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CIÊNCIAS DO AMBIENTE. Capítulo 04 Fatores Ecológicos. Fatores Ecológicos. Conjunto de fatores biológicos (bióticos) e físicos (abióticos), de um determinado ambiente, que atuam sobre o desenvolvimento de uma comunidade. Bióticos : relações entre os seres vivos;
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CIÊNCIAS DO AMBIENTE Capítulo 04Fatores Ecológicos
Fatores Ecológicos • Conjunto de fatores biológicos (bióticos) e físicos (abióticos), de um determinado ambiente, que atuam sobre o desenvolvimento de uma comunidade. • Bióticos: relações entre os seres vivos; • Abióticos: condições físicas do ambiente.
Fatores Ecológicos Bióticos • Seres vivos associam-se com outros de mesma espécie ou de espécie diferente para obter alimento, proteção, transporte e reproduzir; • Tipos de relações: • Intra e/ou Inter-específica; • Harmônica ou Desarmônica.
Relações Ecológicas • Intra-específica ocorre entre indivíduos da mesma espécie; • Inter-específica ocorre entre indivíduos de espécies diferentes; • Harmônica nenhum dos organismos é prejudicado; • Desarmônica pelo menos um dos organismos é prejudicado.
Canibalismo • Um animal mata e devora outro da sua espécie; • Classificação intra-específica desarmônica; • Exemplos aranhas, ratos, peixes, etc.; • Observações: • Raro; • Ocorre em superpopulações quando há falta de alimento; • Em algumas espécies é comum a fêmea devorar o macho após a fecundação. Figura 1 – O aquecimento global fez diminuir em 20% a calota polar ártica nas últimas três décadas, reduzindo o território de caça dos ursos-polares. Muitos deles ficaram sem alimento. A mudança radical de seu habitat provocada pelo homem está custando caro aos ursos. Recentemente, no Mar de Beaufort, no Alasca, pesquisadores americanos que há 24 anos estudam a região identificaram um caso inédito de canibalismo na espécie: duas fêmeas, um macho jovem e um filhote foram atacados e comidos por um grupo de machos. Estimativas apontam que os ursos-polares podem desaparecer em vinte anos.
Competição • Luta por alimento, posse de território, da fêmea, etc.; • Classificação: • Intra-específica desarmônica; • Inter-específica desarmônica; • Exemplos todos os seres vivos; • Observações: • Freqüente; • Ocorre sempre que há sobreposição de nichos ecológicos; • Fator de seleção natural e de limitação da população. Figura 2 – Luta pela fêmea. Figura 3 – A superpopulação intensifica o mecanismo de competição intra-específica.
Predatismo • Um animal mata outro de espécie diferente para se alimentar; • Classificação: • Inter-específica desarmônica; • Exemplos mamífero carnívoro (predador) x mamífero herbívoro (presa); • Observações: • Freqüente; • Fator de seleção natural e equilíbrio da população de presas; • Aplicado no controle biológico. Figura 4 – Competição inter-específica desarmônica.
Forésia • Transporte de um ser, seus ovos ou sementes por outro ser vivo; • Classificação: • Inter-específica harmônica; • Exemplos pólen x insetos e aves, sementes x aves e mamíferos; • Observações: • Polinização. Figura 5 – Abelha no processo de polinização.
Mutualismo • Troca de benefícios entre seres vivos, com ou sem interdependência; • Classificação: • Inter-específica harmônica; • Exemplos cupim x protozoário, algas x fungos, plantas x insetos, crocodilo x ave-palito. Figura 6 – Interação entre pássaros e outros animais.
Parasitismo • Um ser vive à custa de outro, prejudicando-o; • Classificação: • Inter-específica desarmônica; • Exemplos vermes x mamíferos, fungos x outros seres vivos; Figura 7 – Exemplos de parasitismo. • Observações: • Freqüente; • Aplicado no controle biológico (parasita x praga); • Endoparasita (interno, ex.: ameba) e ectoparasita (externo, ex.: piolho).
