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O Modal Hidroviário em Santa Catarina Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da FIESC 1ª HIDROVIA OFICIAL Joinville – São Francisco do Sul. Eng.° Fernando José Camacho Diretor Geral da SDR - Joinville Agosto de 2009. Hidrovias Brasileiras. Bacia do Atlântico Sul. Bacia do Uruguai.
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O Modal Hidroviário em Santa CatarinaCâmara para Assuntos de Transportes e Logística da FIESC1ª HIDROVIA OFICIAL Joinville – São Francisco do Sul Eng.° Fernando José CamachoDiretor Geral da SDR - JoinvilleAgosto de 2009
O canal de navegaçãoLaguna a Porto Alegre • O projeto do Canal Laguna-Porto Alegre se insere dentro de um contexto que, na segunda metade do século XIX, foi um momento de estímulos à navegação. • O projeto previa a ligação entre as lagoas existentes ao longo do litoral sul-catarinense até o Rio Grande do Sul. Com o tempo, o projeto passou por várias modificações. Foi concluída tão-somente a sua primeira parte, em 1920, chegando até a cidade de Jaguaruna.
A influência da navegação de cabotagem na fundação de Itajaí e Blumenau
A navegação ao longo de 70 quilômetros a montante da foz do Rio Itajaí deu condições da ocupação do Vale do Itajaí e em 1850 foi fundada a cidade de Blumenau. A ligação com o Porto de Itajaí era realizada por dois vapores a rodas laterais, o Progresso e o Blumenau, construídos na Alemanha pelo estaleiro Dampfschiffs und Mashinenbauanstalt, para o serviço regular de transporte de carga e passageiros. • Na década de 50 a navegação fluvial foi extinta em função da concorrência exercida pela ferrovia e as estradas de rodagens recém construídas, os vapores foram abandonados. Posteriormente o vapor Blumenau foi restaurado e exposto nas margens do Rio Itajaí no centro de Blumenau.
A história do vapor • O Vapor Blumenau teve estrutura encomendada na Alemanha e foi montado no Porto de Itajaí; • A embarcação fazia a ligação entre Blumenau a Itajaí; • Navegou pela primeira vez no Rio Itajaí-Açu dia 30 de maio de 1895; • O trajeto de Blumenau a Itajaí levava seis horas. Na volta, contra a correnteza, o vapor gastava cerca de oito horas; • A navegação fluvial foi desativada na década de 1950, com a Estrada de Ferro Santa Catarina e da Rodovia Jorge Lacerda; • Em 2001, a restauração do Vapor Blumenau foi concluída; • Em agosto de 2008, o vapor foi içado da estrutura fixa e ganhou outra localização na Prainha. Fonte: Arquivo Histórico de Blumenau
“NAVEGANDO NO PASSADO” Porto União “As recordações acordam em nossas memórias quando menos se espera. Lembro perfeitamente daquele final do ano de 1972, quando recebi a visita de dois ilustres cidadãos: o engenheiro Antônio Amazonas e o médico Alvir Riesemberg. Vieram ambos à minha casa à procura de fotografias da navegação no Rio Iguaçu existentes no acervo histórico próprio. O fato de tal busca se prendia à comemoração do aniversário de 90 anos da instalação da navegação fluvial nos rios Iguaçu, Potinga e Negro, quando foi lançado às águas, no dia 17 de dezembro de 1882, o vapor “Cruzeiro”, pelo coronel Amazonas Marcondes. O vapor ganhou esse nome por ter o ilustre cidadão uma fazenda em Palmas com o mesmo nome. A embarcação serviria para transportar sal para o gado da fazenda. Transporte esse feito entre Porto Amazonas e Porto União da Vitória. Seria o princípio de 71 anos que durou a navegação naqueles rios, tendo sido extinta em 1953. (Texto de Cid Destefani, no Jornal Gazeta do dia 07/06/2009, página 15).
Vapor a roda Blumenau navegando no Rio Itajaí-Açu na cheia de 1911 Embarque de passageiros no Porto de Blumenau
Aspectos Históricos • A partir de 1850, o Rio Cachoeira, com suas águas límpidas, piscosas e cristalinas, começou a ser utilizado por diversas embarcações que transportavam os imigrantes à Colônia Dona Francisca, hoje Joinville. (Acervo Histórico do Rio Cachoeira 1843/1979, p.26). • O fluxo de navegação por embarcações consistia em canoas, iates, lanchas e até barcos com capacidade para até 24 toneladas. • Em 1874, a Câmara concedeu licença para limpar o Rio Cachoeira. Esta limpeza consistiu na remoção de árvores que embaraçavam a navegação. Foi autorizado também o seu balizamento desde a Barra do Itaum até o ponto da Lagoa Saguaçu, onde chegava o importante Vapor São Lourenço (Arquivo Histórico, Fundo Poder Executivo).
