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CONTRACULTURA E MOVIMENTO HIPPIE. INTRODUÇÃO. Os "hippies" eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70.
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INTRODUÇÃO Os "hippies" eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram ideias respeitadas recorrentemente por estas comunidades. Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduísmo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.
O Movimento Hippie Para ser um hippie você deveria acreditar na paz como a maneira resolver diferenças entre povos, ideologias e religiões. A maneira à paz é com o amor e a tolerância. Amar significa a aceitação de outra enquanto é, dar-lhe a liberdade para expressar-se e não os julgar baseados em aparências. Este é o núcleo da filosofia do hippie. Começaram a surgir então jovens rebeldes delinquentes, e desajustados, mas tinham um grande potencial criativo, e seus próprios ideais, o rock psicodélico, e as drogas, e as contradições dos antigos valores dados pela sociedade, marcaram esse período " mágico".
Estilo e comportamento O símbolo da paz foi desenvolvido na Inglaterra como logo para uma campanha pelo desarmamento nuclear, e foi adotado pelos hippies americanos que eram contra a guerra nos anos 60. Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
Características próprias dos hippies: • Roupas velhas e naturalmente rasgadas, para ir em oposição ao consumismo, ou então roupas com cores berrantes para fazer apologia a psicodelia, além de diversos outros estilos incomuns (tais como calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana). • Às vezes tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre como na famosa "HumanBe-In" de San Francisco, ou no Festival de Woodstock em 1969. Atualmente, há o chamado BurningMan Festival. • Amor livre e sem distinções. • Ideais anarquistas de comunidades igualitárias e total liberdade não violenta. • Rejeição à produtos de beleza, giletes de barbear, shampoos ou outros instrumentos artificiais. • Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo são deixados de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no mundo inteiro; vivem para a subsistência. • O incenso e meditação são parte integrante da cultura hippie pelo seu caráter simbólico e quase religiosos; • Uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe, e alucinógenos como o LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo), visando a "liberação da mente", seguindo as idéias dos beats e de Timothy Leary, um psicólogo proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. Porém muitos consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da maconha era exaltado também por sua natureza iconoclasta e ilícita, mais do que por seus efeitos psico-farmacêuticos; • Culto pelo prazer livre, seja ele físico, sexual ou intelectual. • Repúdio à ganância e à falsidade. • Fome intelectual insaciável. Raramente são adeptos à muitas inovações tecnologicas, preferindo uma vida distante de prazeres materiais. • Misticismo.
Contracultura Um movimento que tem seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e com ele novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumindo como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano.
Tropicália O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
Nas Artes plásticas 1967: Exposição “Nova Objetividade Brasileira” no MAM (Helio Oiticica) Superação do quadro Tomada de posição do artista Vontade construtivista geral Produções coletivas Participação do espectador
Na Música • 1968: Lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circenses (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Capinam e Torquato Neto, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Rogério Duprat)
Na Estética • Experimentação estética Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obáBat Macumba ê ê, Bat Macumba ohBat Macumba ê ê, Bat MacumbaBat Macumba ê ê, Bat MacumBat Macumba ê ê, BatmanBat Macumba ê ê, BatBat Macumba ê ê, BaBat Macumba ê êBat Macumba êBat MacumbaBat MacumBatmanBatBaBatBat MaBat MacumBat MacumbaBat Macumba êBat Macumba ê êBat Macumba ê ê, BaBat Macumba ê ê, BatBat Macumba ê ê, BatmanBat Macumba ê ê, Bat MacumBat Macumba ê ê, Bat MacumbaBat Macumba ê ê, Bat Macumba ohBat Macumba ê ê, Bat Macumba oba
No teatro agressão e o corpo marginalidade e indústria cultural experimentalismo e processo criativo transgressão da fronteira ator-público “erauma violência revolucionária, a violência que é legítima porque se opõe contra a violência do dia-a-dia. (...)[era uma peça] que fazia toda uma revolução, que negava o pensamento acadêmico, o pensamento idealista em relação ao teatro” Zé Celso Martinez Correa
No Cinema • Recusa do modelo de produção hollywoodiano e opção por um cinema descolonizado. • Duplo engajamento: arte com conteúdo político e revolução através da estética • O experimentalismo formal das vanguardas e o cinema autoral • Influência do neo realismo italiano, do cine verité e da nouvelle vague francesa