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Gêneros Discursivos adotados pela UFG. Redação sem medo. FÁBULA/PARÁBOLA/APÓLOGO. DEFINIÇÃO: Gêneros irmãos que têm como estrutura básica uma narrativa simples e curta, mas que expressa um ensinamento no seu encerramento, a famosa moral da história .
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Gêneros Discursivos adotados pela UFG Redação sem medo
FÁBULA/PARÁBOLA/APÓLOGO • DEFINIÇÃO: Gêneros irmãos que têm como estrutura básica uma narrativa simples e curta, mas que expressa um ensinamento no seu encerramento, a famosa moral da história. Alguns livros diferenciam fábulas, parábolas e apólogos argumentando que aquelas têm como personagens, animais; Essas, seres humanos; e estas personificam objetos e seres inanimados. A teoria falha quando encontramos uma história que tenha no enredo um homem, um gato e uma cadeira como amigos, que dialogam e se entendem.
Conto • DEFINIÇÃO: Gênero narrativo que possui os mesmos elementos constitutivos de um romance ou de uma novela, porém, com a concisão e objetividade de um direto de um pugilista. “Comparando o conto e o romance com uma luta de boxe, temos que este vence a luta por pontos, enquanto aquele vence por nocaute” Júlio Cortázar – escritor argentino.
Tipos de conto Fantástico, ficção científica, regionalista, policial. • Contemporâneo: apresenta elementos em seu enredo que tratam a vida urbana das cidades, além de ousarem na estrutura, quebrando algumas “regras” da narrativa, como ocorre com os minicontos, ou com os textos sem narrador, por exemplo.
Exemplo de conto contemporâneo Insônia – Adriana Falcão Considerando que oito horas de sono são o ideal para uma pessoa, quase oito horas de sono devem ser quase o ideal. É lógico. Então, se eu conseguir dormir até a meia-noite e acordar amanhã às sete e vinte, está ótimo. Ou quase ótimo. Vou acordar feliz, bem-disposta, capaz, praticamente recuperada. Se eu dormir até a meia-noite. Ainda tenho cinco minutos. Cinco minutos é tempo de sobra pra uma pessoa pegar no sono, quer ver? Vou pegar no sono em cinco minutos. Boa noite. Estou quase dormindo. Quase. Dormi. Não dormi? Acho que não. Mas vou dormir agora. Senão os pensamentos começam a entrar na
minha cabeça e aí, minha filha, nunca mais. Um pensamento puxa outro, que puxa outro, parece até que pensamento tem corda. O negócio é não deixar entrar o primeiro, tá vendo? Foi só começar a pensar em não pensar e quando eu vi já estava pensando em pensamento com corda. E de corda pra acorda é um pulo. E é melhor eu não pensar em acordar senão eu não consigo dormir. E eu preciso estar inteira amanhã. Ou vai ser uma tragédia. Calma, também não é assim. Ainda tenho cinco minutos pra pegar no sono. Se bem que agora já não faltam mais cinco, quantos minutos se passaram até agora? Esquece e dorme. Boa noite. Dormi. Não dormi? Se eu tivesse dormido não estaria pensando se dormi ou não dormi. Estaria dormindo. Isso prova que não dormi
ainda. Amanhã vou acordar um lixo. E tenho um dia dificílimo pela frente, com uma lista enorme de coisas pra resolver: vinte minutos de meditação ao acordar, ginástica às oito, reunião às dez em ponto, consertar o carburador do carro, desmarcar o dentista, comprar tinta pra impressora, ligar pro Geraldo, esquece o Geraldo e dorme. Você já trancou a porta, já fechou o gás, já tomou seu banho, já foi à cozinha, já bebeu seu leitinho quente, já pensou em quantas calorias tem um copo de leite, você já se preocupou demais por hoje. Você precisa dormir. Isso. Eu preciso dormir. Então, boa noite. Tem certeza de que eu tranquei a porta? Tranquei, sim. Fechou o gás? Claro. Não lembra? Logo depois do banho. Fechei o gás, fui à cozinha, bebi meu leitinho quente, quantas calorias tem um copo de leite? Eu não devia ter botado açúcar
