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Ninguém Chega Ao Pai Senão Por Mim. O Mestre Jesus nos colocou que “...ninguém chega ao Pai senão por mim...”. Mas o que significa esta colocação?
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Ninguém Chega Ao Pai Senão Por Mim
O Mestre Jesus nos colocou que “...ninguém chega ao Pai senão por mim...”. Mas o que significa esta colocação? Na verdade, Jesus trouxe uma nova forma de encarar a relação com Deus, mostrando no seu Evangelho que a Lei de Amor, a Lei Maior, é aplicada no dia-a-dia, na relação humana, societária e com a natureza. Por isso, o Evangelho foi vivido pelo Cristo, exemplificado, não simplesmente escrito ou divulgado como um pensamento filosófico, esotérico ou místico.
Na sua passagem terrena, Jesus deixou claro que a aplicação da Lei de Amor, a Deus e ao Próximo, é realizada nos atos da vida normal, não dentro dos Templos. Exemplificou isso em toda a sua trajetória, vivendo intensamente o Amor e a Caridade, a Humildade, o Perdão, a Tolerância, a Fraternidade, a Paciência, a Abnegação, a Pregação do Bem, principalmente nos mostrando que isso era possível ao homem normal, àquele que estiver disposto a eliminar seus maus pendores e cultivar as qualidades e virtudes divinas que jazem adormecidas dentro de nós.
Por isso o Cristo se coloca como o “...caminho que leva a Deus...”, por nos ter deixado o exemplo claro e vivo do comportamento que liga nossa alma, nosso pensamento e nosso sentimento ao Criador. Assim sendo, temos que reconsiderar nosso conceito de “religião”, que tem por significado exatamente “...ligar a Deus...”, deixando de lado a falsa idéia de que de que os Templos / Igrejas e seus rituais, liturgias e dogmas de fé constituem por si só o “caminho da salvação”. As diversas religiões existem pela ação humana para reunir seus adeptos e ganhar força pela fé coletiva, mas serão sempre um meio, e não o objetivo, o fim.
Infelizmente, por comodismo e interesse, é muita mais fácil “entender” que basta seguir as exigências específicas de determinada religião, no que se refere as manifestações de “religiosidade”, do que buscar o efetivo “...caminho traçado pelo Mestre Jesus...” para se alcançar a “salvação”. Disse o Cristo: “...eu sou o Caminho, a Verdade e a vida, e ninguém chega ao Pai senão por mim...” . O caminho, a verdade, a vida, é o Amor, aplicado e vivenciado, trilhado em todos os momentos e atos da vida. A comunhão com Deus só ocorrerá desta maneira, pois ao Chegar ao Templo, o coração já deve estar ligado com Ele.
A religião praticada apenas dentro do Templo ou Igreja não tem sentido, pois Deus nos criou para a vida de relação, com o semelhante e com a natureza. O valor do Templo ou Igreja está em reunir a força da oração, da fé, de permitir o aprendizado conjunto, do auxílio ou reforço mútuo. No entanto, a comunhão com o Alto ocorrerá por nossas ações fora dele, pois só assim adquiriremos méritos para sermos “ouvidos” por Deus. Recorramos ao Templos e Igrejas sim, para nos fortalecer, para alavancarmos nossa fé e nossa esperança, mas nunca nos esqueçamos de realmente praticar a religião em cada momento.
Se não conseguirmos entender que a verdadeira religião (a que liga com Deus) não tem nome, não tem seita, não tem Templo, não tem Igreja, exatamente por se consistir na efetiva ligação com Deus, não conseguiremos trilhar o “...caminho do Cristo...”. A “salvação”, o alcance da felicidade, ocorrerá naturalmente, quando conseguirmos erigir o Templo Verdadeiro à Deus em nossos corações, purificado e elevado com a prática do Amor, da Caridade, do Bem em todas as suas formas. Foi isso que Jesus colocou claramente como condição para “...chegar a Deus...”
Não nos iludamos com os sinais e práticas exteriores das religiões tradicionais. Não podemos enganar a nós mesmos esperando que, só com isso, Deus venha ao nosso alcance. Nós é que temos que ir ao encontro de Deus, através do Mestre Jesus, ou seja, incorporando na nossa prática diária, em cada momento, o Evangelho do Cristo, a aplicação prática da lei de Amor, transformando nossa vida num estado de oração constante, não por palavras, mas por atos, não por repetição, mas por emoção e sentimentos elevados, não por freqüentar esta ou aquela religião, mas por buscarmos ter o coração pronto para receber Deus.
A cada momento da vida, a cada ato, a cada decisão, a cada interação com o semelhante e com a natureza, perguntemos a nós mesmos: “como o Mestre Jesus agiria nesta questão?” Apliquemos então aquela resposta, sinceramente balizada em nosso coração, como a atitude correta a ser implementada. No relacionamento societário, em todos os momentos da jornada, analisando nossa intervenção junto aos nossos irmãos, perguntemo-nos sempre: “como eu gostaria que agissem comigo nesse caso”? Adotemos então o comportamento ditado pela nossa resposta como nossa norma de conduta.
Se assim procedermos, estaremos cultivando as Virtudes, o Amor e o Bem. Se assim procedermos, estaremos incorporando o Evangelho do Cristo. Se assim procedermos, estaremos chegando ao Pai, por intermédio do Mestre Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Roteiro de Palestra de Carlos A. Parchen www.carlosparchen.net www.cele.org.br