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CSO 001 – “ Introdução à Sociologia ”

CSO 001 – “ Introdução à Sociologia ”. Aula 6 – 10/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com. As Regras do Método Sociológico. Sociólogos haviam se preocupado pouco com a questão do método em sociologia .

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CSO 001 – “ Introdução à Sociologia ”

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  1. CSO 001 – “Introdução à Sociologia” Aula 6 – 10/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com

  2. As Regras do MétodoSociológico • Sociólogoshaviam se preocupadopouco com a questão do métodoemsociologia. • Haviachegado a hora de essaciênciaelaborarmétodomaisdefinitivo e adaptado à natureza particular dos fenômenossociais. • NasRegras do MétodoSociológico Durkheim sistematiza, define e aprofundainstrumentos da análisesociológica, quaissejam: 1) objeto de estudo; 2)observação; 3) classificação; 4) explicação dos fenômenossociais.

  3. Prevenções • Durkheim deixaclaro logo de inícioque a sociologia, do modocomoele a concebe, poderia e deveriadesconcertarosmaisdesavisados, aquelesqueesperamdelaconclusõesfáceis, simples, adequadasaosensocomum. (P.e., necessidade do crime, da dor, conservador). • “Quetenhasemprepresente no espíritoquesuasmaneiras de pensarmaiscostumeirassão antes contrárias do quefavoráveisaoestudocientífico dos fenômenossociais”. – P. XXI.

  4. Uma empreitadaracionalista • Desejaesteder à sociedade o racionalismocientífico, quepressupõe a explicaçãoracional das condutashumanas do passado, do presente e, logo, do futuro. • Fatosinteligíveispodemserapreendidospelaciência, sejameles da naturezaouhumanos. • Háumafénaracionalidadequepermeiatoda a obra de Durkheim, isto é, no poderexplicativo da razão, vínculoclaro com o positivismo.

  5. Temos total clarezasobretudo? • Sabemosporqueagimos de umamaneiraounão? • Conseguimosnoscontrolaremqualquerambiente? • Agimos de forma distintaquandoestamos a sósouacompanhados? • Sabemosexatamente o que se passanasoutrasconsciências? • Sabemos de fato o que é o Estado, o direito etc.? • Como chegamos a esse saber?

  6. Indivíduo e Sociedade • Elementosque se combinamnafísica, naquímica, formamcorposdistintos. Porquenasociedadenão se passaria o mesmo? • Sociedade é síntesesui generis quepossuiindivíduosna base, porém distingue-se qualitativamentedaquelesque a formam. • Fenômenossociais, porisso, sãoexterioresàsconsciênciassociais. Psicologiapossuisubstratodistintoao da sociologia. • Representaçõesindividuais X Representaçõescoletivas.

  7. Fato social • “’É fato social todamaneira de fazer, fixadaounão, suscetível de exercersobre o indivíduoumacoerção exterior; ouainda, todamaneira de fazerque é geralnaextensão de umasociedade dada e, aomesmo tempo, possuiumaexistênciaprópria, independente de suasmanifestaçõesindividuais”. P. 13.

  8. Características dos fatossociais • 1) Elessãoexteriores, isto é, comportamento social nãoprocede do próprioindivíduo, mas de algo exterior a ele: a sociedade. (deveres de irmão, de esposo, cidadão, crenças, práticasreligiosas, profissão etc.). Existemforada consciência individual. • 2) Fatossociaissãocoercitivos, ouseja, sãoimpostospelasociedadeaoindivíduo.

  9. Natureza da Coerção Social • Podemosaceitarregrassociais de bomgrado, atémesmotorná-lasnaturais, o quenão impede de, aonosrebelarmos, sentir a pressão social sobrenós. • “Nãosomenteessestipos de condutaou de pensamentosãoexterioresaoindivíduo, comosãodotados de um poderimperativo e coercitivoemvirtude do qual se lheimpõe, querelequeiraquernão”.

  10. Pressupostoepistemológico • A sociedadequeexplica o indivíduo. • Fatossociaissendoprodutos da sociedadetornam-se exteriores e coercitivos. • Tarefa da sociologia, dentrodessaacepção, é explicar a ação das estruturassociaissobre o comportamento dos agentes. • “A sociologiapodeentãoserdefinidacomo a ciência das instituições, de suagênese e de seufuncionamento”. P. XXX.

