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CRISES ECONÓMICAS TIPOS DE CRISES

CRISES ECONÓMICAS O QUE É QUE ACONTECEU COM OUTROS PAÍSES E CRISES? QUE PERSPECTIVAS PARA PORTUGAL? .

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CRISES ECONÓMICAS TIPOS DE CRISES

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Presentation Transcript


  1. CRISES ECONÓMICASO QUE É QUE ACONTECEU COM OUTROS PAÍSES E CRISES?QUE PERSPECTIVAS PARA PORTUGAL? Tipos de CrisesCrise Mundial 1928-35: Grande DepressãoCrise Mundial 2007-8Crise Argentina de 2001Crise Asiática de 1999Crise Brasileira de 1998Crise Mundial 2008 Crise Espanhola de 2009-2010Crise Grega de 2010Crise Irlandesa 2010Crise Portuguesa 2010Aquecimento económico, endividamento, inflação e esterilização da dívidaEndividamento Português e noutros países da Europa Propostas para a resolução da crise económica portuguesaO Euro como colete de forçasO Papel dos capitais Alemães no interior do EuroCenários associados à declaração de falência das finanças públicas

  2. CRISES ECONÓMICASTIPOS DE CRISES • - Houve duas grandes crises (mega-crises) nos últimos cem anos: Crise 1928-35 e a Crise 2007-2008 • - Houve, por outro lados, centenas de crises envolvendo alguns países e zonas do globo; o que está a acontecer com Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, etc., é algo relativamente comum • - Natureza das Crises Económicas: - Mega-crises (1928, 2007)- Crises bancárias (actuais casos Irlandês e Espanhol)- Crises de endividamento (caso Português e Grego)- Crises cambiais- Crises monetárias/preços (inflação): anos 70 e 80 do século XX, por exemplo

  3. As bolhas financeiras e os mecanismos típicos de crises de base especulativa (caso da crise de 2007; não é o actual caso português) • - Oportunidades de lucro (bolsa, imobiliário…). Entradas, compras.- Euforia associada a altas nos preços e ganhos- Mania (Bolha): as mais-valias e os altos lucros provocam uma corrida desenfreada à compra- Desaceleração: os insiders e os cépticos começam a desconfiar e a retirar-se, e a concretizar os seus ganhos , vendendo.- Descrédito e queda: as cotações baixam, a corrida à venda acentua-se, a bolha rebenta

  4. Um exemplo de especulação por um hedgefund (associado a george soros) • - 1990, Libra Inglesa- A Libra tinha um valor fixo face Marco, no quadro das taxas cambiais do Sistema Monetário Europeu da altura.- A Inglaterra estava em recessão económica e com problemas na balança comercial- O valor da libra afigurava-se demasiado alto- Soros, secretamente, pediu um empréstimo de 15 Biliões de £- Converteu de seguida o valor do empréstimo em activos expressos em Marcos (uma moeda forte, na altura)- Começou a dar entrevistas financeiras sobre a fraqueza da Libra Inglesa, junto da imprensa económica (Financial Times, Economist…)- Outros investidores começaram a vender e a abandonar os seus activos em Libras, provocando um movimento de pânico- O governo inglês interveio, tentando defender a £, comprando: gastou cerca de 50 Biliões de £…- Mas a £ teve mesmo que se desvalorizar (15%...) e sair do SME, ao fim de 3 dias- Soros vendeu os activos em Marcos e pagou os empréstimos em Libras- Soros ganhou cerca de 1 Bilião de £ (1.100.000.000 Euros, 222,000.000 contos) em escassos dias.

  5. Comportamento dos mercados: o actual caso de portugal, grécia, irlanda e espanha • Os Mercados financeiros envolvem bancos e outros investidores (fundos de investimento, fundos de pensões, fundos soberanos…); os pequenos investidores portugueses e estrangeiros (famílias…) têm pouca expressão. • O Mercado interno português tem muito pouca importância: o Estado português não consegue financiar-se em grau significativo junto das famílias portuguesas através de Certificados de Aforro ou títulos semelhantes… • Os investidores compram títulos da dívida pública (títulos representativos dos empréstimos dos Estado), ou seja Obrigações. • Os Mercados (e as taxas de juro praticadas) são muito influenciados pelas agências de rating: empresas que avaliam o risco associado às Obrigações. • Esses mercados (de que são expressão os traders dos bancos, fundamentalmente constituídos por juniors saídos das universidades) compram e vendem de acordo com expectativas e factores especulativos. • As taxas de juro exigidas pelos investidores nos últimos leilões de venda de Obrigações portuguesas atingiram prémios de risco e taxas altíssimas (mais de 8%, no caso português, nas Obrigações a 10 anos);