pra depois não ficar culpada. Depois eu fico culpada. Agora eu vou dormir. Já me preocupei demais por hoje, e amanhã, não, eu não vou pensar no que tenho de fazer amanhã. Tenho um dia dificílimo pela frente, com uma lista de coisas pra resolver, e se eu não dormir até meia-noite e meia, uma hora, vou terminar pulando a meditação. É uma opção. Faço ginástica às oito e de lá vou direto pra reunião às dez em ponto no Centro, vou de carro ou vou de táxi? Amanhã você resolve isso. Certo. Eu resolvo isso amanhã. Boa noite. Mas eu já tenho coisas demais pra resolver amanhã, assim não vai dar tempo. Será que não é melhor ir pro Centro de táxi pra poder ir resolvendo outras coisas no caminho? Está resolvido. Amanhã eu resolvo o resto. Boa noite. Se eu conseguir dormir até uma e meia e acordar às nove, já está bom. Pulo a
meditação, falto à ginástica, pego um táxi pro Centro e aí só falta resolver o resto da vida. Mas eu tenho o dia inteiro pra resolver tudo. Ligar pro Geraldo, terminar o relatório, passar no supermercado, chamar o homem da televisão, esquece o homem da televisão e dorme. Já deve ser bem mais de uma. Olho o relógio ou não olho? Se eu olhar e for muito tarde, vou ficar nervosa. Mas se eu não olhar vou ficar imaginando que é mais tarde do que é na verdade e fico mais nervosa ainda. Esquece o relógio e dorme. Boa noite. Não vou pensar em amanhã, não vou pensar em hoje, não vou pensar nas horas, não vou pensar em nada. Nadinha. Um nada absoluto. Pensar em nada é pensar em alguma coisa? Olha aí eu pensando de novo. É por isso que não durmo. Durmo, sim. Quer ver? Vou contar carneirinhos. Um carneiro, dois carneiros, três carneiros, quatro carneiros,
pronto, agora o quinto carneiro enganchou e não quer entrar no meu pensamento. Vem, carneiro. Por favor. Tá fazendo o que aí fora? Arranjou uma namorada, foi? Então já são mais dois carneiros, ele e a namorada, fora os filhotinhos que eles podem ter, olha só que maravilha, vão ser não sei quantos carneirinhos pra contar. Vou dormir na hora. Venham, carneiros. Um de cada vez. Podem entrar. Esses carneiros estão de implicância comigo. Estou começando a me irritar. Daqui a pouco cometo um carneiricídio. Assim que eles entrarem. O problema é que eles não entram. Esquece os carneiros e dorme. Será que, se eu pensar em capim, os carneiros entram pra comer o capim? Capim. Capim. Carneiro come capim? Esquece o capim e dorme. Já devem ser quase duas e você aí acordada. Amanhã vai estar um lixo. Eu não vou estar um lixo amanhã pela simples
razão de que vou dormir agora, quer ver? Boa noite, dormi, não dormi?, ainda não. Mas vou dormir imediatamente. É só não pensar em amanhã porque amanhã eu tenho um dia dificílimo pela frente com uma lista de coisas pra resolver: chamar o homem da televisão, comprar queijo ralado, dar uma passadinha no laboratório pra buscar os exames, descobrir se carneiro come capim, não acredito que já é de madrugada e eu estou aqui pensando em capim, esquece os pensamentos e dorme, vou dormir, você não pode pensar em amanhã, eu não vou pensar em amanhã, não vou mesmo, de jeito nenhum, amanhã eu tenho um dia dificílimo com uma lista de coisas pra resolver: descobrir se carneiro come capim...
Relato pessoal DEFINIÇÃO: O relato constitui-se de um gênero base para outros, pois trata-se de um texto de caráter pessoal, escrito em 1ª pessoa e, normalmente, não possui um interlocutor específico a não ser o próprio autor, como ocorre nos diários. Entretanto, pode-se encontrar no cotidiano relatos que visam, na verdade, apresentar uma versão pessoal sobre um fato para outras pessoas. São exemplos desse gênero os subgêneros depoimento, diário, blog, memória.
