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Guilherme de Ockham. (1290-1348). Foi em Oxford, que Guilherme redigiu sua obra mais famosa, uma série de comentários sobre as Setentiarum Libri (Sentenças) do teólogo Pedro Lombardo.
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Guilherme de Ockham (1290-1348) Foi em Oxford, que Guilherme redigiu sua obra mais famosa, uma série de comentários sobre as Setentiarum Libri (Sentenças) do teólogo Pedro Lombardo. Nesses textos, expôs a essência de seu pensamento, que parte do pressuposto de que todo o conhecimento racional tem base na lógica, de acordo com dados proporcionados pelos sentidos. Como esses só conhecem indivíduos concretos (por exemplo, “árvores”), os conceitos universais não passam de meios lingüísticos para expressar uma idéia e carecem de realidade física.
Guilherme de Ockham foi defensor da intuição como ponto de partida para o conhecimento do universo; de certa forma, pode-se dizer que ele levou às últimas conseqüências o pensamento de Duns Escoto. Um dos princípios que adotou ficou conhecido como Navalha de Ockham. Uma das formas de enunciar esse princípio é “as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário”, pois a natureza é por si econômica e não se multiplica em vão. Ou seja, não se deve aplicar a um fenômeno nenhuma causa que não seja logicamente dedutível da experiência sensorial.
Separação entre Fé e Razão Para Ockham, teologia era uma coisa – matéria de revelação – e ciência, outra – matéria de descoberta -, concepções que não eram incompatíveis com os princípios da escolástica. Essa idéia levou algum tempo para se firmar, mas a ciência e a religião terminaram de fato seguindo seus próprios caminhos. Em grande parte, é disso que o pensamento moderno irá tratar, da separação entre razão e fé, entre filosofia e teologia.