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Learn about the importance of neuropsychological evaluations, particularly in children, and the key areas of cognitive function assessment. Discover various assessment tools used and their impact on therapy planning and cognitive rehabilitation.
E N D
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICO PROFESSORA: CARLA ANAUATE UNINOVE – 5◦ Semestre
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA • A Avaliação Neuropsicológica é o começo de toda abordagem terapêutica. • Instrumentos de Avaliação são dirigidos ao diagnóstico clínico de diferentes condições esclarecendo a utilidade no desenho de programas de reabilitação.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA INFANTIL • As crianças modificam o nível de produção no exame neuropsicológico à medida que os anos passam. • A criança revela um grande poder de recuperação. • Há a necessidade de um planejamento adequado para a reabilitação neurocognitiva. • Requer instrumentos específicos e métodos de exame clínico que possam abranger a avaliação das funções cognitivas. • Recursos: anamnese, testes, exame de neuroimagem e as informações que vem da escola • Exige um caráter interdisciplinar, ninguém deve agir só.
INTELECTO • Organização Mundial de Saúde (1976): DML - deficiência mental leve – 50 a 70 VNI – variação normal da inteligência – 70 a 85 N – normal – 85 a 100 M – a média – 100 a 110 AM – acima da média – acima de 110 • A inteligência atua de maneira integral com o trabalho orquestrado de um cérebro.
INTELECTO • As áreas primárias evoluem para o trabalho de zonas secundárias. A síntese na associação das áreas terciárias indica a necessidade de um exame que se aprofunde a partir de testes específicos relativos às funções prejudicadas. • A plasticidade neural na criança revela uma melhora constante e poucos problemas para o desenvolvimento da linguagem.
AVALIAÇÕES • Exame Neurológico Evolutivo (ENE) – Lefèvre (1898) é um exame atual que inclui: desenvolvimento motor, linguagem, praxias e gnosias, reconhecimento das cores, da direita-esquerda e vísuo-construção. • Children´s Communication Checklist – Bishop (2001) indica perturbações específicas do desenvolvimento da linguagem. • Questionário Escolar – encaminhado à professora e aos pais. • Brunet & Lézine 1965 – escalas que avaliam a primeira infância. • Griffths 1951 exame das habilidades do bebê. • A avaliação mostra como a criança erra, como a criança resolve o problema e como a criança pensa.
AVALIAÇÃO • Roteiro de Avaliação do Desenvolvimento – Gunsburg 1966: considera os 3 primeiros anos de vida: atividades da vida diária-comunicação-socialização e ocupação. • Escala de Maturidade Social de Vineland – Well 1953 – fornece um quociente social. • Avaliação neuropsicológica – classificar os testes na sua mais importante atividade funcional – é importante escolher o melhor teste que sirva par compreender as fraquezas do paciente e suas forças. • Os métodos clínicos abrangem muitas baterias utilizadas com auxílio e empréstimo de subtestes de diversas baterias e incluem as funções que devem ser avaliadas em crianças que apresentam prejuízo.
FUNÇÕES MENTAIS ESSENCIAIS • FUNÇÃO MOTORA – movimentos simples, organização óptico-motora, organização dinâmica das mãos, base cinestésica dos movimentos, gestos complexos e gestos opostos, expressão gestual, coordenação dos movimentos dos braços, equilíbrio do corpo, provas de nível e estilo motor. • PERCEPÇÃO-GNOSIAS – gnosia táctil, sensibilidade segmentar. Esterognosia. Gnosia digital, esquema corporal, orientação do corpo no espaço, figura humana para completar, execução táctil com formas, gnosia auditiva com ritmos. • FUNÇÃO VISUAL – figuras simples e complexa, percepção das formas simples e complexas, completar figuras no espaço e com desenho, percepção das diferenças e analogias de formas, reconhecimento de figuras temáticas, percepção de formas sobrepostas, comparação de figuras, provas vísuo-espaciais não construtivas, construtivas e gráficas, completar figuras, quebra-cabeças simples e complexos, cubos coloridos.