Notícia • DEFINIÇÃO: A notícia é um texto que apresenta o puro registro dos fatos, sem a emissão de opinião por parte de quem escreve. Sua finalidade é informar de modo objetivo e preciso as circunstâncias em que aconteceram fatos de interesse público e geral. Em suma, a finalidade da notícia é informar
Exemplo Governo divulga lista dos veículos mais poluidores vendidos no Brasil LORENNA RODRIGUESda Folha Online, em Brasília O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta terça-feira uma lista que pontua os veículos vendidos no Brasil de acordo com o grau de emissão de gases poluentes. Os 402 carros -todos produzidos em 2009- receberam pontuação de uma a cinco estrelas, em que quanto menor a poluição maior a quantidade de estrelas. De acordo com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), o objetivo é informar o consumidor, para que ele possa fazer uma escolha consciente.
"Veículos com melhores notas são mais econômicos e o consumidor gasta menos. Ele vai estar poluindo menos, emitindo menos CO2, ou seja, contribuindo menos para o aquecimento do planeta e também gastando menos combustível, fazendo bem para o bolso", afirmou. Pela lista, apenas 22 carros receberam cinco estrelas, todos eles carros flex e com motor de até 1.8 cilindradas. Na outra ponta da tabela, 20 carros receberam apenas uma estrela: todos carros a gasolina e potentes, com motor acima de 2.0 cilindradas.
Entre os menos pontuados estão 10 carros da Citroën, entre eles o Xsara Picaso GXA 2.0 e o C4 2.0. Outros cinco carros são da Peugeot, todos do modelo 407 com motor 2.0. Completam a lista três carros da Mitsubishi, entre eles o Pajero HPE 3.8. A Volkswagen tem dois modelos do Jetta 2.5 entre os que receberam uma estrela. Entre os carros que receberam cinco estrelas -todos flex - sete são da General Motors, sendo seis modelos diferentes do Celta 1.0 e 1.4 e o Prisma 1.0. A Fiat tem seis modelos no topo da lista, entre eles o Idea, Palio, Siena e Stilo, todos 1.8.
A Volkswagen teve cinco carros entre os mais bem pontuados, todos modelos do Fox e do Spacefox 1.6. A Citroën tem três C3 1.4 com cinco estrelas e o Ford KA 1.0 completa a lista. A pontuação estabelecida pelo ministério é dividida em duas partes: três estrelas representam o nível de poluição relativo ao monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Das duas restantes, uma é dada para carros com baixa emissão de CO2 no escape e, a última, apenas para carros flex ou a álcool. Ou seja, pelo critério, nenhum carro a gasolina pode receber cinco estrelas. De acordo com o ministro Minc, o critério de pontuação da lista divulgada hoje é mais rigoroso do que lista semelhante divulgada em setembro. Retirado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u660085.shtml
Texto Enciclopédico • DEFINIÇÃO: É um gênero discursivo que apresenta de maneira organizada e sistemática as informações básicas sobre determinado conteúdo do conhecimento humano. A finalidade desse gênero discursivo é registrar e difundir o conhecimento acumulado, por meio da criação de uma obra de referência – a enciclopédia – que pode ser consultada por qualquer pessoa.
Exemplo Filatelia é o estudo e o colecionismo de selos postais e materiais relacionados. A filatelia tem várias áreas de estudo, a saber: filatelia tradicional, história postal, pré-filatelia, marcofilia, inteiros postais, filatelia temática, aerofilatelia, astrofilatelia, maximafilia, filatelia juvenil, literatura filatélica, selos fiscais, classe aberta e um quadro. O objetivo deste hobby é selecionar selos para compor uma coleção, que pode ser geral ou temática. Existem coleções que além dos selos possui informações sobre o tema, parâmetro utilizado por muitas pessoas nas coleções temáticas. Enquanto entre as coleções gerais, pode-se dizer que se dividem em mundo e país. É frequente encontrar coleções com apenas selos de um país, assim como de qualquer lugar do mundo. Quando não seguem nenhum critério este tipo de coleção é usual entre iniciantes. Apesar de diferenças entre os vários tipos de coleções, além do que foi dito, um único ideal une os filatelistas de todo o mundo: a vontade de conhecer mais sobre um lugar, objeto, pessoa, país, etc. É o conhecimento que estimula os filatelistas a continuar com seu hobby apesar da diminuição das correspondências via Correios. Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filatelia
Textos instrucionais • DEFINIÇÃO: Os textos instrucionais se caracterizam pela apresentação de uma série de procedimentos a serem seguidos em uma determinada circunstância. Por esse motivo, estabelecem sempre uma INTERLOCUÇÃO direta com o leitor. Diferentes gêneros discursivos exemplificam essa estrutura, como receitas, manuais, regras de jogo, guias de uso etc. • INJUNÇÃO: é o ato de ordenar expressamente, de mandar executar alguma coisa. Textos injuntivos, portanto são aqueles cujo objetivo é levar as pessoas a agirem de determinada maneira, como forma de alcançarem um resultado específico: instalar ou configurar um aparelho, preparar uma refeição, curar uma doença etc.
