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Msc J.Gabriel Roderjan. Introdução a Enzimologia e Processos fermentativos. Aula 1 e 2 – Farmácia 8ºP 2009. Plano de Trabalho. PROGRAMA TEÓRICO: Plano de trabalho Apresentação da bibliografia; sorteio dos seminários
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Msc J.Gabriel Roderjan Introdução a EnzimologiaeProcessos fermentativos Aula 1 e 2 – Farmácia 8ºP 2009
Plano de Trabalho PROGRAMA TEÓRICO: • Plano de trabalho Apresentação da bibliografia; sorteio dos seminários • Introdução e Histórico; catálise; atividade enzimática; cinética enzimática; • Aplicação clínica das enzimas; • Microrganismos e Enzimas de importância aos processos fermentativos • Obtenção de enzimas e produtos de digestão enzimática • Introdução aos processos fermentativos • Seminários: Fermentação alcoólica: Aguardentes e outras bebidas • Seminários: Fermentação acética: vinagres • Seminários: Fermentação alcoólica: cervejas e vinhos • Seminários: Fermentação láctica: vegetais • Seminários: Fermentação láctica: leite e derivados • Seminários: Fermentação láctica: pescados e ensilados • Seminários: Processos biotecnológicos
Aula teórica • Apresentação dos tópicos • Leitura de bibliografia • Discussão dos tópicos • Perguntas
Plano de Trabalho PROGRAMA PRÁTICO: • Plano de trabalho de aulas práticas; Preparação de processos fermentativos Produção de microrganismos • Obtenção, caracterização e quantificação de enzimas; Biorreatores e transferência de oxigenio em biorreatores • Imobilização de enzimas • Purificação de enzimas • Preparação para fermentação láctica do leite • Fermentação láctica: leite • Preparação para produção de cerveja • Fermentação alcoólica: cervejas
Preparação de processos fermentativos Produção de microrganismos • Tutorial • Formulação de protocolos de procedimento; • Formulação do plano de ação; • Check-list; • Documentação e legislação • Procedimento operacional padrão • Resultados e modificações
AVALIAÇÕES AULAS PRÁTICAS • Avaliação de desempenho nas aulas práticas • Trabalhos em sala de aula • Valor 2,0 PROVAS • 1ª prova 1° bimestre - 09/09/2009 - valor 8,0 • 2ª prova 1°bimestre - 07/10/2009 - valor 8,0 • 3ª prova 2°bimestre - 04/11/2009 - valor 5,0 • 4ª avaliação - relatório aulas práticas 2°bimestre - 02/12/2009 - valor 10,0 • Provas de 10 à 15 questões, com 1 à 3 questões discursivas SEMINÁRIOS • Trabalho impresso • Apresentação • Valor 5,0
Bibliografia LEHNINGER, Albert L.; NELSON, David L.; COX, Michael M. Lehninger princípios de bioquímica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 2006. xxviii, 1202 p. ISBN 85-7378-166-1 (enc.) ALBERTS, Bruce. Fundamentos da biologia celular. Porto Alegre: ArTmed, 2006. 1 v. (várias paginações) ISBN 78-85-363-0679-7 BRUCHMANN, Ernest-Erich. Bioquímica técnica: Ernst-Erich Bruchmann ; traducido por Aurora Perez Torrome. Zaragosa: Acribia, 1980. 233 p. ISBN 84-200-0437-5 LIMA, Urgel de Almeida; AQUARONE, Eugênio; BORZANI, Walter. Tecnologia das fermentações. São Paulo: E. Blücher, c1975. 285 p. AQUARONE, Eugênio; LIMA, Urgel de Almeida; BORZANI, Walter. Alimentos e bebidas produzidos por fermentação. São Paulo: E. Blücher, 1983. 227 p. (Biotecnologia ; v. 5) CARVALHO, Geraldo Camargo de. Aulas de quimica. São Paulo: Nobel, 1979.v.1 CRUEGER, Wulf; CRUEGER, Anneliese. Biotecnología: manual de microbiología industrial. Zaragosa: Acribia, 1993. 413 p. ISBN 84-200-0743-9 BORZANI, Walter; LIMA, Urgel de Almeida; AQUARONE, Eugênio. Engenharia bioquímica. São Paulo: E. Blücher, 1975. 300 p. (Biotecnologia ; v. 3) AMORIM, Henrique Vianna de; LEÃO, Regina Machado. Fermentação alcoólica: ciência e tecnologia. Piracicaba: Fermentec, 2005. xv, 434 p. ISBN 85-99011-01-04 (enc.) WISEMAN, Alan. Manual de biotecnología de los enzimas. Zaragosa: Acribia, 1991. 444 p. ISBN 84-200-0705-6 http://www.bireme.br/php/index.php www.anvisa.gov.br/ www.fda.gov www.biotecnologia.com.br/ www.atcc.org/ www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme
