250 likes | 372 Views
3 o FORUM DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO. Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br Contribuições da Neuropsicologia para a Compreensão do Desenvolvimento Infantil e a Alfabetização. Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br. A infância é uma fase definida
E N D
3oFORUM DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br Contribuições da Neuropsicologia para a Compreensão do Desenvolvimento Infantil e a Alfabetização
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br A infância é uma fase definida pela maleabilidade do cérebro e sua predisposição à aprender certas habilidades com pouco esforço, e sua dependência de outros para prover os estímulos apropriados à aprendizagem ESTILO COGNITIVO A adolescência caracteriza-se pela predisposição do indivíduo em responsabilizar-se pela sua própria tomada de decisão.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br A infância têm impacto prolongado sobre a estrutura do cérebro em formação. A carga genética funciona como terreno e matéria prima, as experiências determinam como se dará construção do cérebro e se ele terá uma base sólida para o aprendizado, comportamento e saúde ao longo da vida. Na Primeira Infância os neurônios criam conexões para se comunicarem entre si. Os circuitos e as conexões se multiplicam conforme são utilizados. O ambiente e as experiências influenciam diretamente na multiplicação desses circuitos e conexões. De acordo com esses estímulos, aqueles mais usados se fortalecem e se tornam permanentes. Em contrapartida, os menos exigidos desaparecem naturalmente.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Os circuitos mais estimulados formam uma espécie de estrada, na qual os impulsos percorrem muito mais rapidamente as áreas do cérebro. Os circuitos mais simples são estabelecidos primeiro e só depois estarão prontos para permitir o surgimento dos mais complexos, responsáveis pelas emoções, habilidades motoras, controle do comportamento, lógica, linguagem e memória. • É bom lembrar que todos esses processos acontecem no início do desenvolvimento da criança, que, através dos estímulos que recebe, forma conexões que percorrem todas as áreas do cérebro, que funciona totalmente interligado. As habilidades não são, portanto, isoladas. Para que se tenha uma, é necessário que as demais a complementem.
Circuitos neurais Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br A sinaptogenese cerebral se inicia na 15 semana de gestação, se prolongando até após o nascimento. Os primeiros meses de vida são cruciais para a construção das principais redes neuronais, permitindo estabelecer os processos de aquisição, integração, elaboração e circulação da informação sensório- motora. Estes processos vão se tornando mais complexos, e a sua constituição é informada e alterada progressivamente. A grande produção inicial de conexões sinápticas é posteriormente contrabalançada pelo processo de apoptose, ou degeneração programada de células neuronais. São selecionadas as conexões sinápticas que permanecem, esculpindo uma configuração de redes neuronais.
SINAPTOGENESE Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br 1. Aprendizagem, memória e emoções ficam interligadas quando ativadas pelo processo de aprendizagem. 2. O cérebro se modifica aos poucos fisiológica e estruturalmente como resultado da experiência. 3. O cérebro mostra períodos ótimos (períodos sensíveis) para certos tipos de aprendizagem. 4. O cérebro mostra plasticidade neuronal, mas maior densidade sináptica não prevê maior capacidade generalizada de aprender. APOPTOSE morte celular desencadeada por vários tipos de mecanismos visando eliminar células desnecessárias, excessivas ou não desejáveis pelo organismo
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • A aprendizagem resulta da recepção e da troca de informações entre o meio ambiente e os diferentes centros nervosos . Aprendizagem inicia com um estímulo de natureza físico-química advindo do ambiente que é transformado em impulso nervoso pelos órgãos dos sentidos. • O impulso, transportado pela inervação sensitiva, passa pelo tronco cerebral, via tálamo, e chega até um centro nervoso do córtex cerebral correspondente a natureza do estímulo. Desta forma, o estímulo visual termina no lobo occipital, o auditivo no temporal, o táctil ou somestésico no lobo parietal.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Estas áreas aonde chegam os estímulos são chamadas de "zonas de projeção" ou "primárias". O estímulo projetado nestas áreas primárias é chamado de "sensação", que trata da informação na sua forma elementar e incompleta sem conhecimento nem elaboração de significado, constituindo-se de uma passagem obrigatória para a percepção. Ao estimular eletricamente as áreas primárias o sujeito vivencia sensações vagas como escutar um "zunido" ou ver estrelinhas, sentir um formigamento, sem identificação de significado. • Por meio dos neurônios associativos, a informação que chegou a área primária é transmitida para a área secundária. A decodificação da informação na área secundária proporciona a "percepção" que consiste na formação de imagens sensoriais correspondentes ao estímulo. Na percepção, as imagens (auditivas, visuais e tácteis) recebem significados, de forma que permitem que a pessoa veja e reconheça, por exemplo, esse é o rosto de minha mãe, essa voz é do meu amigo, etc.