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Psicologia da Personalidade II. Maria Aparecida Junqueira Zampieri UNORP 2011. Terapia Cognitiva. Representantes. Aaron Beck E Albert Ellis.
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Psicologia da Personalidade II Maria AparecidaJunqueiraZampieri UNORP 2011
Terapia Cognitiva Representantes Aaron Beck E Albert Ellis
“As crenças que temos sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre o futuro, determinam o modo como nos sentimos: o que e como as pessoas pensam afeta profundamente o seu bem-estar emocional “ ( Beck e Kuyken, 2003) Albert Ellis e Aaron Beck
Terapia Cognitiva • Para o positivismo, o homem deveria se afastar da teologia e da metafísica pois a única origem do conhecimento é a observação e a experiência • Behaviorismo é a resposta da psicologia aos princípios positivistas.
Terapia Cognitiva (Aaron Beck) • Universidade da Pensilvânia. • No início da década de 60. • Psicoterapia breve, estruturada, orientada para o presente, para a depressão. • Direcionada p/ resolução de problemas atuais e para modificar comportamentos disfuncionais. • Beck e seus seguidores vêm adaptando p/ conjunto surpreendentemente diverso de populações e desordens psiquiátricas, mantendo seus pressupostos teóricos básicos.
Terapia Cognitiva (Aaron Beck) • As emoções são derivadas dos padrões de pensamento que, • pautados nas crenças, • direcionam a maneira como as pessoas interpretam as situações a que estão expostas.
Terapia Cognitiva (Aaron Beck) • Os nossos pensamentos têm a capacidade de influenciar as nossas emoções e também de serem influenciados por elas. • Este conceito implica uma visão de homem particular.
Terapia Cognitiva • É baseada no Racionalismo Crítico de Karl Popper e no Construtivismo. • O sujeito é ativo na construção de hipóteses e teorias sobre o mundo e as coisas. • Toda observação da realidade existe a partir de uma teoria criada por nós. • Não é que o sujeito crie a realidade , como acreditam os chamados construtivistas radicais e sim que ele cria teorias sobre a realidade
Racionalismo Crítico • Desconsidera o princípio da demarcação positivista e o substitui pelo da falsificabilidade: • Nosso acesso a realidade vem de nossos erros, • de nossas hipóteses erradas, mostrando que nossas teorias não a determinam, que existe uma realidade p/ além das nossas teorias sobre o mundo. • O Racion. Crítico é considerado construtivista, no sentido de que as representações que fazemos da realidade não são determinadas pelo objeto e sim construídas por nós, a partir de nossas teorias e hipóteses sobre a realidade e que estão em constante confronto com esta própria realidade.
Construtivismo • As representações que fazemos da realidade • não são determinadas pelo objeto e sim • construídas por nós, • a partir de nossas teorias e hipóteses sobre a realidade e que estão em constante confronto com esta própria realidade.
A Terapia Cognitiva • Propõe que nossas emoções e comportamentos não são simplesmente influenciados por eventos e acontecimentos e sim pela forma pela qual processamos, percebemos e atribuímos significados às situações. • O homem é um ser em uma busca constante por significados e explicações. • Pensar é interpretar esta realidade e a nós mesmos. A Terapia Cognitiva busca basicamente intervir sobre as cognições para modificar emoções e comportamentos.
A Terapia Cognitiva • Enquanto a Terapia Comportamental é basicamente uma terapia de condicionamento e aprendizagem, a Terapia Cognitiva é uma terapia de insight, de descoberta das nossas maneiras de interpretação da realidade. • A chamada Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) nada mais é do que a utilização de algumas técnicas da terapia comportamental como um meio para se atingir a reestruturação cognitiva.
Concepções cognitivas construtivistas Abreu & Roso(1878 – 1958) • Pressupõem que o trabalho da significação encontra-se, subordinado à influência das emoções, e não à dialética da razão. • O funcionamento da mente reflete o mundo exterior, mas o transpõe, atribuindo significados, muitas vezes, não originários do estímulo em si.
