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COMÉRCIO E TECNOLOGIA: O MODELO RICARDIANO. CAP. 2. Referências bibliográficas. Feenstra & Taylor. International Trade; Cap. 2 Krugman , P.; Obstefeld , M. Economia Internacional. Makron. 5ª. Edição 2001 – Capítulo 2
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Referências bibliográficas • Feenstra & Taylor. International Trade; Cap. 2 • Krugman, P.; Obstefeld, M. Economia Internacional. Makron. 5ª. Edição 2001 – Capítulo 2 • Appleyard, Field e Cobb. InternationalEconomics. McGraw Hill 6 th. Edition. 2008
INTRODUÇÃO • OBJETIVOS DA AULA: • Exemplo Numérico para compreender o modelo Ricardianorelacionado à proposta de que os países realizam comércio segundo suas vantagens comparativas e que tendem a se especializar no comércio de cada bem.
Comércio e a definição deCategorias Analíticas COMÉRCIO DIFERENÇAS SIMILARIDADES ECONOMIAS DE ESCALA TECNOLOGIA DOTAÇÃO DE FATORES KRUGMAN RICARDO HECKSHER-OHLIN
Princípio das Vantagens Comparativas Trata-se de uma linha analítica que explica o comércio como uma função de diferenças na eficiência relativa de cada país para a produção dos bens. TECNOLOGIA – tomada como base para explicar como e porque o comércio se estabelece entre dois países.
Vantagem comparativa: definição "intuitiva" Torna-se importante identificar o setor onde a vantagem é maior & o setor onde a desvantagem é menorcomo setores para os quais os países têm vantagem comparativa.
Princípio das Vantagens Comparativas Princípio (Especialização): • Se cada país se especializar na produção do bem para o qual é relativamente eficientee passa a ter acesso a outros bens através do comércio, todos os países alcançam um nível mais elevado de bem estar. • O comércio possibilita que os bens para os quais os países têm vantagem comparativa sejam exportados, em troca de bens para os quais o país é relativamente menos eficiente na produção.
Princípio das Vantagens Comparativas Princípio: O comércio possibilita que os bens para os quais os países têm vantagem comparativa sejam exportados, em troca de bens para os quais o país é relativamente menos eficiente na produção.
Premissas do modelo de Ricardo: • Existem dois países no mundo (Local e Estrangeiro). • Cada um deles produz dois bens(digamos, vinho (v) e queijo (q)). • O trabalho (L) é o único fator de produção. • A oferta de trabalho é fixa para cada país. • O trabalho não é móvel entre países. • Estruturas de concorrência perfeita prevalecem em todos os mercados. • Cada país tem acesso a tecnologias diferenciadas, de forma que a produtividade do trabalho na produção de cada bem é diferente em cada um dos países.
Cont. Premissas do modelo de Ricardo (cont.): • Custo de transporte é nulo. • Não prevalecem políticas comerciais. • Retorno constante à escala.
Desenvolvimento do Contexto Analítico considerando uma economia- País Local
Economia de um só fator L Necessidade unitária de trabalho • Definições: aLVrepresenta a necessidade unitária de trabalho para produzir 1 Vinho. • Ex.: se aLV = 2, então são necessárias duas unidade de trabalho para produzir 1 V unidades de vinho ou uma unidade adicional de trabalho produz ½ unidade de vinho (PMgLv = ½). • PMgLv = (1/aLV). • V = PMgLv. L
Economia de um só fator L Necessidade unitária de trabalho (em Queijo – Q) • aLQrepresenta a necessidade unitária de trabalho para produzir 1 queijo • Ex.: se aLQ= 1,então uma unidade de trabalho produz 1 unidade de queijo. • PMgLQ = (1/aLQ). • Q = PMgLQ. L
Possibilidades de produção • A fronteira de possibilidades de produção (FPP) de uma economia mostra o montante máximo de um bem (digamos, vinho) que pode ser produzido por quantidade determinada de outro (digamos, queijo) e vice-versa. • A FPP de nossa economia pode ser representada a partir da seguinte relação: aLQQ+ aLVV= L • De nosso exemplo anterior, se L = 120, obtemos: • Q+ 2V= 120 V = 120/2 – ½ Q ou Q= 120 – 2 V
