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Aspectos históricos

Aspectos históricos. Aline Tonheiro Palmeira Psicóloga hospitalar Formação em Gestalt-terapia Doutoranda em Saúde Coletiva. Interior do Hôtel-Dieu de Paris por volta do início do Séc. XVI. Hospital. Local para mendigos, prostitutas e para a morte; Ocupado pelo poder eclesiástico;.

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Presentation Transcript


  1. Aspectos históricos Aline Tonheiro Palmeira Psicóloga hospitalar Formação em Gestalt-terapia Doutoranda em Saúde Coletiva

  2. Interior do Hôtel-Dieu de Paris por volta do início do Séc. XVI

  3. Hospital • Local para mendigos, prostitutas e para a morte; • Ocupado pelo poder eclesiástico;

  4. Hospital • Movimento: "Grande Reforma dos Hospitais”; • A medicina moderna nasceu no fim do século XVIII, quando retornou o seu foco de estudo ao visível e perceptível (Foucault, 2003); • Século XVIII: mobilização por parte dos médicos para reabilitar esse espaço dominado pelo poder eclesiástico e absolutista. • A instituição desacreditada (hospital), é reinterpretada pelos médicos do final do século XVIII: máquina de tratar, lugar para pesquisa e ensino;

  5. Salpetrière • Pinel e o desacorrentamento das mulheres internadas:

  6. Salpetrière

  7. Hospital • O olhar e o esquadrinhamento do corpo marcam a objetividade científica; • A anatomia-patológica assumiu um destaque neste esquadrinhamento: • diferentemente da “Medicina das Espécies”, propõe não apenas uma relação de proximidade na construção das doenças e no agrupamento delas, mas formas patológicas gerais, com grandes famílias de doenças, construindo uma história das alterações comuns a cada sistema (Foucault, 2003; Telles, Antoun & Arêas, 1993).

  8. Lição de Anatomia do Dr. Nicolas Tulp, de Rembrandt

  9. Hospital • A dissecação dos cadáveres possibilitou esse esquadrinhamento e foi um desdobramento da compreensão do corpo como máquina (Marzano-Parisoli, 2004); • Dessacralização do corpo;

  10. Hospital • A medicina que se desenvolveu a partir dos conhecimentos da anátomo-clínica, é uma medicina do corpo, das lesões e das doenças (Camargo Júnior, 2003); • Inquéritos sobre os efeitos dos estabelecimentos, as condições precárias de higiene, a distribuição dos doentes passaram a fazer parte da rotina dos hospitais.

  11. Primeira operação com anestesia pelo éter, Robert Hincley

  12. Clinica do dr. Agnew, Thomas Eakins

  13. Consulta médica de uma gestante, Jan Steen

  14. Hospital hoje...

  15. Hospital hoje... • Higiene, organização, cuidados personalizados...

  16. A inserção do psicólogo no hospital • Hospital McLean, Massachussets (EUA); • Brasil, década de 50; • Alguns motivos (Chiattone, 2000, Ismael, 2005; Romano, 1999): • Novas drogas nos tratamentos – desencadeamento de transtornos psicológicos; • Aumento no número de complexos procedimentos cirúrgicos, com período de internação mais prolongado e em unidades específicas (U.T.I.); • Admissão de pacientes que precisam de intervenções médicas e psicológicas (suicídio, alcoolismo, etc);

  17. A inserção do psicólogo no hospital • Alguns motivos (Chiattone, 2000, Ismael, 2005; Romano, 1999): • Maior reconhecimento dos fatores psicossociais das doenças ; • Experiências de hospitalização e de tratamentos nem sempre benéficas e desejáveis; • Ênfase nos aspectos preventivos: fatores psicológicos no desenvolvimento e na exacerbação de doenças; • Diversificação de profissionais de saúde: aparecimento de novas formas e métodos de tratamento;

  18. A inserção do psicólogo no hospital • Alguns motivos (Chiattone, 2000, Ismael, 2005; Romano, 1999): • Publicações estabelecendo relação entre reflexos da doença e hospitalização e desencadeamento de problemas psicológicos; • Desenvolvimento tecnológico da medicina: ações mais despessoalizadas e desumanizadas; • Pacientes mais ativos, alterando a relação com profissionais de saúde e com a instituição; • Aumento dos trabalhos em equipe, mudança nas relações de poder e habilidades para tracas interdisciplinares.

  19. A inserção do psicólogo no hospital • Alguns motivos (Chiattone, 2000, Ismael, 2005; Romano, 1999): • “25 a 30% dos pacientes com câncer têm ansiedade e/ou depressão severas o suficiente para merecer atenção psicológica”; • “Persistência de quadros depressivos ao longo de um ano em 30% da população submetida à cirurgia cardíaca”; • “67% dos idosos, quando hospitalizados, costumam apresentar quadro delirante.” (Romano, 1999, p.95)

  20. A inserção do psicólogo no hospital • A nossa inserção na instituição hospitalar está mais do que justificada!

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