Concepções cognitivas construtivistas Abreu & Roso(1878 – 1958) • A realidade interna deriva do modo como cada um sente emocionalmente o mundo, e não só como o concebe de maneira racional. • No construtivismo, as emoções encontram um papel mais central e • precedem a construção racional da percepção do mundo e de si mesmo
Sistema de Psicoterapia TCognitiva(Surgimento e Evolução) • Surgiu c/ psicoterapia a partir dos anos 60, • a partir da insatisfação de Beck, então psicanalista, com a teoria psicanalítica da depressão vigente. • Acreditava-se que a depressão era a raiva voltada contra o self, numa tentativa de auto-punição.
Sistema de Psicoterapia TC(Surgimento e Evolução) Em seus estudos empíricos, Beck desenvolveu a hipót/ de que a negatividade não era o sintoma em si, e sim um padrão distorcido de interpretação e apreensão da realidade, não só em relação à própria pessoa mas também contra o ambiente. Com base nestes estudos, Beck passou a auxiliar os pacientes a mudarem seus diálogos internos e seu fluxo de pensamentos negativos, realçando a importância da cognição na instalação e manutenção dos transtornos mentais.
Inicialmente criticada: • Pelos behavioristas (não admitiam cognição e subjetivismo) • Pela psicanálise (considerava teoria superficial) • Estudos – Beck comprovou a eficácia da teoria. • Respeitabilidade do TC da depressão: • caráter breve • focal e • eficaz
Modelo de Beck – Tratamento • 1ª. escolha para depressão (Inventário de Depressão) • T. de ansiedade: • Pânico • TOC • Fobia social • Transtornos alimentares • Terapia de casal • Transtornos do impulso e dependência química • Psicoses
Principais ConceitosTC • Esquemas • crenças centrais, • crenças intermediárias e • pensamentos automáticos, que podem apresentar distorções cognitivas.
Principais Conceitos TC • Esquemas • Estruturas cognitivas de formação de significados – • desenvolvemos desde cedo • nos auxiliam a interpretar e explicar o mundo. • “um esquema é uma estrutura cognitiva que filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é submetido...Com base na matriz de esquemas, o indivíduo consegue orientar-se em relação ao tempo e espaço e categorizar e interpretar experiências de maneira significativa”.
Principais Conceitos TC • E como se formam estes esquemas ? • Na infância- primeiras relações com o meio (modelo de processamento das experiências posteriores). • Percebendo a realidade a partir destas estruturas iniciais - vamos formando a nossa identidade.
Crenças Centrais (esquemas) • Conteúdos cognitivos rígidos e profundos: (idéias centrais que a pessoa tem de si mesma, dos outros e do mundo). • Beck enfatiza a diferença entre a estrutura cognitiva, o chamado esquema, e o conteúdo da estrutura, no caso a crença central. • Ex: esquema ligado ao abandono, pode desenvolver uma crença central como • “eu não mereço ser amado” • “não posso confiar em ninguém” • “os outros irão magoar-me”
Pensamentos Automáticos • São espontâneos, breves, coexistem com nossos fluxos de pensamentos manifestos. • São pré-conscientes: na maior parte das vezes não os percebemos (Podemos treinar isto). • Os pensamentos automáticos manifestam a maneira como significamos as situações bem como as distorções que fazemos da realidade.
Pensamentos Automáticos • Parecem surgir espontaneamente • Percebemos + a emoção decorrente que o próprio pensamento. • Podem vir em formas verbais, visuais ou ambas. • Os assumimos como verdadeiros. • Porém, ao tomar csc deles, ligando-os às nossas crenças centrais, podemos questionar o seu funcionamento.
