1 / 35

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA. Questões nucleares e fundamentos Prof. Carlos Cunha 2013. BIBLIOGRAFIA. LIBANIO, J.B. ; MURAD, Elias. Introdução à teologia : perfil, enfoques e tarefas. 3.ed. São Paulo: Loyola, 2001. 372p.

dennis
Download Presentation

INTRODUÇÃO À TEOLOGIA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. INTRODUÇÃO À TEOLOGIA Questões nucleares e fundamentos Prof. Carlos Cunha 2013

  2. BIBLIOGRAFIA LIBANIO, J.B.; MURAD, Elias. Introdução à teologia: perfil, enfoques e tarefas. 3.ed. São Paulo: Loyola, 2001. 372p. BOFF, Clodovis. Teoria do método teológico. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1998. LAMBERT, Dominique. Ciências e teologia: figuras de um diálogo. São Paulo: Loyola, 2002.  HAIGHT, Roger. Dinâmica da teologia. São Paulo: Paulinas, 2004.  RAUSCH, Thomas (Org.). Introdução à teologia. São Paulo: Paulinas, 2004. McGRATH, E. Alister. Teologia: os fundamentos. São Paulo: Loyola, 2009. FISICHELLA, Rino. Introdução à teologia fundamental. São Paulo: Loyola, 2000. BARTH, Karl. Introdução à teologia evangélica. 7.ed.São Leopoldo: Sinodal, 2002. RIBEIRO, Súsie, MURAD, Afonso, GOMES, Paulo. A casa da teologia: introdução ecumênica à ciência da fé. São Paulo: Paulinas, São Leopoldo: Sinodal, 2010.

  3. Perguntas pelo saber • Perguntas de natureza filosófica – O que é? Por quê? Para quê? • Perguntas de natureza teológica – O que é teologia cristã? Por que estudá-la? Etc. • Perguntas pastorais – Como o estudo da teologia afeta a minha comunidade? Que palavra tem a teologia para o mundo? • Perguntas existenciais – Não basta ter fé? Como a teologia toca a minha vida?

  4. QUESTÕES NUCLEARES Etimologia Percurso histórico do termo Conceitos Considerações

  5. ETIMOLOGIA • O termo é composto de 2 termos gregos que lhe definem a natureza: QeoV (Theós) + logia (Logia) • A palavra “teologia” não aparece na Bíblia. O termo mais próximo é QeologoV, alguém que fala de Deus ou coisas divinas (Ap). • “Teologia” é um termo pré-cristão. Ele aparece pela 1ª vez em Platão (Rep.379a), depois em Aristóteles e Homero para designar a mais alta das 3 ciências teóricas, após a matemática e a física. • No estoicismo, a teologia torna-se uma disciplina filosófica e no pensamento cristão, com Clemente e Orígenes, o termo apropriado do léxico grego toma novos contornos.

  6. Percurso histórico do termo • No grego antigo, Q é hino de louvor aos deuses. A Q está ligada em suas raízes à oração e ao anúncio. • Em Platão, Qé estudo crítico-racional dos deuses da mitologia, com o objetivo de criar bons cidadãos. A Q é crítica (postura interrogativa), pedagógica (forma caráter, paidéia) e política (forma cidadão da polis). • Em Aristóteles, Q é o estudo do Ser mais excelente ou supremo. É o cume da filosofia. • Na era cristã, Q, na perspectiva da Escola de Alexandria, é o estudo de Deus para dentro (trindade) e estudo de Deus para fora (história da salvação). Com Abelardo, séc.XIII, Q passa a ser estudo científico.

  7. CONCLUSÃO • A Q carrega as marcas de suas fontes: 1) da fonte cristã veio-lhe o conteúdo: o Deus da fé e 2) da fonte grega, veio-lhe a forma: o estudo racional de Deus. • Do percurso histórico, podem-se retirar lições sobre a compreensão do termo. Q está relacionada com: • Oração e proclamação • Postura crítica e formativa • A F pergunta e a Q responde • Ortodoxia (para dentro) e ortopraxia (para fora)

  8. “Teologia” tem a ver com “logia”, com palavra, com saber, com ciência. Coloca-se Deus em discurso humano. Etimologicamente, significa um “discurso, um saber, uma palavra, uma ciência de ou sobre Deus”. Ou como sugere Clodovis Boff: “a partir de Deus”. Como colocar Deus em discurso humano? Tensões: • Imanência e transcendência – Como pode o humano, limitado, falar sobre o divino, eterno? • Qapofática e Q catafática – Não seria o silêncio diante do mistério melhor do que verbalizar o mistério?

