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MULHERES DA PALHA: O OFÍCIO DAS ARTESÃS DA RUA DO HORTO. José Felipe de Lima Alves (Ciências Sociais/URCA) Aurilene Luna Barbosa (Ciências Sociais/URCA). OBJETO
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MULHERES DA PALHA: O OFÍCIO DAS ARTESÃS DA RUA DO HORTO. José Felipe de Lima Alves (Ciências Sociais/URCA) Aurilene Luna Barbosa (Ciências Sociais/URCA) OBJETO O projeto mulheres da palha localiza-se na rua do horto em Juazeiro do Norte. É um grupo de cinco mulheres que se reúnem semanalmente para fabricação de produtos em palha de carnaúba. Nasceu de uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará – Cariri e o Banco Santander. Esses parceiros dão suporte financeiro, logístico e humano para o desenvolvimento do trabalho. Os modelos dos produtos são desenvolvidos pelos alunos estagiários da UFC. A comunicação e a parte administrativa são feitas por outros alunos. As mulheres entram com a produção dos objetos em palha. 0BJETIVOS Este trabalho tem como objetivo apresentar resultados a partir da observação participante, de um grupo de mulheres que se reúnem para realizar o seu ofício fabricando produtos de palha em Juazeiro do Norte – CE. METODOLOGIA O Trabalho foi desenvolvido a partir da observação participante na sede do projeto. Com visitas semanais, durante quatro meses. Foram tardes permeadas pela interação e sociabilidade entre os pesquisadores, as mulheres e os estagiários do projeto. • RESULTADOS • O ARTESANATO E O PADRE CÍCERO • Como expressões de devoção ao Padre Cícero se faz presente um novo processo de artesanato, que tenta preservar a tradição com o uso de tecnologias de criações em palha. Temos como líder primeiro dessas “expressões de arte” o santo do nordeste, colocando assim a cidade como símbolo religioso para milhares de fieis de diversas regiões, reunindo a sua cultura e a tradição do uso do artesanato em palha de carnaúba e de milho na fabricação de seus produtos. • O ARTESANATO E A INOVAÇÃO O artesanato em palha feito em Juazeiro do Norte articula inovações com o uso do design mais a técnica aprendida por seus antepassados. Na luta pela sobrevivência estas artesãs buscam aprimorar seu saber popular com o auxilio das novas tendências para se consolidar dentro do mercado consumidor. • O TRABALHO E A COOPERAÇÃO Nos encontros das mulheres, percebe-se uma relação de cooperação no trabalho que é uma forma de manter a sobrevivência das mesmas. Assim, o grupo se reinventa nos produtos que fabricam tendo consciência do seu ofício, onde cada produto individual tem a marca de cada mulher. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos o grande potencial sociocultural da cidade de Juazeiro do Norte, analisando pelo recorte do artesanato em palha, nas mãos das mulheres que trabalham para sobreviver no meio das adversidades de consumo, produzem peças únicas que relatam a vida do sertanejo. Gente que sofre, mas usa a condição social, como uma forma de expressar a sua arte. Temos um grande desafio ao constatar o uso das inovações do design na criação de produtos artesanais adequando se as normas do mercado consumidor. Outro elemento é a necessidade de uma renda fixa, sendo que o lucram apenas quando o produto é vendido, necessitam de seguridade social para garantia de uma aposentadoria, ou auxilio saúde para os casos de acidentes de trabalho. Embora seja notável uma valorização do artesanato em palha em especial produzido por mulheres na cidade de Juazeiro do Norte, ainda é colocado pelo visitante como um imenso celeiro da arte popular e do artesanato que representam as raízes da cultura nordestina vendida para o mundo a fora. Ainda é necessária a criação de uma divulgação voltada para a valorização deste trabalho que representa a cultura da cidade. REFERÊNCIAS CANCLINI, Nestor Garcia. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. Traduzido por Maurício Santana Dias. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. [S.l.], n. 23, p. 95-115, 1994. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vertice, 1990.