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Delamuta, J. R. M. (1) ; Menna, P. (3) ; Hungria, M. (1,2)

Análise filogenética do gene nodY /K revela coevolução e transferência horizontal entre Bradyrhizobium e leguminosas. Delamuta, J. R. M. (1) ; Menna, P. (3) ; Hungria, M. (1,2)

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  1. Análise filogenética do gene nodY/K revela coevolução e transferência horizontal entre Bradyrhizobium e leguminosas Delamuta, J. R. M.(1); Menna, P.(3); Hungria, M.(1,2) (1) Universidade Estadual de Londrina, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia; (2) Embrapa Soja, Londrina-PR; (3) Biagro do Brasil email: jake_renata@hotmail.com INTRODUÇÃO Plantas da família Leguminosae (=Fabaceae) ocupam uma ampla variedade de biomas terrestres, com algumas delas estabelecendo simbiose com um grupo de bactérias coletivamente chamadas de rizóbios, cuja característica mais importante é a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico (N2). No caso do Brasil, bactérias do gênero Bradyrhizobium representam a grande maioria dos isolados de leguminosas tropicais nativas, além de apresentarem relevância como simbiontes de culturas de importância econômica, como é o caso da soja (Delamuta et al., 2012; Menna et al., 2009). Estudos taxonômicos com essas bactérias têm demonstrado uma elevada diversidade genética entre as estirpes e, nos últimos anos, várias espécies já foram descritas. Contudo, quando a filogenia dos genes envolvidos no processo de nodulação e fixação do nitrogênio é analisada, essa diversidade é menos evidente.Com o objetivo de aportar conhecimento à filogenia dos genes de nodulação desses microrganismos, 45 estirpes de Bradyrhizobium isoladas de diferentes leguminosas foram estudadas. O papel do gene de nodulação nodY/K ainda não está completamente elucidado, sendo considerado como um provável gene relacionado à especificidade hospedeira na nodulação. A) Extração de DNA Análise em sequenciador Reação de sequenciamento PCR MATERIAL E MÉTODOS O trabalhofoiconduzido a partir dos seguintespassos: Alinhamento das sequencias Construção das árvores Neste estudo, o gene nodY/K foi amplificado por PCR e, posteriormente, sequenciado. Para uma análise filogenética comparativa, o gene ribossomal 16S também foi sequenciado. As árvores filogenéticas foram construídas utilizando-se parâmetros pré-definidos, com o modelo de distância Tamura-Nei e o algoritmo de Neighbor-Joining. O suporte estatístico foi avaliado pela análise de bootstrap, com 1.000 repetições. B) RESULTADOS EDISCUSSÃO A árvore construída com o gene 16S RNAr dividiu as estirpes em dois grandes grupos, de “B. japonicum” e de “B. elkanii”, mas também revelou diversidade genética elevada em um dos grupos. No entanto, o agrupamento das estirpes com base no gene nodY/Knão foi congruente com aquele encontrado com o gene 16S RNAr (Fig. 1 A e B). Existem genes de nodulação responsáveis pela especificidade hospedeira (Menna et al., 2011) e os resultados deste estudo dão forte suporte a esse papel para nodY/K, uma vez que 39 estirpes isoladas de soja apresentaram sequências idênticas às estirpes-tipo conhecidas como simbiontes da cultura. Seis estirpes não foram isoladas de soja; dentre essas, apenas a SEMIA 6071, isolada de Stylosanthes sp., agrupou com as estirpes simbiontes do grupo B. japonicume em avaliações em casa de vegetação verificou-se que foi capaz de nodular a soja. As outras estirpes (SEMIAS 613, 621, 938, 6056 e 6391) que não nodulam soja ocuparam posições isoladas na árvore e apresentaram sequências gênicas divergentes. CONCLUSÃO Os resultados obtidos suportam a hipótese de coevolução entre simbionte e leguminosa, mas também indicam que esses genes podem sofrem transferência horizontal, aumentando assim a diversidade simbiótica entre as espécies. Figura 1. Relações filogenéticas entre as estirpes de Bradyrhizobium deste estudo e as estirpes tipo com base no gene 16S RNAr (A) e no gene nodY/K (B). ReferênciASBibliográficaS Delamuta, J. R. M. et al.(2012). Braz.J .Microbiol. 43: 698-710. Menna, P.; Hungria, M. (2011). Int. J. Syst. Evol. Microbiol. 61: 3052-3067. Menna, P. et al. (2009). Int. J. Syst. Evol. Microbiol. 59: 2934-2950.

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