Produção de vinho da Economia Local, V • Valor absoluto da declividade • = (L/aLV)/(L/aLQ) = aLQ/aLV 60 L/aLV L/aLQ 120 Produção de queijo da Economia Local, Q FPP da Economia Local +1 -2
Produção de vinho da Economia Local, V, emlitros O valor absoluto da declividade é igual ao custo de oportunidade do queijo em termos de vinho = PQ /PV = ½ (em módulo) L/aLV L/aLQ Produção de queijonaEconomia Local, Q, emquilos Fronteira de Possibilidades de Produção da Economia Local +1 -2
Produção de vinho da Economia Local, V, emlitros O valor absoluto da declividade é igual ao custo de oportunidade do queijo em termos de vinho = PQ /PV = ½ = aLQ/aLV L/aLV L/aLQ Produção de queijonaEconomia Local, Q, emquilos Fronteira de Possibilidades de Produção da Economia Local +1 -2
Economia de um sófator • Preços Relativos e Oferta • As quantidades específicas de cada bem produzido são determinadas por preços. • O preço relativo do bem Q (queijo) em termos de V (vinho) é a quantidade desse último (vinho) que deixa de ser produzido por uma unidade adicional produzida do primeiro (queijo). PQ /PV = 1/2 PV /PQ= 1/2 (para produzir uma unidade adicional de queijo deixa de produzir ½ vinho; para produzir uma unidade adicional de vinho, deixa de produzir 2 Q)
O comércio em uma economia internacional de um só fator: Incluindo o país estrangeiro • Outro exemplonumérico • A tabela a seguirdescreve a tecnologia dos doispaíses: Tabela 2-2: Necessidadeunitáriade trabalho
Produção de vinho do Estrangeiro, Q'V, em litros L'/a'LV -1/2 Produção de queijo do Estrangeiro, Q'Q, em quilos L'/a'LQ País Estrangeiro - FPP O valor absoluto da declividadeéigualaocusto de oportunidade do queijoemtermos de vinho = P'Q /P'V= (L'/a'LV)/(L'/a'LQ) = a'LQ/a'LV = 2 +1
Determinação de PreçosRelativos emcadaeconomia • Sob autarquia (na ausência de comércio), ambos os bens são produzidos (e consumidos) em cada país, podendo-se representar os preços relativos como: PQ/ PV= aLQ/aLV P'Q/ P'V= a'LQ/a'LV • Neste país, o custo de oportunidade de queijo é igual a 2 vinhos e o custo de oportunidade de um vinho é de ½ queijo
Comparando-se os custos de oportunidade entre países • O exemplo numérico apresentado implica que: aLQ /aLV = 1/2 < a'LQ/a'LV= 2 País local tem vantagem comparativa em queijo aLV /aLQ= 2 > a'LV /a'LQ = 1/ 2 País estrangeiro tem vantagem comparativa em vinho Dadas essas informações: Qual será o padrão de comércio?
Vantagem Comparativa Isso implica que o custo de oportunidade do queijo em termos do vinho é menor no Local que no Estrangeiro. • Em outras palavras, na ausência de comércio, o preço relativo do queijo no Local é menor que o preço relativo do queijo no Estrangeiro. • O país Local tem uma vantagem comparativa no queijo e vai exportá-lo para o Estrangeiro em troca de vinho. O país Estrangeiro tem uma vantagem comparativa no vinho e vai exportá-lo para o Local em troca de queijo.
Vantagem Comparativa Quando o comércio tem início, os países tendem a se especializar no bem para o qual apresentam vantagem comparativa e importar o outro bem do segundo país (onde este é produzido de forma relativamente mais eficiente). • O país Local tem uma vantagem comparativa no queijo e vai exportá-lo para o Estrangeiro em troca de vinho. O país Estrangeiro tem uma vantagem comparativa no vinho e vai exportá-lo para o Local em troca de queijo.
Determinação do Padrão de Comércio • No equilíbrio mundial, o preço relativo do queijo deve estar entre esses valores. Considere, para simplificar, que • P*Q/P*V= 1 (um litro de vinho por quilo de queijo) (P'Q/ P'V)estrangeiro > P*Q/ P*V > (PQ/ PV )local (P’v/ P’Q)estrangeiro < P*v/ P*Q < (Pv/ PQ)local
Condição fundamental para ocorrer o comércio: • Para que os países sejam motivados para o comércio, os preços relativos sob autarquia devem diferir entre os paísesde forma a proporcionar um estímulo para que ocorra a realização do comércio.