  9. CONCEITOS • “Explicar o motivo da fé cristã, falar com toda coerência do Deus de quem as Escrituras dão testemunho, ou falar de todas as coisas referindo-as a Deus, essas fórmulas que só pretendem introduzir, e não são as únicas possíveis, apresentam o programa da teologia”. (LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário crítico de teologia) • Para Justo González, Q está relacionada as tarefas de: explicar a realidade; sistematizar a doutrina cristã; defender a fé; criticar a vida; proclamar a Igreja e contemplar Deus. (Introdução à teologia cristã) • “Q define-se como reflexão crítica, sistemática sobre a intelecção da fé”. “A Q trata de Deus, mas mediado pela fé, pela acolhida de sua palavra, que, por sua vez, nos vem comunicada pela revelação transmitida na tradição da Igreja – escrita, vivida, pregada, celebrada e testemunhada”. (Afonso Murad e J.B. Libanio)

  10. CONSIDERAÇÕES • A Q é uma construção paulatina do conhecimento humano acerca de Deus. É em função dessa necessidade de explicar o mundo, e de se explicar, que os seres humanos vêm sistematicamente empreendendo buscas teológicas. • Teologia é logía pensado não a partir do logos grego profano (palavra-pensamento), mas logía pensado a partir do dabar (hebraico), palavra em ação, dinâmica, criadora e libertadora. Exemplo: Sl 104. Talvez o receio em relação a teologia esteja ligado ao seu conceito embrionário, segundo o qual esteve relacionado a Platão e Aristóteles que definiam a teologia como o estudo das narrações mitológicas.

  11. A teologia não tem tido o reconhecimento que lhe é devido. Há muita ignorância e pré-conceitos sobre o fazer teológico Muitos pastores desprezam a teologia e sem preparo teológico condenam a sua igreja ao infantilismo e raquitismo espirituais. Com o pretexto para preservar o estado de alienação, pessoal e da comunidade, semeiam mentiras entre os cristãos. • Quão triste é um cristão que não entende a própria fé. Fé cega. Fé confusa que não tem convicções profundas. Veja Is 7.9 e I Pe 3.15 exemplos bíblicos de fé que busca entendimento, convicções. • É um risco para a teologia se perder nos meandros de uma multidão de detalhes e obscurecer a percepção do que é realmente essencial. Há o perigo na caminhada teológica de trocar a fé sincera pelo intelectualismo. A teologia pode se tornar um ídolo quando deixamos de utilizá-la como meio para compreender o divino e o humano e caímos na idolatria das ideias, dos conceitos e dos sistemas. As consequências desta idolatria são esterilidade, insensibilidade e indiferença.

  12. A teologia não é algo que cai do céu, mas o produto de uma reflexão permanente a partir de uma situação concreta, estabelecendo um ponto entre a informação bíblica e nossa situação. Por isso, parafraseando Antonio Machado: “fazemos teologia ao andar”. • O estudante de teologia precisa ter cautela ao emitir juízos. É necessário conhecimento bíblico-teológico e bom-senso aguçado para ensinar e exercer influência. • Não se deve submeter à teologia ao leito de Procusto do pensamento ideológico pós-moderno. Cabe ao teólogo romper com o sistema caído e propor os valores do Reino de Deus. A teologia é dinâmica e precisa ser pensada a partir da nossa realidade. Para isso, relevância temática[2] é fundamental. [2] Karl Barth chama de relevância temática o cristão que produz teologia de forma contextual. Bíblia debaixo de um braço e jornal debaixo do outro.

