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A volta a Jerusalém

A volta a Jerusalém.

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A volta a Jerusalém

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Presentation Transcript


  1. A volta a Jerusalém

  2. Estava-se no ano 31, Jesus, após o "milagre" de Caná achava-se em Cafarnaum, cidade importante, pouco distante, situada às margens do lago Tiberíades também chamado Genezaré ou Mar do Jardim dos Príncipes, localizado em vale paradisíaco, rodeado de jardins e pomares perfumados. O lago tinha 21 quilômetros de comprimento, 12 de largura (em seus extremos) e 170 quilômetros quadrados de superfície, e estava 200 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Como a Páscoa anual se aproximava, Jesus resolveu peregrinar com seus discípulos até Jerusalém. Seguiram o curso do Baixo Jordão, deixando a Samaria à direita, e ao atingirem o Monte das Oliveiras, deparou ele novamente com a cidade sagrada e seu majestoso Templo, de rutilantes cúpulas de ouro.

  3. A Expulsão dos Vendilhões do Templo

  4. “Ora estava próxima a Páscoa dos Judeus, e Jesus subiu a Jerusalém; e encontrou no templo muitos vendendo bois, e ovelhas, e pombas, e os cambistas sentados (às suas mesas). E, tendo feito um como azorrague de cordas, expulsou-os a todos do templo, e às ovelhas e aos bois, e deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derribou as mesas. E aos que vendiam pombas disse: Tirai daqui isto, e não façais da casa de meu Pai casa de negócios”. (João, II: 13-16)

  5. Será esta passagem coerente com as atitudes e ensinamentos de Jesus? O Tráfico das coisas religiosas. Nossos Vendilhões (Vícios e Defeitos) – Nosso Templo (Corpo Físico)

  6. “Tomaram então a palavra os Judeus, e disseram-lhe: Com que sinal nos mostras tu que tens autoridade para fazer estas coisas? Jesus respondeu-lhes, e disse: Desfazei este templo, e eu o reedificarei em três dias”. (João, II: 18-19)

  7. As Escolas Rabínicas

  8. A maior e mais importante escola no tempo de Jesus era a de Hillel. Compreendiam a História de Israel, seus costumes e legislação; botânica; medicina; agricultura; legislação civil; alimentação; vestuário; palavras e gestos; normas de conduta; astronomia; entre outras. Conheciam profundamente o Thora e todos os livros ligados ao culto e às concepções religiosas nacionais. Os discípulos viviam em casa dos rabis, servindo-os pessoalmente e ajudando nos trabalhos domésticos, ao mesmo tempo em que se instruíam; operavam em rodízio e acompanhavam-nos às cerimônias de culto, ou de vida pública, não só para honrá-los, como para se instruírem.

  9. Muitos Rabinos eram amigos ou seguidores de Jesus: Gamaliel, Nicodemo, Ben Zakai, Schamai, José de Arimateia.

  10. Nicodemo Ben Nicodemo

  11. “Ora havia um homem da seita dos fariseus chamado Nicodemos, um dos principais entre os Judeus. Este foi ter com Jesus de noite, e disse-lhe: Mestre, sabemos que foste enviado por Deus; porque ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele

  12. Jesus respondeu, e disse-lhe: Em verdade, em verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que nascer de novo. Nicodemos disse-lhe: Como pode um homem nascer sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e renascer?

  13. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que quem não renascer por meio (do batismo) da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne e o que nasceu do espírito é espírito.

  14. Não te maravilhes de eu te dizer: Importar-vos nascer de novo. O Espírito sopra onde quer; e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que nasceu do espírito. Respondeu Nicodemos e disse-lhe: Como pode isto fazer? Respondeu-lhe Jesus e disse-lhe: Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?”. João, III:1-10

  15. “Por que tamanha admiração, em face destas verdades? – perguntou-lhes Jesus, bondosamente. – As árvores não renascem depois de podadas? Com respeito aos homens, o processo é diferente, mas o espírito de renovação é sempre o mesmo. O corpo é uma veste. O homem é seu dono. Toda roupagem material acaba rota, porém, o homem, que é filho de Deus, encontra sempre em seu amor os elementos necessários à mudança do vestuário. A morte do corpo é essa mudança indispensável, porque a alma caminhará sempre, através de outras experiências, até que consiga a imprescindível provisão de luz para a estrada definitiva no Reino de Deus, com toda a perfeição conquistada ao longo dos rudes caminhos”.