Resumindo Segundo as vantagens comparativas: • Quando existe o estímulo de preços, ambos os países vão se especializar e ganhar com as trocas através do comércio. • Considere o Local, que pode transformar vinho em queijo, produzindo o vinho internamente ou produzindo queijo e então trocando-o por vinho. • O País Local pode usar uma hora de trabalho para produzir • 1/aLV = meio litro de vinho se não comercializar.
Resumindo • Ou, então, pode usar uma hora de trabalho para produzir • 1/aLQ = um quilo de queijo, vender essa quantidade para o Estrangeiro no mercado internacional e obter um litro de vinho.
Ganhos propiciados pelo comércio • Se um país se especializa de acordo com suas vantagens competitivas, ele obtém ganhos de sua especialização e comércio. • Em primeiro lugar, podemos pensar no comércio como uma nova maneira de produzir bens e serviços – produção indireta.
O comércio em um mundo de um só fator • Outra maneira de ver os ganhos obtidos com o comércio é considerar como o comércio afeta as possibilidades de consumo em cada um país. • Na ausência do comércio, a curva de possibilidades de consumo é igual à curva de possibilidades de produção. • O comércio amplia a possibilidade de consumo para cada um dos dois países.
Quantidade de vinho, QV Quantidade de vinho, Q'V T F ' P T ' P ' Quantidade de queijo, Q'Q Quantidade de queijo, QQ (a) Local (b) Estrangeiro Especialização completa - Comércio expande as possibilidades de consumo O comércioem um mundode um sófator
Extensões do Modelo:Salários relativos • Como há diferenças tecnológicas entre os dois países, o comércio em bens não torna os salários iguais entre eles. • Um país com vantagem absoluta nos dois produtos terá um salário mais alto após o comércio.
Extensões do Modelo:Salários relativos Tabela 2-2: Necessidadeunitáriade trabalho
Extensão do modelo:salários relativos • Isso pode ser ilustrado com a ajuda de um exemplo numérico: • Considere que PQ = $12 e PV = $12. Portanto, temos que PQ / PV= 1, como no exemplo anterior. • Como o Local se especializa em queijo após o comércio, seu salário será (1/aLQ)PQ = ( 1/1)$12 = $12. • Como o Estrangeiro se especializa em vinho após o comércio, seu salário será (1/a'LV) PV = (1/3)$12 = $4. • Portanto, o salário relativo do Local será $12/$4 = 3 (ou seja, 3 vezes superior ao estrangeiro – porque o trabalho é 3 vezes mais produtivo).. • Assim, o país com a maior vantagem absoluta mantém salários maiores depois do comércio.
Inclusão de custos de transportee bens não comercializáveis • Há três motivos principais pelos quais a especialização na economia internacional do mundo real não chega a extremos: • A existência de mais de um fator de produção. • Os países algumas vezes protegem suas indústrias da concorrência estrangeira. • É caro transportar bens e serviços. • A inclusão de custos de transporte pode fazer com que alguns produtos se tornem bens não comercializáveis. • Em alguns casos, o transporte é praticamente impossível. • Exemplo: Serviços como corte de cabelo não podem ser comercializados internacionalmente.
Resumo • Examinamos o modelo ricardiano, o mais simples capaz de mostrar como as diferenças entre os países produzem o comércio e os ganhos do comércio. • Neste modelo, o trabalho é o único fator de produção e os países diferem apenas na produtividade do trabalho em diferentes setores. • No modelo ricardiano, um país exportará o produto em que tem vantagem relativa (e não absoluta) de produtividade do trabalho.
Resumo • Os benefícios do comércio para um país podem ser mostrados de duas maneiras: • Podemos pensar no comércio como um método indireto de produção. • Podemos mostrar que o comércio aumenta as possibilidades de consumo de um país. • A distribuição dos ganhos obtidos com o comércio depende dos preços relativos dos bens que o país produz.
Resumo • Estender o modelo de um só fator e apenas dois bens para um mundo com diversos bens torna possível ilustrar que os custos de transporte podem originar bens não comercializáveis. • A previsão básica do modeloricardiano – que os países tendem a exportar bens em que têm uma produtividade relativamente alta – foi confirmada por vários estudos.