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“A Nutrição aplicada ao esporte combate os fatores que podem causar ao atleta fadiga ou debilitação que prejudicam o seu desempenho durante os treinos e as competições.”. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DO ESGRIMISTA BRASILEIRO. OBJETIVO GERAL.
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“A Nutrição aplicada ao esporte combate os fatores que podem causar ao atleta fadiga ou debilitação que prejudicam o seu desempenho durante os treinos e as competições.”
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DO ESGRIMISTA BRASILEIRO
OBJETIVO GERAL • Avaliar o estado nutricional dos atletas da esgrima brasileira. • Oferecer orientação nutricional para a melhoria do desempenho físico e da saúde dos atletas esgrimistas brasileiros.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ATLETAS • Para os integrantes da Equipe Brasileira de Esgrima • Individualmente • De acordo com datas pré-estabelecidas pela CBE durante estágios de treinamento ou em ocasiões em que a equipe esteja reunida • Protocolo de Avaliação
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ATLETAS • AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL: • IMC • Somatório das dobras cutâneas • Bioimpedância • (massa magra/ % de gordura / hidratação) Clique duas vezes para adicionar figuras
Bioimpedância • Método rápido, não invasivo, simples, sensível e relativamente pouco dispendioso. Uma corrente elétrica de baixa intensidade passa através do corpo do indivíduo, e a impedância (Z) ou oposição ao fluxo da corrente, é medida. • Tecidos magros: altamente condutores de corrente elétrica pela elevada quantidade de H2O e eletrólitos e baixa resistência elétrica. • Gordura e ossos: baixos condutores, apresentam resistência elétrica.
Protocolo para realização da BIA • Não comer ou beber nas quatro horas que antecedem a realização do teste; • Não fazer exercícios físicos nas 24 horas que antecedem o teste; • Urinar a menos de 30 minutos do teste; • Não consumir álcool nas 48 horas que antecedem o teste; • Não tomar medicamentos diuréticos a menos de sete dias do teste • Mulheres em período pré-menstrual, gestantes e pessoas com marca-passo não devem fazer o teste.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS ATLETAS • Análise do consumo alimentar através de Registro Alimentar de 3 dias consecutivos • Exames laboratoriais
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL • De acordo com os dados obtidos pela avaliação nutricional: • Orientação individualizada • Palestras
OBJETIVO DA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PARA ATLETAS • Dados referentes a composição corporal e carências nutricionais através de exames físicos e bioquímicos e o conhecimento dos hábitos alimentares nos permite identificar imperfeições na dieta e fazer mudanças favoráveis ao desempenho esportivo, sem prejuízos à saúde.
OBJETIVO DAS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA ATLETAS • Uma alimentação adequada pode influenciar diretamente para melhorar o estado nutricional do atleta, melhorando seu desempenho. • Deve ser manipulada para atender as necessidades energéticas e nutricionais não só no período de treinamento mas principalmente durante e após as competições. • As orientações nutricionais e recomendações de nutrientes sempre que possível devem ser feitas individualmente para cada atleta.
NUTRIÇÃO DO ATLETA: RECOMENDAÇÕES CALÓRICAS E DE NUTRIENTES: • ENERGIA • CARBOIDRATO • PROTEÍNA • LIPÍDIOS • VITAMINAS E MINERAIS
ENERGIA: • Cálculo das Necessidades Energéticas: • Metabolismo basal: Calorimetria Indireta: mede a TMB – espirômetro e câmara ambiental : Fórmulas de Predição: estima a TMB • Gasto Energético com atividades ocupacionais (tabelas) • Gasto Energético com exercícios (tabelas) • 37 a 41Kcal/Kg de peso/dia.