Crenças Intermediárias • São o nível existente entre os Pensamentos Automáticos e as crenças centrais. • Constituem 1 forma de reduzir o sofrimento provocado pelas crenças centrais. • São regras e suposições como: • “eu devo” • “eu tenho que” • “se...então”
Distorções Cognitivas • Todos as temos • São expressas em pensamentos automáticos disfuncionais. • Dentro da teoria da mente (como processamento da informação) nossos esquemas distorcem a realidade • para que esta se torne condizente com nossas crenças centrais.
Distorções CognitivasExemplos de erros de pensamento mais comuns • 1 – Pensamento do tipo tudo ou nada (dicotômico) Δenxerga o universo em apenas 2 categorias: como certo ou errado sucesso ou fracasso (não vê um continuum) • 2 – Catastrofização Δprevê o futuro da pior forma possível superestimando possibilidade de ocorrências negativas.
Distorções CognitivasExemplos de erros de pensamento mais comuns • 3 – Personalização Acreditar que eventos negativos ou comportamentos aversivos de terceiros, se devem a algo que a própria Δ fez. • 4 – Ditadura dos “deveria” Ter uma idéia excessivamente rígida de como deve ser o seu comportamento e grande exigência sobre a sua performance.
Distorções CognitivasExemplos de erros de pensamento mais comuns • 5 – Desqualificação do positivo Δdescarta as características positivas , evidenciando as negativas. • 6 – Inferência Arbitrária Chegar a conclusão na ausência de evidências.
Caso – Joana (arquiteta, 40 anos, separada) • Chegou em grande sofrimento após separação (esteve casada nos últimos dez anos) • Relatava enorme necessidade de companhia e de ter um outro relacionamento amoroso • pois “não havia nascido para ficar sozinha”. • Filha mais nova e com mais dois irmãos, teve uma infância conturbada.
Caso – Joana (arquiteta, 40 anos, separada) • A mãe abandonada pelo pai quando grávida de Joana, teve que voltar a trabalhar logo após o parto. • Incentivada a lembrar imagens ou cenas da infância: • Relatava imagens de várias figuras cuidadoras diferentes, com olhares de indiferença, • da falta de energia da mãe para brincar com os filhos após o dia de trabalho, • da disputa com irmãos pela atenção da mãe.
Caso – Joana (arquiteta, 40 anos, separada) • Distorções cognitivas • Catastrofização • Desqualificação do positivo. • Pensam/ automáticos refletiam esquemas ligados • ao abandono e • falta de carinho e cuidado (privação emocional) (Verificados em seu registro de pensamentos disfuncionais)
Caso – Joana (Registro de pensamentos disfuncionais) • (21 h) Situação: Estava com as amigas tomando chopp quando um rapaz da mesa ao lado começou a me olhar. • Pensamento Automático:“Ele deve estar olhando para outra pessoa e não para mim”
Caso – Joana (arquiteta, 40 anos, separada) • Suas crenças centrais refletiam os esquemas de abandono e falta de atenção, aparecendo em frases como: • “eu não mereço ser amada” • “ninguém irá me amar” • Suas crenças intermediárias (regras e suposições acerca de sua vida) expressavam sentenças como: • “Se alguém me conhecer melhor, irá me rejeitar”.
Caso – Joana (Processamento cognitivo de Joana) • Esquemas: abandono e privação emocional • Crença Central :”eu não mereço ser amada” • Crença Intermediária :”se alguém me conhecer melhor, irá me rejeitar” • Distorções Cognitivas: • catastrofização e • desqualificação do positivo.
Terapeuta de TC(Auxiliar para) • Identificar e observar a sua “mentira” • de processar as informações • identificar suas estruturas de apreensão do real. • Então, questionar a veracidade (das interpretações) • Ligar sua estória de vida a estas estruturas de formação de significados e • Experimentar maior flexibilidade cognitiva, • permitindo novas maneiras de pensar e agir
Bibliografia • Mendes M. A. • http://www.nunap.com.br/artigos/terapia_cogniti • Fev. 2011 • http://scienceblogs.com.br/psicologico/2009/03/judith-beck-falando-sobre-a-terapia-cognitiva.php • Mar. 2011