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CURSO. GERIATRIA e GERONTOLOGIA. Tiago Christovam. DISTÚRBIOS TIREOIDEANOS. A Tireóide. Maior glândula do corpo Pesa 20g Formada por 2 lobos laterais ligadas por um istmo Os lobos são formados por folículos
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CURSO GERIATRIA e GERONTOLOGIA Tiago Christovam
A Tireóide • Maior glândula do corpo • Pesa 20g • Formada por 2 lobos laterais ligadas por um istmo • Os lobos são formados por folículos • Folículos: camada única de células epiteliais formando uma luz preenchida por material colóide (75% tireoglobulina sintetizada pelas mesmas) • Secreção hormonal: regulada por alça de retroalimentação
Formação dos Hormônios • Tiroxina (T4): principal produto secretório da tireóide • T3: 20% produzido pela tireóide; o restante é resultado da conversão periférica de T4 • TSH: controla a produção de T3 e T4 • TRH: controla a liberação de TSH • Iodo: principal constituinte de T3 e T4 • Também captam iodo: glândulas salivar e mamária, mucosa gástrica e plexo coróide
Formação dos Hormônios • MIT e DIT – tireoglobulina associada a 1 ou 2 moléculas de iodo, respectivamente • T3 = 1 MIT + 1 DIT • T4 = 2 DIT
Efeitos sobre o Organismo • Carboidratos: acelera captação de glicose pelas células, glicólise, neoglicogênese, absorção pelo TGI, secreção de insulina • Gordura: maior grau de depressão que outros elementos teciduais, mobilização de lipídios AG livre • Colesterol: sua concentração, além de fosfolípides e triglicérides
Efeitos sobre o Organismo • Metabolismo basal: 60 a 100% acima do normal • Peso corporal: apetite • Sistema cardiovascular: FC, força dos batimentos, volume de ejeção, PA • Sistema respiratório: FR, profundidade • SNC: nervosismo, ansiedade • Sistema muscular: tremores • Sono: sensação constante de fadiga + sono difícil
Hipertiroidismo • Doença de Graves • Principal causa (65%) • Imunoglobulina se liga a receptor deTSH • Oftalmopatia, bócio difuso, tireotoxicose
Hipertiroidismo • Doença de Plummer • Bócio multinodular tóxico • 15 a 20% dos casos • Hiperfunção primária da glândula • Outras causas • Ingestão excessiva • Tumores trofoblásticos • Uso de iodo em BMA
Hipertiroidismo • Tireotoxicose • Nervosismo • Instabilidade emocional • Fadiga • Sudorese excessiva • Emagrecimento • Tremores • Taquicardia
Hipertiroidismo • Exame físico • Agitação • Pele úmida e quente • Mãos trêmulas • Exoftalmia e edema periorbitário - Graves
Hipertiroidismo • Diagnóstico • TSH muito baixo em 90% dos casos • T4 livre elevado • T3 total e livre – aumentado em todos os casos de hipertiroidismo
Tireoidites • Tireoidite de Hashimoto • Tireoidite pós-parto indolor • Tireoidite esporádica indolor • Tireoidite subaguda dolorosa • Tireoidite supurativa • Tireoidite induzida por drogas • Amiodarona, lítio, interferon alfa, interleucina-2 • Tireoidite de Reidel
Tireoidites Monitorização da função tireoideana em pacientes recebendo terapia com amiodarona (a cada 6 meses)
Hipotiroidismo Subclínico • Paciente com hipotiroidismo clássico – raro • Leve disfunção tireoidiana – freqüente • T3 e T4 normais • TSH – levemente elevado • Identificado em screening ou investigação de hipercolesterolemia
Hipotiroidismo Subclínico • Prevalência mundial – 1 a 10 % • Mulheres acima de 60 anos – pode chegar a 20 % • 50 a 80 % - teste positivo para anticorpos • Bócio é duas vezes mais comum • Maior risco – Hipertiroidismo tratado, história de irradiação no pescoço, tiroidite pós-parto, desordens autoimunes (DM1)
Hipotiroidismo Subclínico • Fator de risco – maioria dos pacientes não encontram fatores óbvios • Amiodarona • Lítio • Imunomoduladores
Hipotiroidismo Subclínico • Tratar • Evitar progressão do hipotiroidismo • Melhorar perfil lipídico • Reverter efeitos do hipotiroidismo • Não Tratar • Custo • Risco do hipertiroidismo maior que hipotiroidismo
