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Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia Disciplina Psicologia da Personalidade III cód: 2207 Prof. Dr. Fábio Jesus Miranda Unidade I. Psicanálise: Breve colocação da questão A psicanálise tem uma proeminência na cultura de nossa sociedade.
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Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia Disciplina Psicologia da Personalidade III cód: 2207 Prof. Dr. Fábio Jesus Miranda Unidade I
Psicanálise: Breve colocação da questão • A psicanálise tem uma proeminêncianaculturade nossa sociedade. • Inventada no final do Séc. XIX, a psicanálise como escola de pensamento que alia um saber clínico a uma teoria e a um movimento institucional. Está implantada em vários países. • O país que mais possui psicanalistas por habitante é a França, seguida pela Argentina, a Suíça, os Estados Unidos e o Brasil. No Brasil, em 1927, Durval Marcondes tomou a iniciativa de fundar uma Sociedade Brasileira de Psicanálise que foi, sem dúvida nenhuma, a primeira instituição psicanalítica criada na América Latina.
A psicanálise desenvolveu do trabalhointenso com indivíduos e, por sua vez, foi aplicada a eles. • Representa um exemplo de uma teoriapsicodinâmica da personalidade • O comportamento humano é o resultado de um complexo jogodeforças • O comportamento é visto como resultado de luta entre motivos, impulsos, necessidades e conflitos. • Freud desenvolveu a primeira teoria sistemática da personalidade, e em muitos aspectos todos os teóricos subseqüentes apresentaram reações à sua posição.
A produção mais original de Freud é o conceito de inconsciente, que vai resultar no reconhecimento de uma clivagem do psiquismo. “O inconsciente é esse capítulo da minha história que é marcado por um branco ou ocupado por uma mentira: é o capítulo censurado. Mas a verdade pode ser reencontrada; o mais das vezes ela já está escrita em algum lugar.” (LACAN, 1996/1998, p. 260)
A necessidade do conceito de inconsciente surge no cenário psicopatológico em virtude do confronto com uma série de fenômenos que ultrapassam o imediato da consciência (como p. ex., a sugestão hipnótica) • A tentativa de descrição desses fenômenos levaram Freud a propor a existência de uma atividade mental inconsciente. • As descobertas de Freud inauguram um novo campo do saber. • Para Freud, a Psicanálise, vai se constituir na terceira grande ferida narcísica sofrida pelo saber ocidental, derrubando a razão e a consciência do lugar sagrado em que se encontravam.
“Ao enfatizar desta maneira o inconsciente na vida mental, contudo, conjuramos a maior parte dos maus espíritos da crítica contrário à psicanálise. Não se surpreendam com isso, e não suponham que a resistência contra nós se baseia tão-somente na compreensível dificuldade que constitui o inconsciente ou na relativa inacessibilidade das experiências que proporcionam provas do mesmo. A origem dessa resistência, segundo penso, situa-se em algo mais profundo. No transcorrer dos séculos, o ingênuo amor-próprio dos homens teve de submeter-se a dois grandes golpes desferidos pela ciência.
O primeiro foi quando souberam que a nossa Terra não era o centro do universo, mas o diminuto fragmento de um sistema cósmico de uma vastidão que mal se pode imaginar. Isto estabelece conexão, em nossas mentes, com o nome de Copérnico, embora algo semelhante já tivesse sido afirmado pela ciência de Alexandria. O segundo golpe foi dado quando a investigação biológica destituiu o lugar supostamente privilegiado do homem na criação, e provou sua descendência do reino animal e sua inextirpável natureza animal. Esta nova avaliação foi realizada em nossos dias, por Darwin, Wallace e seus predecessores, embora não sem a mais violenta oposição contemporânea.
Mas a megalomania humana terá sofrido seu terceiro golpe, o mais violento, a partir da pesquisa psicológica da época atual, que procura provar ao ego que ele não é senhor nem mesmo em sua própria casa, devendo, porém, contentar-se com escassas informações acerca do que acontece inconscientemente em sua mente. Os psicanalistas não foram os primeiros e nem os únicos que fizeram essa invocação à introspecção; todavia, parece ser nosso destino conferir-lhe expressão mais vigorosa e apoiá-la com material empírico que é encontrado em todas as pessoas. Em conseqüência, surge a revolta geral contra nossa ciência, o desrespeito a todas as considerações de civilidade acadêmica e a oposição se desvencilha de todas as barreiras da lógica imparcial.”
Freud deu várias definições de psicanálise. Uma das mais explícitas encontra-se no início do artigo Dois Verbetes de Enciclopédia (1923 [1922]): Psicanálise é o nome: • de um método para a investigação de processos mentais de outro modo quase inacessíveis; • de um método (baseado nessa investigação) para o tratamento de desordens neuróticas; • de uma série de concepções psicológicas obtidas por este meio e que se vão juntando umas às outras para formarem progressivamente uma nova disciplina científica.