  13. FUNDAMENTOS I Teologia e ciência Fé e palavra Fé e experiência Fé e prática

  14. TEOLOGIA E CIÊNCIA • A Q é ciência na medida em que realiza a tríplice caracterização formal de toda ciência, que é a de ser crítica, sistemática e dinâmica. • Enquanto ciência humana, a Q tem uma racionalidade hermenêutica: ela procura compreender o sentido de fé à luz do “texto da vida”. • A Q não é uma ciência qualquer. A teologia é suigeneris porque sua base, a revelação, nas Escrituras ou na criação é completamente diferente dos objetos de estudo de outras ciências. • O ser humano só pode chegar ao conhecimento de Deus na medida em que este se faz conhecido a ele através da revelação. “Só Deus pode falar sobre Deus” (Karl Barth) – Tillich amplia esta ideia.

  15. TEOLOGIA E CIÊNCIA • A Q não é uma ciência autônoma. Ela recorre ao instrumental de outras ciências – antropologia, sociologia, história, psicologia, filosofia etc. – para desenvolver sua reflexão. Toda verdade é verdade de Deus. Nenhum conhecimento verdadeiro, em última análise, é realmente secular. • A Q como ciência interdisciplinar em diálogo constante com os outros campos do saber. A interdisciplinaridade é uma proposta plena diferente da ciência especializada (multidisciplinar e transdisciplinar). • O diálogo ciências-teologia encerra sempre um risco: ficar entre dois fogos: o racionalismo radical e o fideísmo; o concordismo e o discordismo. Como evitar esta tensão? • Compreensão ontológica e epistemológica da Q

  16. TEOLOGIA E CIÊNCIA Teologia como uma ciência diferenciada – Revelação “Afirmar que a teologia é uma ciência não equivale a colocá-la no mesmo plano das ciências empíricas ou experimentais, e sim evidenciar que, embora com seu caráter paradoxal – determinado pelo fato de dever ela estudar o ‘mistério da revelação de Deus’ –, ela constrói e emprega um instrumental científico que lhe permite alcançar resultados universalmente comunicáveis” Rino Fisichella • O objeto de estudo é o evento da revelação e a fé que nela depositam os cristãos

  17. TEOLOGIA E CIÊNCIA Sobre REVELAÇÃO • Processo pelo qual Deus desvenda para o ser humano a natureza e o mistério da vontade e dos propósitos eternos de dEle para o ser humano. • Conjunto de verdades reveladas – DOGMÁTICA E APOLOGÉTICA • Atividade de Deus na história da salvação, por meio de palavras e obras, culminando em Jesus (auto-revelação de Deus), quanto em sua atividade constante para que seu povo conheça e individualmente aceite essas realidades, a elas submetendo-se.

  18. TEOLOGIA E CIÊNCIA A questão do MÉTODO • Categoria “Espiral hermenêutica” – Karl Larenz (1903-1993) • Relação entre o sujeito (quem percebe) e o objeto (o que é percebido) onde ambos modificam um ao outro. • O sujeito modifica o objeto, pois lhe atribui significado, e o objeto modifica o sujeito, pois altera a subjetividade humana (elemento da fé) SUJEITO – significado – OBJETO OBJETO – subjetividade – SUJEITO

  19. Fontes teológicas: FÉ-PALAVRA • O princípio formal objetivo da teologia é a Revelação (Palavra de Deus). Fazer teologia é ver tudo à luz da Palavra. • A Doutrina da fé ou a Palavra de Deus se encontra concretamente na Sagrada Escritura, lida e tradicionada na e pela comunidade eclesial. • A Revelação detém sobre a razão um primado absoluto. O ser humano só pode acolher a Palavra no maravilhamento da contemplação e do amor, fonte secreta de toda palavra teológica. • O “ponto de partida” estritamente teórico (epistemológico) do discurso teológico só pode ser a fé positiva. Já seu ponto de partida prático (didático, expositivo, pastoral etc.) pode ser perfeitamente a realidade, a vida ou a práxis.

  20. Fontes teológicas: FÉ-PALAVRA • A teologia, como toda ciência, parte necessariamente de pressupostos ou de princípios, que ela explicita com toda a clareza. Contudo, os princípios não devem ser confundidos com preconceitos. Aqueles abrem a inteligência, esses a fecham. • O princípio determinante da teoria teológica não pode ser nem a experiência nem a prática, mas sim a Palavra (a de Deus, primeiro, a da fé da comunidade, em seguida – aqui há uma diferença com a tradição protestante). Pois tanto a experiência como a prática precisam ambas ser avaliadas à luz da Palavra revelada e por ela animadas.

