1 / 12

História dos Portugueses no Mundo (2012/2013) Aula n.º 8

História dos Portugueses no Mundo (2012/2013) Aula n.º 8 «Descobrimento» e Presença Portuguesa no Brasil II A Colonização do Bras il. A Colonização do Brasil

artie
Download Presentation

História dos Portugueses no Mundo (2012/2013) Aula n.º 8

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. História dos Portugueses no Mundo • (2012/2013) • Aula n.º 8 • «Descobrimento» e Presença Portuguesa no Brasil II • A Colonização do Brasil

  2. A Colonização do Brasil Com a chegada dos portugueses às terras de Vera Cruz, em 1500, assistiu-se um processo de colonização e exploração económica deste espaço pautado por ritmos diferentes. Nas primeiras décadas de Quinhentos, a Coroa portuguesa não demonstrou grande interesse nestas terras, concendendoa particulares a exploração do pau-brasil, a primeira riqueza que ressaltou aos olhos dos europeus. Em 1534, a Coroa portuguesa, com a ameaça de fixação dos Franceses na costa brasileira, decidiu-se, finalmente, promover a colonização daquele território da América do Sul. O sistema escolhido foi o das capitanias-donatarias hereditárias, cujos detentores, membros da pequena nobreza, usufruíam de poderes que ultrapassavam os dos capitães do donatário da Madeira e dos Açores. Efectivamente, para além dos direitos jurisdicionais, os capitães brasileiros recebiam uma pensão.

  3. A vida económica da colónia brasileira baseava-se na exploração do pau-brasil, na criação de gado, no cultivo da mandioca e dos legumes, do algodão, do tabaco e da cana-sacarina (cana-de-açúcar). De todas estas produções, a mais importante foi a da cana-de-açúcar, favorecida pela abundância de água e por clima de excepção, que, coadjuvado pela riqueza das terras, permitia duas colheitas anuais. Graça ao açúcar, o Brasil transformou-se na mais rica colónia portuguesa.

  4. O engenho e a exploração açucareira A cana-de-açúcar cultivava-se em grandes domínios territoriais, concedidos pelo capitão do donatário aos colonos. O centro das plantações era o engenho de açúcar, propriedade do senhor engenho. Todavia, este cultivava directamente apenas uma parte das terras, arrendando as restantes e a outros colonos livres – lavradores ou rendeiros. Os contratos, sempre escritos, obrigavam os rendeiros a cultivarem uma área substancial da superfície arrendada com cana, em troca do usufruto da terra por períodos de tempo que iam de nove a dezoito anos. Comprometiam-se, também os lavradores a entregarem ao senhor uma parte substancial do açúcar branco obtido. O senhor de engenho aparece-nos, assim, como chefe de um grande conjunto agro-industrial – o engenho – no qual se incluíam a sua morada (a casa grande), a capela, as dependências do engenho propriamente dito (fábrica), a morada dos escravos (a senzala) e o extenso canavial.

  5. Em geral, a propriedade era auto-suficiente, importando de fora o que ali se não podia produzir (trigo, vinha, azeite, sal), que os colonizadores não dispensavam, para além de artigos de luxo. O açúcar produzido destinava-se à exportação e alimentava uma vasta rede de comércio, na qual participavam os produtores e os mercadores especializados no negócio. A venda para fora do Brasil era livre, ou seja, qualquer um podia comerciar açúcar, embora só com a metrópole. Obviamente, a Coroa usufruía de parte dos lucros deste proveitoso comércio, através das taxas pagas à saída e à chegada (respectivamente, 10% e 20% do valor total da carga), assim como de concessão de licenças a estrangeiros que negociavam o açúcar directamente no Brasil. Deste modo, enquanto que o Brasil estruturava o seu crescimento em torno da exploração açucareira, o tráfico de açúcar animava os portos portugueses, tais como, Lisboa, Porto e Viana do Castelo.

  6. A importação de mão-de-obra africana O historiador Frédéric Mauro escreveu que “sem escravos, não haveria açúcar”. Na realidade, os consideráveis gastos e esforços necessários à cultura do açúcar forçaram o recurso à escravatura, como método mais eficaz para a obtenção de grandes quantidades de mão-de-obra. De início, os colonos recorreram aos índios brasileiros, pertencentes à família Tupi. Contudo, ao não se adaptarem à vida sedentária das plantações, revelaram-se fracos trabalhadores, não só como escravos, mas também em regime livre. Pelo contrário, a prática da escravatura conduziu a violentas lutas entre colonos e tribos indígenas, às quais a Coroa, apoiada pelos Jesuítas, pretendeu pôr cobre, limitando o cativeiro dos índios. Foi, pois, neste contexto que, a partir da segunda metade do século XVI, se organizou o tráfico de negros entre as costas de África e as da América.

  7. O Transporte de negros para o Brasil “Os homens eram empilhados no fundo do porão, acorrentados, com receio de que se revoltassem e matassem todos os brancos que iam a bordo. Às mulheres reservavam a segunda entrecoberta. As que estavam grávidas eram amontoadas na primeira entrecoberta, como arenques no barril. Havia sentinas, mas como muitos tinham medo de perder o seu lugar, faziam aí mesmo as suas necessidades, principalmente os homens, de maneira que o calor e o cheiro se tornavam intoleráveis”. Descrição do Padre Carli, que acompanhou a viagem de 680 escravos, entre homens, mulheres e crianças para o Brasil.

  8. Transportados em condições muito difíceis e depois de uma viagem de cerca de quarenta dias, a que muitos não resistiam, os escravos chegavam, porém, em número crescente ao Brasil: uma medida anual de 50 000 entre 1570 e 1600; de 200 000 entre 1600 e 1650; de 150 000 entre 1650 e 1670. Deste modo, o Brasil prosperou com a mão-de-obra escrava, fazendo crescer a produção de açúcar, ao mesmo tempo que estes africanos se tornavam numa das componentes étnicas mais fortes do Brasil.

More Related