  6. Grande depressão: 1928 e anos trinta • Foi uma crise fundamentalmente bolsista (bolha bolsista) e, sobretudo, a partir de 1930, uma crise bancária (associada à anterior especulação, àdesregulamentação da banca comercial e à política monetária errada do FED). • - Crise de super-produção? Não. É uma crise financeira/ especulativa e uma crise bancária.- A crise atingiu o auge com a corrida aos bancos (1930-31) e consequente falência de centenas de bancos comerciais. Problemas de liquidez e de falta de financiamento da economia determinaram quebras espectaculares no PIB: quase 30% - A forma como foi iniciada a recuperação (discurso de Roosevelt),mostra a importância do factor psicológico.Semelhanças com a actual crise portuguesa?Reduzidas. Há é semelhanças com a crise americana de 2008 a nível da desregulamentação bancária e especulação.

  7. A crise argentina de 2001-2002 • - Crise associada a fortes quebras das exportações por razões de política cambial (câmbio fixo face ao USD), e à quebra das exportações argentinas para a Europa e…- Associada também ao pânico dos investidores estrangeiros- Forte desvalorização do peso (70%)- Quebras de 17% no PIB. - Crise social dramática. Corrida aos bancos. Restrições nos levantamentos- Desvalorização do peso e esterilização da dívida externa: 70%. Recuperação espectacular - Semelhanças com a crise portuguesa?Algumas. A inserção da nossa economia no Euro tem efeitos semelhantes ao que se passou na Argentina. Só que nós, sem moeda própria, não podemos esterilizar a dívida, ao contrário dos argentinos.

  8. Crise asiática dos anos 90: malásia, tailândia, indonésia, coreia do sul… • - Mercados emergentes: boom da actividade económica e entrada maciça de capitais estrangeiros- Alguns problemas nas contas externas, associados ao sistema de câmbios administrativos, em contraste com a liberalização nas entradas e saídas de capitais.- As forças de mercado e os movimentos erráticos dos investidores internacionais a responder desproporcionadamente a desequilíbrios pontuais e a casos de corrupção e má gestão- Saída de capitais e pressões sobre as moedas- Perdas de capitais, desvalorização das moedas, quebras acentuadas da Produção )PIB)- Acusações aos especuladores internacionais- Semelhanças com a realidade portuguesa? Não...

  9. crise económica brasileira (1998) • - Depois dos equilíbrios (financeiros, preços) e de crescimento forte do PIB durante os anos 90, o inesperado: uma crise financeira.- O Brasil não tinha uma inflação significativa (ao contrário de décadas anteriores)- Abaixamentos ligeiros de actividade e do emprego- Contas públicas e dívida ligeiramente desequilibrados- Razões objectivas fortes para a crise: não existiram.- Razões verdadeiramente determinantes: psicológicas, desconfiança, pequenos desajustamentos, fuga dos investidores estrangeiros e especulação do capital internacional- Conclusão: não é preciso razões objectivas para existir uma grande crise económico-financeiraSemelhanças com a realidade portuguesa: Não existem. Apenas a possibilidade de também nós virmos a pagar juros muito mais elevados a nível da dívida externa, se a desconfiança dos mercados internacionais as agências de rating prognosticarem aumento de risco associado às Obrigações do Estado.

  10. Crise mundial/americana de 2007-8 • Causas:- desregulamentação bancária e financeira Norte-Americana, iniciada por Reagan- especulaçãoimobiliária, vinda dos anos 90- especulaçãofinanceira dos bancos de investimento (não abrange a banca comercial) e dos hedgefunds.- titularização das hipotecas (lixo tóxico, feita pelos bancos de investimento) e sua venda a milhões de agentes- Endividamento público e privado • Semelhanças e relações com a crise portuguesa:Impacto indirecto por via dos mercados mundiaisA nossa banca e sistema financeiro não imitou significativamente o modelo americano.Não houve contágio financeiro significativoTal como Portugal, os EUA vão ter dificuldade em sair da crise por razões associadas ao alto endividamento.

