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Profª . Doutora Vera Rodrigues Literatura Infantil. EMENTA. Literatura infantil: fundamentos, caracterização e fontes. Tendências contemporâneas: estética e indústria cultural. O imaginário e o real; o humor e o poético nos
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Profª. Doutora Vera Rodrigues • Literatura Infantil
EMENTA Literatura infantil: fundamentos, caracterização e fontes. Tendências contemporâneas: estética e indústria cultural. O imaginário e o real; o humor e o poético nos textos para crianças. O trabalho com a literatura na escola: impasses e avanços. Análise e estudo de livros infantis clássicos e modernos. A Literatura Infantil nas séries iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Análise e criação de propostas de utilização da Literatura Infantil na prática pedagógica.
PROGRAMA DO CURSO Literatura Infantil. 2. História da Literatura Infantil. 4-A arte de contar histórias. 6. Atividades que levam a formação do hábito e do prazer da leitura e ao uso da Biblioteca. 7. Criação e produção de textos de literatura infantil. 3. Atividades Literárias.
Atividade Lembre-se da sua infância e de como as narrativas eram importantes para a sua formação e deleite. Eleja a que mais gostava de ouvir e compartilhe com os colegas de classe.
O que você sabe sobre... As origens da Literatura Infantil e dos elementos que contribuíram para sua formação como gênero literário destinado a um público específico: As crianças? Mesmo que já tenha algum conhecimento acerca do assunto, acredito ser bem proveitoso fazer uma revisão de conceitos e aprender novas formas de entendê-la a luz de pesquisas sólidas, de estudiosos renomados nos meios acadêmicos.
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... (Mário Quintana)
Um pouco de História... A Literatura Infantil, como produto histórico humano, resulta das relações subjetivas e objetivas que o homem estabelece com o seu meio social, cultural, intelectual, linguístico, político e econômico. Com as concepções que o artista compartilha acerca do mundo / homem / sociedade, com os ideais e valores que se consideram úteis e desejáveis para transmitir às crianças e aos jovens. Por isso, a produção literária infantil é resultante, também, dos aspectos filosóficos – políticos – educacionais e da qualidade da educação ofertada numa dada época e contexto sócio--histórico. Nesse sentido, o estudo da literatura infantil através dos tempos, realiza um percurso histórico à Literatura Infantil - da gênese aos dias atuais - numa abordagem histórico cultural; pontuando fatos, valores, paradigmas, intencionalidades pedagógicas, funcionalidades sociais, autores e obras. – “Era uma vez”...
Quando tudo começou... A gênese da literatura Infantil A Literatura Primordial Consiste em uma “Literatura Primordial” oriunda do Oriente, da chamada Literatura Popular, ligada a eventos espirituais, míticos e fantasiosos que perduram na memória do povo; talvez porque: “O impulso de contar estórias deve ter nascido no homem no momento em que ele sentiu a necessidade de comunicar aos outros certa experiência sua, que poderia ter significação para outros (COELHO). Dessa literatura primordial surgem as narrativas medievais arcaicas que se estendem pela Europa e América, se transformando em Literatura Folclórica e Infantil. A Literatura de Cordel, pertinente ao folclore nordestino brasileiro, consiste em versões dessas narrativas. Já a literatura Infantil tem origem nos registros feitos por escritores cultos, dentre eles Perrault e os Irmãos Grimm.
A Era das “sombras”... A Literatura Medieval Literatura medieval surge na Europa por meio de duas fontes: a Popular – prosa “exemplar” vinda do Oriente -; e, a Culta – prosas aventurescas das novelas de cavalaria. Na Literatura Popular destaca-se o idealismo e a visão de um mundo de magias e maravilhas. Na Culta, os problemas da vida cotidiana, os valores ético sociais e as lições advindas da sabedoria prática.
A TV prejudica o imaginário da criança? Eu troco de canal, assisto um programa de duas horas e nem acabou o Raul Gil”. Essa menina para esperar um programa de duas horas acabar, ela faz outra coisa, assiste TV. André ,13 anos, disse na entrevista: “Eu agora estou vendo a novela Pai Herói, é boba, enrola, enrola, e não acaba nunca, mas eu acho que todo mundo que está criticando novela, vê todo o dia”, ele está admitindo que mesmo que a novela seja boba e enrola, ele assiste, mostrando a perda de tempo que ele tem com a TV com coisas que até ele mesmo critica. Todos esses casos nos mostram que a televisão está fazendo muito mais parte da vida das crianças. por: Rafael K. Giovannini
Eu troco de canal, assisto um programa de duas horas e nem acabou o Raul Gil”. Essa menina para esperar um programa de duas horas acabar, ela faz outra coisa, assiste TV. André ,13 anos, disse na entrevista: “Eu agora estou vendo a novela Pai Herói, é boba, enrola, enrola, e não acaba nunca, mas eu acho que todo mundo que está criticando novela, vê todo o dia”, ele está admitindo que mesmo que a novela seja boba e enrola, ele assiste, mostrando a perda de tempo que ele tem com a TV com coisas que até ele mesmo critica. Todos esses casos nos mostram que a televisão está fazendo muito mais parte da vida das crianças.
A Literatura Infantil tem um divisor de águas no Brasil, Monteiro Lobato. Quem nunca quis ser Pedrinho ou ter uma querida Avó, como D .Benta. Se deliciar com os quitutes de tia Nastácia e viver no Sitio do Pica-Pau Amarelo? Monteiro Lobato foi um divisor de águas na literatura infantil no Brasil.
