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Caso Clínico: Osteopetrose

Caso Clínico: Osteopetrose. Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Roberto Franklin Sabrina Reis Coordenação: Paulo R. Margotto. História Clínica. Colhida inteiramente no prontuário Identificação Nome: DPS Nascimento: 07/06/2006 Idade: 7 meses Naturalidade: Gama – DF

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Caso Clínico: Osteopetrose

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Presentation Transcript


  1. Caso Clínico: Osteopetrose Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Roberto Franklin Sabrina Reis Coordenação: Paulo R. Margotto

  2. História Clínica • Colhida inteiramente no prontuário • Identificação • Nome: DPS • Nascimento: 07/06/2006 • Idade: 7 meses • Naturalidade: Gama – DF • Procedência: Jardim Ingá – GO

  3. História Clínica • HDA: Paciente internado devido a pneumonia, evoluindo com piora rápida e progressiva para insuficiência respiratória, sendo submetido à ventilação mecânica. Trata-se de criança em investigação para síndrome genética. Apresenta ainda, estenose de cavidades nasais, laringomalácia, DRGE e suspeita de imunodeficiência primária. Além disso, apresentou sorologia positiva para citomegalovírus aos cinco meses de idade, durante internação neste hospital, em acompanhamento.

  4. História Clínica • Antecedentes fisiológicos: • Mãe G4P4A0, realizou 05 consultas de pré-natal. ITU tratada com cefalexina • Parto normal, a termo, PN: 2600 g, estatura: 47 cm, PC: 33cm, APGAR: ?? • Dificuldade na pega no período neonatal • LM exclusivo até o 6º mês • DNPM: ?? • Vacinação completa (SIC)

  5. História Clínica • Antecedentes patológicos: • 3 internações por bronquiolite • 2 internações por PNM + broncoespasmo • 3 hemotransfusões por anemia • Com 1 mês de vida: • ocorreu PCR durante punção lombar • Foi suspeitado síndrome genética • Nega cirurgias ou traumas

  6. História Clínica • Antecedentes familiares: • Mãe, 22 anos, do lar, 1º grau completo, saudável. Tabagista há 10 anos, 4 cigarros/dia. Fumou durante a gestação e 1º mês de vida da criança • Pai, 25 anos, salgadeiro, 2º grau completo, tem bronquite asmática, nega vícios • Irmãos (por parte de mãe), 2, 5 e 7 anos, todos saudáveis. • Nega consanguinidade.

  7. História Clínica • Hábitos de vida e condições sócio-econômicas: • Dieta: mamadeira (leite ninho® + mucilon®), frutas. Não aceita sopa. Água filtrada. • Reside em casa de alvenaria, 4 cômodos, 4 pessoas, sem a animais domésticos, com luz e esgoto. • Renda mensal aproximadamente R$ 500,00

  8. Exame Físico • Peso: 4895 g • Temperatura axilar: 37,2 ºC • FR: 60 ipm • FC: 128 bpm • Estado geral: • REG, hipocorado(++/4+), desidratado (+/4+), acianótico, anictérico.

  9. Exame Físico • ACV: • RCR 2T BNF sem sopros • AR: • Expansibilidade diminuída, BAN, TIC e TSC importante, MV rude bilateralmente, sibilos respiratórios e roncos de transmissão • ABD: • Semi-globoso, RHA +, fígado a 2 cm do RCD, baço não palpável

  10. Exame Físico • Genética: • Micrognatia • Sinofre • Estreitamento de frontal • Hipoplasia de face média • Hipertrofia gengival • Excesso de pele nucal • Hiperplasia de tórax • Hipertelorismo mamário

  11. Exames Laboratoriais

  12. Exames Laboratoriais

  13. Exames Laboratoriais • Cálcio: • 06/04 = 7.0 • 12/04 = 6.4 • Demais eletrólitos e bioquímica normais

  14. Exames Laboratoriais • Inversão CD4/CD8 ???

  15. Lista de Problemas • DRGE • Citomegalovirose • Pneumonia • Estenose de cavidades nasais • Laringomalácia • Imunodeficiência a esclarecer • Síndrome genética Picnodiostose ? Osteopetrose ?