  11. A crise espanhola 2008-2010 - O bom aluno europeu em dificuldades inesperadas.- Crise e bolha imobiliária (associada a baixas taxas de juro e capitais alemães).- Crise do Sistema bancário (muitas Caixas regionais estão falidas, o que pode elevar a dívida espanhola para níveis da ordem dos 100% do PIB): há uma crise bancária que se pode assemelhar à Irlandesa- Crise monetária e na balança comercial, causada pelo Euro.Semelhanças com a crise portuguesa?- Algumas. No âmbito do Euro, alguns produtos espanhóis estão demasiado caros, de que resulta um grave défice comercial externo (a Espanha, tal como Portugal experimentou inflação mais alta que os alemães). - A entrada (nos anos 80 e 90 de capitais alemães, franceses, etc.) levaram à especulação e à bolha imobiliáriaImpossibilidade em esterilizar a dívida e ganhar competitividade no turismo e exportações, devido ao Euro.

  12. A crise grega de 2010 • - Crise de endividamento- Crise associada a despesa pública excessiva e descontrolada - Crise de endividamento do Estado e da sociedade.Semelhanças com Portugal:Fortes semelhançasDiferença de grau, apenas.Sem moeda própria, os gregos perdem margem de manobra: os seus produtos ficam caros nos mercados internacionais… • Os níveis de endividamento e a impossibilidade de esterilizar a dívida por via do «monstro inflacionista» ou da impossibilidade de emissão livre de moeda vai determinar o prolongamento da crise por muitos anos, a não ser que haja falência das finanças públicas e reestruturação da dívida.

  13. Crise irlandesa • Do Tigre Celta à falência • Uma crise bancária (a exemplo da Islândia) • Os capitais irlandeses, ingleses e alemães alimentaram uma bolha imobiliária e financeira enorme, por via dos bancos (irlandeses). • O alto endividamento das famílias levou ao não pagamento das hipotecas das casas compradas, e a entregá-las aos bancos • Os bancos irlandeses ficaram com as casas mas, sem receitas e capitais suficientes… • Para evitar a falência dos seus Bancos, o Estado Irlandês interveio, salvando os bancos mas elevando a dívida pública (que era baixa) para níveis da ordem dos 130% do PIB • Para pagar essa dívida, o Estado planeou medidas de austeridade dolorosíssimas sobre os contribuintes e funcionários públicos • É muito natural que no quadro das próximas eleições irlandesas, o novo governe renegue os actuais acordos, lançando uma grave crise sobre o Euro e os outros países endividados da Europa. • Algumas semelhanças com a situação Espanhola. Poucas semelhanças com a situação portuguesa.

  14. AQUECIMENTO ECONÓMICO, EXPANSÃO E AUMENTO DA DÍVIDA:anos 80-90 e princípios do século XXI • Sem controlo adequado das taxas de juro e da política monetária, há expansão mas pode acontecer endividamento excessivo… • Taxas de juro baixas Política monetária expansiva (não é o actual caso) Crédito ENDIVIDAMENTO CONSUMO Aumento da actividade económica Aumento do PIB Aumento do Emprego

  15. Endividamento, crise e recessão económica (cenário dos próximos anos para portugal) • Elevada dívida (Famílias, Estado, empresas) Consumo reduzido Investimento reduzido Actividade económica reduzida Baixo/negativo crescimento do PIB Aumento previsível Não há crescimento da do desemprego riqueza para distribuir

  16. INFLAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DA DÍVIDA (não vai acontecer em portugal…) • Taxas de inflação altas Taxas de aumentos salariais altas O Estado cobra mais dinheiro. As empresas • facturam maisTaxas de crescimento do PIB (nominal) alta (diminui o valor das dívidas em percentagem)Os devedores (Estado, assalariados e empresas) podem pagar mais facilmente as suas dívidas (esterilização)Os credores e detentores de poupanças são penalizados

  17. O euro: no centro da crise • Países como a Alemanha (sobretudo) têm tido taxas de inflação nulas ou muito baixas. • Países como Portugal ou Espanha têm tido taxas de inflação baixas mas mais altas que as Alemães. • A diferencial acumulado ao longo dos últimos 8 anos ultrapassa os 20%... • O que significa que os produtos e o turismo portugueses e espanhóis (e Grécia, e Itália, etc.) se tornaram demasiado caros nos mercados alemães e de outros países europeus. • Como o Euro se reforçou muito (por via da força económica alemã) nos mercados internacionais depois da sua introdução, isso levou também à perda de competitividade dos produtos portugueses e espanhóis (e outros países) nos mercados mundiais. • No Euro, sem moeda própria os portugueses, espanhóis e outros países não podem recorrer à desvalorização cambial para serem competitivos no turismo e nas exportações