  21. Fontes teológicas: FÉ-EXPERIÊNCIA • A palavra da fé é determinada pela experiência da fé. É pois desta que a teologia fontalmente se nutre. • O cristão simples é o tipo de todo fiel, que, crendo na simplicidade de seu coração, se torna discípulo do Espírito, que lhe faz conhecer o sentido da vida de maneira muito mais profunda que o poderia compreender o maior pensador, privado da fé. • A ciência teológica faz bem em não esquecer o sentido místico de sua raiz etimológica, para guardar sempre um fundamental perfil contemplativo e querigmático.

  22. Fontes teológicas: FÉ-EXPERIÊNCIA • No Oriente, a tradição teológica conservou uma ligação com a vida espiritual e com a liturgia. Já no Ocidente, a vertente mística tem dado lugar a um intelectualismo esterilizante. • A primeira posição do teólogo é de joelhos. Só uma “teologia genuflexa” obtém do Espírito o dom de uma mente iluminada. • Uma teologia viva e vivificadora passa pela experiência do Espírito vivificador.

  23. Fontes teológicas: FÉ-PRÁTICA • A prática, como por um “retorno dialético”, pode também iluminar a fé e contribuir, com seu potencial epistemológico próprio, para o conhecimento teológico. • A teologia, que tem na Revelação seu princípio determinante, encontra a fonte de seu conhecimento não só nas palavras da fé mas também, e enquanto iluminada por elas, na prática da fé, que atualiza e encarna a Palavra hoje. • A vida de fé das pessoas e comunidades mostra aspectos do mistério de Deus a que o teólogo não deve de modo algum ficar desatento na construção de sua teologia.

  24. Fontes teológicas: FÉ-PRÁTICA • O “primado da prática” se justifica apenas na ordem de prática da fé (caridade), não na da teoria da fé (teologia). • Para que seja rico e fecundo, o confronto entre fé e prática deve, para o teólogo, se dar na vida real antes que na teoria teológica. Isso implica, como condição necessária que o teólogo tenha uma vinculação real com a vida concreta da comunidade eclesial. • A luz própria da prática para a teologia consiste que ela, por uma lado, provoca o conhecimento teológico e, por outro, o verifica. Em outras palavras: interroga e reconhece a verdade teológica.

  25. FUNDAMENTOS II Processos Articulações

  26. PROCESSOS • Entre os testemunhos que o teólogo deve ouvir há os “primários” (Sagradas Escrituras); os “secundários” (Tradição); os “terciários” (testemunhos eclesiais – credos, liturgias, magistério, Pais, doutores e teólogos; e por fim, há os “alheios”, que podem ser apropriados pela teologia (religiões, filosofias, ideologias, ciências, história e sinais dos tempos). • A escuta da “positividade” da fé é sempre ativa. Compreende uma heurística (busca dos textos corretos e autênticos); uma hermenêutica (interpretação adequada dos textos); e uma crítica (apreciação justa dos mesmos textos).

  27. PROCESSOS • Importa distinguir a verdadeira tradição, que é um processo vivo, dinâmico e criativo, do tradicionalismo, que entende coisificar e mumificar a tradição, o que só pode fazer matando-a. • A tradição é decisiva para conferir a uma pessoa ou comunidade uma identidade histórica, um enraizamento vital, uma âncora existencial. Sem tradição, as pessoas ou comunidades tornam-se vítimas das mudanças, do desorientamento geral e soçobram no niilismo. • As funções principais da tradição na Igreja são: construir o texto bíblico, conservá-lo passando-o adiante e atualizá-lo criativamente através de novas releituras, segundo os tempos.

  28. PROCESSOS • Distinção entre: Tradição apostólica, que é fundadora dos textos do NT e é condição formal para que esses explicitem todo o seu sentido. • Tradição eclesial, que prolonga dinamicamente a primeira, a atualiza e ao mesmo tempo cria novas tradições, que concretizam, nas diferentes culturas e épocas, as exigências da tradição apostólica. • “Dogma”, no sentido estrito, é uma verdade revelada, vinculante e declarada formalmente pelo magistério pastoral. Em sentido amplo, indica qualquer verdade de fé. • Distinção entre substância visada e a formulação cultural.