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • A sensação é comum no recém-nascido, pois suas áreas secundárias ainda não amadureceram, no entanto, os adultos dificilmente vivenciam sensação devido a informação passar para as áreas mais complexas assim que chega, de forma que estamos sempre questionando: o que é isso? De quem é essa voz? O que está encostando-se a mim? • A percepção requer um ótimo estado de atenção. Pense em uma pessoa acordando com o despertador. Primeiro ela escuta ruídos vagos e depois de um pequeno tempo identifica que é o despertador, e que precisa desligá-lo e acordar.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Das áreas secundárias ou de associação passa-se às terciárias ou de integração onde ocorre a adição e combinação de todos os aspectos do estímulo. • Nas áreas terciárias o sujeito faz associações entre os sentidos, por exemplo, este é o meu amigo, cuja voz me é agradável, a pele é macia e tem um cheiro agradável. • Todos esses processos acontecem no cérebro em milésimos de segundo e envolvem outras estruturas sub-corticais que não foram mencionadas aqui. A divisão funcional de áreas primárias, secundárias e terciárias acontece no lobo occipital, parietal e temporal, não funcionando da mesma maneira para o lobo frontal.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Em cada idade o movimento toma características significativas e a aquisição ou aparição de determinados comportamentos motores tem repercussões importantes no desenvolvimento da criança. Cada aquisição influencia na anterior, tanto no domínio mental como no motor, através da experiência e troca com o meio . • O movimento observável pode ser dividido em 3 categorias: movimentos estabilizadores (equilíbrio e sustentação), movimentos locomotores (mudança de localização) e movimentos manipulativos (apreensão e recepção de objetos). De acordo com cada faixa etária, estes movimentos estarão em estágios e fases diferentes.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • As crianças da primeira infância, ou seja, de 2 a 6 anos, apresentam as habilidades percepto-motoras em pleno desenvolvimento, mas ainda confundem direção, esquema corporal, temporal e espacial. A variabilidade das habilidades fundamentais está se desenvolvendo, de forma que movimentos bilaterais, como pular, não apresentam tanta consistência como as atividades unilaterais. O controle motor refinado ainda não está totalmente estabelecido, embora esteja se desenvolvendo rapidamente. Os olhos ainda não estão aptos a períodos extensos de trabalhos minuciosos. • Nesta fase, a maturação das áreas terciárias (de associação) ainda não está completa. Nas áreas executivas do cérebro (lobos frontais), a principal região envolvida com o planejamento e com a execução das tarefas ainda não está totalmente mielinizada, o que além de prejudicar na organização e no planejamento das tarefas também prejudica a capacidade de concentração (pois a área pré-frontal é importante para a atenção). A área pré-frontal imatura dificulta a manutenção da atenção de forma que não consegue realizar uma de suas funções principais que é a inibição de estímulos irrelevantes. Ao não conseguir inibir estímulos irrelevantes a criança acaba se tornando distraída
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br NEURÔNIOS ESPELHOS Grupos de neurônios cuja atividade aumenta durante a execução de uma ação motora particular ou da observação da mesma ação desempenhada por outro indivíduo.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Estudos envolvendo imageamento encefálico em humanos tem permitido a identificação de áreas corticais que podem conter neurônios espelhos. • A observação de ações desempenhadas por outras ativa, além das áreas visuais, duas regiões corticais, cujas funções são classicamente consideradas motoras. Região anterior do lobo parietal inferior e a parte inferior do giro pre-central, além da região posterior do giro frontal inferior, a área broca.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Ao observarmos uma pessoa desempenhar uma ação, nosso cérebro traduz essa ação em atos motores capazes de produzir a mesma ação observada, mesmo quando ainda não sabemos executá-la ? • Estudos sugerem que os neurônios espelhos estão relacionados com a tradução de percepção em ação através de uma combinação direta entre o que é observado e a representação motora interna que o observador tem desta ação.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br NEURÔNIOS ESPELHOS Integram observação e ação, incluindo uma representação interna que envolve as mesmas estruturas nervosas envolvidas na execução da ação observada.
Dra Nadia Aparecida Bossa www.nadiabossa.com.br • Como entendemos e reconhecemos as ações das outras pessoas ? • Quais as bases neurofisiológicas desta habilidade ?