O advogado Em 1904 diplomou-se bacharel em Direito e regressou a Taubaté. No ano seguinte fez planos de fundar uma fábrica de geleias, em sociedade com um amigo, mas passou a ocupar interinamente a promotoria de Taubaté e conheceu Maria Pureza da Natividade (“Purezinha”). Em maio de 1907 foi nomeado promotor público em Areias, e casou-se com Purezinha, a 28 de março de 1908. Exatamente um ano depois nasceu Marta, a primogênita do casal. Insatisfeito com a vida bucólica de Areias, planejou abrir um estabelecimento comercial de secos e molhados.
O editor e o escritor O editor Em 1918, Monteiro Lobato comprou a Revista do Brasil e passou a dar espaço para novos talentos, ao lado de pessoas famosas. Tornou-se, dessa forma, um intelectual engajado na causa do nacionalismo, a qual dedicou uma preocupação fundamental, tanto na ficção quanto no ensaio e no panfleto. Crítico de costumes, no qual não faltava a nota do sarcasmo e da caricatura, de sua obra elevou-se largo sopro de humanidade e brasileirismo. Nas mãos de Monteiro Lobato, a Revista do Brasil prosperou e ele pode montar uma empresa editorial, sempre dando espaço para os novatos e divulgando obras de artistas modernistas. Lobato também foi precursor de algumas ideias muito interessantes no campo editorial. Ele dizia que “livro é sobremesa: tem que ser posto debaixo do nariz do freguês”. Com isso em mente, passou a tratar os livros como produtos de consumo, com capas coloridas e atraentes, e uma produção gráfica impecável. Criou também uma política de distribuição, novidade na época: vendedores autônomos e distribuidores espalhados por todo o país.
Primeiro seus livros foram publicados pela Editora da Revista do Brasil. Assim, o livro Urupês, em sua sexta edição em 1920, está registrado “Ed. da Revista do Brasil, São Paulo, 1920″. Na última capa consta: “Director Monteiro Lobato, Secretario Alarico Caiuby”, “A venda em todas as livrarias e no escritório da Revista do Brasil. Logo fundou a editora Monteiro Lobato & Cia., depois chamada Companhia Editora Nacional, com a obra O Problema Vital, um conjunto de artigos sobre a saúde pública, seguido pela teseO Saci Pererê: Resultado de um Inquérito. Privilegiava a edição de autores estreantes como a senhora Leandro Dupré, com o sucesso “Éramos Seis”. Traduziu também muitos livros e editou obras importantes e polêmicas como “A Luta pelo Petróleo”, de EssadBey, para o qual fez uma introdução tratando da questão do petróleo no Brasil.
O petróleo Após implantar a Companhia Petróleos do Brasil, e graças à grande facilidade com que foram subscritas suas ações, Monteiro Lobato fundou várias empresas para fazer perfuração de petróleo, como a Companhia Petróleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira e a Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul, e a maior de todas (fundada em julho de 1938) a Companhia Mato-grossense de Petróleo, que visava perfurar próximo da fronteira com a Bolívia, país vizinho que já havia encontrado petróleo em seu território. Com isso Lobato prejudicou os interesses de gente muito importante na política brasileira, e de grandes empresas estrangeiras. Começava a luta que o deixou pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo. Tendo-os como adversários, passou a enfrentá-los publicamente.
Livros infantis O livro que lançou Lobato foi “A menina do narizinho arrebitado”, em 1920, nunca reeditado, exceto em uma pequena edição facsimile em 1981, e hoje considerada uma obra rara tanto a primeira edição quanto a edição facsimile. A maioria das histórias de seus livros infantis se passavam no Sítio do Picapau Amarelo, um sítio no interior do Brasil, tendo como uma das personagens a senhora dona da fazenda Dona Benta, seus netos Narizinho e Pedrinho e a empregada Tia Nastácia. Esses personagens foram complementados por entidades criadas ou animadas pela imaginação das crianças na história: a boneca irreverente Emília e o aristocrático boneco de sabugo de milho Visconde de Sabugosa, a vaca Mocha, o burroConselheiro, o porcoRabicó e o rinoceronteQuindim.
Seleção Sítio do Pica-pau Amarelo • 1921 –O Saci • 1922 –Fábulas • 1927 –As aventuras de Hans Staden • 1930 –Peter Pan • 1931 –Reinações de Narizinho • 1932 –Viagem ao céu • 1933 –Caçadas de Pedrinho • 1933 –História do mundo para as crianças • 1934 –Emília no país da gramática • 1935 –Aritmética da Emília • 1935 –Geografia de Dona Benta • 1935 –História das invenções • 1936 –Dom Quixote das crianças • 1936 –Memórias da Emília • 1937 –Serões de Dona Benta • 1937 –O poço do Visconde • 1937 –Histórias de Tia Nastácia • 1939 –O Picapau Amarelo • 1939 –O minotauro • 1941 –A reforma da natureza • 1942 –A chave do tamanho • 1944 –Os doze trabalhos de Hércules (dois volumes) • 1947 –Histórias diversas • 1937 –O poço do Visconde • 1937 –Histórias de Tia Nastácia • 1939 –O Picapau Amarelo • 1939 –O minotauro • 1941 –A reforma da natureza • 1942 –A chave do tamanho • 1944 –Os doze trabalhos de Hércules (dois volumes) • 1947 –Histórias diversas