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Investigação em vacinas contra a SIDA e o papel dos países em desenvolvimento

Investigação em vacinas contra a SIDA e o papel dos países em desenvolvimento. Dr. Frans van den Boom Vice-Presidente, Programas Regionais e Nacionais International AIDS Vaccine Initiative (IAVI) Conferência sobre vacinas para o VIH: o papel de Portugal e dos seus parceiros lusófonos

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Investigação em vacinas contra a SIDA e o papel dos países em desenvolvimento

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Presentation Transcript


  1. Investigação em vacinas contra a SIDA e o papel dos países em desenvolvimento Dr. Frans van den Boom Vice-Presidente, Programas Regionais e Nacionais International AIDS Vaccine Initiative (IAVI) Conferência sobre vacinas para o VIH: o papel de Portugal e dos seus parceiros lusófonos 27 de Fevereiro 2009, Lisboa

  2. ODM 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome ODM 2: Atingir educação primária universal ODM 3: Promover a igualdade do género e o empowerment das mulheres ODM 4: Reduzir a mortalidade infantil As vacinas são essenciais para atingir os ODM e progredir de forma sustentada ODM 6: Combater VIH/SIDA, malária, e outras doenças • As doenças infecciosas provocam quase 11 milhões de mortes anualmente, a maioria em países em desenvolvimento • São responsáveis por mais de 20% das doenças a nível global • As doenças infecciosas também impedem o progresso em outras áreas

  3. No final desta década, mais de um terço da ajuda para o desenvolvimento poderá ser direccionada para o VIH e SIDA 10% 33% SIDA 67% 90% Outra ajuda 2010 (net ODA = $130b) 2007 (net ODA = $97b) Source: OECD-DAC Secretariat simulation for DAC members’ net ODA volumes, 2000-2010 UNAIDS Financial Resources Report, 2007

  4. As vacinas poderão dar resposta à SIDA – uma vacina poderá poupar $$ biliões nos custos de tratamento em LMICs [Assume 50% eficácia e 40% de cobertura nos adultos] $134 Poupados Sem Vacina Custo do Tratamento em Países de Baixos ou Médios Rendimentos Com Vacina

  5. Impacto potencial de uma vacina contra a SIDA no Brasil Uma vacina com 40% de eficácia disponibilizada a 80% dos adultos, reduziria a taxa de novas infecções em 68% Uma vacina com 70% de eficácia evitaria cerca de 86% de novas infecções

  6. Breve resumo do investimento realizado numa vacina contra VIH, em 2007 Investimento Total 2007 = US$961 mn Fontes de financiamento Global para I&D em Vacinas em 2007 Distribuição do Financiamento Global por Categoria em 2007 Desenvolvimento de Politicas e Advocacia (2%) Sector Comercial US$ 84m Coorte Desenvolvimento de Sites(12%) Sector Filantrópico US$ 88m Investigação Básica (25%) Investigação Clínica (20%) Sector Público US$ 789m Investigação Pre-Clínica(41%) Fonte: HIV Vaccines and Microbicides Resource Tracking Working Group (2008). “Sustaining the HIV Prevention Research Agenda: Funding for Research and Development of HIV Vaccines, Microbicides, and Other New Prevention Options (2000 to 2007)”.

  7. Uma grande lacuna no financiamento para I&D impede o progresso rápido na descoberta de uma vacina contra a SIDA • Apenas 7% da I&D são direccionados para os problemas de saúde nos países em desenvolvimento – onde vive 85% da população • Para as vacinas contra a SIDA, a lacuna no financiamento nesta área está estimada em ~$300 milhões por ano • Se forem incluídas a TB e Malária, o fosso aumenta para mais de $500 milhões por ano • É necessário um financiamento mais previsível e a longo prazo, de forma a desenvolver fármacos e vacinas, e torná-los disponíveis mais cedo

  8. O Papel dos países em desenvolvimento na pesquisa de uma vacina contra a SIDA está relacionado com : • Investigacão e estudos observacionais que fornecem informação para a preparação de ensaios clínicos • Conduzir ensaios clínicos localmente • Activismo Político • Educação das comunidades • Preparação para o acesso

