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Marcadores bioquímicos e imunológicos de overtraining. Karina Bonizi Ortiz R3 Medicina Esportiva. Definições. Overtraining : Perda de performance inexplicável, confirmada pelo atleta ou pelo técnico, que não é resolvida após pelo menos 2 semanas de repouso.
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Marcadores bioquímicos e imunológicos de overtraining Karina Bonizi Ortiz R3 Medicina Esportiva
Definições • Overtraining: Perda de performance inexplicável, confirmada pelo atleta ou pelo técnico, que não é resolvida após pelo menos 2 semanas de repouso. • Over-reaching: queda de performance seguida de completa recuperação em alguns dias
Fisiopatologia • Fraqueza e dor muscular • Ação de citocinas • Mudanças hormonais e hematológicas • Mudanças de humor • Depressão • Problemas nutricionais
Fisiopatologia • Muitas semanas de treinamento pesado • Descarga ampla e repetitiva de Hormônios de stress (catecolaminas, ACTH, cortisol, prolactina) • Down-regulation de receptores hormonais nos tecidos-alvo • Tecidos passam a ser menos responsivos aos efeitos desses hormônios
Fisiopatologia • Resposta diminuída dos hormônios hipofisários (adenocorticotropina, ACTH, GH, FSH, LH) ao estresse. • Córtex adrenal: diminuição da descarga de cortisol em resposta ao estresse. • Desordem central: hipotálamo-hipófise • Queda dos níveis de FSH, LH, estrógeno, progesterona. • Perda da função menstrual normal nas mulheres e libido nos homens
Sistema imune • Número de leucócitos circulantes e sua função podem decair com ataques repetitivos de exercício prolongado e intenso. • Aumento de hormônios de estresse • Recrutam leucócitos menos maduros da medula óssea para a circulação. • Queda nas concetrações de glutamina
Efeitos do exercício agudo • Aumento da frequência e profundidade da respiração: patógenos do ar • Aumento de citocinas inflamatórias: INF-alfa, TNF, IL 1, 2 e 6, PCR, fragmentos de complemento ativado • Aumento da concentração de hormônios imunomoduladores: adrenalina, cortisol, GH, prolactina
Sessão de exercício agudo: • Aumento atividade lítica das NK • Atividade fagocítica dos neutrófilos aumentada • Dimuição da responsividade à estimulação pela lipopolysaccharide bacteriana (LPS) e capacidade oxidativa dos neutrófilos.
Recuperação alta intensidade/prolongado • Número e atividade NK e número de linfócitos menor que os níveis pré-exercício. • Razão linfócitos-T CD4+/CD8+ (helper/supressor) diminuído • Inibição produção de anticorpos pelos linf B • Queda dos níveis de glutamina em 20% (função ótima de leucócitos) • “open window”
Fisiopatologia • Após vários meses de ataques de exercício intensos/prolongados: • Depleção da reserva da medula óssea • Atletas: Número de leucócitos circulantes menor e menos maduros do que em sedentários. • Atividade fagocítica de neutrófilos significativamente diminuída. • IgA salivar e razão CD4/CD8 diminuídos • Não há tempo para recuperação do sistema imune
Screening • Não existe marcador único • Monitorização regular da combinação de variáveis • Diferenciar outras causas • Marcador ideal (?)
Marcadores bioquímicos • Glutamina plasmática: • Níveis diminuídos são comumente vistos em atletas com overtraining • Outras causas: ataque de exercício prolongado, trauma, queimaduras, inflamação, infecções. • Aumenta temporariamente com refeição rica em proteína e diminui após vários dias com dieta com pouco CHO
Atividade plasmática da creatino-kinase: • Lesão muscular induzida pelo exercício: queda de performance. • Lesão muscular: elevação de proteínas musculares ( mioglobina, creatinokinase –CK, lactato desidrogenase) no plasma. • A musculatura lesionada tem uma habilidade diminuída de recrutar glicose para ressintetizar glicogênio no músculo: diminuição de performance em endurance. • CK: não marcador de overtraining, mas indentificar lesão muscular ou over-reaching
Uréia plasmática: • Associação com estado catabólico? • Exercício prolongado: elevação ácido úrico e uréia • Influência de ingesta protéica • Indicador não confiável
Hormônios: • Razão cortisol/testosterona (catabolismo x anabolismo) • Estudos não comprovam essa mudança • Excreção urinária noturna de catecolaminas: menor q o nl: diminuição do drive simpático. • Mensuração da resposta do cortisol a uma sessão de exercício de alta intensidade.
Lactato sanguíneo: • Responsividade diminuída do lactato sanguíneo em overtraining • Diminuição Glicogênio muscular, responsividade das catecolaminas ao exercício • Um teste padronizado de exercício de alta intensidade com mensuração de lactato pós-exercício : indentificar atletas em risco de overtraining?
Marcadores Imunológicos • Contagem de leucócitos séricos • A maioria dos atletas com overtraining tem diminuição • Maior susceptibilidade a infecções • Razão neutrófilos/linfócitos normalmente retorna ao normal em 6-9h após exercício. • Prolongado/intenso: elevado 24h • Razão CD4/CD8 não difere em bem treinados x overtraining
A expressão CD45RO+ em CD4+ foi significantemente maior em atletas com overtraining • Indicador alta sensibilidade e especificidade • Outros indicadores de função imune (resposta de degranulaçãoneutrofílica LPS-induzida, proliferação linfocíticamitógenos-induzida, síntese de AC, atividade citotóxica de NK): Não diferenciada em overtraining x bem treinados • Diminuição IgA salivar: overtraining, períodos de treinamento intensificado.
Marcadores Psicológicos e fisiológicos • Perfil psicológico: scores (POMS) • Aferição de sensação de dor muscular e fadiga • monitorização
Monitorização da FC: • Aumento da FC repouso(palpação após acordar): pode indicar fadiga ou overtraining • FC aferida por radiotelemetria durante sono: mais sensível e confiável. • Jeukendrup et al (1992): FC máx caiu significantemente com o overtraining, tempo de prova e FC durante prova, sem diferenças na percepção de esforço, FC no sono aumentou, com padrão menos regular e picos maiores.
Conclusão • Excluir outras causas de underperformance: • Fadiga pós viral (sd fadiga crônica, encefalomielite miálgica) • Febre glandular (IM, mono, EBV) • Depressão clínica • Dieta pobre • Anemia • Desordens da tireóide • Miocardite • Asma • Alergias • outros