Textos Publicitários • DEFINIÇÃO: os textos publicitários se definem por procurarem despertar no interlocutor o desejo de comprar algo, seja um produto, uma ideia ou aderir a uma causa. São, por essa razão, considerados persuasivos. Estabelecem uma interlocução direta e valem-se de diferentes recursos da linguagem para conseguir a adesão do leitor àquilo que vendem ou sugerem. Diferentes gêneros discursivos exemplificam essa estrutura: anúncios (em revistas e outdoors, televisivos e radiofônicos), panfletos, folhetos, folderes etc. • PERSUADIR significa convencer alguém a aceitar uma ideia, acreditar em algo, agir de uma determinada maneira. A persuasão sempre envolve a utilização de argumentos no contexto da interlocução, já que um dos interlocutores procura influenciar outro.
Exemplo Chega. Cansei. Não dá mais. Eu quero minha dignidade de volta. Eu quero voltar a embrulhar peixe na feira. Quero voltar a ser papel picado no Maracanã. Quero voltar a virar chapéu de soldado para criança brincar. Quero ser capacho de porta de pobre. Cortina de apartamento em reforma. Forro de chão de carro. Mas pelo amor de Deus. Eu não quero mais cobrir o corpo de ninguém. Não quero mais sentir o frio do asfalto, muito menos o calor do sangue. Não quero não.
Se eu que sou papel de jornal não aceito mais, imagina você, vendo um semelhante ter um fim desse. Então faz o seguinte: me arranca. Isso: arranca essa página. Não vou ficar chateado, é por uma boa causa. E me mostra para o amigo, para a mulher, para o chefe, para o gari, para o frentista, para o delegado, para a xepa da feira, para o rubro-negro, para o juiz, para a prostituta, para o político, para os seus filhos. Mostra que você também está cansado. É pouco, mas já seremos dois. Se formos cem, seremos um batalhão. Mil, um exército. Marcha soldado, cabeça de papel. Juntos, a gente vira esse jogo contra a violência, que de virada é mais gostoso. Juro que dá. Juro por aquele sujeito lá no alto do Corcovado que, caso você não saiba, é o nosso general. Essa folha de papel tem todo o apoio da AlmapBBDO. Segurança Pública, uma Ação de Todos Nós.
Texto de campanha comunitária • DEFINIÇÃO: a finalidade de uma campanha comunitária é esclarecer e orientar a população em geral sobre um determinado assunto e persuadi-la a colaborar. Assim como no anúncio publicitário, as formas verbais estarão no modo imperativo. O locutor são os órgãos públicos ou privados escrevendo para um público geral.
Crônica DEFINIÇÃO: conhecido por ser um gênero menor da literatura, a crônica figura no nosso cotidiano há anos. Surgida para relatar a história (a Grande História) dos feitos (como a famosa carta de Caminha). A crônica ganha ares de reprodução do cotidiano por meio da literatura quando os escritores passam a tratar de trivialidades em textos a ser publicados em jornal. Por ser um gênero ligado ao meio de comunicação, poucas vezes tem um compêndio na forma de um livro, como ocorre com outros gêneros, como o conto ou o poema.
Crônica argumentativa Por ser um gênero do jornal e da revista, mas presumindo certa liberdade de construção, a crônica transita entre outros gêneros e tipos, podendo inclusive ser argumentativa, promovendo reflexões nos leitores acerca da opinião apresentada pelo autor. Muito menos formal que o artigo, a crônica argumentativa visa apresentar a opinião do autor, não visando obrigatoriamente o convencimento do leitor.