  29. PROCESSOS • A importância da teologia do laicato – a vida é uma realidade rica de múltiplas dimensões, que vão desde a nossa vida interior até à vida planetária. A teologia não pode excluir nenhuma dessas dimensões. • A questão da linguagem - Há duas espécies de analogia: a conceitual e a metafórica. A primeira é abstrata e a segunda concreta. A conceitual, embora fale de atributos próprios de Deus, é também e sempre inadequada em relação ao modo de atribuir a Deus aqueles atributos. • É preciso articular os dois tipos de linguagem: a conceitual, que tem um particular poder científico (crítico e provante); e a simbólica, que tem de próprio comover o coração, promover a conversão e mover à ação.

  30. ARTICULAÇÕES • Na relação interdisciplinar, a Teologia é considerada a ciência soberana. Sua excelência provém do fato de que considera a Realidade absoluta que é Deus, objeto máximo do pensar humano. • A Teologia está aberta às demais ciências, pois precisa delas para se construir como discurso concreto. • Todas as ciências são consideradas pela Teologia como mediações que ajudam a compreender mais plenamente as realidades da fé. • A Teologia serve-se dos recursos das ciências, respeitando sempre sua autonomia específica e, ao mesmo tempo, criticando as pretensões pseudofilosóficas ou pseudoteológicas da chamada “razão moderna”.

  31. ARTICULAÇÕES • A Teologia recebe dos outros campos do saber uma válida contribuição crítica: eles ajudam a purificar, aprofundar e provocar a razão teológica. • Enquanto resposta humana à proposta divina, a fé pressupõe sempre uma filosofia, como postura existencial de buscar o sentido radical à vida. Nesse sentido, a filosofia é intrínseca à fé e tem um lugar estrutural na teologia. • A função geral da Filosofia na Teologia é refletir o fundo ontológico dos conceitos teológicos.

  32. ARTICULAÇÕES • A Filosofia, enquanto atitude, serve à Teologia: • Como parceira exigente do diálogo cultural; • Para adquirir a arte de pensar; • Para elaborar criticamente o fundo filosófico implicado nas questões da teologia. • As ciências interessam grandemente à teologia hoje à título de mediação cultural (ex. TdL)

  33. ARTICULAÇÕES • A Teologia é necessária: • Para a Igreja em seu conjunto, a fim de se desincumbir a contento de sua missão evangelizadora frente às exigências da racionalidade moderna e pós-moderna; • Para alguns cristãos individualmente, que encontram aí sua vocação de serviço e também sua auto-realização; • Para a sociedade de forma absoluta (lidar com “questões eternas”); para a sociedade pós-moderna (discernimento) e para a sociedades periféricas (tematizar a libertação).

  34. ARTICULAÇÕES • O Pluralismo teológico tem duas bases de legitimidade: • A transcendência da fé, de que teologia alguma, por ser humana, consegue dar totalmente conta. Daí a necessidade de várias teologias para enriquecer com novas perspectivas o mistério “sempre maior”; • O contexto cultural limitado em que toda teologia opera e pelo qual sempre é condicionada. • A própria Bíblia é um exemplo de pluralismo teológico. Nela se encontram distintas visões da mesma verdade. O exemplo maior é o Evangelho de Cristo, que é teologizado “segundo” quatro “cristologias” diferentes.

  35. ARTICULAÇÕES • O pluralismo teológico é legítimo frente aos grandes territórios socioculturais, os sinais dos tempos e os problemas novos. • A fórmula do pluralismo teológico é: uma fé – muitas teologias. Portanto: unidade de fé na pluralidade teológica. E vice-versa: pluralidade teológica na unidade da fé. • O pluralismo teológico pede algumas virtudes: • Humildade em reconhecer a limitação da teologia. • Liberdade e coragem para avançar novos pontos de vista. • Cuidado em salvaguardar a essência da fé (ortodoxia) e a comunhão eclesial (caridade). • Generosidade em julgar a teologia dos outros.

More Related