Figura 8 – Tronco de uma árvore no interior de uma mata, contendo uma bromélia como inquilino. Inquilinismo • Um organismo usa outro como suporte ou abrigo; • Classificação: • Inter-específica harmônica; • Exemplos bromélia x árvore (suporte).
Comensalismo • Um ser come restos da comida de outro; • Classificação: • Inter-específica harmônica; • Exemplos rêmora x tubarão, hiena x leão; Figura 9 – Rêmora (comensal) aderida ao corpo de raia.
Colônias • Seres unidos anatômica e/ou fisiologicamente; • Classificação: • Intra-específica harmônica; • Exemplos caravelas, algas, corais, etc.; • Observações: • Os indivíduos podem ser todos iguais (algas) ou diferentes com divisão de trabalhos (caravelas). Figura 10 – Corais.
Sociedade • Indivíduos com tendência a vida gregária, trabalham para o desenvolvimento da população; • Classificação: • Intra-específica harmônica; • Exemplos gorilas, homens, peixes, formigas, abelhas, etc. • Observações: • Comum no mundo dos insetos, onde a divisão de trabalho leva a formação de castas. Figura 11 – Exemplo de uma sociedade humana.
Amensalismo • Uma espécie inibidora produz secreções (substâncias tóxicas) eliminando a espécie amensal; • Classificação: • Inter-específica desarmônica; • Exemplos algas x peixes, fungos x bactérias, etc.; • Observações: • Esta relação é mais comum entre vegetais, fungos e bactérias. Figura 12 – Fungos e bactérias.
Protocooperação • As duas espécies envolvidas irão tirar alguma forma de proveito da relação. No entanto, nenhuma das duas irá depender dela para sobreviver; • Classificação: • Inter-específica harmônica; • Exemplos algas x peixes, eucalipto x fungos, etc.; • Observações: • Esta relação é mais comum entre vegetais, fungos e bactérias. Figura 13 – Antílope com vários pássaros em seu corpo. Eles estão se alimentando dos parasitas presentes no corpo do antílope. Nesta interação, ambos se beneficiam, já que os pássaros obtêm alimento e o antílope se livra dos parasitas.
Fatores Ecológicos Bióticos • Algumas relações têm importância vital para o equilíbrio ecológico (predatismo, competição); • Relações como predatismo e parasitismo são utilizadas pelo homem no Controle Biológico de pragas, com vantagens: • não polui o ambiente; • não causa desequilíbrios ecológicos.
TEMPERATURA – LUZ – ÁGUA – NUTRIENTES Fatores Ecológicos Abióticos • Estão representados pelas condições climáticas, edáficas e hídricas que determinam o estado físico do ambiente.
Temperatura • Influi no metabolismo, no apetite, na fotossíntese, no desenvolvimento, na atividade sexual e na fecundidade; • Faixa de temperatura mais favorável para a vida 10 a 30 ºC; • Preferendo Térmico (PT); • Temperaturas fora do PT determinam as migrações e a hibernação.
Temperatura • SERES ESTENOTÉRMICOS • Espécies que sobrevivem entre estreitos limites de temperatura (pequena amplitude térmica). Ex.: lagartixa. • SERES EURITÉRMICOS • Espécies que resistem a grandes variações de temperatura (gde amplitude térmica). Ex: Lobo, homem. estenotérmica euritérmica Temperatura
Temperatura DE ACORDO COM A TEMPERATURA CORPORAL: • HETEROTÉRMICOS • Temperatura corporal varia com a temperatura ambiente. Ex: crocodilo, répteis, anfíbios. • HOMEOTÉRMICOS • Têm temperatura corporal constante. Ex: aves e mamíferos.