CARBOIDRATO • Em dias de treino: 60 - 70% VET • 5 a 8g/kg/dia de CHO • Às vésperas do evento: 70% VET • 8 a 10g/Kg/dia de CHO (Posicionamento SBME, 2009)
PROTEÍNA • Atletas de resistência: 1,2 - 1,6g/Kg/dia • Atletas de força: 1,4 – 1,8g/Kg/dia • Média para atletas: 1,2 – 1,8g/Kg/dia • 12 a 15% no máximo do consumo energético total no dia. (Posicionamento SBME, 2009)
PROTEÍNA • O requerimento protéico parece estar aumentado dependendo do tipo de esporte, sua intensidade e duração;(ADA, 2000) • Ausência de estudos demonstrando o papel benéfico da ingestão de proteínas acima de 1,7g/kg/dia para atletas;(Tarnopolsky, 2004) • Estudos até 2,5 g/kg/dia não demonstram efeitos prejudiciais no desempenho;(Phillips, 2004)
LIPÍDIOS • 20 a 30% das calorias totais • 0,8 – 1,2g/kg/dia • Importante para a secreção de hormônios • esteróides. • Nunca fornecer dietas com menos de 15-20% de lipídios, sempre acima de 0,5g/Kg/dia. (Posicionamento SBME, 2009)
VITAMINAS E MINERAIS • Segundo recente posicionamento de entidades científicas direcionado a nutrição e a performance atlética suplemento não mostra evidências científicas em relação ao aumento do desempenho. • As necessidades aumentadas são supridas pelo aporte calórico adequado para o treinamento e com uma dieta variada e balanceada
HIDRATAÇÃO • O atleta deve ingerir líquidos antes, durante e após o exercício, a fim de equilibrar as perdas hídricas decorrentes da sudorese excessiva e evitar a desidrataçãoque é um dos principais objetivos da Nutrição Esportiva.
DESIDRATAÇÃO • O estresse do exercício acentuado pela desidratação, que aumenta a temperatura corporal, prejudica as respostas fisiológicas e o desempenho físico e produz riscos para a saúde.
Desidrataçãoprovoca o aumento de: • frequência cardíaca submáxima; • concentração de lactato; • sensação de esforço; • náuseas e vômitos; • requerimento de glicogênio muscular; • temperatura interna (hipertermia); • doenças do calor, como câimbras, exaustão e choque térmico.
Desidrataçãoprovoca a redução de: • volume plasmático; • volume sistólico, débito cardíaco e VO2 max; • fluxo sanguíneo para pele e músculos ativos; • taxa de sudorese; • tempo para atividade contínua, prolongada e intensa; • pressão arterial e motivação.
Ex: 80 kg (início da prova ou treino) → 100% 78 kg (término da prova ou treino) → X = 2,5% grau de desidratação Como evitar? • Balança digital portátil no local dos treinos e competições para calcular o grau de desidratação
GRAU DE DESIDRATAÇÃO • de 1 a 2% - inicia-se o aumento da temperatura corporal em até 0,4ºC para cada percentual subsequente de desidratação – “Normal para atletas”; • em torno de 3% de desidratação – redução importante do desempenho; • de 4 a 6% de desidratação – fadiga térmica; • a partir de 6% - risco de choque térmico, coma e morte.
Recomendações hídricas: • Protocolo de reposição antes, durante e após o exercício-de acordo com o grau de desidratação. • 250 a 500ml 2 horas antes do evento • 150 a 250ml a cada 15 min. durante ativ. física (500ml a 2L/hora conforme taxa de sudorese) • Após exercício- reposição de líquidos e CHO (1 – 1,5 vezes a quantidade de líquidos perdidos)
REPOSIÇÃO HÍDRICA: • ÁGUA X BEBIDAS ESPORTIVAS • Atividades com mais de 1 hora de duração ou com menos de 1 hora mas com elevada intensidade ou que provoquem grande quantidade de sudorese devemos repor: carboidrato e sódio.
SÓDIO • Promove maior absorção de água e HC pelo intestino durante e após o exercício pois o transporte de glicose na mucosa do enterócito é acoplado com o transporte de Na, resultando em uma maior absorção de água. CARBOIDRATO • Melhora o desempenho do exercício, mantendo os níveis de glicose no sangue, poupando as reservas de glicogênio endógeno.
