1 / 22

ROMANTISMO – 2ª GERAÇÃO – MAL-DO-SÉCULO, BYRONIANA, ULTRARROMANTISMO Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo

ROMANTISMO – 2ª GERAÇÃO – MAL-DO-SÉCULO, BYRONIANA, ULTRARROMANTISMO Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo. CARACTERÍSTICAS ROMÂNICAS DA 2ª GERAÇÃO PRESENTES NA OBRA: 1. Individualismo e subjetivismo. 2. Senso de mistério. 3. Escapismo. 4. Sonho. 5. Fé. 6. Culto da natureza.

brian
Download Presentation

ROMANTISMO – 2ª GERAÇÃO – MAL-DO-SÉCULO, BYRONIANA, ULTRARROMANTISMO Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. ROMANTISMO – 2ª GERAÇÃO – MAL-DO-SÉCULO, BYRONIANA, ULTRARROMANTISMO Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo

  2. CARACTERÍSTICAS ROMÂNICAS DA 2ª GERAÇÃO PRESENTES NA OBRA: 1. Individualismo e subjetivismo. 2. Senso de mistério. 3. Escapismo. 4. Sonho. 5. Fé. 6. Culto da natureza. 7. Liberdade criadora. 8. Mergulho no mundo interior. 9. A morte, a dor, o “mal-do-século”, o ultrarromantismo. 10. Idealização da mulher.

  3. Parte I - Composta por 33 poemas, inicia-se por um prefácio que tem epíteto sugestivo de Bocage:  "Cantando a vida, como o cisne a morte."  O poeta nos adverte:  "São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor. É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, _ como isso, dou a lume essas harmonias.

  4. São as páginas despedaçadas de um livro não lido...  E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai seminua e tímida por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração – ó meus amigos, recebei-a no peito, e amai-a como o consolo que foi de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor – esses dous raios luminosos do coração de Deus." 

  5. Nesta 1ª parte a temática é intimista: dores do coração, medo da morte, a mulher que ora se mostra, ora se esconde, a família, o sonho e a fantasia que se misturam principalmente através do jogo metafórico na erotização da mulher. Há nessa parte o aparecimento de símbolos que deixam entrever a sexualidade reprimida, a mulher sensualizada é apresentada sempre através das metáforas sonho, fantasia, nuvens. Ou seja: ela se insere nas visões ora esfumaçadas, ora na perspectiva da perda e do imaginário onírico.

  6. Parte II - A segunda parte da Lira dos Vinte Anos é composta por 14 poemas e não se identifica tematicamente com a primeira e a terceira. Inicia-se também por um prefácio:  "Cuidado, leitor, ao voltar esta página Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico. Vamos entrar num mundo novo, terra fantástica, verdadeira ilha Baratária de D. Quixote, onde Sancho é rei; (...) Quase que depois de Ariel esbarramos em Caliban.  A razão é simples. É que a unidade deste livro funda-se numa binomia. Duas almas que moram nas cavernas de um cérebro pouco mais ou menos de poeta escreveram este livro, verdadeira medalha de duas faces. 

  7. A segunda parte da Lira desanda para o que há de ironia e sarcasmo ultrarromânticos. Não que o poeta abandone os temas relacionados ao amor e à morte; mas é nessa segunda parte que aparecem as zombarias irônicas, que quase beiram ao humor corrosivo de que É ela, é ela, é ela , é ela é máximo representante. Queda de um cavalo, charutos e o spleen (a melancolia) somam-se aos temas do amor e, ainda, da morte, da desesperança e do tédio

  8. ARIEL E CALIBAN As poesias são escritas sob o signo das entidades místicas Ariel e Caliban, que foram tomadas emprestadas da peça A Tempestade, de William Shakespeare. Pode-se dizer que, grosso modo, Ariel representa a face do bem e Caliban, a do mal. Em Lira dos Vinte Anos, esses personagens encarnam as duas facetas exploradas pelo autor na primeira e na segunda partes do livro.

  9. Com Ariel estão os temas caros ao Romantismo, como o amor, a mulher e Deus, trabalhados num viés platônico e sentimental. A mulher assume caráter sobre-humano de virgem angelical, objeto amoroso de um encontro que, para a angústia do eu-lírico, nunca se realiza. Caliban, por sua vez, é a face sarcástica, irônica e autocrítica do fazer poético. Sobressaem os temas da melancolia, da tristeza, da morbidez e de Satã. A primeira parte recebe uma influência mais idealizada e terna, típica dos franceses Musset e Lamartine; a segunda, irônica e satânica, vem diretamente do poeta Lord Byron.

  10. III parte - Trinta poemas formam a terceira parte do livro, formado, ao todo, de 77 composições poéticas. Nenhum prefácio, nenhuma indicação de abertura; mas sabemos que , tematicamente, encontraremos a mesma intenção da Parte I: devaneios adolescentes, amor inacessível, erotização metaforizada, família, os temas da morte e do sofrimento, o poeta tão jovem... e o mesmo intimismo, o tom inquieto e confessional.