  18. A alemanha: o outro lado da disciplina e eficácia • Os custos de produção, os salários e o Consumo dos alemães não cresceram nos últimos 10 anos ou mais (ao contrário do que aconteceu em Portugal, Espanha...) • Através da subcontratação barata na Polónia e noutros países do Leste, e por via de contenção no Consumo e salários, os alemães tornaram-se cada vez mais competitivos e exportadores. Acumularam grandes excedentes comerciais. • Os capitais alemães (sobretudo ligados a bancos) resultantes desses excedentes procuraram países como a Espanha ou a Irlanda (e bastante menos em Portugal), para realizarem investimentos, criando bolhas imobiliárias e especulativas. • Equivale à política do Beggar-My-Neighbor • Os bancos alemães (e as empresas) são os grandes credores e os principais beneficiários do Euro. A crise de endividamento que atinge os países do Sul (a própria Alemanha tem uma dívida pública acumulada próxima da portuguesa) foi em grande parte provocada pelos Alemães e pelo Euro. E os Alemães estão objectivamente interessados num Euro fraco, pelo que beneficiam da crise de endividamento do Sul da UE.

  19. Crise económica portuguesa I • - A actual crise portuguesa só em parte reflecte a crise mundial de 2008…- Tem a antecedê-la uma bolha imobiliária (ainda que relativamente pequena) e uma crise que vem desde a viragem do século.- Na base está o forte endividamento do Estado e da sociedade civil e também o Euro, a partir de 2002.- A adesão à União Europeia e, mais recentemente, o Euro permitiram uma inflação baixa mas também taxas de juro muito baixas (bem como a impossibilidade de desvalorização monetária). O que levou à bolha imobiliária e ao endividamento, bem como a um maior défice comercial e perda de competitividade da economia portuguesa. • A perda de competitividade deve-se ao diferencial positivo de inflação entre nós e a Alemanha e outros países, o que leva a que os nossos produtos e o nosso turismo fiquem mais caros para os estrangeiros…

  20. Crise económica portuguesa II • - Taxas de juro baixas (associadas à União Europeia e ao Euro, mais recentemente): favoreceram o endividamento das famílias portuguesas, a especulação imobiliária e o aquecimento económico. - Ausência do “monstro inflacionista”: não permite a esterilização da dívida pública e privada.- Ausência de mecanismos de ajustamento cambial: prejudica o sector exportador e o turismo e explica em parte a quebra do PIB e o aumento do desemprego.- Crise do Estado Social: As despesas com Educação, Saúde, Seg. Social dispararam e explicam grande parte do défice do OE: 60% do OESegurança Social: Só cerca de metade é que é financiado por Descontos para a Previdência. O resto tem origem fiscal. • - Gastos públicos descontrolados e desnecessários

  21. Dívida portuguesa e dívidas de vários países europeus Dívida 2010 (previsão): 84.6% of GDP Dívida 2007: 63.6% of GDP Défice 2010 (previsão): 8,4%Défice 2009: 9,3%

  22. Dívida pública da zona euro e evolução da dívida pública portuguesa

  23. A Crise portuguesa antecede a crise mundial de 2008, e envolveu uma bolha imobiliária e fortes quebras do crescimento do PIB, bem como do emprego

  24. Bolha imobiliária portuguesa

  25. PIB português 2009 (evolução real): -3.3% Desemprego 2010: 10.4%

  26. A crise económica portuguesa tem muto a ver com o euro • O Euro, os fundos comunitários e a adesão à EU envolveram ou favoreceram: • - Baixas taxas de juro e aquecimento da economia e endividamento- Perda de competitividade da economia portuguesa associada a diferenciais de inflação intra-europeus (mais de 20% no caso de Portugal face à Alemanha, desde a entrada em vigor do Euro);- Impossibilidade de crescimento económico por via da perda de competitividade das empresas e da impossibilidade de desvalorização monetária. • Conclusão e consequências:- Sem crescimento económico significativo não há aumento de receitas fiscais e o problema da dívida portuguesa não pode ser resolvido • - O Euro é, neste momento, o grande colete de forças da economia portuguesa.