  16. provisão de luz para a estrada definitiva no Reino de Deus, com toda a perfeição conquistada ao longo dos rudes caminhos”. “- Mestre, já que o corpo é como que a roupa material das almas, por que não somos todos iguais no mundo? Vejo belos jovens, junto de aleijados e paralíticos...”. “-Acaso não tenho ensinado – disse Jesus – que tem de chorar todo aquele que se transforma em instrumento de escândalo? Cada alma conduz consigo mesma o inferno ou o céu que edificou no âmago da consciência. Seria justo conceder-se uma segunda veste mais perfeita e mais bela ao espírito rebelde que estragou a primeira? Que diríamos da sabedoria de Nosso Pai, se facultasse as possibilidades mais preciosas aos que as utilizaram na véspera para o roubo, o assassínio, a destruição? Os que abusaram da túnica na riqueza vestirão depois as dos famulos e escravos mais humildes, como as mãos que feriram podem vir a ser cortadas”.

  17. “-Senhor, compreendo agora o mecanismo do resgate. Mas, observo que, desse modo, o mundo precisará sempre do clima do escândalo e do sofrimento, desde que o devedor, para saldar seu débito, não poderá fazê-lo sem que outro lhe tome o lugar com a mesma dívida”. “-Dentro da lei de Moisés, como se verifica o processo da redenção?”. Perguntou Jesus. “-Também na lei está escrito que o homem pagará: “olho por olho, dente por dente””. “-Também tu estás procedendo como Nicodemos – replicou Jesus com generoso sorriso.

  18. – Como todos os homens, alias, tens raciocinado, mas não tens sentido. Ainda não ponderaste, talvez, que o primeiro mandamento da lei é uma determinação de amor. Acima do “não adulteraras”, do “não cobiçaras”, está o “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração e de todo o entendimento”. Como poderá alguém amar o Pai, aborrecendo-lhe a obra? Contudo, não estranho a exigüidade de visão espiritual com que examinaste o texto dos profetas. Todas as criaturas hão feito o mesmo.

  19. Investigando as revelações do céu com o egoísmo que lhes é próprio, organizaram a justiça como o edifício mais alto do idealismo humano. E, entretanto, coloco o amor acima da justiça do mundo e tenho ensinado que só ele cobre a multidão dos pecados. Se nos prendemos à lei de talião, somos obrigados a reconhecer que onde existe um assassino haverá, mais tarde, um homem que necessita ser assassinado; com a lei do amor, porém, compreendemos que o verdugo e a vitima são dois irmãos, filhos de um mesmo Pai. Basta que ambos sintam isso para que a fraternidade divina afaste os fantasmas do escândalo e do sofrimento”. In Boa Nova, Humberto de Campos (Chico Xavier) cap 14.

  20. INTELECTUAL MORAL

  21. Conhecimento e Amor A importância do coração, do sentimento (senso moral) para entender Jesus. O conhecimento é necessário, mas não é o suficiente.

  22. JESUS NA SAMARIA

  23. Poço de Jacó

  24. “Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galileia. Devia, por isso, passar pela Samaria. Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó deu a seu filho José. E estava lá o poço de Jacó. Fatigado, pois, da viagem, Jesus sentou-se sobre a borda do poço. Era quase a hora sexta”. (João 4:3-6)

  25. “Veio uma mulher da Samaria a tirar água. Jesus disse-lhe: Dá-me de beber. Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar mantimentos. Disse-lhe, porém, a mulher Samaritana: Como (é que), sendo tu Judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher Samaritana?”. (João 4:7-9)

  26. A ÁGUA VIVA

  27. “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é que te diz! Dá-me de beber; tu certamente lhe pediras, e ele te daria duma água viva” (João 4:10) • “Todo aquele que bebe desta água tornará a ter sede; mas o que beber da água que eu lhe der, jamais terá sede, mas a água que eu lhe der, virá a ser nele uma fonte de água em que salte para a vida eterna”. • (João 4:13-14)

  28. De que água Jesus está falando ?

  29. “Disse-lhe a Mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais, adoram sobre este monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que é chegada a hora, em que não adorareis o Pai, nem neste monte, nem em Jerusalém (mas em qualquer lugar). Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque os Judeus é que vem a salvação. Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Porque é desses adoradores que o Pai procura. Deus é espírito; e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram”. (João 4: 20-24)

  30. O que é adorar em espírito e verdade ?

  31. Estavam o Mestre, Filipe, Tiago e André: - Levaremos para Cafarnaum mais este triunfo, porque é incontestável que obtivestes aqui, entre os samaritanos, um dos nossos maiores êxitos! Disse Filipe. - Acaso poderemos admitir que já somos compreendidos? Calemo-nos por alguns instantes, a fim de ouvirmos a opinião dos que nos seguem os passos. Fez-se silencio entre ele e os três discípulos, de modo que podiam ouvir distintamente os diálogos travados entre os que os acompanhavam. - Acreditas que seja este homem o Cristo prometido? De minha parte, não aceito semelhante impostura. Este nazareno é um explorador da piedade popular.

