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Documento de Aparecida Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. América Latina. 1. QUE É UMA CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO?. É uma assembléia do Episcopado convocado pelo papa para:.
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Documento de Aparecida Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe
1. QUE É UMA CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO? É uma assembléia do Episcopado convocado pelo papa para: a) Refletir sobre a realidade do Continente e suas questões comuns; b) Em oraçãodiscernir qual é o querer de Deus; c) Ajudar-se mutuamente com orientações comuns e apoios solidários. Es un momento de Cenáculo: Hechos 1, 12-14;2,1-4
1.1. Quantas Conferências tivemos? I. RIO DE JANEIRO – (1955) II. MEDELLÍN (1968) III. PUEBLA (1979) IV. SANTO DOMINGO (1992) V. APARECIDA (2007)
No Rio de Janeiro em 1955fundou-se e realizou-se a PRIMEIRA CONFERÊNCIA DOS BISPOS LATINO-AMERICANOSaprovada pelo Papa Pio XII
RIO DE JANEIRO – (1955) Vocaciones e Instrucción Religiosa • I Conferência Geral do Episcopado Latino-americano Convocada pelo Papa Pio XII. Celebrada na cidade do Rio de Janeiro, depois de um Congresso Eucarístico Internacional, de 25 de julho a 4 de agosto de 1955. Objetivo: O estudo em forma concreta e com soluções práticas dos pontos mais fundamentais e urgentes do problema religioso da América Latina em duplo aspecto da defesa e da conquista apostólica.
No Rio de Janeiro em1955 os bispos recebem a carta de Pio XII Ad Ecclesiam Christi manifestando preocupações pela Igreja na América Latina Pe. Lima, sdb 2008
A Segunda Conferência é a de Medellín, na Colômbiainaugurada pelo PapaPaulo VI
MEDELLÍN (1968) II ConferênciaGeral De novo se aproveitou a circunstância da celebração de umCongresso Eucarístico naColômbiaonde se anunciou a presença do Papa Paulo VI. • Objetivo: aplicar o concilio à realidade Latino-americana. • Tema: “A IgrejanaatualTransformação da América Latina à Luz del Concílio”.
No Rio de Janeiro em1955 os bispos recebem a carta de Pio XII Ad Ecclesiam Christi manifestando preocupações pela Igreja na América Latina
Terceira Conferênciaem PUEBLA (México) em 1979 com a presença deJoão Paulo II
PUEBLA (1979) III Conferência Geral • Convocada originalmente pelo Papa Paulo VI, logo confirmada pelo Papa João Paulo II. • Como horizonte de trabalho se teve a “Evangelii Nuntiandi”, e os desafios que propõem o discurso e as práticas da “libertação”. • Tema: “O Presente e o Futuro da Evangelização na América Latina”.
En Puebla (1979) O Papa João Paulo II estava no início de seu Pontificado!
A Quarta Conferênciafoi em SANTO DOMINGO (República Dominicana – Caribe) em 1992 com a presença tambémdo Papa JOÃO PAULO II
SANTO DOMINGO (1992) IV ConferênciaGeral • Convocada pelo Papa João Paulo II. • O contexto histórico é a celebração dos 500 anos do início da evangelização. • Tema: “Nova evangelização, promoção humana, cultura cristã. Jesus Cristo ontem, hoje e sempre”.
Em Santo Domingo (1992): João Paulo II, 13 anos depois vem novamente inaugurar essa IV Conferência! Controle por parte da Cúria Romana
A V Conferência realizou-sena casa de Maria… Pe. Lima, sdb 2008
No Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida Pe. Lima, sdb 2008
APARECIDA (2007) Estrutura do Texto • Três partes e 10 capítulos • Parte I – Capítulos 1 e 2 – VER – A vida de nossos povos • Parte II – Capítulos 3 a 6 – JULGAR – A vida de Jesus Cristo nos discípulos missionários • Parte III – Capítulos 7 a 10 – AGIR – A vida de Jesus Cristo para nossos povos
Em Aparecida (2007) Em 2007, Papa Bento XVI visitava o Brasil e inaugurava a V Conferência de Aparecia) Pe. Lima, sdb 2008
Introdução • Razão de ser da V Conferência • Fizemos isso como pastores - estimular a ação evangelizadora da Igreja • Em comunhão com todas as Igrejas locais
Introdução • Razão de ser da V Conferência • Maria – presença permanente – Santos Latino-americanos • Presença de Bento XVI • Oração do povo – peregrinos do Santuário
Visão geral • Evangelho - dramático e desigual encontro de povos e culturas • Igreja – luzes e sombras - por perseguições como pelas debilidades, compromissos mundanos e incoerências, em outras palavras, pelo pecado de seus filhos • Riquezas de nossos povos: a fé no Deus de amor e a tradição católica na vida e na cultura. Manifesta-se:
Visão geral • na fé madura de muitos batizados e na piedade popular • na caridade • na consciência da dignidade da pessoa, • na paixão pela justiça, • na esperança contra toda esperança
na alegria de viver que move o coração de nosso povo • na sabedoria diante da vida, • Tradição católica = cimento fundamental de identidade, originalidade e unidade da América latina e do Caribe
A V Conferência • Dá continuidade e recapitula o caminho de fidelidade, renovação e evangelização da Igreja latino-americana • tarefa de conservar e alimentar a fé do povo de Deus
