check Point IMPLANTAÇÃO DE MELHORIA Priorização das ações DIFUSÃO Caderno de Boas Práticas, Efetivação da melhoria na área Síntese

  39. Dados epidemiológicos • Absenteísmo • Prevalência (e taxa de ) • Incidência (e taxa de) • Afastamentos por Razões Médicas • Índice de freqüência • Índice de gravidade • Indicadores de desempenho operacional • Produtividade, etc.

  40. DEMANDA Produção Eficiência da Mão de Obra

  41. Análise ANÁLISE DA TAREFA Caracterização da tarefa, Identificação dos fatores de risco

  42. ANÁLISE DA TAREFA • Consiste na caracterização do trabalho prescrito e das condicionantes presentes na situação de trabalho. • Engloba a caracterização detalha dos aspectos técnicos e organizacionais da situação de trabalho em estudo e dos fatores de risco associados às mesmas. • INSTRUMENTOS • FICHA DE CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE TRABALHO; • ERGONOMICS WORKPLACE ANÁLISYS (E.W.A.);

  43. A ANÁLISE DA TAREFA é o estudo daquilo que o trabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais desta realização. É fundamental conhecer como o trabalho é organizado e prescrito no interior da organização pela engenharia de métodos. Também, realiza-se uma descrição o mais precisa possível da situação, observações e medidas sistemáticas de variáveis.

  44. ANÁLISE DA TAREFA

  45. ANÁLISE DA TAREFA

  46. Espaços de Trabalho Alturas de trabalho Se o trabalho inclui diferentes necessidades (por exemplo, a manutenção de uma posição ou a combinação de diferentes tarefas), a altura de trabalho é determinada pela tarefa de maior demanda. Levantamento de Cargas O esforço requerido pelo levantamento é dado pelo peso da carga, a distância horizontal entre a carga e o corpo e a altura da elevação.

  47. Análise ANÁLISE DA ATIVIDADE Percepção, comparação entre trabalho real e prescrito

  48. ANÁLISE DA ATIVIDADE É o que o trabalhador, efetivamente, realiza para executar a tarefa, ou seja é a análise das condições reais de execução e das condutas do homem no trabalho. Deve-se proceder a uma descrição o mais detalhada possível das atividades de trabalho, levando-se em consideração as posturas, gestos, comunicações, movimentos, verbalizações, estratégias, resolução de problemas, modos operativos, enfim, tudo que possa ser observado ou inferido das condutas dos indivíduos. QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO Desenvolvido pelo grupo Ergo&Ação/UFSCar em projetos anteriores de ergonomia. O ponto de partida do instrumento é a descrição da tarefa desenvolvida no EWA. ABORDAGEM Tarefas executadas pelos operadores, o tempo dedicado a elas e as posturas assumidas. Percepção dos operadores acerca da realização da tarefa e o que considera penoso do ponto de vista físico, cognitivo e/ou psíquico. Correlaciona as queixas com os diferentes seguimentos corporais.

  49. ANÁLISE DA ATIVIDADE QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO

  50. ANÁLISE DA ATIVIDADE OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE Pesquisa na qual os autores de pesquisa e os atores sociais se encontram reciprocamente implicados: os atores na pesquisa e os autores na ação. Durante o processo, manifestam-se valores inerentes à conduta da ação e afetos inerentes à interação entre pessoas ou grupos. Todos esses aspectos são objeto de análise e de controle por parte dos interessados. As informações coletadas e os itens discutidos em todos os precedentes passos, uma vez passados no “crivo” de relevância em função da problemática adotada, são estruturados em conhecimentos comunicáveis.

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