  11. ALGUNS POEMAS DA Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo

  12. Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada,Como a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!Era a virgem do mar, na escuma friaPela maré das águas embalada!Era um anjo entre nuvens d'alvoradaQue em sonhos se banhava e se esquecia!Era mais bela! o seio palpitandoNegros olhos as pálpebras abrindoFormas nuas no leito resvalandoNão te rias de mim, meu anjo lindo!Por ti - as noites eu velei chorando,Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! Texto 1

  13. Era uma noite – eu dormia E nos meus sonhos revia As ilusões que sonhei! E no meu lado senti... Meu Deus! por que não morri? Por que do sono acordei? No meu leito – adormecida Palpitante e abatida, A amante de meu amor! (...) Texto 2

  14. É ela! é ela! — murmurei tremendo,e o eco ao longe murmurou — é ela!Eu a vi... minha fada aérea e pura —a minha lavadeira na janela.Dessas águas furtadas onde eu moroeu a vejo estendendo no telhadoos vestidos de chita, as saias brancas;eu a vejo e suspiro enamorado!Esta noite eu ousei mais atrevido,nas telhas que estalavam nos meus passos,ir espiar seu venturoso sono,vê-la mais bela de Morfeu nos braços!Como dormia! que profundo sono!...Tinha na mão o ferro do engomado...Como roncava maviosa e pura!...Quase caí na rua desmaiado! Texto 3

  15. Afastei a janela, entrei medroso...Palpitava-lhe o seio adormecido...Fui beijá-la... roubei do seio delaum bilhete que estava ali metido...Oh! decerto... (pensei) é doce páginaonde a alma derramou gentis amores;são versos dela... que amanhã decertoela me enviará cheios de flores...Tremi de febre! Venturosa folha!Quem pousasse contigo neste seio!Como Otelo beijando a sua esposa,eu beijei-a a tremer de devaneio...É ela! é ela! — repeti tremendo;mas cantou nesse instante uma coruja...Abri cioso a página secreta...Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja!

  16. Ideias íntimas (VII) Em frente do meu leito, em negro quadro,A minha amante dorme. É uma estampaDe bela adormecida. A rósea faceParece em visos de um amor lascivoDe fogos vagabundos acender-se...E como a nívea mão recata o seio...Oh! quanta s vezes, ideal mimoso,Não encheste minh’alma de ventura,Quando louco, sedento e arquejanteMeus tristes lábios imprimi ardentesNo poento vidro que te guarda o sono! Texto 4

  17. A praia é tão longa! E a onda bravia As roupas de gaza te molha de escuma; De noite – aos serenos – a areia é tão fria, Tão úmido o vento que os ares perfuma! És tão doentia! Não corras assim! Donzela, onde vais? Tem pena de mim! A brisa teus negros cabelos soltou, O orvalho da face te esfria o suor; Teus seios palpitam – a brisa os roçou, Beijou-os, suspira, desmaia de amor! Teu pé tropeçou... Não corras assim! Donzela, onde vais? Tem pena de mim! Texto 5 sonhando

  18. Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh'alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já não vejo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores! Texto 6

  19. EXERCÍCIOS Lira dos vinte anos Álvares de Azevedo

  20. (FUVEST) Teu romantismo bebo, ó minha lua,A teus raios divinos me abandono,Torno-me vaporoso... e só de ver-teEu sinto os lábios meus se abrir de sono. (Álvares de Azevedo, “Luar de verão”, Lira dos vinte anos) Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a: (A) fuga romântica para o sonho.(B) tendência romântica ao misticismo.(C) melancolia romântica.(D) aversão dos românticos à natureza.(E) ironia romântica.

  21. (ufop) Leia com atenção o seguinte texto:Pálida à luz da lâmpada sombria,Sobre o leito de flores reclinada,Como a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!(...)Agora assinale a alternativa incorreta.(A) O poema ressalta uma situação bastante comum na estética romântica, qual seja o paradoxo da figura feminina, construída entre passividade e atividade.(B) O poeta oscila entre a pura contemplação e a possibilidade de concretização da relação amorosa.(C) Romanticamente o poema leva a crer que é através do sonho que existe a melhor oportunidade para a realização carnal do amor.(D) É possível perceber uma certa antecipação da estética realista-naturalista na descrição do corpo da mulher.(E) Como poema do Romantismo, o texto apresenta uma construção saudosista, voltada para o passado.

  22. (UFJF 2009) Pálida à luz da lâmpada sombria,Sobre o leito de flores reclinada,Como a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!(...) A imagem feminina, conforme está predominantemente representada na primeira parte da obra Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo, está bem exemplificada no soneto citado. Considerando essa imagem, é CORRETO afirmar que a possibilidade de o poeta e a mulher amada constituírem família é: a) nenhuma, pois a mulher está morta. b) parcial, pois depende da submissão do poeta ao desejo da amada. c) total, pois, segundo as convenções românticas, o amor sempre prevalece. d) parcial, desde que o amor platônico seja realizado. e) nenhuma, pois o poeta apenas representa seu desejo.

More Related