Hipotiroidismo Subclínico Nível sérico de tirotropina Testes para confirmar nível de tirotropina elevada e tiroxina livre normal Testar anticorpos contra tiroperoxidase Obter perfil lipídico Teste + para anticorpos contra tiroperoxidase Teste - para anticorpos contra tiroperoxidase Tirotropina sérica > ou = 10 um/L Tirotropina sérica < 10 um/L Terapia com tiroxina Sintomas, bócio, colesterol total ou LDL, gravidez, disfuncão ovulatória com inferilidade Sem sintomas, bócio, colesterol total ou LDL, gravidez, disfuncão ovulatória com inferilidade Acompanhamento anual com dosagem de tirotropina e tiroxina livre ou terapia com tiroxina
Nódulos Tireoidianos • Nódulos tireoideanos palpáveis são detectados em • 0,8% de homens e 5,3% de mulheres • Novos nódulos: taxa de 0,1% ao ano • Geralmente são achados de US • Maioria é benigna • Muitos estudos descrevem estratégias diagnósticas para distinguir entre malignos e benignos
Nódulos Tireoidianos Tóxicos X Atóxicos • Tóxicos – dosagem de T3 e T4 elevadas • Atóxicos – dosagem de TSH normal
Nódulos Tireoideanos Nódulo tireoideano solitário • Discreto abaulamento observado na tireóide • Pode aumentar ou desaparecer com o tempo • Maioria: composta por folículos aumentados com grande quantidade de colóide • Outras causas: cistos, adenomas e tireoidite • Aproximadamente 5% são carcinomas
Nódulos Tireoideanos Nódulo tireoideano solitário • Suspeição forte de carcinoma quando é: firme, fixo e causa abaulamento cervical • PAAF indicada em todos os pacientes com nódulo solitário, especialmente naqueles com sinais óbvios de carcinoma • PAAF: 70% benigno, 4% maligno, restante indeterminado
Nódulos Tireoideanos Nódulo tireoideano solitário • Cirurgia indicada em pacientes com citologia indeterminada ou repetidamente inadequada • Exceção • TSH baixo • Cintilografia com nódulo hiperfuncionante
Nódulos Tireoideanos Nódulo tireoideano solitário • Devido à imprecisão na palpação, a US é fundamental para avaliar mudanças no volume dos nódulos • US • Não é indicada na rotina • Tem valor quando o nódulo cístico não desaparece totalmente após a punção ou quando é recorrente
Nódulos Tireoideanos Bócios multinodulares • Pode ser definido estruturalmente ou funcionalmente • Deficiência de iodo – principal causa no mundo • TSH e T4 livre devem ser dosados para o diagnóstico • Cintilografia e US não indicadas rotineiramente • PAAF pode ajudar quando se suspeita de câncer • Incidência de câncer 1 a 4%
Nódulos Tireoideanos Bócio multinodular atóxico
Nódulos Tireoideanos Bócio uninodular tóxico Bócio uninodular tóxico
Nódulos Tireoideanos Bócio multinodular tóxico Bócio multinodular tóxico
Câncer de Tireóide • Tumores raros – cerca de 1% de todos os cânceres • Apresenta-se geralmente como nódulos • Mais freqüente em mulheres • Homens – maior malignização • Comportamento químico extremamente variável • Bem diferenciados: bom prognóstico • Indiferenciados: péssimo prognóstico
Câncer de Tireóide • Diferenciados derivados das células foliculares – papilíferos e foliculares • Papilíferos (40 a 70%) • Componentes papilares • Multifocais • Não-encapsulados • Metástase para linfonodos • Incide em indivíduos jovens • Curso mais benigno
Câncer de Tireóide • Foliculares (20 a 40%) • Histologicamente observa-se folículos • Áreas sólidas ou trabeculares • Tipicamente solitários • Encapsulados • Invadem veias – metástase à distância (ossos e pulmão) • Comportamento mais agressivo
Câncer de Tireóide • Indiferenciados (5 a 15%) • Células com pleomorfismo extremo • Inúmeras mitoses • Grupos etários mais avançados
Câncer de Tireóide • Medulares (3 a 10%) • Derivados das células C ou parafoliculares • Velocidade de crescimento muito variável • Pode ter incidência familiar
Câncer de Tireóide • Tamanho e extensão do câncer – relacionam-se com o prognóstico • Envolvimento de cápsula ou estruturas adjacentes – menor taxa de sobrevida
Câncer de Tireóide Tratamento • Diferenciados – tireoidectomia • Linfonodos comprometidos – extensão da cirurgia • Iodo radioativo – destruir tecido remanescente • Pesquisa de metástase • Terapêutica substitutiva – promover eutireoidismo e bloquear TSH
Câncer de Tireóide Tratamento • Reexaminar regularmente – metástase precoce • Carcinoma medular - tratado mais agressivamente com retirada dos gânglios cervicais • Carcinoma indiferenciado • Extremamente maligno • Resultado desapontador • Cirurgia e radioterapia paliativas • Maior parte dos pacientes morrem em < 1 ano