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Relação entre ética e moral. “ A ética propõe uma reflexão sobre valores, reduzida ao individual e ao inter-humano” . ERNST TUGENDHAT. Ética é o estudo filosófico da moralidade, e esta é o conjunto de normas comportamentais socialmente aceitas por determinado grupo. .
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Relação entre ética e moral “ A ética propõe uma reflexão sobre valores, reduzida ao individual e ao inter-humano” . ERNST TUGENDHAT. Ética é o estudo filosófico da moralidade, e esta é o conjunto de normas comportamentais socialmente aceitas por determinado grupo.
A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que é. • A ética parte da crença na existência de um hiato – alguns diriam abismo – separando a realidade humana do potencial humano.
Condição humana • A condição humana padece de uma singular cisão. As funções vitais do organismo pede, exige. Mas quando passamos do metabolismo interno do corpo para a nossa relação com os eventos do ambiente externo, para as ações do mundo há uma mudança radical. • Ex. O cardíaco é livre para decidir se vai ou não consultar um médico.
Cisão. • Aquilo que nos acontece e aquilo que fazemos. Ela ( a ética ) é o filtro que separa o desejado do desejável.
MATRIZ GREGA DAIMON E ETHOS Daimon não é demônio. Ao contrário é o anjo bom, o gênio protetor. E ethos não é primeiramente ética, mas a morada humana. O DAIMON é a voz da interioridade, aquele conselhereiro da consciência. Todos possuímos um DAIMON.
Há uma espécie de tragédia em nossa história: o DAIMON foi esquecido. Em seu lugar, os homens colocaram ‘sistemas éticos’, com normas e leis tidas por universais. • É preciso desentulhar o DAIMON.
Axiologia • Axiologia é a parte da filosofia que estuda os valores. Só o homem é capaz de atribuir valor, valorar, conforme Miguel Reale: “ Repetimos que basta confrontar o que nos cerca, para impor-se a nosso espírito a certeza de que a natureza é transformada pelo homem para satisfação de seus fins. Sobre uma ordem de coisas naturalmente dadas, o homem constitui um segundo mundo, que é o mundo da cultura
O homem valora • Cada homem é guiado em sua existência pelo primado de determinado valor, pela supremacia de um foco de estimativa que dá sentido à sua concepção de vida. Para uns, o belo confere significado a tudo quanto existe, de maneira que um poeta ou um escultor, por exemplo, possui uma concepção estética da existência, enquanto que um outro se subordina a uma concepção ética, e outros ainda são levados a viver segundo uma concepção utilitária e econômica à qual rigidamente se subordinam. Segundo o prisma dos valores dominantes, a axiologia se manifesta, pois, como ética, estética , filosofia da religião etc.”
DEONTOLOGIA • Já quando se fala em Deontologia , refere-se ao estudo dos entes sob a ótica da categoria do dever ser. Dessa forma , os bens culturais , como produto da cultura da humanidade como o direito, por exemplo, são seres que devem ser.
A importância da teoria • Ao decidir como agir, somos muitas vezes confrontados com incertezas, confusões ou conflitos entre as nossas inclinações, desejos ou interesses. As incertezas, confusões e conflitos podem surgir mesmo que a nossa única preocupação seja promover o nosso interesse próprio. Podemos não saber quais são os nossos melhores interesses: podemos pura e simplesmente ter adaptado algumas idéias erradas dos nossos pais, amigos ou cultura.
Dilema • Mesmo que eu saiba qual é a melhor escolha, posso não agir de acordo com ela: posso saber precisamente que é do meu interesse de longo prazo perder peso e, no entanto, decido comer uma torta deliciosa.
Ao escolher como agir, devo reconhecer que muitas das minhas ações afetam outras pessoas, ainda que apenas indiretamente. Nestas circunstâncias, tenho de escolher se quero atender aos meus interesses próprios ou se devo atender (ou pelo menos não prejudicar) os interesses alheios.
tenho de escolher agir de modos que podem prejudicar algumas pessoas apesar de beneficiar outras. Posso ocasionalmente encontrar maneiras de promover os interesses de toda a gente sem prejudicar ninguém. Ocasionalmente, mas não sempre. Talvez nem mesmo frequentemente.
Moralidade • Saber isto não resolve o problema de saber como devo agir; limita-se a determinar o domínio da moralidade. A moralidade, entendida tradicionalmente, envolve primariamente, e talvez exclusivamente, o comportamento que afeta os outros.
Quando refletimos sobre os nossos pensamentos, ações e escolhas, vemos que as nossas perspectivas são fortemente influenciadas por outras. Podemos pensar que uma ação é fortemente imoral, mas não saber exatamente porquê. Ou podemos pensar que sabemos porquê, descobrindo depois de um exame cuidado que estamos apenas a papaguear “razões” oferecidas pelos nossos amigos, professores, pais ou religiosos.
Pré-conceitos • Os nossos antecessores tinham escravos, negavam o direito de voto às mulheres, praticavam o genocídio e queimavam bruxas em fogueiras. Suspeito que a maior parte dessas pessoas eram moralmente decentes e estavam firmemente convencidas que as suas ações eram morais. Agiram de forma errada porque não foram suficientemente autocríticas. Não avaliaram as suas próprias crenças; adotaram sem questionar a perspectiva dos seus antecessores
Será apenas questão de opinião ? • Muitas pessoas acham estranho falar de padrões morais e da aplicação desses padrões. Algumas pessoas pensam que os juízos morais são apenas “questões de opinião” — e sem dúvida que muitas pessoas falam como se o pensassem.
Há duas grandes classes de teorias éticas — consequencialistas e deontológicas — que têm dado forma ao entendimento que a maior parte das pessoas tem da ética.
Os consequencialistas defendem que devemos escolher a ação disponível que têm as melhores consequências globais, ao passo que os deontologistas defendem que devemos agir de modos circunscritos por regras e direitos morais e que estas regras ou direitos se definem (pelo menos em parte) independentemente das consequências.
Teoria das virtudes. A teoria das virtudes não tem sido tão influente quanto a deontologia ou o consequencialismo na formação do pensamento ético moderno. Contudo, é anterior a essas duas teorias, pelo menos enquanto teoria formal. Foi a teoria dominante dos gregos antigos, alcançando a sua expressão mais clara na obra de Aristóteles, Ética a Nicômaco. Durante muitos séculos, não foi nem discutida nem advogada enquanto alternativa séria.
Teoria feminista. Historicamente, a maior parte dos filósofos têm sido homens, homens com a perspectiva sexista das suas culturas. Assim, não é surpreendente que os interesses das mulheres, e quaisquer perspectivas que elas possam ter, não tenham desempenhado qualquer papel real no desenvolvimento das teorias éticas canônicas.