A V Conferência • A Igreja é chamada a repensar e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais • Isso não depende de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos
Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a conhecimento, a um elenco de algumasnormas e de proibições, a práticas de devoção fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados
Essa QUINTA CONFERÊNCIA foi considerada como um verdadeiro PENTECOSTES para a Igreja na América Latina e Caribe. Pe. Lima, sdb 2008
Seus participantes procuraram ouvir a Palavra de Deus e centralizar todas suas preocupaçõesna evangelização. Pe. Lima, sdb 2008
I PARTEA vida de nossos povos hoje • VER-JULGAR-AGIRretomadopedido das bases
Capítulo 1 – Os Discípulos missionários • Mudanças – afligem, mas não confundem as grandes mudanças que experimentamos; • Peregrinos (Santuário) = seguidores de Jesus – Encontro pessoa com Jesus
1.1. Ação de graças • Amor de Deus • Chamados a ser instrumentos de seu Reino • Dom da palavra – é amigo – dá-se a nós: eucaristia – perdão – Maria • Sofrimento, a injustiça e a cruz = desafio = viver como Igreja Samaritana • Pela fé transmitida pelas avós e avôs, as mães e pais, os catequistas, os rezadores • O mundo criado é belo
1.2. A alegria de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo • Ser cristão não é uma carga, mas um dom (28) • A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio (29)
1.3. A missão da Igreja é evangelizar • Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras (30) • No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo a Jesus pobre (31) • No rosto de Jesus Cristo, podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos e sua vocação à liberdade, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos (32)
2.1. A realidade que nos desafia como discípulos e missionários • Mudanças afetam a vida dos latino-americanos e caribenhos – Daí o desafio: discernir os sinais dos tempos (33) • Características das mudanças * Alcance global * Afetam o mundo inteiro * Globalização • Contribuem para as mudanças: - a ciência e a tecnologia...
Ciência e tecnologia com sua capacidade de • manipular geneticamente a própria vida dos seres vivos, e com sua capacidade de criar uma rede de comunicações de alcance mundial, tanto pública como privada (34) • Conseqüências - Impactando a cultura, a economia, a política, as ciências, a educação, o esporte, as artes e a religião • Objetivo dos bispos: saber como este fenômeno afeta a vida dos povos e o sentido religioso e ético (35) • Realidade
Maior e mais complexa que as simplificações com que costumávamos vê-la em um passado ainda não muito distante – Sentimento de impotência (36) • Traz uma crise de sentido (37) • Sentido religioso – tradições culturais e religiosidade popular (37)
Também esses sentidos começam a diluir-se – causa: MCS (38) • Os meios de comunicação invadiram todos os espaços e todas as conversas, introduzindo-se também na intimidade do lar (39)
Ideologia de gênero = cada um escolhe sua orientação sexual – enfraquecimento da vida familiar (40) • Diante disso: Cristo é a referência para o cristão (41)
As pessoas não se assustam com a • diversidade. O que de fato as assusta é não conseguir reunir o conjunto de todos estes significados da realidade em uma compreensão unitária que lhes permita exercer sua liberdade com discernimento e responsabilidade (42)
2.1.1. – Situação sócio-cultural • Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus (44) • Sobrevalorização da subjetividade individual • Abandono ao bem comum, busca da realização imediata dos desejos individuais (45)
2.1.1. – Situação sócio-cultural • Ciência e técnica colaboram (45) • Nova colonização cultural (46) • Afirmação dos direitos individuais e subjetivos (47) • Realidade das mulheres – múltiplas violências (48)
Cultura do consumo – maiores vítimas: novas gerações – perdem sentido do passado e do futuro e a referência aos valores e instâncias religiosas (51) • Diante disso: o testemunho é componente chave na vivência da fé (55) • Diversidade cultura da AL – riqueza: indígenas – afro-descendentes - cultura camponesa – cultura mestiça
Estas culturas coexistem em condições desiguais com • a chamada cultura globalizada. Elas exigem reconhecimento e oferecem valores que constituem uma resposta aos anti-valores da cultura e que se impõem através dos meios de comunicação de massas: comunitarismo, valorização da família, abertura à transcendência e solidariedade. Estas culturas são dinâmicas e estão em interação permanente entre si e com as diferentes propostas culturais
Cultura urbana: • híbrida, dinâmica e mutável • fruto das migrações • problemas de pertença e identidade (58) • Assumir a diversidade cultural, que é um imperativo do momento (59)