BEBIDAS ESPORTIVAS • Eletrólitos e nutrientes Durante o exercício: • previne/retarda os distúrbios homeostáticos diminuindo o risco de hiponatremia • Ajuda a manter a concentração de glicose no sangue • Aumenta a velocidade de absorção de água evitando a desidratação • Fornece combustível para o músculo
REPOSIÇÃO HÍDRICA: • BEBIDA ESPORTIVA CASEIRA Objetivo: VIABILIZARCUSTO Comparação de preços para 500ml: • Caseira: R$ 0,60 maltodextrina + R$ 0,75 água = R$ 1,35 • Industrializada: média de R$ 3,20
Receita de bebida esportiva caseira: • Para cada litro de água: • 60 g de maltodextrina (6% de HC) • 1,5g de sal de cozinha – NaCl(0,6g de Na)
Ergus = trabalho Genes = produção RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS • São substâncias com o objetivo de aumentar a produção de trabalho como consequência o desempenho esportivo.
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Quando o uso se torna interessante? • Atletas com restrições alimentares; • Atletas com alta necessidade energética; • Atletas com alimentação desequilibrada; • Reposição hídrica e de eletrólitos.
Atletas x Esportistas • “Para os indivíduos que praticam exercícios físicos sem maiores preocupações com performance, uma dieta balanceada, que atenda às recomendações dadas à população em geral, é suficiente para a manutenção da saúde e possibilitar bom desempenho físico”.
Categorias: • Repositores hidro-eletrolíticos • Repositores energéticos • Suplementos protéicos • Alimentos compensadores • Aminoácidos de cadeia ramificada - BCAA
SUPLEMENTOS ALIMENTARES PROIBIDOSANVISA – 2005 • CREATINA • L-CARNITINA • L-ARGININA • GLUTAMINA • HMB (beta-hidroxi-beta-metilbutirato) • ORNITINA • CLA (ácido linoléico conjugado)
Por que foram proibidos? • “Considerando que estes produtos são destinados a um público específico representado pelos atletas de elite, a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais, falta de consenso científico sobre segurança e eficácia para o uso pretendido na forma de alimento e considerando-se também que estes aminoácidos vêm sendo usados como medicamentos, conclui-se que os mesmos devem ter seu uso condicionado a supervisão médica, portanto não enquadrados na área de alimentos.” • (ANVISA- Abril de 2006)
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS: • PRÉ TREINO E COMPETIÇÃO • DURANTE TREINO E COMPETIÇÃO • APÓS TREINO E COMPETIÇÃO • Quanto, quando e o que ingerir • Alimentos x Líquidos • Recomendações de reposições
PRÉ TREINO E COMPETIÇÃO • Respeitar características gastrointestinais individuais • Fibras e proteínas podem demorar mais de 3 horas para esvaziamento gástrico. Eventos com menos de 3 horas da refeição, para evitar desconforto gástrico: • Pobre em fibras e gorduras • Rica em carboidratos • Consistência leve ou líquida • Líquidos de acordo com estratégias
DURANTE TREINO E COMPETIÇÃO • Esgrima: competições que perduram todo o dia, com enfrentamentos curtos: • Refeição fracionada e de fácil digestibilidade entre os matches (garante reservas energéticas diminuindo fadiga e debilitação aumentando o desempenho) • Reposição de carboidrato e líquidos de acordo com estratégias. • Refeições com proteínas e gordura serão permitidas quanto maior for o intervalo entre a refeição e o início da atividade.
APÓS TREINO E COMPETIÇÃO • Recuperação após exercício = desafio para os atletas Objetivo mais importante: • Ressíntese das reservas de glicogênio nos músculos e fígado • Reposição de fluídos e eletrólitos Reposição se faz necessária nas 2 primeiras horas • Para exercícios com interesse em hipertrofia muscular: a ingestão proteína associada com carboidratos reduz a degradação protéica.
“Pode-se afirmar que o atleta que deseja melhorar sua performance, antes de qualquer manipulação nutricional, precisa adotar umcomportamento alimentar adequado ao seu esforço, em termos de quantidade e variedade, levando em consideração o que está estabelecido como alimentação saudável.” Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003.
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Fabiana Teixeira de Freitas Oliveira Nutricionista CRN/8-540 +55 41 3342-3453 fabiana@casadasdietas.com.br Casa das Dietas Rua Silveira Peixoto, 502. 80240-120 Curitiba (PR) www.casadasdietas.com.br