Temperatura COMPORTAMENTO DOS SERES VIVOS: • Migram: • Flamingos • Cegonha negra • Andorinhas • Reduzem as suas atividades vitais para valores mínimos, ficando num estado de vida latente: • Hibernam – Se ocorrer na estação fria. ex.: ouriço-cacheiro, marmota, répteis. • Estivam - Se ocorrer na estação quente. Ex.: crocodilo, caracóis. • Abrigam-se durante parte do dia.
Temperatura ADAPTAÇÕES QUE PERMITEM AOS ANIMAIS RESISTIR ÀS CONDIÇÕES DE TEMPERATURA: • Quantidade de gordura; • Tamanho e densidade dos pêlos; • Tamanho das orelhas e focinho; • Alteração de aspecto nas plantas: • Algumas árvores perdem a folhagem na estação desfavorável. • Ex.: Freixos e carvalhos. • Algumas plantas perdem o caule e até a raíz – sobrevivem sob a forma de sementes. • Ex: Papoila, lírios.
Temperatura REGIÕES FRIAS • Pêlos mais densos e compridos – raposas e urso polar; • Grande teor de gordura – pingüins; • Extremidades mais curtas (focinho, orelhas). Estas características fazem com que a perda de calor seja mínima, permitindo assim a sobrevivência.
Temperatura REGIÕES QUENTES • Pêlos menos densos e mais curtos; • Menos gordura; • Maior superfície corporal em contacto com o exterior. Estas características facilitam a perda de calor para o meio e evitam o sobre-aquecimento.
Luz • Fonte de energia essencial na produção de alimentos (fotossíntese); • Fator vital e fator limitante, tanto em mínima intensidade como em máxima; • Influencia nas variações da atividade diária e sazonal de alguns animais; • Regula os processos ópticos na pigmentação da pele; • Regula os ritmos biológicos diários e anuais, a atividade motora dos animais; • Orienta o movimento dos vegetais (heliotropismo); • Alguns animais e vegetais produzem luz (bioluminescência).
Luz • Devido a sazonalidade de sua incidência, existem animais noturnos e diurnos; • Existem organismos que suportam grandes variações luminosas (eurifotos) e seres que só conseguem viver numa estreita faixa luminosa (estenofotos); • Há aqueles que são fortemente atraídos pela luz (mariposas), enquanto outros fogem da luz (toupeira). Toupeira
Água • Entra na composição das células de todo ser vivo; • Presente em todos os processos metabólicos; • Papel fundamental na temperatura corporal dos homeotermos, na regulação do clima no planeta e na distribuição dos seres vivos na biosfera; • Sementes em torno de 3 a 5% de água; • Homem em torno de 65% de água; • Recém-nascido 90%.
Hidrófilos ou hidrófitos vegetais que só vivem em locais com muita água (vitória-régia); Xerófilos ou xerófitos vegetais adaptados a locais com pouca água (cactos). Água Vitória-régia Cacto
Nutrientes • Necessários para o crescimento e reprodução dos seres vivos; • Principais nutrientes elementos químicos e sais dissolvidos; • Podem limitar o desenvolvimento do meio e juntamente com outras características do solo (pH, textura e umidade), constituem os fatores edáficos. Macronutrientes entra em grande quantidade na composição dos tecidos vivos (carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio); Micronutrientes necessário em quantidades relativamente pequenas (manganês, cobre, zinco, magnésio).
Fatores limitantes bióticos competição, predatismo e parasitismo. • Fatores limitantes abióticos temperatura, água, luz e nutrientes; Fatores Limitantes • Seres vivos apresentam faixas de tolerância para cada um dos fatores ecológicos; • Quando qualquer fator fica fora dessa faixa limite, tende a limitar a oportunidade de sobrevivência dos organismos (Lei de Liedberg); • Através da tecnologia o homem tem ampliado a sua faixa de tolerância, de modo a sobreviver em várias regiões da biosfera e fora dela.
Vídeos Parte 1:http://www.youtube.com/watch?v=teCr9YS8PkU&feature=relatedParte 2:http://www.youtube.com/watch?v=D0FDrQwQUkY&feature=related