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Gabriel F. Neves Karen M. Bobato Valéria A. Santos Yvelise Truppel Caroline L. de Almeida Torres Bruno Ratusznei Viviane Atet. Trombose Venosa Profunda & Tromboembolismo Pulmonar. TVP. Obstrução do segmento venoso profundo por trombo. Pode afetar MMII e MMSS.
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Gabriel F. Neves Karen M. Bobato Valéria A. Santos YveliseTruppel Caroline L. de Almeida Torres Bruno Ratusznei Viviane Atet Trombose Venosa Profunda & Tromboembolismo Pulmonar
TVP Obstrução do segmento venoso profundo por trombo. Pode afetar MMII e MMSS. Mais comum nos folhetos da válvulas venosas. Originado por alterações hematológicas e vasculares.
TVP Fisiopatologia: Tríade de Virchow. Os trombos são ricos em hemácias, fibrina e pobres em plaquetas. Mecanismos: Ativação da cascata da coagulação Ativação plaquetária.
TVP • Quadro clínico • MMSS – dor no braço e antebraço. • MMII - dor na musculatura posterior da perna, na coxa ou na região inguinal. • Dor que piora ao esforço. • Melhora com a elevação do membro e com uso de AINE. • Edema.
TVP • Diagnóstico : • Anamnese – hx de cirurgia, prolongados períodos de repouso, paciente acamado. • Idade, tabagismo, sexo feminino, gravidez, obesidade, uso de terapia estrogênica, varizes de MMII, hx de ICC... • Exame físico • Edema, geralmente assimétrico. • Empastamento da panturrilha. • Sinal de Homan. • Sinal de Lowenberg. • Avaliação de pulsos distais. • Flegmasia alba dolens - palidez e edema do membro. • Flegmasia cerulea dolens - cianose, petéquias, diminuição de pulsos e síndrome compartimental.
TVP – Quadro clínico e Dx Exames de imagem: Dúplex scan, flebografia ascendente (padrão-ouro), ecografria-doppler. Exames laboratorias: Dímero-D, fragmento da protrombina 1+2, fibrinopeptídeo A e o complexo trombina-antitrombina. Trombo venoso em veia poplítea – Eco Doppler
TVP Diagnóstico diferencial: • Distensão muscular ou trauma fechado; • Rotura muscular com hematoma subfascial; • Hematoma ou hemorragia espontânea; • Rotura de cisto sinovial; • Artrite, miosite ou sinovite; • Celulite ou linfangite; • Flebites; • Insuficiência; • Gestação ou dor secundária ao uso de hormônios femininos; • Linfedema; • Lipedema; • Insuficiência venosa crônica; • Compressão venosa extrínseca; • Edema sistêmico; • Edema postural; • Fístula artério-venosa.
TVP - Complicações Síndrome pós-trombótica. Ulcerações de MMII. Edema duro com cacifo. Infecção. TEP e AVC.
TVP - Profilaxia Profilaxia: Não farmacológica: Meias elásticas. Compressão pneumática intermitente. Filtro de veia cava inferior.
TVP - Profilaxia • Profilaxia: • Farmacológica: • Heparina não fracionada - HNF (Liquemine®, Heparina®) • Heparina de baixo peso molecular (Nadroparine – Fraxiparine®, Enoxiparina – Clexane®) • Dextran 40®
TVP - Tratamento • Tratamento: • Objetivo principal é a prevenção das complicações agudas e das seqüelas tardias • A precocidade e eficácia da terapêutica são fundamentais. • A complicação aguda mais temível e freqüente da TVP é a embolia pulmonar e o AVC. • A dor trata-se com analgésicos comuns e elevação do membro • Complicação tardia da TVP é a síndrome pós-trombótica.
TVP - Tratamento • Anticoagulantes • Tratamento precoce é importante para evitar seqüelas e complicações. • Heparina: liga-se a antitrombina III produzindo uma mudança conformacional; de lento a rápido inibidor da fibrina. Primeira droga a ser usada. • Anticoagulantes orais: inibem o ciclo da vitamina K. • Fibrinolíticos.
TVP - Tratamento • Tratamento cirúrgico: • A desobstrução precoce dos vasos e a manutenção do fluxo são os objetivos principais da trombectomia venosa. • Em pacientes em que a trombectomia não é possível pode-se estabelecer uma derivação veno-venosa cruzada pela região pré-púbica com a veia safena contra-lateral ou com prótese de politetrafluoroetileno expandido (PTFE). • Estenoses venosas residuais podem ser tratadas por endoluminal com angioplastias e colocação de stents. • Nos pacientes com contra-indicação para anticoagulação ou, naqueles que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos com alto risco para embolia pulmonar indica-se a interrupção da veia cava inferior com um filtro intraluminal.
