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Gilberto Cunha – Novembro/2011 Orientador: Dr Simão Lottemberg. Abuso de Insulina e IGF-1 no Esporte. Introdução. Abuso de GH no esporte devido suas propriedades anabólicas e lipolíticas é bem conhecido Efeito anabólico ---> IGF-1
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Gilberto Cunha – Novembro/2011 Orientador: Dr Simão Lottemberg Abuso de Insulina e IGF-1 no Esporte
Introdução Abuso de GH no esporte devido suas propriedades anabólicas e lipolíticas é bem conhecido Efeito anabólico ---> IGF-1 GH, IGF-1 e insulina: regulação do suprimento de nutrientes para os tecidos no jejum e durante/após a alimentação
Insulina no esporte Insulina e análogos de insulina são amplamente utilizados na prática clínica e sua obtenção é muito fácil Há pouca informação sobre o uso de insulina por atletas profissionais As primeiras especulações foram publicados em revistas especializadas em 1996 e comentadas pelo British Journal of Sports Medicine em 1997
Nagano-98: médico russo indaga se uso de insulina era restrito a DM-1 Dwain Chambers 2008: relatório das substâncias que usava em 2003, escrito por Victor Conte (BALCO): 3UI de lispro após treinos Dr Eufemiano Fuentes 2006: 200 atletas espanhóis de alto rendimento, incluindo Contador, faziam uso de ergogênicos proibidos
IGF-1 no esporte Alto custo e molécula complexa, usados apenas para pesquisas 2 novos compostos foram aprovados pelo FDA para tratamento de dist. do crescimento por deficiência de GH ou IGF-1: - Mecasermin Tercica (Increlex) - Mecasermin Rinfabate (Iplex)
>100.000 sites relacionam seu uso ao halterofilismo, e muitos o comercializam no mercado negro exaltando supostos benefícios: melhora na energia e endurance reparo tecidual hipertrofia potência sexual balanço imune desindade mineral óssea anti-aging perda de gordura reconstrução de cartilagem e reparo ligamentar rejuvenescimento cutâneo redução de glicemia melhora do estresse, humor e agilidade mental propriedades antiinflamatórias
Por que atletas usam insulina e IGF-1 ? 90% do IGF-1 endógeno encontra-se ligado a IGFBP-3 --> meia vida aumenta de poucos minutos até > 12h Guler HP, Zapf J, Schmid C, et al.,1989 Isso torna-o mais estável que o GH além de ser menos influenciado por variações no ritmo circadiano e pelo seu ritmo pulsátil de secreção
Administração exógena tem potentes efeitos anabólicos, similares ao GH, promovendo aumento da síntese e redução da degradação protéica Fryburg et al, 1994 • Diminuição rápida da glicemia • Aumento da sensibilidade à insulina e captação periférica de glicose • Diminui a gliconeogênese • Aumento da lipólise e oxidação lipídica (mecanismos incertos) Atletas de endurance se beneficiariam pela maior mobilização de substratos energéticos além da perda de massa gorda
Em suma, uso de insulina após o exercício repõe os estoques de glicogênio e ATP mais rápido que repouso ou alimentação isolados Como a insulina estimula a captação de AAs pelas células promovendo sintese de proteínas, sua principal ação é inibir a degradação protéica
Ações integradas entre GH, IGF-1 e Insulina Durante alimentação a insulina é o principal hormônio anabolizante, estocando todos os nutrientes Pós-prandial: [insulina] ↑ , [IGFBP-3] ↓ e ↑ [IGF-1] livre Período pós-absortivo [insulina] ↓ enquanto [GH] ↑
IGF-1 e insulina têm papéis distintos mas suas ações são interligadas, regulando flutuações na oferta e demanda energéticaMoller N, Jorgensen JO.,2009 GH é o principal anabolizante durante estresse, poupando glicose e proteína às custas de > oxidação de lipídeos
Efeitos na performance Não existem até o momento estudos comprovando benefício de IGF-1 e/ou insulina na performance Relatos de caso x Ensaios clínicos randomizados Vários relatos indicam que os atletas tem utilizado uma combinação desses hormônios para explorar os efeitos sinérgicos
Protocolos mais utilizados * Insulina R: 5-12UI após treino de força + 10g de CHO por unidade, 30 min após a aplicação (opção de adicionar 1-2UI a cada refeição) * Insulina NPH: 20-60UI divididos em 2 vezes + refeição rica em CHO a cada 2,5h
Efeitos adversos Insulina Hipoglicemia/morte Anafilaxia Lipodistrofia Ganho de peso
IGF-1 Curto prazo (diabéticos ou com insensibilidade ao GH): • Hipoglicemia, dor mandibular, mialgia e retenção hídrica (IGF-1) • Cefaléia, disfunção hepática (IGF-1/IGFBP-3) Longo prazo (doentes com insensibilidade ao GH): • Hipertrofia tonsilar e adenóide (revertidas c/ descontinuação)
Efeitos adversos possíveis: • Acromegalia • Hipertrofia cardíaca • CA (princip. próstata e cólon, comprovado in vitro)
Considerações Finais Existem evidências de que insulina e IGF-1 são utilizados por atletas, frequentemente combinados com GH e anab. esteróides IGF-1 apenas recentemente foi aprovado para uso e vai se popularizar aumentando a chance de se tornar droga de abuso Detecção em antidoping de IGF-1 e insulina é difícil pela semelhança das formas recombinantes com endógenas