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Fatores da Expansão Marítima e Ciclo Oriental . Fatores da Expansão. Transição do feudalismo para o capitalismo A expansão marítimo-comercial europeia, ocorrida nos séculos XV e XVI, constituiu um dos principais capítulos da transição da Idade Média para a Idade Moderna.
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Fatores da Expansão Transição do feudalismo para o capitalismo A expansão marítimo-comercial europeia, ocorrida nos séculos XV e XVI, constituiu um dos principais capítulos da transição da Idade Média para a Idade Moderna. Fase marcada pela crise do feudalismo e pela formação do capitalismo, conhecida como pré-capitalismo.
O pré-capitalismo • Vários foram os fatores que contribuíram para o surgimento do capitalismo. As Cruzadas proporcionaram o renascimento do comércio na Europa, que lhe deu trabalho a numerosos desempregados. Produtos orientais – especiarias, principalmente – começaram a ser importados e distribuídos a partir dos portos da Itália. • Várias rotas comerciais foram desenvolvidas e rotas secundárias ligavam-se às principais, formando verdadeiros nós de trânsito onde paravam os comerciantes para trocar e vender seus produtos. • Assim, surgiram as feiras medievais, que eram de caráter temporário; pouco a pouco, elas foram prolongando-se e estabilizando-se, acabando por se tornar centros permanentes de trocas, cidades. • Nessas cidades, chamadas burgos, habitavam os comerciantes que, por isso, foram chamados burgueses. • Muitos artesãos estabeleceram-se nos centros urbanos e organizaram-se, por sua vez, em corporações de acordo com a profissão.
Fatores da expansão ultramarina europeia No plano econômico, há que se considerar as crises dos séculos XIV (retração do comércio) e XV (necessidade de expandir o comércio), que levaram à procura de novos mercados, tanto para consumir os excedentes europeus de manufaturados como para fornecer metais preciosos e artigos orientais, por uma nova rota. No plano sociopolítico, havia o interesse da burguesia mercantil em ampliar a circulação comercial, a qual foi também impulsionada pelo fortalecimento do poder do Estado Nacional. No plano cultural, cabe citar a divulgação de novas ideias, uma maior curiosidade intelectual por parte dos europeus e, sobretudo, a contribuição das grandes invenções (pólvora, bússola, papel e imprensa). Finalmente, no plano religioso, deve-se levar em conta o “ideal cruzadista”, isto é, o empenho em expandir a fé cristã por meio da conversão dos gentios (pagãos)
Pioneirismo Luso nas Grandes Navegações Portugal foi o país pioneiro na expansão marítima em virtude de uma série de fatores: desenvolvimento comercial, que proporcionou o surgimento de uma burguesia dinâmica e economicamente forte; interesse do grupo mercantil em expandir suas transações comerciais; consolidação do poder real por meio da Revolução de Avis (1383-85), promovida pela burguesia; aperfeiçoamentos náuticos pela invenção da caravela, utilização da vela triangular ou “latina” e, possivelmente, a existência de um centro de estudos náuticos em Sagres; posição geográfica favorável em direção à costa africana e até mesmo o espírito cruzadista presente na expansão lusa.
Ciclo Ocidental e Consequências da Expansão Marítima Um conjunto de fatores econômicos, sociais, políticos, culturais e até mesmo geográficos tornou possível a Portugal ser o pioneiro da Expansão Marítimo- Comercial dos Tempos Modernos. Os demais países europeus, na mesma época em que os portugueses se lançaram no movimento de expansão oceânica, particularmente Inglaterra, França, Países Baixos e Espanha, estavam envolvidos em uma gama de problemas que os retardaram na procura de um novo caminho para o Oriente.
França, Inglaterra e Holanda • França e Inglaterra participaram tardiamente da expansão marítima, em razão de, sobretudo, fatores internos, tais como o processo de centralização monárquica (retardado pela resistência da nobreza), a existência de uma burguesia nacional ainda pouco interessada nos mercados extraeuropeus e a devastação provocada pela Guerra dos Cem Anos (1337-1453), na França, e pela Guerra das Duas Rosas (1435-55), na Inglaterra. Quanto aos holandeses, a principal razão de seu atraso em participar das Grandes Navegações foi de ordem política, pois a Holanda somente se declarou independente da Espanha em 1581. • Consequências da Expansão Ultramarina Europeia • Deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o Atlântico, acarretando a decadência das cidades italianas. • Colonização da América, com utilização do trabalho compulsório indígena e africano. • Expansão do comércio europeu (Revolução Comercial) e a Revolução dos Preços, provocada pelo grande afluxo de metais preciosos provenientes da América. • Adoção da política econômica mercantilista, fundamentada no regime de monopólio. • Acumulação primitiva de capitais, realizada pela circulação de mercadorias (capitalismo comercial). • Fortalecimento da burguesia mercantil nos países atlânticos e consolidação do Estado Moderno (absolutista). • Europeização do mundo e expansão do catolicismo.