  32. - É certo, mesmo porque, em sua terra, não chega a valer um denário. Pelos próprios parentes é tido como inimigo do trabalho e há quem duvide da sua preguiçosa cabeça. • É um louco de boa aparência, pelo menos essa é a opinião que já ouvi de habitantes de Cafarnaum; entretanto, cá para mim, acredito seja um grande velhaco. Por que se meteu com pescadores, quando alega ser tão sábio? Por que não se transfere para Jerusalém, ou mesmo para Tiberíades? Bem sabe a razão disso. Lá encontraria homens cultos que lhe confundiriam a presunção. • (in Boa Nova, pelo Espírito de Humberto de Campos. cap 17).

  33. O ALIMENTO DE JESUS

  34. “Entretanto seus discípulos instavam com ele, dizendo: Mestre, come. Mas ele respondeu-lhes: Eu tenho um manjar para comer que vós não sabeis. Pelo que diziam os discípulos uns para os outros: Será acaso que alguém lhe trouxesse de comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra”. (João 4:31-34)

  35. Será que podemos também tomar deste alimento ?

  36. “E, tendo Jesus partido dali, foi para a sua pátria; e seguiam-no os seus discípulos. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos dos que o ouviam admiravam-se da sua doutrina, dizendo: Donde vem a este todas estas coisas? E que sabedoria é esta, que lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago e de José e de Judas e de Simão? Não estão aqui entre nós também suas irmãs? E escandalizavam-se dele. Mas Jesus dizia-lhes: Um profeta só deixa de ser honrado na sua pátria e na sua casa e entre os seus parentes. E não podia fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E (Jesus) admirava-se da incredulidade deles, e andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas”.(Marcos 6:1-6)

  37. Jesus, acompanhado de sua Mãe, seus parentes e discípulos, cumpriu o rito e compareceu à sinagoga local onde chegara, já então, notícia de sua presença na cidade, bem como sua fama de profeta. Seus constantes períodos de ausência nos mosteiros e nas viagens e seu natural caráter concentrado e recolhido, fizeram com que, para a maioria dos presentes na Sinagoga, parecesse quase um estranho: mas em atenção ao fato de ser um rabi, como tal se apresentando, acompanhado de seus discípulos, foi convidado pelo hazan a fazer a pregação do dia. O costume era que os Conselheiros da cidade fossem convocados em rodízio semanal para esse trabalho, exceto para a parte final, referente aos profetas, que cabia, nessas ocasiões, aos hóspedes de honra como, naquele dia, Jesus era considerado.

  38. Levantou-se Ele, pois, e dirigiu-se ao banco do pregador: cobriu-se com o "tallit" - manto ou véu das orações-, tomou o rolo de pergaminho das mãos do servente e, ao invés de ler o texto referido, já marcado, como seria obrigatório, abriu-o na passagem de Isaías, que tratava do advento do Messias e que dizia: "O espírito do Senhor está sobre mim e me ungiu para que anuncie a Boa Nova aos pobres, para curar os de coração aflito, anunciar aos cativos sua libertação, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos e apregoar o tempo das graças e dos galardões do Senhor".

  39. O normal era que o pregador, lido o texto, devolvesse o rolo ao servente e passasse a comentá-lo, interpretando o sentido, como o fazemos ainda hoje em nossos templos. Jesus, porém, lido o texto, sentou-se e permaneceu em silêncio alguns momentos, sob o olhar inquiridor e desconfiado da assistência até que, levantando-se de novo, acrescentou simplesmente: "Hoje está se cumprindo esta Escritura que acabais de ouvir", como dizendo e deixando bem claro que Ele era ungido ao qual as Escrituras se referiam.

  40. Por que Jesus não pode curar em Nazaré ?

  41. Bibliografia: O Redentor - Cap. 19 a 23 - Edgard Armond - Ed. Aliança Boa Nova - Cap. 14 E 17 - Humberto de Campos / Chico Xavier - FEB Ave Luz - Miramez / João Nunes Maia - Ed. Fonte Viva O Sublime Peregrino - Cap. 18 e24 - Ramatis / Hercílio Maes - Ed. Freitas Bastos Maria - Scholem Asch - Ed. Nacional O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 26 itens 5 e 6 - Allan Kardec - FEB O Sermão da Montanha - Huberto Rohden - Ed. Alvorada O Sermão da Montanha - Rodolfo Calligaris - FEB A Bíblia - Matheus 21:12-13, Marcos 11:15-19, Lucas 19:45-46, João 2:12-25 e 3:1-12, João 4:1-45, Lucas 4:16-30, Marcos 6:1-6, Matheus 13:53-38

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