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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO. AULA - 2. EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E ESTADO. O processo de educação é fruto da sociedade em que está mergulhado. Cada sociedade desenvolve para si um modelo específico de educação que atende e corresponde as expectativas culturais de maneira mais ou menos clara.

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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

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Presentation Transcript


  1. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO AULA - 2

  2. EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E ESTADO • O processo de educação é fruto da sociedade em que está mergulhado. Cada sociedade desenvolve para si um modelo específico de educação que atende e corresponde as expectativas culturais de maneira mais ou menos clara.

  3. EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E ESTADO • A escola espelha o rosto do Estado que lhe criou; lhe servindo e se colocando de modo a propagandear o seu ideário. Não há educação pública ou privada que não esteja de alguma maneira presa ao seu Estado, mesmo existindo como contestação ela estará presa a uma lógica específica.

  4. EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E ESTADO • Segundo, Luckesi (1990), as têndendicas pedagógicas, presentes hoje no Brasil, derivam de uma caracterização geral das tendências liberal eprogressista podendo ser observadas na prática docente;

  5. Liberalismo • Segundo o autor (LUCKESI, 1995) o termo liberal, não pode ser confundido como uma tendência democrática, avançada ou aberta, pois nasce para justificar a sociedade capitalista.

  6. Liberalismo • As tendências liberais estão no Brasil há pelo menos cinquenta anos e se fazem presente nas práticas escolares e no ideário de muitos docentes, mesmo sem que estes se dêem conta.

  7. Liberalismo E EDUCAÇÃO: • A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem a tarefa de preparar o indivíduo para desempenhar funções sociais, de acordo com as suas aptidões pessoais. • Nesse caso o indivíduo necessita de adaptar-se aos valores e as normas vigentes na sociedade de classes por meio do desenvolvimento da cultura de classe.

  8. LIBERALISMO E EDUCAÇÃO • Dentro da tendência liberalista surgiram alguns ramos que ao longo dos anos se suscederam e se complementaram, porém mantendo a sua proposta inicial; • As pricipais correntes foram a escola tradicionalista (empirismo e historicismo), escola nova e tecnicismo.

  9. ATIVIDADE • Por meio dos seus conhecimentos, apontem qual o papel do Estado brasileiro em relação a educação. • Quanto as políticas regionais como classificariam o sistema educacional paulista?

  10. Escola tradicionalista: Empirismo e Historicismo • Pedagogia provinda do Iluminismo, surgida a partir da ascensão da burguesia e dos Estados nacionais no território europeu (séc. XVI e XIX);

  11. Escola tradicionalista: Empirismo e Historicismo • Os valores principais dessa abordagem centravam-se no desenvolvimento intelectual do indivíduo, baseado no desenvolvimento histórico do homem, além do raciocínio científico e empírico;

  12. Escola tradicionalista: Empirismo e Historicismo • Esse tipo de abordagem é formado por duas linhas divergentes, mas que historicamente se evocavam e se completavam (ARAÚJO, 2011).

  13. Empirismo e historicismo • “Se o empirismo valoriza a ciência como meio e fim educativo, reportando a educação à instrução e esta para a formação da mente interpretada no sentido cognitivo e epistemológico, o historicismo fixa o valor da história como habitat da formação, como centro da cultura, mas também como modelo de formação, que implica a construção da personalidade enquanto entremeada de cultura e caracterizada pelo pensamento como atividade crítica (CAMBI, 1999p. 315-6).”

  14. Empirismo e historicismo • O papel da escola nesta tendência pedagógica se restringe em preparar o educando para exercer ou ocupar um papel na sociedade. A ênfase é dada para o enculcamento no indivíduo da cultura e seus valores intrínsecos.

  15. Empirismo e historicismo • Os conteúdos, assim como os valores sociais acumulados pela sociedade são passados aos educandos como verdades.

  16. Empirismo e historicismo • O conteúdo das matérias são controlados pela legislação e visam preparar os alunos para a vida em sociedade, porém, não há conexão desse conteúdo e a vida do educando, valendo apenas por seu lado intelectual.

  17. Empirismo e historicismo • O método principal de ensino é a exposição verbal de ideias em que o poder se fixa na fala e na figura do professor;

  18. Empirismo e historicismo • Por ter o poder coercitivo o professor decide o que é melhor para o aluno, exigindo deste uma atitude receptiva e submissa.

  19. Empirismo e historicismo • O pressuposto básico é o de repassar ao indivíduo o conhecimento acumulado pela sociedade.

  20. Atividade • Com base no que foi apresentado, tracem uma avaliação do tradicionalismo, apontando quais os benefícios e os malefícios para a educação dos dias atuais.

  21. A ESCOLA NOVA • Surgida na Inglaterra no final do século XIX, a Escola Nova propunha que não há uma essência humana desde o nascimento, mas sim construída durante toda a sua existência (CAMBI, 1999). Assim, a aprendizagem deveria seguir o ritmo da vida, variando de indivíduo para indivíduo.

  22. A ESCOLA NOVA • Ganhou muito espaço na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, foi impulsionada pela ação de Ruy Barbosa e do Manisfesto dos Pioneiros da Escola Nova, proposto por intelectuais como Lourenço Filho (1897-1970) e Anísio Teixeira (1900-1971).

  23. A ESCOLA NOVA • A abordagem geral dessa escola de pensamento propunha um ensino não massificante, ou seja, que adequasse melhor o educando dentro da escola incentivando-o a livre troca de ideias, com o intuito de melhor prepará-lo à vida em comunidade, transformando, assim, a sala de aula em uma espécie de pequena sociedade.