O show de horrores dos colégios de elite Marcelo Coelho Felizmente não tenho filhos em idade de prestar vestibular. Se tivesse, ficaria alarmado com o que li no caderno especial que a Folha publicou na sexta-feira passada, sobre os 16 "melhores" colégios de São Paulo. Ponho aspas em "melhores", mas não é que os considere necessariamente ruins; é provável que sejam "bons" colégios em muitos aspectos. O problema está no critério de avaliação. O caderno destacava os "campeões de vestibular". Ou seja, os colégios que contam com maior número de alunos aprovados nos cursos mais difíceis da USP. Escusado dizer que, dos 16 colégios, só três eram públicos e gratuitos. Esse assunto eu deixo para o final do artigo.
O fato é que, a cada página que eu ia lendo, crescia a minha impressão de estar diante de um verdadeiro pesadelo educacional. Dou alguns exemplos. Um dos colégios recordistas em aprovação na USP tem como característica "estimular a hiperconcorrência" entre os alunos. As classes são divididas segundo o desempenho dos estudantes. Um deles, vitorioso "treineiro" em vestibulares, diz: "Se eu caio um décimo de ponto, já me olham esquisito". Em outro colégio, os alunos fazem prova quatro vezes por semana. Seu diretor explica o método com meridiana clareza: "Todo mundo diz que só estuda em véspera de prova; pois aqui tem de estudar todo dia". Arrisco-me a perguntar se, com tantas provas, o horário dedicado às aulas não diminui... A observação tem certo espírito sofístico, mas em todo caso me parece verdade que, num ensino tão preocupado com o desempenho em provas objetivas, é natural que vá desaparecendo o espaço dedicado à discussão, ao pensamento independente. E cresce para os alunos a obrigação de regurgitar no papel o que lhes foi enfiado pelos ouvidos na véspera.
A monstruosidade do sistema se revela a cada reportagem do caderno. Determinado estabelecimento de ensino tem salas com capacidade para até 600 alunos, com baias individuais, disponíveis até as 22h, para que os alunos se exercitem. Qualquer semelhança com a criação de gado confinado fica por conta da imaginação deste articulista. Mas até que esse colégio tem um mérito; não desliga o aluno que repetiu de ano. Outras instituições de ensino "top" adotam essa política. Imagino que considerem mais importante manter os altos escores de sucesso do colégio do que dedicar atenção individual ao aluno que não se adapta à linha de montagem. Sim, porque os próprios colégios estão entregues a um mecanismo concorrencial destrutivo e perverso. Basta ver seus gastos em publicidade, mostrando quantos jovens prodígios "emplacaram" na Politécnica ou na Medicina.
Uma escola, aliás, dá prêmio em dinheiro aos alunos que entrarem no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). A seguir essa tendência, logo alguém vai ter a idéia de contratar vestibulandos profissionais, que melhorem as estatísticas de aprovação do colégio X ou Y. Nunca fui bom em matemática, mas é óbvio que, se 10% dos aprovados numa faculdade estudaram no colégio Fulano de Tal, isso não depende apenas da qualidade desse colégio, mas do seu tamanho, do número de alunos que lá estudaram. Um contra-exemplo: o "melhor" colégio do país poderia ter apenas 40 alunos e, mesmo que todos esses alunos entrassem nos primeiros lugares das faculdades mais disputadas, a estatística diria que só 0,001% dos aprovados no vestibular vieram desse colégio. Mas não importa. Com essa rotina de estresse, de massificação, de treinamento frenético, de atenção opressiva a "resultados" no vestibular, logo haverá outras estatísticas a fazer. Se olharmos para a outra ponta do processo - não a dos "bem-sucedidos", mas a dos triturados pelo sistema -, chegará o dia em que teremos de levantar qual o colégio com menor taxa de suicídios. Ou com menor número de casos de depressão.