Ao Sr. Frederico Brustlein, foi concedido, em 1877, pelo Presidente da Província, o privilégio da navegação à vapor, entre os Portos de São Francisco do Sul, Parati e Joinville, por 20 anos, com prazo de 2 anos para sua organização. (Acervo Histórico do Rio Cachoeira 1843/1979, p.54) • Na década de 1880, a ligação de Joinville com o Planalto Catarinense, através da Estrada Dona Francisca, e a navegação fluvial com o Porto de São Francisco do Sul propiciou o escoamento de importante produção de mate. • A navegação se fazia por meio de chatas, lanchões e barcos de pequena cabotagem pela Baía da Babitonga, Lagoa de Saguaçú e o Rio Cachoeira, já em Joinville.
O pequeno porto, junto ao centro da vila, possuía ao longo de centenas de metros de cais, armazéns e importantes instalações como os silos e o moinho de trigo, importante mercadoria importada da Europa. Imagem retrata o cais do Porto de Joinville.
O Porto de Joinville manteve-se com grande atividade econômica até 1906, quando foi inaugurada a Ferrovia de Porto União a São Francisco do Sul, que deixava o município catarinense a menos de uma hora do Porto. • A partir dessa data, a navegação fluvial foi perdendo as cargas para a ferrovia até se extinguir completamente nas décadas seguintes. • Em 1931, o Departamento Nacional de Porto e Navegação realizou a dragagem do Rio Cachoeira e da Lagoa do Saguaçu até o afluente Bucarein, a 1.500 metros de Joinville. (Navios e Portos do Brasil’, de autoria de João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo, Solaris Edições Culturais, São Paulo – 2006).
Maquete do Porto de Joinville - 1939 Canal de Navegação - 1946
Estabelecimento da 1ª Hidrovia de Santa CatarinaHIDROVIA KURT GERN
Proposições • Regular o transporte hidroviário de passageiros e de cargas; • Criar a estrutura de governo para gerir a política hidroviária do Estado; • Resgatar a história da navegação em águas interiores de Santa Catarina; • Reconhecer o potencial hidroviário de Santa Catarina: extensão, calado, vazão, regime, obstáculos, etc... • Estabelecer incentivos ao desenvolvimento do setor hidroviário; • Estimular a construção naval artesanal - desaparecimento de estaleiros familiares em Barra do Sul, Tijucas;
Compatibilizar os projetos hidroviários e de geração e de geração de energia com aproveitamento hidroviário urbano de passageiros: casos de Joinville, Florianópolis e Itajaí; • Estabelecer ações (por exemplo, a navegação) que obriguem a realização de dragagens periódicas para a solução dos problemas ocasionados pelos assoreamentos de rios urbanos; • Fixar as barras dos principais rios catarinenses da vertente do atlântico com benefícios as comunidades pesqueiras, ao turismo náutico, etc... • Destacar a importância da navegação sob o ponto de vista ambiental com a conscientização da comunidade, redução da emissão de CO2, de acidentes, das inundações.
Estudos, Levantamentos, Projetos e Ações Desenvolvidas • Consulta aos órgãos públicos • Plano de Controle Ambiental - ano de 2005; • Autorização da Fundação Municipal do Meio Ambiente - março de 2006; • Autorização do IPPUJ/Joinville - março de 2006; • Parecer técnico do IPHAN – março de 2006. • Parecer Técnico da Fundação Cultural de Joinville - abril de 2006;
Estudos, Levantamentos, Projetos e Ações Desenvolvidas • 2. Licenciamento Ambiental • 2.2 Licenças Ambientais • Licença Ambiental Prévia - LAP nº130/2006 - Datada de 14 de junho de 2006; • Licença Ambiental de Instalação - LAI nº072/2007 - Datada de 20 de setembro de 2007; • Licença Ambiental de Operação - LAO nº0103/2008 - Datada de 08 de maio de 2008; • Dispensa de licença ambiental para atividade de transporte de passageiros - Datada de 06 de fevereiro de 2008; • Certidão nº036/2008 de 29 de maio de 2008 - Licença para implantação e operação da sinalização náutica.