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Mecanismos coesivos

Mecanismos coesivos. PROJETO REDAÇÃO NOTA 1000 /2014 2M1, 2M2, 2M3 MARIA ANNA.

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Mecanismos coesivos

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  1. Mecanismos coesivos PROJETO REDAÇÃO NOTA 1000/2014 2M1, 2M2, 2M3 MARIA ANNA

  2. Etimologicamente, texto e tecido estão relacionados e, de fato, há razão para isso: o tecido é fruto de uma junção de pequenos fios que se vão ligando até o limite de uma extensão determinada; o texto, por seu lado, também tem seus componentes ligados a fim de que formem um só corpo estrutural. Aos elementos que realizam essa ligação se atribui a função de coesão, e eles correspondem basicamente a marcas linguísticas da superfície do texto, de caráter sintático ou gramatical, semântico e mórfico.

  3. 1-Os diversos tipos de coesão A coesão é uma das marcas fundamentais da textualidade e pode ocorrer por meio de mecanismos diversos: a coesão referencial, a coesão recorrencial e a coesão sequencial.

  4. A coesão referencial Ocorre coesão referencial quando um elemento da sequência textual se remete a outro elemento do mesmo texto, substituindo-o: a) Encontrei meu irmãona esquina, mas não falei com ele. b) Eleestava lá na esquina, o meu irmão! Quando a referência se faz ao que já foi dito, denomina-se anáfora (a) e, no caso contrário, catáfora (b).

  5. A coesão referencial • Existe também o caso de anáfora “zero”: Aí estão os casos de elipse: “O grande objetivo da vida não é o conhecimento, mas [...] a ação”, em que se omite a estrutura “o grande objetivo da vida é”.

  6. A coesão referencial As formas pronominais (pronominalização) • Pronomes pessoais de terceira pessoa: O aluno saiu, mas ele e sua mãe voltaram logo a seguir. • Pronomes substantivos indefinidos: Daniel e Leandro estiveram lá, mas nenhum falou nada. • Pronomes substantivos possessivos: Gabriel comprou um jornal, mas leu o meu. • Pronomes substantivos demonstrativos: Ela viu a blusa vermelha, mas comprou esta. • Pronomes substantivos interrogativos: Bernardo, Pedro e Leonardo falaram, mas qual disse a verdade? • Pronomes substantivos relativos: O livro que trouxe é menos interessante. • Pronomes adverbiais: Foi à Europa e lá foi feliz.

  7. A coesão referencial As formas verbais Nesse caso, os verbos fazer e ser são empregados em referência a todo o predicado e não apenas ao verbo: O cantor apresentou dois números, mas o mímico não FEZo mesmo. Ele trouxe todos os livros, mas FOIporque precisava.

  8. A coesão referencial As formas adverbiais Saiu duas vezes e o outro, nunca. As formas numerais Julia e Liz saíram, mas as duas voltaram logo. Comprou vários presentes; o primeiro, uma bicicleta. Fiz dez exercícios e Rafael fez o dobro.

  9. A coesão referencial Reiteração de elementos do texto As repetições do mesmo termo • De forma idêntica: Comprou a casa, mas a casa não tinha portas. • Com um novo determinante: Comprou a casa, mas essa casalhe trouxe problemas. • De forma abreviada: Fernando Henrique Cardoso é exibicionista, por isso FHCé malvisto. • De forma ampliada: Lula é candidato, mas Luís Inácio Lula da Silva não está bem no pleito. • Por forma cognata: Trabalhar é bom, pois o trabalhonos aprimora.

  10. A coesão referencial SINÔNIMOS OU QUASE-SINÔNIMOS • Hipônimos: Comprou flores e deu as rosas para a mulher. • Hiperônimos: Vinha um ônibus, mas o pedestre não viu o veículo. • Nomes genéricos: Trouxe cadernos, livros e outras coisas. • Termos simbólicos: Arthur tinha dúvidas se iria para a Igreja, mas o apelo da cruz foi forte. Expressões nominais definidas Pelé foi a Paris . Lá, o maior jogador do séculofoi premiado.

  11. Coesão recorrencial (recorre-se a um padrão)

  12. A coesão recorrencial • a recorrência de termos: Rosa falava, falava, falava... • o paralelismo, que consiste na recorrência da mesma estrutura sintática: Pão no forno, água na garrafa e fruta na geladeira não alimentam. Observe: "Não, não se trata de defender mais intervenção do Estado na economia ou que o Estado volte a produzir aço..."(sem paralelismo) "... não se trata de defender mais intervenção do Estado na economia ou a volta da produção estatal de aço...". Ou: "...não se trata de defender que o Estado intervenha mais na economia ou que volte a produzir aço...".

  13. Segundo as regras da norma culta, não se podem coordenar frases que não comportem constituintes do mesmo tipo. • “A mãe pediu para a menina ir ao supermercado e que, na volta, passasse na farmácia.” • A FORMA CORRETA SERIA: • A mãe pediu para a menina ir ao supermercado e, na volta, passar na farmácia. O paralelismo dá clareza à frase ao apresentar estruturas idênticas, pois para ideias similares devem corresponder formas verbais similares.

  14. A coesão recorrencial • Fazem parte do estabelecimento desse tipo de coesão os pares correlativos: "não só... mas também", "tanto... como", "seja... seja", "quer... quer", "antes... que“. Eles criam no leitor a expectativa de uma construção simétrica ou paralela. Assim, dizemos: "Ele não só trabalha mas também estuda". Observe a importância do paralelismo nas construções: Manda-menotícias de minha prima e se meu pai resolveu aquele problema que o atormentava. Correção: Manda-me notícias de minha prima e descobre se meu pai resolveu aquele problema que o atormentava.

  15. A coesão recorrencial ParalelismoSemânticoa) Meu pai pratica tênis e faz um ótimo churrasco. Correção: Meu pai tem duas paixões: praticar tênis e fazer churrasco. b) Ela possui lindos cabelos loiros, um corpo fantástico e muita simpatia. Correção: Ela possui lindos cabelos loiros, um corpo fantástico e é muito simpática. • A paráfrase, que se refere à recorrência de conteúdos semânticos, marcados por expressões introdutórias como isto é, ou seja, quer dizer , digo, ou melhor, em outras palavras: Ele não compareceu, ou seja, sumiu. • Recursos fonológicos, ou sons, caso da rima: Os males do Brasil são a corrupção, a educação e o Fernandão! • Obs.: Esse recurso, quando não intencional, é inadequado e constitui eco.

  16. Coesão sequencial

  17. A coesão sequencial Esse tipo de coesão é principalmente estabelecido pelas preposições, conjunções e pelos marcadores discursivos, os quais garantem ao texto a possibilidade de se perceber concretamente a continuidade e a progressão temáticas. Ex. 1.Os brasileiros precisam exercitar o voto, pois só assim serão capazes de aprender a votar. 2.Os brasileiros precisam exercitar o voto, mas nem sempre estão dispostos a fazê-lo.

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