Ou de alcoolismo. Ou - nem preciso dizer - de consumo de drogas. E como podemos estranhar que alguém se sinta inclinado a fumar maconha ou a beber, quando passa a maior parte do tempo sob a pressão absurda de resolver problemas de trigonometria e de física que não fazem sentido nem para os próprios professores? Claro que o vestibular não é o único fator responsável por essa situação. E não são apenas as distorções geradas por esse sistema o que mais me choca no caderno sobre os colégios de elite. Se a questão fosse apenas o vestibular, ainda vai. Espantou-me que outro colégio pretende abrir uma nova unidade, não sei em que região arborizada de São Paulo, com ensino bilíngue. Aqui chegamos à radicalização de todo o processo. Pois entrar na USP começa a ser pouco para as nossas superelites. Interessa que nossos jovens talentos se dirijam, o mais cedo possível, a Harvard ou Chicago, de onde voltarão com planos e planilhas para solucionar os problemas do Brasil.
Acho que todo país civilizado tem uma coisa chamada sistema público de ensino. E isso representa mais do que garantir minimamente a igualdade de oportunidades que está em falta no nosso país. A existência de escolas particulares, embora justificável, já é quase uma distorção em si mesma. Quando um aluno rico está na mesma classe de um aluno remediado ou pobre, como acontece num país como a França ou na Itália, é um senso de cidadania que se estabelece. Não falo nem sequer de igualdade, mas de republicanismo. Sem contato com as instituições públicas, as classes médias e altas vivem, desde o início da vida escolar, uma realidade de apartheid. Um dia, o jovem acaba ouvindo falar de cidadania, república, direitos etc. Mas esses conceitos são apenas belas palavras, desvinculadas de sua prática de vida. Daí para Chicago - ou será Bombaim? - é só um pulinho.
Artigo • De opinião – DEFINIÇÃO: texto dissertativo-crítico presente em jornais, revistas e internet. Admite um tom pessoal quando se usa a 1ª pessoa, mas mantém certa formalidade no trato da argumentação, pois essa visa o convencimento do leitor. • De divulgação científica - DEFINIÇÃO: também presente nos veículos de informação do cotidiano, esse artigo divulga a ciência com o intuito de torná-la parte do cotidiano dos leitores.
Editorial DEFINIÇÃO: Gênero discursivo que visa apresentar o ponto do vista do veículo de comunicação do qual faz parte, bem como mostrar as matérias que compõem do jornal ou da revista. Na revista, costuma ser voltada para a apresentação, enquanto no jornal se assemelha mais a um artigo de opinião impessoal.
Resenha crítica DEFINIÇÃO: A resenha – também conhecida como crítica – é um texto geralmente jornalístico, de opinião, que procura fazer uma avaliação elogiosa, construtiva ou negativa de um objeto sócio-cultural, como um show, um DVD, um filme, um espetáculo, etc. Sua estrutura divide-se em duas partes, sendo a primeira um pequeno resumo ou visão geral do autor do objeto avaliado. Na segunda parte, o resenhista desfila sua crítica, com critério e impessoalidade.
1001 discos para ouvir antes de morrerLivro compensa pela ampla seleção, que vai do glam ao synth-pop O nome do livro não é dos mais surpreendentes. 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, catatau de 960 páginas, entra na esteira de publicações que elegem os melhores filmes para assistir e lugares para conhecer antes de bater as botas. Apesar do nome inspirar certa desconfiança, a proposta é honesta: reunir 90 críticos e jornalistas musicais para peneirar os lançamentos essenciais da música nos últimos 50 anos. O livro foi lançado no Brasil pela Sextante, em tradução para o português de Portugal, e tem edição geral de Robert Dimery.
O tratamento gráfico é vistoso, bem caprichado. A capa é ilustrada com uma foto de Sid Vicious - ex-baixista dos Sex Pistols - em um de seus arroubos de estrelismo, e as páginas internas são recheadas por imagens de discos e de artistas fazendo pose. A divisão do livro é feita por décadas, e cada início de capítulo traz pequenas pílulas de contextualização história, informando alguns dos principais acontecimentos daqueles anos. Assim como toda lista de melhores filmes sempre trará Cidadão Kane no topo, espere muitas obviedades, como uma overdose de Beatles, Radiohead e a presença de brasileiros como Caetano Veloso e Mutantes. Mas num geral, a coletânea é coerente e equilibrada, lembrando o trabalho de gente como o Einstürzende Neubaten e Missy Elliot, por exemplo.