A característica principal da psicanálise é tratar através da fala (Talking Cure), e unicamente através da fala, as “doenças da alma”, excluindo de sua técnica qualquer outra forma de intervenção. • Em relação às outras psicoterapias também fundamentadas no tratamento pela fala a psicanálise se diferencia por ser a única a recorrer: (1) exclusivamente ao sistema de pensamento freudiano • orientar-se por uma concepção do psiquismo em que entram em jogo as definições freudianas do inconsciente e da sexualidade. (2) empregar uma técnica de tratamento e de transformação baseada na transferência, • A psicanálise é e sempre será uma transferência a Freud. A teoria freudiana constitui-se no alicerce fundamental desse campo de estudo teórico.
Nascimento em 6 de maio de 1856 • Seus pais eram judeus • Aos 4 anos, seu pai, comerciante de lãs, arruinado por uma crise econômica, mudou-se para Viena • Em Viena Freud recebeu toda a sua educação e lá viveu até os 82 anos de idade • Foi obrigado a sair de Viena em 1938 pela ameaça do nazismo, que desde 1933 queimava sua obras. • Freud lutou por muitos anos contra um câncer na boca e morreu por eutanásia em 23 de setembro de 1939 em Londres. Tropas Nazistas marchando em Viena
Em 1873, Freud ingressou na universidade e diz ter experimentado desapontamentos consideráveis: “Antes de tudo, verifiquei que se esperava que eu me sentisse inferior e estranho porque era judeu. Recusei-me de maneira absoluta a fazer a primeira dessas coisas. Jamais fui capaz de compreender por que devo sentir-me envergonhado da minha ascendência ou, como as pessoas começavam a dizer, da minha ‘raça’.” • Em 1876 ingressa no laboratório de fisiologia de Ernst Brücke onde diz ter encontrado tranqüilidade e satisfação plena. • Em 1882, abandona o laboratório de fisiologia e ingressa no Hospital Geral como assistente clínico. • Promovido a médico estagiário ou interno, Freud trabalhou em vários departamentos do hospital • Meynert propôs a Freud que ele devia dedicar-se inteiramente à anatomia do cérebro e prometeu passar a ele suas atividades como conferencista
Em 1884, Freud obtem da Merck uma pequena quantidade do então pouco conhecido alcalóide cocaína para estudar sua ação fisiológica. • No meio deste trabalho surge a oportunidade de uma viagem a fim de visitar sua noiva, de quem ele estava afastado há dois anos. “ Rapidamente encerrei minha pesquisa da cocaína e contentei-me, em minha monografia sobre o assunto [1884e], em profetizar que logo seriam descobertos outros usos para ela. • Carl Koller, um oftalmologista amigo de Freud faz experimentos decisivos em olhos de animais e descobre o poder da anestesia local pela cocaína, que se torna importante para a cirurgia secundária. “(...) mas não guardo nenhum rancor de minha fiancée pela interrupção. “Posso agora retornar um pouco ao passado e explicar como foi a culpa de minha fiancée por eu ainda não ser famoso naquela jovem idade.”
Em 1885, Freud é nomeado conferencista de neuropatologia. • Em seguida, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos, neste mesmo ano (1885) Freud empreende sua viagem à Paris.
Tornou-se aluno [élève] na Salpêtrière • Ofereceu-se para traduzir as conferências de Charcot para o alemão e passa a tomar parte integral em tudo que se passava na clínica • O que mais impressionou Freud foram as investigações de Charcot acerca da histeria. • Estas investigações contrapunha-se aos conceitos médicos correntes no final do século XIX.
Cena 1 – O grande Meynert • Não existe doença sem uma etiologia orgânica • Diagnóstico diferencial: • Flexibilidade X rigidez • Nenhuma reação X Contração da pupila • Objetivo dos sintomas: • Chamar atenção • Causar comoção, pena • Fugir das responsabilidades • Conclusão: • Histeria = mentira • Fingimento • Encenação “não há terapia para isso”
Histeria da antiguidade à Medicina tradicional sec. XIX • Histeria = Hister (grego) = Útero “coisa de mulher” “Mas, meu caro senhor, como pode dizer tal tolice? Hysteron (sic) significa o útero. Assim como pode um homem ser histérico?” “O útero, concebido desde a Antiguidade como um animal no interior do corpo da mulher, é andarilho e voraz, ávido e passeador, capaz de trasladar-se pelo corpo e apoiar-se em diferentes órgãos, provocando doenças de sufocação. O útero andarilho desloca-se quando carente, insatisfeito por falta de relações sexuais ou pela esterilidade. ... Justificam-se as terapêuticas indicadas: cheiro de perfume fumigador na proximidade da vulva e cheiros fétidos próximos das narinas, que induzem a matriz a retornar ao seu lugar.”