  9. Categorias de trabalho a nível nacional (in-country)

  10. O Modelo do IAVI : um conceito verdadeiramente global – trabalhar com países em desenvolvimento Um conceito inovador para a investigação e desenvolvimento de produtos a/em saúde para os países que mais precisam • Assegurar que as vacinas estarão disponíveis, acessíveis e utilizadas nos países mais atingidos, o mais rapidamente possível • Usar um “conceito de desenvolvimento” Criar um ambiente que permita o desenvolvimento de vacinas • Promover a propriedade nacional e o compromisso sustentável a nível nacional • Abordar o contexto social e político em relação à SIDA e conduzir investigação em países com poucos recursos • Estimular o apoio e a participação em investigação clínica Envolver os países em desenvolvimento no apelo global para investimentos em investigação de vacinas contra a SIDA • Mobilizar os países como parte integral do processo • Apoiar vozes fortes e bem informadas de países em desenvolvimento

  11. Advocacia: Trazer as vozes dos países para a discussão global • Vozes do Sul • Promover a cooperação Sul-Sul e advogar no Norte • Índia-Brasil –África do Sul • Reuniões com Presidentes, Primeiros Ministros, Ministros, Primeiras Damas e obter os respectivos patrocínios • Declarações e Convenções da ONU

  12. Desenvolvimento de Centros de Investigação: Antes e DepoisUganda Virus Research Institute (UVRI) Antes <#>

  13. Desenvolvimento de Centros de Investigação: Antes e DepoisUganda Virus Research Institute (UVRI) Depois

  14. Exemplo de um projecto de parceria da IAVI:UVRI-IAVI lab & clínica: Entebbe, Uganda • Clínica: vários ensaios clínicos de vacinas contra SIDA em fase I: aprovação acelerada e recrutamento vs. controlos históricos • Expansão: Centros de investigação a conduzir ensaios clínicos em preparação para futuros ensaios de eficácia • Laboratório: ensaios validados,formação GLP / GCLP • Acreditado e laboratório de referência BMGF/CAVD <#>

  15. Trabalho de campo para a adaptar os programas técnicos às necessidades do país e ao contexto do centro de investigação Desenvolvimento de capacidade para a investigação clínica – específicos para o centro de investigação e país • Formar pessoal médico (África Oriental) • Assegurar qualidade no atendimento e aconselhamento lidade (África Oriental e África do Sul) • Literacia em vacinas (África Oriental, África do Sul, China, Brasil, Índia) • Construir centros de investigação de vacinas • Liderança política local, regional e nacional • Trabalhar com populações vulneráveis • Investigação social com comunidades HSH e transgender (Índia) • Investigação clínica e social com comunidades de HSH (África Oriental)

  16. Treino e apoio aos centros de investigação • Fornecimento de apoio técnico e formação no apoio às actividades de investigação clínica dos parceiros • Desenho e implementação de programas de Segurança de qualidade para prestação de serviços • Continuidade de oportunidades de formação (VCT, CVCT, populações vulneráveis, FP) • Desenho de assistência ao trabalho para utilização no processo de Consentimento Informado • Apoio com estratégias de recrutamento e materiais

  17. Reforçar o ambiente para os ensaios de vacinasQuais são os benefícios sustentáveis de ensaios clínicos de vacinas contra SIDA?

  18. Quase 100,000 voluntarios em África receberam VCT através de programas de investigação clínica em vacinas Início do Ensaio de Vacinas V001 (2 sites) Início de estudos de prevalência do VIH(4 sites) Início do estudo de Infecção inicial por VIH (8 sites) Inicio da incidencia de cohorts VIH(8 sites) Início do Ensaio de Vacinas A002 (5 sites) Início do estudo de Lab referência(7 sites) Início do apoio por aonselhamento a casais* (3 sites) * In conjunction with PEPFAR and NIH

  19. O que podem os decisores políticos, investigadores, sociedade civil e indústria fazer para acelerar a procura de uma vacina contra a SIDA • Advogar apoio político e financeiro para I&D de uma vacina contra a SIDA como parte de um esforço, a longo prazo, para o combate à epidemia • Criar um ambiente que permita o desenvolvimento sustentável para a investigação, que contribua para a melhoria das condições de saúde e desenvolvimento das comunidades afectadas • Promover o apoioglobal para o desenvolvimeto de produtos através de parcerias público-privadas (PDPs) das quais resultem produtos específicos para a saúde, fomentar parcerias eficazes entre investigadores no norte e sul, e utilizar o saber e recursos dos sectores público e privado • Apoiar o financiamento de Redes de Excelência (NOE) com capacidade para conduzir ensaios clínicos de novos fármacos, vacinas e microbicidas, que forneçam trajectórias profissionais para jovens investigadores do Sul, ajudar a reduzir a fuga de cérebros e reforçar os recursos locais de forma sustentável

  20. IAVI reconhece e agradece o apoio dos seus doadores

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