TEP • O TEP é definido como a obstrução da artéria pulmonar ou de seus ramos por êmbolo, seja trombótico, gorduroso ou gasoso. • Pode ser agudo ou crônico. • Agudo – Início súbito e intenso dos sintomas. • Crônico – Dispnéia de progressão lenta, ao longo de anos. • Hipertensão pulmonar. • Relativamente comum e potencialmente ameaçador à vida.
TEP – Quadro Clínico e Dx • O Dx de TEP é clínico, embora exames de imagem sejam com freqüência úteis na abordagem. • Sintomas variados e inespecíficos. • Extensa lista de diagnósticos diferenciais. • Apresentação clínica do paciente com suspeita de TEP: • Dispnéia (73%). • Dor pleurítica (44%). • Tosse (34%). • Sinais de TVP de MMII (47%). • Febre (38%). • Etc...
TEP – Quadro Clínico e Dx • Abordagem inicial – paciente grave. • Anamnese. • Hx de longos períodos sentado, cirurgia de longa duração. • Outros fatores de risco. • Tríade de Virchow – lesão vascular, estado de hipercoagulabilidade e estase. • Possibilidade de TVP. • Pressão arterial. • PAsis <90mmHg indica TEP maciço. • TEP submaciço. • SaO2. • FR, FC. • Nível de consciência. • Exame físico. • Tórax – Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta. • MMII.
TEP – Quadro clínico e Dx • Diagnósticos diferenciais • Pneumonia/pneumonite. • Bactérias/vírus. • HMG. • Pneumotórax, hemotórax, quilotórax, derrame pleural, empiema... • Rx Tx PA P • Atelectasias – corpo estranho, broncopneumonia, etc.. • Rx Tx PA P • Dispnéia cardiogênica. • Hipertensão pulnonar. • Asma e DPOC descompensados. • Outros embolismos – gorduroso, gasoso.
TEP – Quadro clínico e Dx • Semiologia por Imagem. • Rx Tórax PA e P. • Baixíssima especificidade e sensibilidade. • Aprox. 70% dos Rx sem alterações. • Pesquisa de Dx diferencial. • TCAR (helicoidal/multislice). • Rápido e geralmente disponível. • Com contraste. • Pacientes com alergia a iodo RM. • Demonstração direta do trombo na luz vascular. • Especificidade (93-97%) e sensibilidade elevadas (97-100%).
TEP – Quadro clínico e Dx Sinais radiográficos (TCAR): Presença do trombo na luz do vaso, geralmente em ângulo agudo com a parede. Interrupção da contrastação. Aumento do calibre vascular à montante. Sinais de infarto pulmonar. Aumento da radiotransparência do parênquima. Derrame pleural (60%). Exclusão de diagnósticos diferenciais.
TEP - Tratamento • Objetivos • Evitar colapso respiratório/estabilizar o paciente. • Evitar a formação e migração de novos rombos • Dissolver e/ou remover os trombos. • Suporte respiratório – Paciente grave - UTI • Máscara de O2 a 100%. • Ventilação mecânica com sedação. • Suporte hemodinâmico • Drogas inotrópicas (dobutamina, noradrenalina, etc).
TEP - Tratamento • Anticoagulantes heparínicos • Evitam a formação de novos trombos. • Têm pouca eficácia em reverter o dano pulmonar. • Heparina, cumarina, enoxaparina (Clexane®). • Antagonistas da vitamina K • Efeito anticoagulante – afeta a cascata de coagulação. • Janela terapêutica restrita. • Pouca eficácia, pouco uso.
TEP - Tratamento • Fibrinolíticos (Trombolíticos) • Agem quebrando as tramas de fibrina, dissolvendo o trombo. • São mais efetivos na terapia do TEP. • Composições • Estreptoquinase – enzima fibrinolítica derivada de Streptococcus sp. do grupo A beta-hemolítico. • Fator ativador de plasminogênio e uroquinase. • Tromboembolectomia • Procedimento invasivo. • Discutido na literatura. • Restrito a casos mais graves.
Referências • Szejnfeld, J; Abdala, N. Diagnóstico por Imagem – guias de medicina ambulatorial e hospitalar da UNIFESP-EPM. Editora Manole, São paulo, 2008. • Lopes, AC. Tratado de Clínica Médica. Editora Roca, São Paulo, 2009. • Mobin-Uddin, K, Smith, PE, Martinez, LD, et al. A vena cava filter for theprevention of pulmonaryembolism. SurgForum 1967; 18:209. • Bloomfield, P, Boon, NA, DeBono, DP. Indications for pulmonary embolectomy. Lancet 1988; 2:329