As investigações de charcot sobre a histeria impressionaram Freud: “Ele provara, por exemplo, a autenticidade das manifestações histéricas e de sua obediência a leis, a ocorrência freqüente de histeria em homens, a produção de paralisias e contraturas histéricas por sugestão hipnótica e o fato de que tais produtos artificiais revelam, até em seus menores detalhes, as mesmas características que os acessos espontâneos, que eram muitas vezes provocados traumaticamente.” • A importância das idéias para a determinação deste sintomas (a etiologia “ideogênica”) o que fomenta o direito a um estudo psicológico deste distúrbio.
Charcot induzia ou aliviava sintomas com a sugestão hipnótica. Freud percebeu que, na histeria, os pacientes exibem sintomas que são anatomicamente inviáveis. Na “anestesia de luva” uma pessoa não terá nenhuma sensibilidade na mão, mas terá sensações normais no pulso e no braço. Uma vez que os nervos tem um percurso contínuo do ombro até a mão, não pode haver nenhuma causa física para este sintoma. Haveria na histeria uma anatomia fantasmática.
Cena 2 – A lição de Charcot • A histeria viola os princípios médico de que todos os sintomas devem ser de ordem orgânica. • A histeria é uma doença mental • A sugestão hipnótica prova uma divisão da mente • A histeria se deve a um trauma psicológico • O sintoma resulta de uma idéia presa na mente do paciente • Um sintoma característico é que o paciente não se lembra de nada do trauma • O hipnotismo é uma simulação que reproduz o estado mental semelhante ao que o sintoma foi concebido • Ao acordar do hipnotismo os pacientes não se lembram de nada, voltam ao estado anterior
“Muitas das demonstrações de Charcot começaram por provocar em mim e em outros visitantes um sentimento de assombro e uma inclinação para o ceticismo, que tentávamos justificar recorrendo a uma das teorias do dia. Ele se mostrava sempre amistoso e paciente ao lidar com tais dúvidas, mas era também muito resoluto; foi numa dessas discussões que (falando de teoria) ele observou: ‘Ça n’empêchepas d’exister‘ Um mot que deixou indelével marca em meu espírito.” • Antes de partir de Paris, Freud propôs a Charcot um plano para um estudo comparativo das paralisias histéricas e orgânicas. “Desejava estabelecer a tese de que na histeria as paralisias e anestesias das várias partes do corpo se acham demarcadas de acordo com a idéia popular dos seus limites e não em conformidade com fatos anatômicos.” • Este trabalho tinha interesse em penetrar mais profundamente na psicologia das neuroses.
Em 1886, Freud retorna à Viena, estabelece-se como especialista em doenças nervosas e casa-se com Martha Bernays. • Freud apresenta seu relatório sobre o que vira e aprendera com Charcot perante a Sociedade de Medicina de Viena. • Seu relatório tem má recepção. Pessoas de autoridade, como o presidente (Bamberger, o médico), declararam que o que ele disse era inacreditável. • Meynert o desafiou a encontrar alguns casos em Viena semelhantes àqueles que ele descrevera e a apresentá-los perante a sociedade. “Mas, meu caro senhor, como pode dizer tal tolice? Hysteron (sic) significa o útero. Assim como pode um homem ser histérico?”
Logo depois Freud foi excluído do laboratório de anatomia cerebral • Afastou-se da vida acadêmica • e deixou de freqüentar as sociedades eruditas de medicina.
A Concepção Freudiana sobre a Ciência Teoria e Métodos de Pesquisa • Freud se comprometeu com uma perspectiva científica na tentativa de conhecimento. • Treinado em técnicas médicas no laboratório de fisiologia e anatomia patológica, Freud achava que a tarefacientífica consiste na observação e na formulação de hipóteses que conduzem à ordenar e elucidar os fenômenos. “O início real da atividade científica consiste em descrever os fenômenos e posteriormente agrupá-los, classificá-los e correlacioná-los. Mesmo no estágio da descrição não é possível evitar aplicar-se certas idéias abstratas ao material em mãos...” (Freud, 1925)
“ …Quando, certa vez, me dispus a fazer-lhe perguntas sobre esse ponto e argumentar que isso contrariava a teoria da hemianopsia, ele saiu-se com este excelente comentário: “La théorie c’est bon; mais ça n’empêche pa d’exister”.” “Aprendi a controlar as tendências especulativas e a seguir o conselho não esquecido de meu mestre, Charcot: olhar as mesmas coisas repetidas vezes até que elas comecem a falar por si mesmas. • As observações de Freud basearam-se em grande parte na análisedeseuspacientes e, de um modo geral, ele não fez uso de tentativas para verificar em laboratório os princípios psicanalíticos. • Rozenweig escreveu a Freud para relatar seus estudos experimentais sobre os conceitos psicanalíticos de repressão, Freud lhe respondeu que os conceitos psicanalíticos basearam-se na riqueza de observações clínicas fidedignas e por isso não necessitavam de verificação experimental independente.