FUNÇÕES MENTAIS ESSENCIAIS • PRAXIAS ORAL E IDEATÓRIA – movimentos com a boca e a língua, movimentos com objetos conhecidos, imitação da função dos objetos. • VÍSUO-CONSTRUÇÃO – requerem orientação, rapidez e coordençaõ, configuração espacial, relações entre as figuras completando formas, manipulação de bastões e cubos, algumas tarefas são visuais, outras gráfico-motoras, algumas exigem flexibilidade cognitiva e outras exigem a memória. • LINGUAGEM – FALA RECEPTIVA – audição fonêmica, compreensão de palavras e de estruturas lógico-gramaticais que solicitam nomeação, compreensão de ordens simples e complexas, analogias opostas e repetição de palavras.
FUNÇÕES MENTAIS ESSENCIAIS • LINGUAGEM – FALA EXPRESSIVA - Análise da fala espontânea, da articulação, repetição de palavras, de frases, nomeação e narração. A escrita e a leitura se relacionam com os critérios de escolaridade apresentados pela escola com o questionário escolar. Os problemas aritméticos, sua compreensão e expressão devem obedecer aos programas. É fundamental a cooperação da professora. • ATENÇÃO – examinada visual e auditivamente, em testes de manipulação tátil e nas gnosias digitais, tarefas de ritmo, repetição de números, etc. • MEMÓRIA – VISUAL E AUDITIVA – evocação tardia com seqüência numérica, memória auditiva para frases curtas ou longas, reprodução de ritmos, memória visual gráfica.
DIFICULDADES DE ESCRITA • Dificuldade de seguir seqüências e esta característica pode manifestar-se por omissões de partes das informações escritas: omissão de letras, sílabas, palavras, frases ou até parágrafos inteiros. • Importante ler o que escreveu. • Desatenção – a dificuldade de aquisição e fixação das regras ortográficas. • Disgrafia – dificuldade de coordenação motora fina que evidencia-se por planejamento motor inadequado, ocasionando um traçado ruim e letra feia, forte ou fraca pressão do lápis, alta incidência de repassamentos, desorganização espacial, etc.
DISLEXIA • Dificuldade de leitura inesperada para a idade, inteligência e oportunidades educacionais numa pessoa com integridade auditiva e visual. Dificuldade de reconhecimento acurado de palavras e pobre habilidade em soletrar e decodificar. Resultam em um déficit no componente fonológico da linguagem. • Dificuldade de lidar com os sons prejudicando a relação som/significado e conseqüentemente o armazenamento adequado das representações ortográficas das palavras. É necessária a integração das representações fonológicas, semânticas e ortográficas para a leitura de uma palavra. • Por não fazer a correlação som/significado, não armazenam em seu lobo occipital, na área de forma de palavras a forma da palavra lida, portanto é como se tivessem lendo uma certa palavra sempre pela primeira vez.
DISLEXIA • Processo normal - Ao vermos uma palavra impressa, a região occipital do cérebro registra a imagem. Em seguida a região parieto-temporal, com o auxílio da região frontal, analisa a palavra ligando as letras ao seu som. Rapidamente as informações retornam à região occipital do cérebro onde as mesmas são armazenadas numa área chamada de área de forma de palavra. As informações são acessadas e enviadas à região frontal que também ajuda na análise e é produzida a leitura. Hemisfério dominante da linguagem – esquerdo. • Reabilitação – treino de habilidades fonológicas, após algum tempo de intervenção, as representações de leitura no cérebro do sujeito disléxico assemelham-se àquelas do sujeito sem dislexia.