  27. Crise portuguesa: crise de endivimento • A crise portuguesa é também em grande parte uma crise de dívida pública (e dívida privada). • Gastos excessivos do Estado e o endividamento das famílias e empresas, alimentaram o crescimento dos anos 90 e início do século XXI • Em parte isso associou-se ao Euro, a taxas de juro baixas, e a investimentos financeiros estrangeiros • Pagar as dívidas passadas é problemático: isso exige mais impostos, cortes nas despesas públicas, cortes no Consumo Privado, mas isso provoca quedas na Produção, no Emprego, nas receitas fiscais, e portanto novas dificuldades em pagar a dívida. • Daí que o mais provável seja mesmo a reestruturação da dívida, ou seja, a falência das finanças públicas portuguesas… com todas as consequências que daí derivam.

  28. Perspectivas próximas para a economia portuguesa: Sair do Euro? • - Uma vez que o Euro é um colete de forças, que impede o crescimento económico português e a resolução da crise, que fazer? • Sair do Euro? • - É mais fácil serem os alemães (e os holandeses e finlandeses a sair…), já que nesse caso não haveria fuga de capitais desses países para outros, e as novas moedas seriam fortes… • - Os economistas alertam para consequências calamitosas associadas à saída do Euro por parte de países como Portugal: isso seria a “mãe de todas as crises”, com fuga maciça de capitais e inflação fortíssima • - se saíssemos do Euro, haveria uma desvalorização acentuada da nova moeda e concomitante subida das taxas de juro e inflação (fala-se em subidas de preços acima 30% e 40%), para além de corridas aos bancos, falência do sistema financeiro, etc., etc.

  29. Perspectivas próximas para a economia portuguesa; 3 hipóteses • H1 – Continuar a pagar a dívida… sem abrir falência e sem saídas do Euro. Apertos e crise prolongada (10 anos?). Conflitos sociais. • H2 – Saída dos 3-4 países mais fortes da zona Euro, e forte desvalorização do Euro para os países que nele ficarem: inflação e restabelecimento da competitividade externa do turismo e da produção portuguesa e dos outros países endividados… • Hipótese 3 – Reestruturação da dívida Portuguesa, Irlandesa, Grega, Espanhola e eventualmente de outros países da Europa: declaração de falência parcial e não pagamento parcial da dívida pública.

  30. O que é que nos vai acontecer? furacão económico e social, bancarrota, falência das finanças públicas? • - Situação muito grave. • - A nossa situação não tem a ver apenas como factores como o endividamento do Estado. Tem muito a ver com o Euro, e com questões de confiança internacional e a dinâmica no interior da Europa, onde não existe uma política fiscal comum, ou mecanismos de solidariedade suficientemente fortes (não somos como os EUA, onde crises em Estados como a Califórnia ou a Flórida não provocam crises monetárias…) • - As soluções do actual governo (medidas de austeridade) mergulharão a economia e a sociedade portuguesa numa situação de crise permanente durante dez anos ou mais, mesmo num clima internacional favorável. • - O mais provável é mesmo a declaração de insolvência da Irlanda, da Grécia, da Espanha e de Portugal (e mesmo da Bélgica ou da Itália…), com reestruturação e perdão (forçado e parcial) da dívida por parte dos bancos e outros investidores envolvidos.

  31. Cenários futuros: declaração conjunta de falência das finanças públicas(portuguesa, espanhola, irlandesa, grega…) • É um cenário que está a ganhar cada vez mais força e que poderia ser decidido pela UE e implementado sem grandes sobressaltos e colapsos em poucos dias. • Parte dos bancos e investidores estrangeiros (sobretudo alemães…) teriam perdas da ordem dos 20-30%. • A intervenção do BCE e dos Fundos de Estabilidade da UE permitiriam controlar os movimentos de capitais, os cortes de crédito e outros movimentos especulativos e situações de aflição dos bancos • As perdas dos investidores seriam controladas (o impacto sobre os bancos alemães e outros seria relativamente limitado). • Os vários países endividados ganhariam espaço e força para crescerem economicamente, ultrapassando mais facilmente a crise. • Esta solução não resolve a questão da competitividade do turismo e das exportações dos países que estão endividados (e ligados ao Euro…) nem limpa totalmente a dívida pública (e muito menos a privada, que permaneceria).

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