  24. A ESCOLA NOVA • Nesta abordagem dá-se mais ênfase ao desenvolvimento do plano cognitivo em acordo com o ambiente. Trata-se de “aprender a aprender”. O mais importante é aquisição do processo de saber do que o saber em si.

  25. A ESCOLA NOVA • O método de ensino é o de aprender fazendo. Para isso o educando é exposto em situações que o impulsionem à descoberta e a elaboração de soluções para os problemas apresentados. Tudo isso levando em conta a natureza e as estapas do desenvolvimento do educando.

  26. A ESCOLA NOVA • O papel do educador centra-se em auxiliar o educando no processo de construção do conhecimento dando forma ao seu raciocínio. É incentivado o relacionamento positivo entre educador e educando.

  27. A ESCOLA NOVA • Ao propor uma atividade, o educador deve levar em conta se a proposta atende as disposições internas do aluno.

  28. A ESCOLA NOVA • Essa abordagem tem grande aceitação nos cursos de licenciatura, porém é pouco utilizada na prática diária devido a grande influência que a escola tradicionalista exerce sobre a sociedade.

  29. A ESCOLA NOVA • Alguns métodos são utilizados principalmente em escolas particulares, tais como: Dewey e Montessori, assim como métodos baseados na Psicologia Genética de Piaget.

  30. atividade • Na concepção do grupo, quais os motivos que impedem os modelos propostos pela Escola Nova de vigorarem como modelos padrões nas escolas públicas estaduais?

  31. TECNICISMO • Desenvolvido primeiramente nos Estados Unidos, o Tecnicismo foi introduzido no Brasil nas décadas de 1960-70 como modelo ideal para suprir as novas necessidades por trabalhadores qualificados para indústria.

  32. TECNICISMO • O objetivo principal é preparar “indivíduos competentes para o mercado de trabalho por meio da transmissão de informação de maneira rápida, eficiente, objetiva e precisa. Esse modelo via o aluno como depositário de conhecimentos que deveriam ser acumulados na mente por meio de associações” (MATUÍ, 1995 apud. ARAÚJO, 2011).

  33. TECNICISMO • Tecnicismo significa abuso ou valorização execessiva dos recursos tecnológicos. A ênfase na aprendizagem, portanto, centra-se em desenvolver bons técnicos que possam dar conta das novas demandas impostas pelo avanço da sociedade industrial capitalista. O ensino é visto como algo que deve se pautar pela utilidade objetiva e imediata, sem abrir muito espaço para abstrações intelectuais;

  34. TECNICISMO • Essa linha teórica ganha plena força durante o governo militar justamente por seu potencial formador de corpos dóceis (FOUCAULT, 1987). A proposta era formatar o pensamento do aluno educando-o para o trabalho e para a vida como um “bom cidadão”, “ciente” de suas obrigações para com a sociedade.

  35. TECNICISMO • Em um contexto de busca por um sistema social harmônico, essa tendência propõe uma escola que funciona como modeladora do comportamento humano;

  36. TECNICISMO • A sua principal prerrogativa aponta para o controle e modelamento dos indivíduos. A escola deve atuar no aprimoramento da ordem social vigente (o capitalismo) articulando-se diretamente ao sistema produtivo (LUCKESI, 1995).

  37. TECNICISMO • Os métodos de ensino baseam-se em técnicas apropriadas ao arranjo e ao controle do conteúdo a ser assimilidado. Com isso, os educandos são direcionados a um comportamento adequado. Esse método visa principalmente programar passo a passo as etapas do ensino/aprendizagem.

  38. TECNICISMO • Dentro de um ambiente controlado os papéis também são bastante claros. O educador exerce a sua função e o educando restringe-se ao seu lugar, ora fixado. Depende, portanto, dessa relação hierarquizada a estabilidade das aulas e a disposição dos conteúdos.

  39. TECNICISMO • Há que se ressaltar que, mesmo tendo papéis determinados por uma hierarquia o educador não detém o poder absoluto sobre o educando. Esse poder mantém-se na ciência. Assim, tanto o educador quanto o educando estão presos a lógica científicista, sendo o primeiro o elo que liga o segundo a essa lógica.

  40. TECNICISMO • Segundo Luckesi (1995, p.62), o tecnicismo é o “ensino é um processo de condicionamento através do uso de reforçamento das respostas que se quer obter.”;

  41. TECNICISMO • Sob esse prisma os saberes científicos que embasam a Pedagogia devem buscar leis naturais sobre o organismo que aprende, visando sempre o controle.

  42. Vamos discutir o assunto? • Pensando no “atraso” do Brasil em relação a qualificação e preparação de profissionais para o mercado de trabalho, como o grupo analisa a atuação da escola tecnicista no país?

  43. REFERÊNCIAS • ARAÚJO, Pedrina Rosa. Concepções do disigner educacional sobre aprendizagem para o desenvolvimento de recursos multimídia. Dissertação de mestrado. PUC São Paulo, 2011. • CAMBI, Franco. História da pedagogia; tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo: Fundação Editora da UNESP (FEU), 1999. • LUCKESI, Luciano Cipriano. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora Cortez – 1995. • http://www.youtube.com/watch?v=H_M37tcE-5I&feature=related (escola da ponte parte 1) • http://www.youtube.com/watch?v=-lcz3vZN9fM&feature=related (escola da ponte parte 2) • http://www.youtube.com/watch?v=qs35t2xFqdU (pinkfloyd)

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