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Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades

Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades. RELIGIOSIDADE POPULAR. Termo é utilizado para designar as expressões religiosas não oficiais. ...é aquele catolicismo vivido e praticado pelas classes populares, ou seja, pelo nosso povo mais pobre e oprimido.

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Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades

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Presentation Transcript


  1. Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades

  2. RELIGIOSIDADE POPULAR Termo é utilizado para designar as expressões religiosas não oficiais...

  3. ...é aquele catolicismo vivido e praticado pelas classes populares, ou seja, pelo nosso povo mais pobre e oprimido.

  4. Então, “Religiosidade Popular” seria a atitude que origina formas de culturas populares, dos pobres e simples, que procuram relacionar-se com o divino de forma mais simples, mais diretas e mais rentáveis. Mais simples– na tentativa de superar o intelectualismo e a abstração dando lugar ao sentimento e a imaginação. Mais diretas– como forma de rejeição de mediações clericais que seriam sentidas mais como obstáculo do que como mediação. Mais rentáveldirige-se a satisfação de desejos utilitários (magia, superstição), que podem adulterar a religiosidade popular.

  5. Elementos Históricos

  6. Expansão do cristianismo nos primeiros séculos O cristianismo conquista o mundo, mas isso não se por causa do martírio, da santidade, dos milagres, da evangelização, como costumamos dizer....

  7. Mas desde a sua origem, a novidade do cristianismo não deve ser procurada em megaprojetos, mas em trabalhos humildes

  8. A arqueologia nos abre um panorama novo e inesperado: Cristo vence Asclépio, Maria vence Ísis

  9. Asclépio Primeiro deus do panteão grego que desceu do Olimpo para se envolver com a dor da humanidade (80% da população vivia em condições precárias)

  10. Ísis, chamada “rainha do céu”, é a imagem da mãe carinhosa, que protege seu filho e demonstra cuidado que as pessoas têm com a maternidade, a procriação, a proteção da natureza e a educação dos filhos

  11. Com o passar dos anos, Cristo e Isis vão tomando o espaço no coração do povo porque passam a ser mais “eficientes”. Essa maior eficiência provém do fato de que o movimento cristão cava mais fundo nos pressupostos da desigualdade social existente no Império Romano....

  12. Para o cristianismo, somos todos iguais diante de Deus, contudo, Ele prefere os pobres. Essas idéias têm enorme influência, já que as primeiras comunidades cristãs viviam em contato direto com categorias sociais marginalizadas, onde violência, injustiça e mesmo suicídio (por desespero) fazem parte da vida diária

  13. Tendo uma comunidade cristã por perto, os pobres sabem para onde se dirigir em suas necessidades de saúde, maternidade, educação dos orfãos, amparo às viúvas, cuidado com os mais velhos, atendimento aos presos, sepultamento digno

  14. As vitórias simbólicas de Cristo e de Maria são na realidade vitórias do povo analfabeto na sua luta por dignidade e bem-estar.

  15. O QUE SE PASSA POR TRÁS DA RELIGIÃO E DOS RITOS Desde sua origem do cristianismo “existe uma pressão da religiosidade popular que empurra os bispos a reconhecer a relação entre devoção e problemas que afetam as pessoas pobres (doença, marginalização, penúria, morte)”

  16. O que a religiosidade popular nos traz é que a novidade do cristianismo não têm de ser procurada no nível dos símbolos, das imagens ou dos ritos, mas no nível de uma ação eficiente no campo das relações sociais e políticas.

  17. Os primeiros cristãos, ao combaterem os deuses, na realidade combatiam a falta de sensibilidade pela humanidade sofredora....

  18. Os seguidores de Jesus preferem projetos concretos, miniutopias realizáveis.... É uma fé de olho nas necessidades das pessoas

  19. Por exemplo, os imigrantes que chegavam a Roma encontravam na casa do bispo a mesa posta e um abrigo para os primeiros dias de sua permanência na grande cidade.

  20. Em algumas comunidades existia um serviço regular de alimentação e hospedagem para necessitados, viúvas e órfãos... e até uma caixa de dinheiro comunitário destinado a casos de emergência

  21. É um cristianismo de mãos calejadas e quase nenhuma escrita, de mãos habituadas a lidar com mesa e cozinha, fuso e agulha, enxada e arado, na fonte, na oficina, mãos de trabalhadores do campo e na cidade, de escravas domésticas nas casas senhorais.

  22. O cristianismo de ontem e de hoje se consolida por causa de uma atuação persistente e corajosa na base do edifício social e político da sociedade, e na medida em que apresenta resultados positivos na vida das pessoas.

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