Freud estava satisfeito com o estudo clínico intensivo de casos individuais. • Método de pesquisa: estudo de caso • Registro fragmentos de dados • Formula princípios para ordenar e organizar os dados • Estes princípio são verificados através de observações extensivas feitas no decorrer da análise. • As observações de um paciente são comparadas com de outros e as verificações de um analista verificadas com a de outro
A Concepção Freudiana sobre o Homem • Toda teoria esta impregnada de uma “visão de mundo”. • A teoria freudiana não está livre do viés da vida pessoal de Freud e do período histórico do qual ele fazia parte. • A teoria psicanalítica reflete os temas atuais das comunidades leigas e científicas nos últimos anos do século XIX e primeiros anos do século XX na Europa.
Visão de Homem: • o homem é um sistema de energia. • Há uma semelhança com um sistema hidráulico, no qual a energia flui, é desviada do percurso ou é represada. • Se a energia for bloqueada em um canal de expressão, ela encontrará outro, geralmente pelo caminho de menor resistência. • Há um quantum limitado de energia e se for descarregada de um modo, haverá menos para ser descarregada de outro.
A energia empregada para propósitos culturais é retirada da energia disponível aos propósitos sexuais e vice-versa. • Além da concepção energética, existe a concepção de que o homem, tal qual os animais, é impulsionado por impulsos, que são de natureza sexual e agressiva. • A meta de todo comportamento humano é o prazer, significando a redução de tensão ou descarga de energia.
PULSÃO Fonte-Trieb (Pulsão) significa uma força germinativa; um impulso, impulsão, propulsão. É a forma originária do querer, uma excitação. Pressão - A pulsão é fundamentalmente uma revindicação permanente de satisfação, se trata de uma exigência constante e a todo o custo de gozo O alvo da pulsão é sempre, em todos os casos, a satisfação, a descarga da tensão ou a sua redução. O objeto da pulsão, poderá ser muito diverso. O que significa que, ao nível pulsional, o sentido último, o "sentido do sentido" é a satisfação, o gozo.
A Concepção Freudiana sobre o Homem e a Sociedade • Em O Mal-Estar na Civilização (1930), Freud comentou a natureza do homem do seguinte modo: “O pouco de verdade que existe por trás de tudo isso – algo tão ansiosamente negado – é que os homens não são criaturas gentis, amigáveis e desejosas de amor, que simplesmente se defendem se forem atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo. —Homo hominilupus.
Quem, em face de toda sua experiência da vida e da história, terá a coragem de discutir essa asserção? “Via de regra, essa cruel agressividade espera por alguma provocação, ou se coloca a serviço de algum outro intuito, cujo objetivo também poderia ter sido alcançado por medidas mais brandas. Em circunstâncias que lhe são favoráveis, quando as forças mentais contrárias que normalmente a inibem se encontram fora de ação, ela também se manifesta espontaneamente e revela o homem como uma besta selvagem, a quem a consideração para com sua própria espécie é algo estranho.
Quem quer que relembre as atrocidades cometidas ..., os horrores da recente guerra mundial, quem quer que relembre tais coisas terá de se curvar humildemente ante a verdade dessa opinião. A existência da inclinação para a agressão, que podemos detectar em nós mesmos e supor com justiça que ela está presente nos outros, constitui o fator que perturba nossos relacionamentos com o nosso próximo e força a civilização a um tão elevadodispêndio [de energia]. Em conseqüência dessa mútua hostilidade primária dos seres humanos, a sociedadecivilizada se vê permanentemente ameaçada dedesintegração.”
A concepção Freudiana deu grande ênfase ao conflito entre a expressão dos impulsos sexual e agressivo e a sociedade. • O homem em conflito com a civilização e a sociedade. • O homem procurando gratificação desenfreada de todos os desejos (princípio do prazer), tal modo de operação é contrária a civilização (exigências da sociedade e do mundo externo) • A civilização é construída através da renúncia das gratificações pulsionais. • Um resultado desse conflito seria o infortúnio e a neurose (sofrem para tolerar o grau de privação que a sociedade lhes impõe).
Resumindo: o homem para Freud: • é um sistema energético, • dirigido por impulsos sexuais e agressivos e operando na busca de prazer (redução da tensão), • mais freqüentemente inconsciente das forças determinadoras do seu comportamento • basicamente em conflito com as restrições sociais em relação à expressão de seus impulsos. • esta perspectiva permaneceu implícita em cada fase do desenvolvimento da teoria de Freud.