LEITURA • A linguagem oral proporciona o contato e familiaridade com os sons – fonemas que transferimos para a escrita e reconhecemos na leitura. A fala é natural e a leitura não. • A fala é a base para o processo de leitura e escrita. Portanto as mesmas dificuldades de seguir seqüências e de ritmo que as crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade) apresentam na fala e na escrita também estarão presentes na leitura. • A dislexia e o TDAH apresentam disfunções diferenciadas – dislexia origina-se de dificuldades de processamento fonológico enquanto que a disfunção do TDAH reporta-se a problemas de função executiva que comprometem a aquisição das estratégias de leitura. • A dislexia é decorrente da dificuldade de lidar com os sons da língua e o TDAH reflete problemas de modulação da atenção e do comportamento hiperativo e impulsivo • Pesquisas mostram que problemas de aprendizado estão mais relacionados com desatenção.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NO IDOSO • Um dos problemas mais sérios nas demências está relacionado ao diagnóstico, o mesmo fica baseado na apreciação clínica, exames de imagem e avaliação neuropsicológica. • A Doença de Alzheimer (DA) é a de maior freqüência entre os diferentes tipos de demências na velhice. • É necessário que seja confirmada por avaliação alteração das funções cognitivas em duas ou mais áreas, incluindo a memória, com pelo menos um ano de evolução e em grau suficiente a que possa interferir com a vida profissional, social e familiar do paciente. • Diagnóstico de DA inclui o comprometimento da memória e a presença de pelo menos um dos seguintes déficits cognitivos: afasia, apraxia, agnosia ou alterações nas funções executivas.
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA • Consortium to Establish a Registry for Alzheimer´s Disease (CERAD) – 30 min. • Alzheimer´s Disease Assesement Scale (ADAS) – 30 min. • Cambridge Mental Disorder of the Eldery Examination (CAMDEX) – 80 min. • WAIS – memória lógica e controle mental, teste de Trilhas e de fluência verbal – 10 min. • Mini-exame do estado mental (MEEM) - 5 min. • Bateria Neuropsicológica Abreviada – NEUROPSI – 25 min. • Dementia Rating Scale – sensível e específica na discriminação de pacientes com DA. • Clinical Dementia Rating (CDR) – classificar o grau de severidade da demência.
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA • Com relação à farmacologia, a avaliação neuropsicológica é imprescindível na comprovação da eficácia dos medicamentos. Ex: o uso dos anticolinesterásicos receitados a pacientes com DA com a finalidade de aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença. • A avaliação neuropsicológica deve contribuir à comprovar a eficácia da reabilitação. É importante que antes do início do trabalho seja estabelecida a linha de base. • Seqüelas cerebrais podem ser classificadas como prejuízos (lesão nas estruturas físicas), incapacidades (inabilidades na realização das tarefas) e desvantagens (contexto ambiental e social). • As avaliações estão mais relacionadas ao prejuízo cognitivo.
DOENÇA DE ALZHEIMER • As estruturas relacionadas ao lobo temporal medial se encontram prejudicadas, podem ocorrer outras lesões e déficits corticais secundários à lesão destas estruturas. O prejuízo causado pelas estrutruas lesadas pode gerar incapacidades envolvendo déficits cognitivos que seriam refletidos nas funções da vida diária criando desvantagens na autonomia e na vida social do paciente.
AVALIAÇÃO DIRIGIDA • Levar em consideração as estratégias internas que o paciente ainda utiliza, se ainda consegue beneficiar-se de dicas semânticas e o grau de eficiência do processamento cognitivo a fim de verificar a velocidade do pensamento e uma possível regressão para níveis pré-conceituais. Estas informações podem direcionar nossa intervenção e ajuda nos apoios externos necessários para diminuir a dependência funcional do paciente. • Avaliação deve incluir – testes neuropsicológicos, conteúdos ecológicos (análogos a situações cotidianas), privilegiando outros instrumentos que possam auxiliar na identificação dessas incapacidades e que nos permitam obter informação da rotina prévia e atual do paciente, os vínculos afetivos significativos e situações estressoras.
A. N. TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO • Traumatismo craniencefálico (TCE) – envolve o couro cabeludo, o crânio, as meninges ou o encéfalo. • Os acidentes automobilísticos, as quedas e a violência estão entre as causas mais freqüentes. • Técnicas utilizadas para tratamento tem propiciado o aumento da taxa de sobrevida. • O TCE pode ser considerado leve, moderado ou grave. • 2 mecanismos que originam o TCE: • Por impacto – colisão da cabeça com objetos fixos ou em movimento. A lesão dependerá da localização e da intensidade do impacto. • Por fatores inerciais – quando há uma mudança abrupta de movimento envolvendo forças de aceleração ou desaceleração.