  11. Fato social comocoisa • A primeiraregra e a mais fundamental é a de considerarosfatossociaiscomocoisas”. P. 15. • “É coisatodoobjeto do conhecimentoquenão é naturalmentepenetrável à inteligência, tudoaquiloque de quenãopodemosfazerumanoçãoadequadapor um simples procedimento de análise mental, tudo o que o espíritonãopodechegar a compreender a menosquesaia de simesmo, pormeio de observações e experimentações, passandoprogressivamente dos caracteresmaisexteriores e maisimediatamenteacessíveisaosmenosvisíveis e maisprofundos”. P. XVII.

  12. Positivismodurkheimiano • Tal regraderiva do fato de quesociologiadeveadotarmesmosmétodos e procedimentos de pesquisa das ciênciasnaturais. • Objeto de estudodeveserolhado com o mesmoespírito de exterioridade com o qualpesquisadores de ciênciasexatascompreendemseusfenômenos. (afastar o “deverser” da arena sociológica).

  13. Regra do Método • “Devemos, portanto, considerarosfenômenossociaisemsimesmos, desligados dos sujeitosconscientesque, eventualmente, possamter as suasrepresentações; é precisoestudá-los de fora, comocoisasexteriores, porquanto é nestaqualidadequeeles se nosapresentam”.

  14. Trêsprocedimentosmetodológicos • Descartarsistematicamente as pré-noções. • Definirosfenômenos a seremestudados. • Tomarosfenômenosafastados de suasmanifestaçõesindividuais.

  15. Afastamento das noçõesprévias • Consisteemsistematicamentedeixar de ladorepresentações, idéias, conceitos, palavras etc. provenientes do sensocomum. • Experiênciaconfusa e desorganizada é de poucavaliapara o conhecimentocientífico. • Sentimento é objeto de ciência, não o critério de verdadecientífica.

  16. Definição do grupo de objetos. • Primeiropasso: Devemostomarpropriedades do real, exteriores dos fenômenosquepossuamcaracterespertinentesparaentãoagrupá-los. • “Jamaistomarporobjeto de pesquisassenão um grupo de fenômenospreviamentedefinidosporcertoscaracteresexterioresquelhessãocomuns, e compreendernamesmapesquisatodososquecorrespondem a essadefinição”. P. 36. (P. e., crime e pena).

  17. Definição exemplar: o suicídio • “Todo caso de morte provocado direta ou indiretamente por um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima e que ela sabia que devia provocar esse resultado”. • Exemplos de equívocos de Spencer (monogamia mal compreendida) e de Garofalo (crime dentro de conceituação de moral idiossincrática).

  18. Isolarparaaprofundar • Isolamento dos fenômenosem um grupoespecífico serve como um passopara se aprofundarmaistardena “essência” da realidadepesquisada, àspropriedadesfundamentais. • Ciência parte da sensação, assimcomo o sensocomum, porém “é somentealém dele, namaneirapelaqualessamatériacomum é elaborada, que as divergênciascomeçam”.

  19. Princípio da medição • Como “medir”osfatossociais? Elesdevemexistir de forma separada dos fatosindividuaisqueosmanifestam. • Não é o fluxointerminável da sociedadequeinteressaaosociólogo, mas sim as cristalizaçõessociais, quepodemserapreendidascomoobjetos. • “Como essasformasexistem de maneirapermanente, comoelasnãomudam, com as diversasaplicaçõesquedelassãofeitas, elasconstituem um objetofixo, um padrãoconstantequeestásempreaoalcance do observador e quenãodámargemàsimpressõessubjetivas e àsobservaçõespessoais”. P. 46.

  20. Classificação dos fatossociais • Normais: encontradonamédia das sociedades, gerais, ligadosàs “boas” condições da vidacoletiva. • Patológico: estado de “doença”, raridade, queapresentadificuldades de sobreviveraolongo da história de determinadacomunidade. • Crime era consideradopor Durkheim como “normal”.

  21. Explicação dos fatossociais • Tarefa da sociologia é, além de descrever e classificar, explicarosfatossociais. • Não é a utilidade dele e o papelquedesempenhamque“explicam”osfatossociais. • Explicação causal (histórica). • Explicaçãofuncional (necessidadesgerais do organismo social).

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