Modelo de relatório de seminário SUMÁRIO • Introdução • Aplicação • Método (como se utiliza e quais vias bioquímicas envolvidas) • Organograma (seqüência de eventos) • Legislação e Controle de qualidade • Referências • Anexos
Vida= fn(matéria x energia) • Fn é a transformação de partículas, átomos e moléculas; • Reações químicas • Estabilidade • Conversão da matéria em energia e da energia em matéria • Fonte principal: Sol • Meio: água
Reações químicas • A + B ↔ AB • AOH + HB ↔ AB +H2O Relação entre a constante de equilíbrio e a variação de energia livre de uma reação S P Reação: Keq = [P]/[S] DG = - RT ln Keq Reações com DG’ grande e negativo significa que o equilíbrio é favorável à formação dos produtos
S P Reação = colisão de moléculas em uma determinada orientação com uma quantidade definida de energia denominada ΔG (energia de ativação do estado de transição ou energia livre de ativação)
Facilitadores de reação • Catálise = alteração na velocidade da reação William P. Jencks, article in Advances in Enzymology, 1975 • Redução na energia de ativação (ΔG); • Sem um catalisador : A + B ↔ AB em 20 minutos e X de ΔG • Com um catalisador : A + B ↔ AB em 20 milésimos de segundo e X/5 de ΔG
Tabela da relação entre constante de equilíbrio e energia livre de ativação ΔG
A velocidade de uma reação e a energia de ativação A lei de velocidade a) Reação de 1ª ordem: V = k [S] (uni molecular) b) Reação de 2ª ordem: V = k [S1][S2] k M-1 S-1 (bi molecular) Obs. uma pequena diminuição na energia de ativação, corresponde a um grande aumento na velocidade da reação
Vantagem da catálise • Reação com vários passos: velocidade é determinada pelo passo com a mais alta ∆G++ • Energia de ativação: barreira energética para as reações químicas. • Seletividade celular: reações necessárias para sobrevivência da célula: ∆G++ menores;
Quem faz a catálise? • Catalisador = qualquer molécula que facilite a reação. • Participa da reação, mas ao final é recuperado de forma a não ser alterado nem consumido na reação. • Os reagentes e o catalisador encontram-se na mesma fase, geralmente é líquida; • A reação evolui através de espécies intermédios com menor energia de ativação; • A reação tem mais do que um passo. E + S ESEP E + P
Biomoléculas e a catálise • Carboidratos • Lipídeos • Proteínas
Proteínas funcionais • Seqüência amino acídica é quase infinita • Combinação de 20 aminoácidos sem limite de número e repetições • Formação estrutural multivariável • Adaptação a vários estados e ambientes
Enzimas = Proteínas funcionais Proteínas altamente especializadas com extraordinário poder catalítico.
O Estado de Transição de produto e substrato na ausência de um catalisador ou enzima. As enzimas reduzem a energia de ativação sem alterar a constante de equilíbrio acelerando o processo da reação.
O que há de especializado na função da enzima? • Alto grau de especificidade pelo substrato; • Aceleram as reações; • Atividade depende da temperatura, pH, substrato, co-fatores e produto; • São as principais responsáveis para cada processo bioquímico: catabolismo e Anabolismo
O que confere a enzima catalisar reações bioquímicas? • Estrutura especializada voltada ao substrato • A forma complementar, carga e características hidrofílicas/hidrofóbicas, são responsáveis por esta especificidade.
O Ajuste Induzido Mudança conformacional na hexoquinase induzida pela ligação da glicose em seu sítio ativo, faz com que a enzima seja ativada.
A Enzima é Complementar a seu Substrato no Estado de Transição
História da Enzimologia Pasteur declarou que "a fermentação alcoólica é um ato correlacionado com a vida e organização das células do fermento (levedura), e não com a sua morte ou putrefação". Enzima – do grego ενζυμον, “levedar” ou fermentar – Kuhne 1878; Buchner provou que extratos de levedura tinham a capacidade de fermentar - 1897
Histórico • Sumner provou que as enzimas eram proteínas através da cristalização da urease – 1926; • John Northrop e Wendell Meredith Stanley confirmaram as enzimas como proteínas pelo estudo da tripsina, quimotripsina e pepsina – 1930. • Próximo passo é o estudo da catálise enzimática ao nível quântico.