  16. PICNODIOSTOSE DISCUSSÃO: • Mucopolissacaridose VI • Maioria das descrições vem da Europa e EUA porém o distúrbio parece ser mais comum no Japão. • Grego picnos - denso; dis - defeituoso; osteo - osso • Autossômica recessiva

  17. PICNODIOSTOSE • Defeito no gene codificador da enzima catepsina K • A Catepsina K é uma protease lisossômica com importante papel na reabsorção da matriz óssea, e se expressa abundantemente nos osteoclastos • A contínua formação óssea e a incapacidade de reabsorção levam a uma remodelação óssea alterada

  18. PICNODIOSTOSE • Caracterizada por baixa estatura, osteoesclerose, deformidades crânio-faciais e fragilidade óssea. • Hipoplasia mandibular, ângulo mandibular obtuso, atraso no fechamento das fontanelas, suturas cranianas separadas, alterações na formação dentária, displasia das clavículas e aplasia das falanges terminais. • As alterações crânio-faciais reduzem o espaço aéreo superior e podem aumentar o risco de insuficiência respiratória.

  19. PICNODIOSTOSE • Desenvolvimento mental e sexual normais, e caracteristicamente não apresentam anemia ou compressão de feixes nervosos.

  20. PICNODIOSTOSE

  21. OSTEOPETROSE • Em 1904, Heinrich Albers Schonberg, radiologista alemão, relatou o primeiro caso de osteopetrose em um homem de 26 anos com esclerose óssea generalizada e múltiplas fraturas. Nesta mesma época também foi denominada doença marmórea ou osteosclerosis fragilis generalisata.

  22. OSTEOPETROSE(Doença marmórea, Doença de Albers-Schoenberg) • Distúrbio do sistema esquelético caracterizado pelo aumento generalizado da densidade esquelética, associado a fraturas patológicas; • Espessamento das corticais: ossificação endocondral perturbada por inibição parcial ou total reabsorção óssea (falha da reabsorção osteoclástica e condroclástica); • Acometimento de outros órgãos;

  23. OSTEOPETROSE • As cavidades na matriz óssea e aberturas foraminais são preenchidas por massas não reabsorvidas de tecido ósseo denso. • Alguns estudos: disfunção imunológica resultante de uma disfunção tímica que resulta na anormalidade osteoclástica. • São comuns as infecções pois os neutrófilos apresentam resposta quimiotática diminuída e baixa capacidade de fagocitose bacteriana. • Dividida em duas formas: Benigna e Maligna

  24. Forma maligna (congênita) • Primeiros meses de vida; • Geralmente autossômica recessiva; • Pode ser fatal (hemorragia ou infecção) nos primeiros anos de vida se não tratada; • Aumento do peso corporal; • Forames  compressão de nervos (óptico, oculomotor e faciais) • Hidrocefalia

  25. Alteração do crescimento, hipocalcemia maligna, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, fraturas múltiplas • Obliteração dos espaços medulares com eventual pancitopenia e maior suscetibilidade a hemorragias e infecções (defeito do macrófago); • Dificilmente há sobrevida maior que 20 anos de idade

  26. Retardo do desenvolvimento neuropsicomotor; • Hematopoiese  extramedular • Pode haver elevação da fosfatase alcalina e freqüentemente hipocalcemia

  27. Radiografia • Aumento generalizado da densidade óssea, sem distinção entre a medular e o córtex; • Aparência de “osso dentro de osso” principalmente nos corpos vertebrais; • Condensação irregular nas metáfises  “placas paralelas” de osso denso nas extremidades de ossos longos; • Base do crânio densa e densidade aumentada nas margens orbitais;

  28. Forma Benigna (tardia) • Autossômica dominante; • Infância, adolescência ou adulto jovem; • Leve desproporção craniofacial, anemia branda, pode ter acometimento de nervos, fraturas e subsequentes deformidades com coxa vara são comuns;

  29. Forma Benigna (tardia) • Deficiência da Anidrase Carbônica II, impedindo a solubilização e reabsorção da matriz óssea pelos osteoclastos; • Em cerca de  um quarto dos casos é assintomática e  usualmente é detectada em estudos familiares, ou achados radiológicos incidentais

  30. OSTEOPETROSE • Tratamento: • Diminuir ou cessar a hiperostose progressiva; corrigir a anemia e trombocitopenia; tratar as infecções. • INF- humano recombinante;

  31. OSTEOPETROSE • Correção da compressão nervosa (cirurgia); • Transfusão; esplenectomia; correção das fraturas. • Transplante de medula: irá prover novas células pró-genitoras  que irão formar osteoclastos sadios. Deve ser realizada o mais precoce possível para evitar complicações, como infecções.

  32. OBRIGADO!!!

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