TRAUMATISMO CRÂNIANO • Escala de coma de Glasgow – avalia o nível de consciência, é a mais utilizada. • Outro preditor de evolução é o tempo de duração da amnésia pós-traumática (APT) definida como um período de tempo, logo após o acometimento, em que o paciente fica confuso, desorientado, com amnésia retrógrada e dificuldade para estocar e recuperar informações novas. Um período maior do que quatro semanas de APT é indicativo de comprometimento grave. A APT termina quando o paciente consegue não apenas registrar informações, mas fazê-lo de forma contínua • Os indivíduos que sofrem TCE podem apresentar alterações físicas, cognitivas e de comportamento. Pode evoluir ainda com quadro de epilepsia pós-traumática, em função das lesões estruturais. Exames de imagem e avaliação neuropsicológica são instrumentos que têm se mostrado de grande utilidade.
ALTERAÇÕES COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS • Os TCEs podem ocasionar diferentes padrões de prejuízos: quanto a gravidade e quanto ao tipo de lesão (difusa ou focal). Lesões difusas podem acarretar ao paciente lentidão de pensamento e do processamento de informações, dificuldades atencionais, fadigabilidade e quando associadas a TCE grave, podem acarretar prejuízos diversos, como alterações de linguagem e vísuo-espaciais. • Lesões focais repercutem em prejuízos relacionados às áreas atingidas, em lesões por golpe e contra-golpe, as alterações mais significativas estão associadas à região contralateral ao choque. Nas lesões por desaceleração, as regiões temporais e frontais são as mais suscetíveis à lesões – podendo ocorrer dificuldades relacionadas à memória e à aprendizagem, às funções executivas (planejamento, automonitoração, resolução de problemas) e de personalidade (alteração da capacidade de crítica e julgamento e impulsividade).
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA • A avaliação das funções cognitivas complementa os dados dos exames de imagem. • A correlação entre a localização da lesão e os sintomas observados na cognição, no comportamento, bem como seu impacto na vida diária não podem ser aferidas apenas através desses instrumentos. • O exame neuropsicológico utiliza-se de testes específicos que avaliam aspectos diversos de todas as funções cognitivas. Porém é necessário correlacionar os dados obtidos com informações e impressões do próprio paciente e de um familiar ou pessoa próxima, na tentativa de refinar e personalizar o exame. O examinador também deve considerar as informações de ordem qualitativa – o comportamento do paciente, o modo como ele se organiza e como realiza as tarefas propostas. • A avaliação é o ponto de partida para o estabelecimento de um perfil de habilidades e dificuldades. A junção destes dados aos de história prévia e atual levará à compreensão de quais aspectos do exame são mais relevantes para serem abordados em um trabalho de reabilitação cognitiva. • Autores sugerem que a avaliação seja realizada passados alguns meses, aproximadamente 3 meses, do acometimento, quando o quadro tende a se estabilizar e as mudanças serão mais lentas.
INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO • A avaliação neuropsicológica pode ter diversos objetivos: o estabelecimento de um diagnóstico diferencial, o planejamento de um trabalho de reabilitação, reorientação vocacional ou casos de perícia. A seleção dos instrumentos de testagem dependerá dos objetivos da avaliação e da gravidade do quadro. Um exame extenso deve ser realizado devido à variabilidade dos casos sendo necessário investigar o funcionamento cognitivo global. • A duração da avaliação também pode variar em função das alterações na bateria e pelo fato de estes pacientes apresentarem fadiga durante a testagem, obrigando a avaliação a ocorrer em mais sessões do que o inicialmente previsto. • A interpretação dos resultados deve ser feita de forma cautelosa contemplando o exame como um todo. Um teste pode servir para investigar mais de uma função pois a cognição não funciona de forma fragmentada, mas integrando informações que inclui as zonas de associação de informações e outras de monitoração sobre a resposta.