Especificidade Eficiência • Ação da enzima no substrato é dependente de: • Presença de substrato em concentração adequada; • pH • Temperatura • Concentração de produto; • Cofatores • Meio (sólido ou líquido)
COFATORES necessários para o funcionamento da enzima Coenzima: quando o cofator não se liga covalentemente à enzima Grupo prostético: quando o cofator se liga covalentemente à enzima Holoenzima: enzima + cofator (enzima cataliticamente ativa) Apoenzima ou apoproteína: refere-se somente a parte protéica da enzima As enzimas reguladas por modificações não-covalentes são chamadas de alostéricas.
A Catálise Enzimática e o Complexo Enzima-Substrato Quimiotripsina O centro ativo: região da enzima onde ocorre a catálise Sítio ativo – porção da estrutura protéica da enzima onde liga-se o substrato
ATP + GLICOSE ADP + GLICOSE-6-FOSFATO Nome comum da enzima: Hexoquinase Nome sistemático: ATP:Glicose fosfotransferase Classificação: E.C.2.7.1.1
ATP:Glicose fosfotransferase E.C.2.7.1.1 [EC number]: número de comissão da enzima 2 transferase 7 sub-classe: fosfotransferase 1 grupo hidroxil (como grupo aceptor) 1 D- glicose que aceita o grupo fosforil. Nomenclatura da união internacional Bioquímica e Biologia Molecular. www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme.
Nomenclatura das enzimas ATP:Glicose fosfotransferase E.C.2.7.1.1 [EC number]: número de comissão da enzima 2 transferase 7 sub-classe: fosfotransferase 1 grupo hidroxil (como grupo aceptor) 1 D- glicose que aceita o grupo fosforil. Nomenclatura da união internacional Bioquímica e Biologia Molecular. www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme.
Efeito da Concentração do Substrato na Velocidade Inicial de uma Reação Enzimática [E] = constante e limitante Equação de Michaelis-Menten
Quando [S] tende a zero (reação de 1ª ordem) Quando [S] tende para infinito (reação de ordem zero) Constante de Michaelis-Menten (Km) É a concentração do substrato [S], quando Vo = Vmax/2
A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN • k1 k2 • Modelo Cinético: E + S ES E + P k-1 K-2 • Aproximações: • Admitindo-se a reação em seu início: • k1 k2 • E + S ES E + P • k-1 • 2. Considerando-se a segunda etapa como passo limitante, tem-se que a velocidade inicial da reação (Vo) é dada por: • Vo = k2 [ES] (eq. 1)
A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN 3. Considera-se que a concentração de S é muito maior que a de enzima e despreza-se a quantidade de substrato complexada com a enzima, em relação à concentração total de substrato Note que, numa reação enzimática, a enzima se encontra na forma livre (EL) e na forma complexada com o substrato (ES), daí: [EL] = [ET] - [ES] 4. Considerando-se estado estacionário, a concentração de ES permanece constante, ou seja, a velocidade de sua formação (Vf) é igual à de seu desaparecimento (Vd) Vf = k1 [EL][S] ou Vf = k1 ([ET] – [ES]) [S] (eq. 2) Vd = k2 [ES] + k-1 [ES] ( eq. 3)
A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN Igualando a eq. 2 com a eq. 3 e rearranjo os termos, temos: [ET] [S] [ES] = (eq. 4) [S] + Km onde, Km = (k-1+k2)/k1 (Constante de Michaelis-Menten) Combinando a eq. 1 com a eq. 4, temos: k2[ET] [S] Vmax [S] Vo = ou Vo = [S] + Km [S] + Km
O gráfico de 1/vo x 1/[S] A forma dos inversos da equação de Michaelis-Menten ou equação de Lineweaver-Burk Modo mais correto de se determinar Vmax e Km
O significado de Km e a afinidade enzimática Se k2 << k-1, tem-se que Km = k-1/k1 e, portanto a constante de dissociação do complexo ES
Reações que ocorrem em várias etapas em que o passo EP E + P é o limitante Passo limitante kcat = k3 e [EP] ~[Et] kcat é denominado de número de renovação: equivale ao n° de moléculas de substrato convertidas em produto por uma única enzima em uma dada unidade de tempo, quando a enzima está saturada com o substrato
A Relação kcat/Km Para [S] << Km Vo depende da concentração de dois reagentes e o termo kcat/Km é um constante de 2ª ordem. É considerado o melhor parâmetro cinético para comparar eficiência catalítica
Reações com Dois ou Mais Substratos (Mecanismo de dupla troca ou pingue-pongue)