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ROMANTISMO PROSA. ROMANTISMO PROSA. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Herói e heroína românticos enfrentando algum vilão (maniqueísmo), seja pessoa ou circunstância Final feliz (amor como redenção) Linguagem metafórica Personagens planas Flashback narrativo Peripécias.
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ROMANTISMO PROSA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • Herói e heroína românticos enfrentando algum vilão (maniqueísmo), seja pessoa ou circunstância • Final feliz (amor como redenção) • Linguagem metafórica • Personagens planas • Flashback narrativo • Peripécias
O romance romântico no Brasil tem como característica marcante o nacionalismo literário. Entende-se por nacionalismo a tendência em escrever sobre coisas locais: lugares, cenas, fotos, costumes brasileiros. Essa tendência contribuiu para a naturalização da literatura portuguesa no Brasil. O romance foi uma forma verdadeira de pesquisar, descobrir e valorizar um país novo.
Nesse período do Romantismo brasileiro, a imaginação e a observação dos ficcionistas alargaram o horizonte da terra e do homem brasileiro. Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Visconde de Taunay, Bernardo Guimarães, Franklin Távora foram os expoentes máximos da ficção romântica no Brasil.
É possível agrupar os romances românticos do Brasil a partir da temática de cada um deles. Formam-se, inicialmente, dois grandes grupos, abordando diferentemente a corte e a província, a partir dos quais podem ser feitas algumas subdivisões:
a) Corte: urbano. Autores: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida. b) Província: Regionalista – autores: José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay, Franklin Távora. Histórico – autores: José de Alencar, Visconde de Taunay. Indianista – autores: José de Alencar.
Escritor brasileiro do período romântico, considerado por muitos o fundador do romance brasileiro, nasceu em Itaboraí, Rio de Janeiro, a 24 de junho de 1820. Em 1844, formou-se na faculdade de Medicina dessa cidade, publicando a tese intitulada Considerações sobre a Nostalgia. O ano de 1844, no entanto, ficou conhecido na história da literatura brasileira pela publicação do seu romance de estreia A Moreninha.
A obra recebeu na época calorosa acolhida do público, especialmente o feminino, tendo sido em anos mais recentes adaptada para o teatro, o cinema e a televisão. No ano seguinte, estimulado pela receptividade dos leitores, publicou O Moço Loiro, que foi seguido de outros dois romances: Os Dois Amores (1848) e Rosa (1849).
Essas obras contém ricas descrições de costumes e tipos sociais das elites urbanas, permitindo uma imediata identificação com a vida cotidiana dos leitores. Os romances de Macedo criticavam também o caráter patriarcal da sociedade da época, bem como o excesso de modas e galanteios. Além do romance, cultivou a dramaturgia, tendo produzido no decorrer de sua vida cerca de uma dezena de peças teatrais.
Deve-se mencionar ainda a inclinação do autor pela crônica e pela memória, às quais dedicou duas obras: Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro (1862) e Memórias da Rua do Ouvidor (1878). Ao lado da atividade de escritor, Macedo dedicou-se ao ensino de História do Brasil no Colégio Pedro II do Rio de Janeiro, escrevendo influentes livros didáticos a respeito do tema. Joaquim Manuel de Macedo faleceu na cidade do Rio de Janeiro a 11 de abril de 1882.
Desperta no público o gosto pelo romance ambientado no Brasil; • Romances de estrutura folhetinesca; • Exatação da vida burguesa; • Cenários identificáveis pelos leitores; • Visão superficial de certos hábitos da classe media carioca; • Critica a vida patriarcal fluminense.
Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em novembro de 1831. Na infância, aos dez anos de idade, perdeu o pai, o tenente português Antônio de Almeida. Em sua vida profissional se formou em Medicina, foi professor , jornalista, cronista, crítico literário, e romancista brasileiro.
Apesar de se formar em medicina, nunca exerceu a profissão. Durante os estudos, com dificuldades financeiras, acabou por atuar no jornalismo e nas letras para manter o próprio sustento. Como jornalista, foi redator do jornal Correio Mercantil, no qual publicou anonimamente a novela Memórias de um Sargento de Milícias, sua única obra em prosa de fôlego.
Após exercer diversos cargos como diretor da Tipografia Nacional e 2º Oficial da Secretaria da Fazenda, decidiu fazer carreira na política. Porém, antes mesmo de começar a consultar o eleitorado, Manuel Antônio de Almeida morreu em um naufrágio, em 1861, na costa fluminense. Na literatura, não lhe interessava sucesso nem modismos.
Por esse motivo escreveu sem compromissos e apresentou à sociedade da época uma obra em tom direto, bem humorado e com tendências realistas. Memórias de um Sargento de Milícias, que retrata as classes média e baixa, foi seu único livro e teve grande sucesso de público. Além do livro, crônicas, críticas, artigos e peças de teatro fazem parte de sua vasta produção literária.
A respeito de Memórias de um sargento de milícias podemos destacar: • Uma narrativa de costumes (hábitos, folclore e religiosidade das classes populares); • Desmascaramento moral da sociedade; • Destruição do ideal romântico (personagens caricaturados, ironias e críticas sociais)
Predomínio do humor sobre o dramático; • Obra literária precursora do Realismo; • Personagens de destaque: Leonardinho, Leonardo Pataca, Maria das Hortaliças, Vidigal, Compadre, Comadre, Luisinha, Vidinha e outros.
Alfredo D’Escragnolle Taunay, ou Visconde de Taunay, nasceu no Rio de Janeiro em 22 de Fevereiro de 1843. Estudou Humanidades no Colégio Pedro II, e em 1859 matriculou-se na Escola Militar, onde se diplomou em Ciências Físicas e Matemáticas. Foi engenheiro do Exército, tenente do Imperial Corpo de Engenheiros, participando da Guerra do Paraguai e da expedição do Mato Grosso. Largou a vida militar ainda no posto de major para se dedicar à política e às letras. Dedicou-se às artes, ao jornalismo e à crítica.
Mesmo com a influência francesa de seus pais, soube ser um escritor brasileiro. Seu primeiro romance foi A Mocidade de Trajano (1871), publicado sob o pseudônimo de Sílvio Dinarte, um dos muitos que usaria durante sua vida literária, outros são: Anapurus, André Vidal, Carmotaigne, Eugênio De Melo, Flávio Elísio, Heitor Malheiros, Múcio Escoevola e Sebastião Corte Real.
No mesmo ano, publica em francês suas impressões sobre um episódio decisivo da Guerra do Paraguai, A Retirada da Laguna, e em 1872 publica sua obra-prima: Inocência. Foi senador por Santa Catarina e presidente da Província de Santa Catarina e Paraná. Afastou-se da política como senador em 1889, por fidelidade à monarquia.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Em 1889, recebe o título de Visconde. Vindo a falecer no Rio de Janeiro em 25 de Janeiro de 1889.
Em Inocência destacamos algumas características literárias: • Precisão de detalhes e da paisagem; • Estrutura romântica, apesar de antecipar traços realistas; • Obra regionalista; • Autor denuncia o atraso de informações para o centro-oeste brasileiro;
Principais personagens do romance: Inocência, Cirino, Pereira, Manecão Doca, Meyer, Antônio Cesário, Tico e outros;