Manifesto DEFINIÇÃO: Ocorre sempre que um grupo decide defender suas idéias (ou apresentá-las) através de um texto. Essas idéias podem tanto ser a fundamentação ideológica do grupo (Manifesto Mangue Bit, Manifesto Antropofágico), como a reivindicação pela legitimação do grupo (Manifesto Comunista, Manifesto Ufológico Brasileiro).
Carta DEFINIÇÃO: Gênero interlocutório que nas situações de vestibular costuma ser persuasivo. Ou seja, procura-se, através do “diálogo” com o interlocutor e por meio das marcas de interlocução, persuadir sobre um ponto de vista.
Tipos de Carta • Argumentativa: procura, por meio de argumentos, persuadir o interlocutor de um ponto de vista. Normalmente enviada a políticos • De leitor: escrevemos aos jornais e revistas porque concordamos, discordamos ou não nos satisfizemos com o que lemos. Essa carta visa divulgar as idéias do leitor sobre o veículo de informação. • Aberta: o objetivo dessa carta é tratar um assunto de interesse público com o responsável por recebê-la, de modo público, ou seja, a carta vai ser divulgada em meios de comunicação ou até na rua. Não se restringirá ao destinatário. • Pessoal: escreve-se para um amigo ou parente, utilizando de uma linguagem informal, porém, sem os excessos da coloquialidade.
Tipos de Carta • De reclamação/de solicitação: procura, por meio da rememoração de alguns fatos, reclamar direitos ou solicitar resoluções para problemas. O autor mostra o que está errado e reclama/solicita a solução. • Convite: se for pedida, será uma carta em que o autor direciona um convite a um leitor. Nesse caso, o texto deve ser convincente/persuasivo, já que os convites são como cartões de propaganda/visita do autor. • E-mail: utilizar-se-á a mesma estrutura da carta, porém, com algumas diferenças. Caso seja destinado a uma pessoa, terá a mesmíssima estrutura da carta, ou seja, local, data, vocativo e saudação inicial, introdução, desenvolvimento, conclusão e saudação final. NÃO SE DEVE ASSINAR TEXTO NENHUM, A MENOS QUE A UFG O COLOQUE NA SITUAÇÃO DE UM PERSONAGEM ESPECÍFICO.
Tipos de Carta Continuação: Entretanto, a UFG pode pedir que você escreva um e-mail direcionado a um fórum de discussão da internet, sobre um tema lá sugerido. Nesse caso, a estrutura do e-mail assemelhar-se-á à do artigo de opinião. Exemplo retirado do Clube do Hardware Tópico para a discussão do seguinte artigo publicado no Clube do Hardware:Como Remover a Mensagem “Esta Cópia do Windows não é Original”http://www.clubedohardware.com.br/artigos/1268Aqui está um pequeno trecho do artigo: "No final de junho de 2006 a Microsoft lançou uma atualização para o Windows chamada “Notificação das Vantagens do Windows Original” ou “Windows Genuine Advantage Notification” ou ainda WGA. Esta atualização faz com que apareça uma mensagem “Esta Cópi..."Comentários são bem-vindos.
Continuação... Se vocês são contra a pirataria de software, acho que não deviam divulgar este tipo de informação, pois facilita mais uma vez que quem usa software pirata burlem sistemas de segurança de empresas que os desenvolvem. Trabalho com informática, tenho este tipo de problema vindo de diversos clientes pelo fato de os mesmos instalarem o software pirata em seus computadores e por medida ética resolvemos não instalar este programa para burlar a mensagem, acho até legal vocês divulgarem a informação sobre como fazer, mas no fim acaba incitando as pessoas para este lado. Continuo gostando muito do site, acho que deu uma grande melhorada nos últimos tempos, um grande abraço a todos!
Segunda-feira • Leia atentamente o tema e a coletânea. Sublinhe nela o que considerar mais importante para posterior uso. • Produza o rascunho, observando seus pontos de vista e o vocabulário. Atente-se para a coerência e coesão textual. • Deixe o rascunho descansando e vá fazer as outras provas. Você terá uma boa média de minutos para cada questão e aproximadamente duas horas para a redação. • Volte ao seu rascunho, acrescente e corte o que tiver de fazer e passe a limpo. Dedique pelo menos 30 minutos para essa parte. • E me faça o favor de arrebentar nessa prova e passar no vestibular!!!! • gugaronio@gmail.com